A Menina Que Fazia Nevar

A Menina Que Fazia Nevar Grace McCleen




Resenhas - A Menina Que Fazia Nevar


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/QMD/ 09/04/2013

Henrique usa espuma de barbear da forma correta.
O livro conta a história de Judith, uma garota de 10 anos de idade que enxerga o mundo de uma maneira diferente: onde todos enxergam lixo, ela enxerga milagres. Com os olhos da fé, o pai sempre a levou à igreja e a encheu de pensamentos e ensinamentos sobre Deus, como quando ele diz que um dia o filho dEle irá voltar à Terra para levar todos que foram bons à Terra Gloriosa, incluindo a mãe de Judith que morreu anos atrás.

Com esse pensamento na cabeça, a garotinha resolve adiantar o processo e cria seu próprio paraíso, dentro de seu quarto: uma enorme maquete onde vivem bonecos de pano, todos criados a partir de sucata. Vítima de bullying, Judith é, então, ameaçada por um colega na escola e, cheia de vontade de que o mundo acabe naquele final de semana, ela ouve alguém que a manda fazer nevar na Terra Gloriosa. Usando espuma para barbear, ela cria a neve na sua pequena construção e se surpreende quando, ao acordar, toda a cidade está nevando. Assim, ela passa a pensar que pode realizar milagres, mesmo que pequenos, e o livro se desenrola a partir da fragilidade da protagonista e o modo como ela narra, em primeira pessoa, os dramas particulares das pessoas em volta dela.

Quando vi que A Menina Que Fazia Nevar falava um pouco de religião fiquei um pouco acanhado, mas acabei me surpreendendo pois ele fala, na verdade, de fé. Com criatividade e esplendedor, Grace conseguiu tocar a história com primor sem apelar excessivamente, construindo algo bem singelo. Algumas passagens da Bíblia são inseridas, mas nada que ouse em tentar te convencer a acreditar no que ela quer ou dizendo o que é certo ou errado.

Milagres acontecem o tempo todo, mas nem sempre eles são gigantes ou visíveis: esta foi a principal mensagem que o livro me passou. Quando achamos que tudo está dando errado, é porque estamos olhando com os olhos errados. O que achamos que é pura coincidência pode ser algo muito, mas muito maior mesmo.

A escrita de Grace McCleen é bárbara! Ela cria uma série de acontecimentos banais sem usar uma narração comum. É bem simples (e isso não quer dizer "sem-graça"), poético, sutil ao tratar de assuntos cabeludos, como superação, desavenças e crença. Os capítulos não são muito extensos e a divisão em partes maiores ajuda a desenvolver melhor as cenas e reviravoltas.

Eu não curti o modo como Grace encerrou o livro. Ela vai te cativando com a trama durante 300 páginas, te apresentando uma visão diferente do mundo, te comovendo, te fazendo pensar, te fazendo ansiar para descobrir o que acontecerá ao final da obra (mesmo que não queria que o livro termine) para... não encerrar o livro. Ela deixa algo subentendido. Dá a chance de você imaginar o que acontece com os dramas pessoais de cada personagem e se mutilar sofrer por não saber se está certo ou errado. Terminei de ler no sábado e estou até agora pensando em Judith.

RESENHA COMPLETA EM: http://www.quermedar.com/2013/04/neve.html
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Yasmin 11/04/2013

Quando o extremo se torna perigoso.

Quando escolhi esse livro para o mês através da parceria com a Paralela não sabia bem o que esperar. Uma romance que envolvia fantasia? Ou apenas um romance cheio de possibilidades e explicações? 312 páginas posso dizer que a história contada por Grace McCleen não foi feita para qualquer um ler. O que você tirar do livro é algo estritamente pessoal. A escrita da autora é subjetiva, cheia de metáforas e analogias, rica e sensível, por vezes cruel e extremamente penetrante.

Essa é a história de Judith. Uma menina de dez anos de idade que vive apenas com o pai desde que a mãe morreu. Eles são muito religiosos, acredita que o Armagedon está chegando e que a terra se tornou um Antro de Iniquidades. Frequentam o culto todo domingo, batem de porta em porta pregando e estudam a bíblia todo dia após o jantar. Não possuem televisão, não comem comidas comuns e mais um monte de coisas que toda criança normal faz. Judith só conhece esse mundo. Para ela o alívio é saber que o mundo vai acabar e ela vai encontrar sua mãe na verdadeira Terra Gloriosa. Tudo o que ela sabe da mãe é que ela gostava de artesanato e com o conteúdo do baú ela construiu uma maquete da própria cidade. Judith também é extremamente inteligente e está um ano à frente na escola, por ser religiosa tem que lidar com o odioso Neil Lewis, que bate nela quase todos os dias. Um dia com medo de ir à escola por causa de uma ameaça, Judith cobre toda a sua maquete de algodão e reza desesperadamente por um milagre. No dia seguinte a cidade amanhece coberta de neve e ela acredita que foi um milagre. O seu milagre. A partir daí a vida de Judith se complicada ainda mais quando uma voz surge e sua vida saí dos trilhos.

A premissa é essa. O que acontece é que muitas pessoas podem focar nessa parte "milagre" e esquecer o enredo por trás disso. Vamos esquecer o milagre e analisar por parte. Judith tem dez anos, um pai que usou a religião como escudo quando perdeu a esposa e teve que criar um bebê sozinho. Judith não tem amigos por só falar de religião. Judith começa a ouvir "Deus", o que nada mais é fruto de sua imaginação, um amigo imaginário perigoso que leva a criança, com sua fé ingênua a acreditar que tudo o de ruim que se sucede é culpa dela. Toda criança tem uma percepção diferente das coisas e Judith criada a vida toda nesse ambiente não sabe a hora de diferenciar o real do imaginário, porque acredita em Deus.

É complicado, mas por trás do conteúdo religioso que guiou toda a vida de Judith e por consequência a narração do livro temos temas como bullying, solidão e depressão infantil, ambiente familiar tenso e alquebrado. A menina sofre por ser diferente e por acreditar cegamente que o Armagedon está próximo. Judith acha que o pai não a ama porque ela foi a culpada da morte da mãe.

O mais triste é que as pessoas não percebem a crítica da autora. Religião demais é ruim. É um spoiler talvez, mas preciso dizer, a mãe de Judith morreu porque segundo a religião ela não podia receber transfusão e perdeu muito sangue durante o parto. A narrativa é bonita? Sim, muito. As mensagens de Deus na história são boas? Sim. Judith analisa de forma belíssima o nosso mundo e com sua voz infantil dá outra sentido a esperança e fé, mas tudo tem um limite. É cruel colocar uma criança na situação em que ela se encontra. Proibida de tudo, crendo, crendo e crendo. É triste e traz consequências terríveis, vide o que acontece com seu pai e sua família.

Leitura cadenciada, que prende o leitor pela curiosidade de como a vida da pequena Judith se resolverá, como os conflitos não ditos conduzirão a trama. Grace McCleen conseguiu baseando na própria infância dar uma voz única a protagonista, uma voz crível e que conquista e entristece o leitor. A edição da (...)

Termine o último parágrafo em: http://www.cultivandoaleitura.com/2013/03/resenha-menina-que-fazia-nevar.html

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ThaisWandrofski 11/04/2013

É aquele livro que você vê nas prateleiras e já se encanta tanto pelo título quanto pela capa. Foi o que aconteceu comigo. Toda vez que ia na livraria, ficava olhando, até que um dia resolvi levar.
Já adiantando pra vocês, devo dizer que é aquele tipo de livro que a gente leva um tempo pra decidir se gosta ou não. Até mesmo depois que terminei tive que pensar um pouco a respeito de tudo pra me decidir, e a conclusão final, foi de que gostei sim! rs
"A menina que fazia nevar" conta a história de Judith McPherson, uma menina de 10 anos que perdera a mãe no parto, e portanto, morava apenas com o pai que era extremamente religioso, a quem ela herdou toda a fé. Os dois viviam um vida super regrada e sem muita diversão, se preparando para o armagedom que acreditavam estar bem perto.
Judith era solitária, seus únicos amigos eram as pessoas da igreja que frequentava, todos com muito mais idade que ela. Na escola, sofria preconceito e era excluída pelos outros alunos, que diariamente implicavam com ela pela sua fé.
Sua diversão era recriar em seu quarto uma maquete com sucata do que pra ela, seria a Terra Gloriosa, um lugar, que acreditava ser perfeito, somente com pessoas boas, que iriam pra lá após o armagedom, inclusive as que já haviam morrido, como sua mãe. Judith levava esse seu projeto muito á serio, recolhia cada coisinha que achava pelas ruas e transformava em pequenas casas, pessoas, montanhas e tudo o mais que precisasse.
Depois de ser ameaçada na escola, ela fica desesperada acreditando que poderia morrer se Neil Lewis realmente enfiasse sua cabeça na privada. Durante o final de semana, ela só pensa nisso e no domingo, durante a reunião de sua igreja, o pregador lhe instruiu a ter fé, e que assim poderia fazer qualquer coisa. Ela se apegou a essa teoria, e chegando em casa em casa, fez nevar sobre sua maquete. O dia seguinte amanheceu coberto de neve também e a escola ficou impossibilitada de receber os alunos. Milagre? Coincidência? Judith acredita na primeira opção e desde então começa a creditar que tinha algum dom especial. No decorrer da história a menina acredita realizar vários pequenos milagres, tão pequenos que muitos não conseguiam perceber. Uma voz na sua cabeça, a quem ela julgava ser de Deus, a incentivava e instruía o rumo que a menina deveria tomar.
As coisas no emprego do seu pai não estavam 100%, ele se recusava a participar da greve, e era visto pela maioria com um traidor. Era ameaçado e passava por grandes provações. Até que sua fé começa a ficar balançada durante esse tempo, as coisas não iam bem em casa, nem no trabalho e muito menos na escola de Judith.
O tempo vai passando, e as provocações na escola só aumentam. Judith percebe que pode fazer escolhas, mas que junto com o benefício do seu "poder", ela terá que arcar com a responsabilidade dos seus atos. Será que usar o seu "dom" para se vingar de Neil é o certo a se fazer?

No meu blog tem uma resenha mais completa com fotos tiradas por mim. Para conferir, é só acessar o link: http://www.poaeglitter.com/2013/04/a-menina-que-fazia-nevar.html
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Alessandra Costa 04/05/2013

Regular
O Livro é bom, fala sobre termos fé e tal, porém o final deixou a desejar.
Parecia que nada é de verdade, ficou faltando alguma coisa. Acho que a autora pecou no final do livro.
Recomendo, porém não achei muito bom o fim.
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Rafa 09/05/2013

A Menina Que Fazia Nevar - Grace McCleen
Sabe quando que você termina um livro e percebe que teve em suas mãos algo muito maior do que podia imaginar?

A mãe de Judith morreu no parto, e após o acontecido seu pai, John, mudou completamente, se tornando uma pessoa fria e calada, tenho na igreja que ajudou a construir, seu único refúgio. Judith cresceu estudando a Bíblia e crendo que a chegada do Armagedom seria a solução para todas as tristezas de sua vida. Mas as coisas na escola começam a ir muuito mal e, em busca por algo que a possa ajudar, Judith realiza o que nomeia seu primeiro milagre. Fazendo nevar na maquete de mundo que existe em seu quarto, a menina de 10 anos de idade, acaba criando neve também no mundo real.
A partir daí vem uma sucessão de outras realizações, mas com o tempo Judith percebe que talvez, o dom que recebeu possa acabar destruindo não só a ela, mas como toda a existência em si.



A Menina Que Fazia Nevar é uma obra incrível! No começo, eu não estava gostando nem um pouco, mas não me arrependi de maneira alguma de ter continuado. Pode parecer um livro daqueles chatos cheios de lição de moral e ensinamentos esperançosos - tudo bem, não deixa de ser -, mas além disso é uma história muito bem planejada.

Os capítulos são bem curtos, e de diferentes formatos entre si. Alguns são capítulos normais, outros cartas, lembranças e até mesmo receitas.

Tive a impressão - e tenho certeza - de que não consegui extrair tudo que o livro tem para oferecer. Tanto que pretendo lê-lo novamente. Deve-se ter a mente bem aberta e prestar atenção em todos os detalhes para que nenhum deles escape. Existem muitas metáforas no livro, mas é preciso cuidado para identificá-las e interpretá-las.

Aah, e mais uma coisa. Li algumas outras resenhas e, não sei se é por que as pessoas não perceberam ou por que não queriam mencionar, mas notei que existe uma grande "mentira" (se é que podemos chamar assim) na história. Não vou dizer o que é, por que seria um Spoiler gigantesco, mas quem for ler, se prestar atenção verá que, talvez, não seja Judith que realmente tem um poder... Tá, calei.

A Menina Que Fazia Nevar é o tipo de livro que se leva para a vida.. Nossa, isso foi muito fresco.
Mas antes de começar, a pessoa deve estar preparada para um livro de bastante reflexão. Às vezes deve-se esforçar para compreender a verdadeira faceta da história.
De qualquer maneira, é um livro muuuuito bom. Impactante, diria.

Dados Importantes>>
Título Nacional: A Menina Que Fazia Nevar
Título Original: The Land of Decoration
Autor: Grace McCleen
Editora: Paralela - Companhia das Letras
Páginas: 310
Ano: 2013
Tema: Ficção Inglesa

Post Completo em: http://temporaldesonhos.blogspot.com.br/2013/05/a-menina-que-fazia-nevar-grace-mccleen.html
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Silvia 05/07/2013

LINDO!
Amei a leitura, a mensagem que o livro trás é linda e forte.
Judith vive com seu pai, sua mãe morreu ao dar a luz. Judith cria o seu próprio mundo em uma maquete, um dia uma voz aparece e diz que é Deus, e que ela tem o poder de fazer milagres, através de sua maquete. O primeiro milagre de Judith foi fazer nevar em sua cidade. Mas o que ela não sabe que certos desejos podem ser muito perigosos...
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Jeniffer Viana 31/07/2013

A Menina Que Fazia Nevar - Resenha originalmente postada em meu blog, Doce Sabor dos Livros
Quer conferir as minhas impressões sobre esse livro?
Acesse o link abaixo! É rapidinho e você não vai se arrepender.



site: http://docesabordoslivros.blogspot.com.br/2013/07/resenha-menina-que-fazia-nevar.html
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Evelyn Marques 14/09/2013

Simples e Maravilhoso!
“Milagres não têm que ser grandes e podem acontecer nos lugares mais improváveis. Às vezes são tão pequenos que as pessoas nem percebem. Às vezes os milagres são tímidos. Ficam puxando suas mangas, esperando você percebê-los, e depois somem. Muitas coisas começam bem pequenas. É um jeito bom de começar porque ninguém nota. Você é só uma coisinha perambulando , cuidando da própria vida. Aí você cresce.”



Judith é uma menina de dez anos e muito sonhadora. Não conheceu sua mãe e vive apenas com o seu pai em uma casa simples localizada em um bairro pobre. Cheia de imaginação, a garota tem em seu quarto uma enorme maquete, a qual chama de “Terra Gloriosa”. A maquete é bem simples, feita de sucata, mas, aos olhos da menina, é um lugar maravilhoso para se viver. Seu pai é um fanático religioso, do tipo que vive mais para a igreja do que para a própria família. Mas como julgá-lo? Ele perdeu a mulher um pouco depois da menina ter nascido. Encontrou na religião um alento, um refúgio. Foi em Deus e por Deus que ele continuou a viver, já que olhar para sua filha era doloroso o bastante, pois via a imagem de sua falecida esposa no rosto dela. Porém, isso não é fácil para uma menina de dez anos entender. Judith tem a certeza de que o pai não a ama. Ele quase não abraça ou toca nela. E também não presta atenção nas palavras que saem de sua boca, o que é doloroso para a menina, pois ela tem muito a dizer. Muito mesmo. Talvez se o pai a escutasse, se demonstrasse um pouquinho mais de afeto, ela poderia dizer todo o bullying que vem sofrendo há tempos de seu colega de classe, Neil Lewis. Ao contrário, ela esconde acontecimentos importantes e vive uma vida própria em sua Terra Gloriosa, o único lugar onde pode agir como verdadeiramente é, sem repreensões ou críticas de pessoas que não entendem como aquela cabecinha especial funciona.
Um certo dia, Neil Lewis faz-lhe uma ameaça tão assustadora que a deixa em pânico de retornar à escola. Trancando-se em seu quarto e brincando em sua Terra Gloriosa, que é uma réplica de sua cidade e das coisas que vivem ao seu redor, ela deseja ardentemente e reza com toda a sua fé que neve bastante no dia seguinte, para poder não voltar à escola e ser espancada por Neil. Brincando, ela até derrama espuma de barbear sobre a cidade, simulando a nevasca. E adivinhem? O seu desejo se realizou. A cidade amanhece coberta por uma neve espessa e a garota não pode ir à escola. Judith operou um pequeno milagre. O mesmo milagre que escuta nos cultos ou na leitura da bíblia à noite com seu pai. Se foi milagre mesmo ou não, isso fica por conta do leitor. Mas a menina acredita que Deus lhe concedeu poderes especiais, capaz de mudar o rumo do mundo e a vida das pessoas, e desde então toda a sua existência gira em torno desta premissa.
Eu diria que esse é um livro carregado de emoções. Tanto dos personagens quanto às do leitor. Você pode odiar ou amar o livro, mas você com certeza vai sentir algo. Ela é uma garota tão inocente e pura que sofre tanto, que não percebe como as coisas ao redor estão abundantemente erradas, e dá vontade de entrar no livro e arrancá-la de lá. A história te deixa com um nó na garganta, principalmente com o desenrolar ao longo das páginas, já no final do livro. Tinha horas em que eu tinha que parar de ler de tanta agonia que me dava, porque ninguém parecia enxergar a menina. Ninguém parecia se importar pois, como a maioria das pessoas, todo mundo está muito preocupado com suas próprias vidas para enxergar os problemas de uma criança. Afinal, quantos problemas podem ter alguém dessa idade? Muitos!
Outra coisa que achei bastante interessante a autora expressar no livro foi a linha tênue entre a fé o fanatismo. Fé é fundamental, não importa no que você acredite. Todo ser humano precisa acreditar em alguma coisa, nem que seja acreditar em si mesmo. O fanatismo é perigoso demais. Nunca vi um caso de fanatismo que acabasse bem. A pessoa fica realmente cega e vive em função daquilo. O pai de Judith é um fanático, não importa quais questões o levaram até este extremo. E como todo pai é um exemplo para seus filhos, ao longo do livro, começamos a ver esse traço se formando na personalidade da garota também.

Leia a resenha completa em: http://sonhosdeletras.com.br/2013/09/14/resenha-01-a-menina-que-fazia-nevar/
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Tatiana 21/09/2013

Simples, emociontante, impactante
Ainda estou meio tensa, depois de ter lido um livro tão maravilhoso, então vou tentar descrever o que achei, pois acredito que ele seja um livro com várias interpretações.

A história é narrada em 1ª pessoa, pela Judith, criança de 10 anos, que vive com o pai, sua mãe morreu no seu nascimento, o que faz com que Judith sinta-se culpada.
O livro fala de religião, fé e milagres, e Judith acredita que tem poderes para realizar o impossível.
Falta de amor, dialogo, e um excesso de fanatismo religioso desencadeiam em Judith vários sentimentos. Ela acredita que o pai não a ama, ela sofre bullying na escola, e vive um mundo de fantasias na Terra Gloriosa, lugar que criou com sucata. Judith cria um amigo imaginário, e acredita que seja Deus, o qual lhe dar ordens para efetuar os “milagres”.
Seu escape é a chegada do Armagedon, onde esse mundo será destruído e tudo voltará a ser “normal”, pois ela, seu pai e sua mãe irão viver juntos em plena paz.
O livro nos leva a aprender que os verdadeiros milagres são pequenas coisas que acontecem em nosso redor, e que a fé nos dá forças para seguir. Judith consegue entender o milagre, e sua vida muda de verdade.
A leitura é um pouco tensa, cheia de surpresas, e nos apegamos a essa doce e adorável criança, que passa por tantas provações, mas mesmo assim se mantém imbatível diante de tantas adversidades que enfrenta. De tudo que acontece de ruim, ela nos ensina a olhar na frente e ver o que de bom nos espera.
Muita emoção e cenas fortes são encontradas, sentimentos adversos, intolerância e falta de amor. O livro retrata o mundo que vivemos, um mundo sem fé, sem amor, onde as pessoas descriminam, rejeitam o próximo. Judith nos ensina ao passo em que aprende, que perdoar é a chave para podermos encontrar amor e felicidade.


site: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=455050671280136&set=a.427740650677805.1073741828.427730200678850&type=1&theater
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Vanessa Vieira 07/03/2013

A Menina que Fazia Nevar_Grace McCleen
O livro A Menina que Fazia Nevar, de Grace McCleen, nos conta a história de Judith McPherson, uma garotinha de dez anos. Judith leva uma vida pacata e simples ao lado de seu pai, e as únicas pessoas que os visitam são os irmãos da congregação cristã da qual fazem parte. Ela não teve a oportunidade de conhecer sua mãe, e isso lhe faz muita falta. Na escola, ela é frequentemente maltratada e humilhada por Neil Lewis, além de ser alvo de gozações dos demais colegas. Quando chega em casa, a garota se refugia em sua maquete de sucata, a qual intitulou Terra Gloriosa. Formada por objetos que a olhos nus são meramente lixo, Judith consegue idealizar um panorama utópico, e visualiza entre anéis de lata, grampos, retalhos de tecido, dentre outros apetrechos, um verdadeiro paraíso, no qual acredita que reencontrará sua mãe em um belo dia.

Apesar de ainda ser uma criança, Judith é um verdadeiro exemplo de fé. Ela consegue enxergar o divino, Deus, em quase todas as coisas e nisso encontra sua inspiração para arquitetar ainda mais a sua Terra Gloriosa. Ela constrói bonecos remendados de pano e prepara para cada um deles histórias felizes e repletas de esperança. O que a doce garota não poderia imaginar era que o seu passatempo favorito talvez não fosse apenas uma simples maquete...

"Eu sei como é a fé. O mundo no meu quarto é feito dela. Com fé bordei as nuvens. Com fé recortei a lua e as estrelas. Com fé colei tudo junto e fiz todas essas coisas cantarolando. Porque a fé é igual à imaginação. Ela vê uma coisa onde não há nada, dá um salto e de repente você está voando."

Em um determinado dia, Judith cobre a Terra Gloriosa com espuma de barbear, e, como num passe de mágica, no dia seguinte a cidade amanhece coberta por gelo. Ela interpreta tal façanha como um milagre. Não algo avassalador e de imensas proporções, mas como um pequeno e importante milagre.

Outros sinais mostram para Judith que os seus feitos na Terra Gloriosa são poderosos. E como todo poder, este também vem carregado de suas responsabilidades. Assim que toma conhecimento do que pode fazer, o primeiro pensamento da garota é tentar se livrar dos ataques e agressões que sofre por parte do temível Neil Lewis. Toda ação traz uma reação e isso não será diferente na vida de Judith, que colherá os frutos de sua semeadura...

"A semente de mostarda é a menor das sementes, mas, quando ela cresce, os pássaros dos céus vêm pousar em seus galhos. Um grão de areia vira uma pérola, e as orações que começam com pouco ou quase nada têm que ser ditas, porque, se há um mínimo de alguma coisa, ela já começa a crescer e, se há mais que o mínimo, algo grandioso vai acontecer, algo que já estava lá desde o início, de um jeito bem pequeno."

A Menina que Fazia Nevar é apaixonante! Um livro carregado de ternura e com momentos de muita tensão, que nos deixa, acima de tudo, uma lição imprescindível e importante. Narrado em primeira pessoa, acompanhamos a visão que Judith tem sobre o mundo, juntamente com a sua inocência e a sua esperança voraz.

Judith é uma garota extremamente inteligente e que consegue enxergar além. Além dos conceitos impostos pela sociedade, além do mundo físico, além do caos contemporâneo, além da imaginação. A Terra Gloriosa é a sua válvula de escape de um mundo frio, consumista e egoísta, que se preocupa muito mais com a aparência do que com o realmente ocorre no seu interior. E essa garota brilhante surge para nos mostrar o que é ter fé, como adquiri-la em Verdade e Espírito. Sim, muitos alegam ter fé porque frequentam uma determinada instituição religiosa esporadicamente, porque entre quatro paredes se lembram de Deus e cumprem o seu papel perante os demais irmãos de sua religião, mas quando estão em casa, na rua, no seu trabalho, se esquecem do que aprenderam durante o final de semana na igreja, e não exercem a sua fé. São pessoas amargas, deterioradas pelos problemas da vida, mas que todo domingo estão batendo o cartão na sua prelazia religiosa, apesar de não fazerem uso da fé em seu cotidiano. O pai de Judith se encaixa bem nesse termo. Ele lê uma passagem da Bíblia todos os dias para a sua filha, frequenta avidamente a sua congregação, mas é alguém que não consegue demonstrar o seu amor, que não consegue dialogar, enfim, é uma pessoa amargurada, seca e infeliz, assim como demais pessoas que eu e você conhecemos, não é mesmo?

"Vivo dizendo para mim mesma que as coisas pequenas são grandes e as coisas grandes são pequenas, que as veias correm que nem rios, que os cabelos crescem feito grama, que um monte de musgo parece uma floresta para um besouro, e que, do espaço, os contornos dos países e das nuvens parecem as cores de uma bolinha de gude. Penso em como o formato de uma nebulosa de oxigênio e hidrogênio parece o respingo de uma gota de leite, quando os lados se erguem em forma de coroa. Penso nas imagens de pedras, de pó e de galáxias no espaço, elas não parecem mais que flocos de neve em uma nevasca, e os buracos negros são como pérolas em conchas fundas, superaglomerados parecem espuma de banho - parecem favos de mel, as células de uma folha, as ranhuras do nariz de um zangão. Penso que as espirais de uma nebulosa e as cavernas de uma chama brilham com a mesma luz e que os olhos se avivam e se enchem ao olhar para as duas, do mesmo jeito."

Brilhantemente construído, A Menina que Fazia Nevar possui uma bela e arquitetada narrativa que encanta, emociona, e sobretudo, nos leva a refletir. Judith enfrenta sérios problemas que assolam a nossa geração, como o bullying, a falta de diálogo em casa, a reclusão, dentre outros, que assim como as suas mazelas, passam despercebidos pela sociedade. Acompanhar a sua visão acerca do mundo, tanto no que concerne ao meio ambiente como na atmosfera religiosa é enriquecedor e comovente. A capa do livro é muito bonita, numa tonalidade creme e com alguns dos elementos que fazem parte da Terra Gloriosa e a diagramação está excelente, sem quaisquer erros. Um livro tocante, profundo e que com certeza, se você ainda não acredita, te fará acreditar em milagres. Recomendo, com certeza.

http://www.newsnessa.com/2013/03/resenha-menina-que-fazia-nevar-grace.html
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Mah 15/12/2013

Fé e Imaginação
Livro simples, singelo e absurdamente meigo.

Eu poderia escrever uma resenha imensa, mas acho que faltariam palavras para descreve-lo. Um livro que mostra a fé pelo olhar de uma criança, com toda sua pureza e inocência.

Não é um livro religioso, pois na minha opinião ele coloca a imaginação e a fé lado a lado, mostra um lado bom e um lado ruim da religião e de seu fanatismo.

Simplesmente lindo e emocionante :')
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