A Menina Que Fazia Nevar

A Menina Que Fazia Nevar Grace McCleen




Resenhas - A Menina Que Fazia Nevar


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Val 06/03/2014

Livro "A Menina Que Fazia Nevar"
Judith, protagonista, sofre muito bullying por seguir a religião que segue com seu pai. Eles batem de porta em porta pra falar que o fim está pra chegar. Ela tem uma vida solitária, a mãe morreu quando ela nasceu, e não tem amigos. Além disso, ela acha que o pai não a ama.
Neil é um dos colegas de classe que a atormentam, e é a partir de uma das situações que ela fica com medo que o livro começa a dar sentido ao seu nome. Quando Neil diz que vai por a cabeça dela na privada, ela começa a ter medo, e com isso acaba pedindo tanto, mas tanto, pra acontecer algo que faça ela não ter aula. Judith coloca espuma de barbear em sua maquete, imaginando ser uma grande nevasca e em como seria bom se aquilo acontecesse e fizesse ela não ter aula. Para sua surpresa, no dia seguinte a cidade inteira está envolta em uma nevasca.
Com isso, a garota acredita que, com sua fé, ela pode fazer milagres.
A história fala de problemas do cotidiano como bullying, falta de interação familiar, medos, perdas, etc.
Eu esperava mais do livro, infelizmente, mas é um livro de leitura gostosa!



E você? Já leu? O que achou?

site: http://www.revistagalaxy.com/2014/03/resenha-menina-que-fazia-nevar.html
Beth 10/03/2014minha estante
Espero que a estória seja realmente boa, pois na primeira vez que li a sinopse ele não havia despertado minha atenção. Vou ler por causa de sua resenha. Beijos.


Andréia 10/03/2014minha estante
Quero ler esse livro a resenha dele está ótima


Gy 15/03/2014minha estante
Esse livro parece ser muito bonito, trás um tema inspirador e emocionante...


Dani 21/03/2014minha estante
Que pena que o livro deixou a desejar, mas ainda sim parece ser uma estória bem emocionante e cativante, acho que eu leria!


Dani 21/03/2014minha estante
Que pena que o livro deixou a desejar, mas ainda sim parece ser uma estória bem emocionante e cativante, acho que eu leria!


Belle 21/03/2014minha estante
Eu achei que o livro não é lá essas coisas, não é bom e nem ruim, mas acho que vou dá uma chance a esse livro, vou lê-lo...


laysa dniz 23/03/2014minha estante
acho que eu leria


Gizeli 25/03/2014minha estante
Fiquei encantada com sua resenha, deu vontade até de ler o livro.
Ultimamente estou procurando história assim, que deixam um ensinamento para a gente. Já vou adicionar ele a minha lista.


Gizeli 25/03/2014minha estante
Fiquei encantada com sua resenha, deu vontade até de ler o livro.
Ultimamente estou procurando história assim, que deixam um ensinamento para a gente. Já vou adicionar ele a minha lista.




Regiane 03/03/2013

Singelo e tocante!


“ Não tinha muita gente com quem conversar, além do Pai, então comecei a falar com Deus. Sempre achei que era só uma questão de tempo até Ele responder. Pensava nisso como uma chamada telefônica de longa distância. A linha era ruim, havia passarinhos sentados em cima dela, caía uma tempestade, então eu não conseguia entender o que a outra pessoa estava dizendo, mas nunca duvidei de que, no fim, iria ouvir. Aí um dia os pássaros saíram voando, a chuva parou e eu ouvi . ”

Esse livro me chamou a atenção logo de cara. Tanto a sinopse, quanto a capa são bem atrativas, o que me fez criar muitas expectativas, que felizmente foram superadas. A Menina Que Fazia Nevar (The Land of Decoration), possui uma leitura singela e bonita, mas que ao mesmo tempo também é bem tensa.

Judith é uma garota de 10 anos, que leva uma vida bem diferente da maioria das outras crianças da sua idade. Ela vive em uma casa cheia de lembranças da mãe que ela nem conheceu, ao lado do seu pai. Sua rotina é simples e as únicas pessoas que ela mantém convivência, são os fieis da igreja, de qual faz parte. Na escola ela não tem o respeito por nenhum de seus colegas, pelo contrário, ela sofre deboches e o único lugar que ela encontra felicidade é em seu quarto, onde a imaginação não tem limites. Lá Judith cria um mundo, em uma maquete com bonecos de panos, utilizando todo tipo de sucata para completar o cenário, a qual ela chama de Terra Gloriosa.

Judith enxerga com os olhos da fé, algo que é bem incomum na maioria das pessoas. Ela é capaz de identificar sinais divinos e possibilidades por trás. E quando ela resolve espalhar espuma de barbear sobre o seu mundo em miniatura, e sua cidade amanhece coberta de neve, ela chega a conclusão que esse e outros sinais, fazem parte de um pequeno milagre e como nem todos possuem a capacidade de reconhecê-los, muitas vezes, as pessoas podem confundi-los com mera coincidência. Mas o que Judith precisa dar conta, é que esses possíveis milagres nem sempre trazem apenas benefícios, porque por mais que sejam bem intencionados, eles podem resultar em desastres.

Esse livro me envolveu tanto, que quando percebi eu tinha terminado-o em poucas horas. Mas também não foi por menos, pois a escrita de Grace McCleen não só cativa, como fascina o leitor, transbordando beleza e sentimento. Ouso a dizer que a narração em 1° pessoa sob a visão de Judith é impecável. A autora soube muito bem trabalhá-la sob a perspectiva de uma garotinha de 10 anos - cheia de sonhos, medos e questionamentos.

Por ser o 1° romance de McCleen, ela se saiu perfeitamente bem para uma iniciante. Senti muita segurança e confiança através de sua obra. Fiquei demasiadamente encantada pelo toque poético que foi acrescentado na história. Apesar de não ter chorado ao terminar a leitura, fiquei muito emocionada - com um nó na garganta - e com uma necessidade enorme em refletir sobre as coisas que ocorreram a pequena Judith. A falta de carinho por parte do pai, a mãe que ela nunca conheceu, os insultos recebidos na escola me fizeram ter vontade de cuidar dessa menina.

Inicialmente esse livro pode soar simplório, mas ele é muito mais que um infanto-juvenil, por isso não o subestime. É uma história repleta de metáforas e mensagens que vão fazer o leitor passar um bom tempo pensando em como pequenas atitudes são capazes de mudar as nossas vidas.

Fiquei admirada pela fé da pequena Judith. Por mais árduo que tudo estivesse a sua volta ela estava lá, disposta a acreditar que as coisas ruins e tristes iriam passar, e que logo chegaria o dia em que ela seria contemplada por um milagre. E a partir desse momento, por um desejo tão cheio de esperanças, tudo começa a mudar.

“ A fé é igual a imaginação. Ela vê uma coisa onde não há nada, dá um salto e de repente você está voando . ”

Judith é uma criança doce, inteligente e muito criativa. É impossível não se render ao seu encanto. Seus desejos e anseios nada mais são tudo aquilo que uma criança da sua idade merece ter. O drama familiar é muito tocante. Existe uma barreira tão grande entre ela e seu pai, que quando finalmente começa a ser vencida, fez-me sentir muito comovida e tocada. É o ápice da emoção, e com certeza um dos momentos mais lindos.

O livro também aborda as consequências que o fanatismo religioso podem trazer, portanto que fique claro, que essa obra passa longe de ser uma pregação, pelo contrário. É um alerta de como não devemos deixar nossos corações se enganar por conta de uma crença. O embasamento de religião contido aqui, em parte foi vivenciado por Grace em sua infância. Ela usa de uma forma que não afronta as demais religiões e céticos. É uma leitura capaz de agradar a todos, independente do que acreditam ou deixam de acreditar.

A conclusão da história foi o que me desagradou um pouco, pois ficou algo no ar. As coisas aconteceram rapidamente, deixando uma sensação de vazio. Queria ter tido um pouco mais da Terra Gloriosa de Judith.

A obra criada por Grace McCleean é formidável e singela, que merece todo reconhecimento possível por parte daqueles que não são apenas capazes de terem seus corações balançados por uma bela história, mas como também de levarem para suas vidas uma incrível lição de esperança e reconciliação. Eu recomendo!
Kimberly G. B. 04/03/2013minha estante
Nossa, pela sua resenha, posso admitir, que o livro é quase como uma "Poliana", certo?
Acho que é capaz de eu ler!


Regiane 05/03/2013minha estante
Oi, Kimberly!

Digamos que é quase mesmo uma "Poliana". O livro é muito bom, recomendo a leitura ;)


Silvia 07/03/2013minha estante
Quero muito ler este livro, engraçado sempre ouvi falar de Poliana mas, nunca li o livro, então posso mergulhar de cabeça em A Menina que Fazia Nevar. \0/


M.M.JÚNIOR 20/03/2013minha estante
Só pela resenha me deu vontade de ler, parabéns Regiane!




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Alessandra Costa 04/05/2013minha estante
Super chateada com o fim do livro.


Danielle 16/06/2013minha estante
Fiquei chateada com o final também.


Mah 15/12/2013minha estante
Qual a diferença entre a fé e a nossa imaginação? Essa foi a pergunta que ficou na minha mente após o final da história...




Marcela Pires 03/02/2013

Maravilhoso!
"E então sei que sou imensa e sou pequena, ficarei para sempre e irei em um minuto, sou tão nova quanto um ratinho e tão velha quanto o Himalaia. Estou quieta e estou girando. E, se sou pó, sou também pó das estrelas." p.196

Uma obra fala muito sobre o seu criador, e acho que "A Menina que fazia nevar" tem muito da sua escritora Grace McCleen, que como Judith, nossa narradora e protagonista, foi criada na religião fundamentalista cristã dos últimos dias (Mórmons).

"A Menina que fazia nevar" conta a estória de Judith, uma menina de 10 anos que é criada pelo pai, sem contato com as pessoas de outras religiões, colecionadora de pequenas bugigangas que encontra na rua, e faz do seu quarto o seu mundo! Nele Judith fez uma maquete de mundo: Terra Gloriosa! A menina se vê sozinha a maior parte do tempo pois, seu pai, um homem fechado, taciturno e triste, trabalha a maior parte do tempo na fábrica da cidade e a rotina deles não passa de poucas palavras e estudos bíblicos, e pela espera do Armagedon (Fim do Mundo).
Judith é alvo constante de gozações na escola, mas a vida da menina começa a sair do eixo quando um colega de classe, Neil, promete enfiar a cabeça dela na privada. Crente que morrerá, com muito medo e sem ter com quem conversar, Judith se desespera, e vê na Terra Gloriosa a única oportunidade de diversão. No domingo após o culto, a garota pensa em como "os milagres podem ser tão pequenos que as pessoas nem percebem", e ela pensa que seria muito bom se nevasse, pois assim não precisaria ir na escola e nem "morrer" afogada na privada, como prometeu Neil. Então enche sua maquete de espuma de barba, e por "milagre" no dia seguinte, a cidade amanhece coberta de neve.
Nesse momento inicia a tensão no livro, pois Judith acredita ter poderes, começa a falar com Deus e seu pai anda preocupado demais com uma greve que é instalada na fábrica.
Eu tenho um carinho especial por livros que são narrados por crianças, pois o universo e a mente infantil é repleta de sonhos, medos, angústias, e uma palavra mal colocada vira uma bola de neve na cabeça e no coração de uma criança.

Judith é uma menina solitária, sem lembranças da mãe a não ser pelo amor que as duas tem pelo artesanato e 4 fotos espalhadas pela casa, julgando não ter o amor do pai e sem amigos ou parentes, ela cria seu mundo, e a religião é um alento perigoso em para seu coração. Ela vê no Armagedon a possibilidade constante de ser feliz e ver seus pais unidos novamente.
Esse livro expressa bem o que a imaginação pode causar em crianças que não tem liberdade para se comunicarem, e o que podem fazer e sofrer.

É um romance cheio de tensão, é comovente, em certas páginas você quer colocar a menina no colo e dizer que tudo ficará bem...Muito interessante como Grace McCleen conseguiu penetrar na mente de uma menina de 10 anos, e fazer tantos sentimentos se tornarem reais, chego a pensar se não era ela uma "Judith".

Informações:
Editora Paralela
310 páginas
Guigo 25/02/2013minha estante

Parabéns pela resenha , vou ler o livro pela estima de suas palavras .. Realmente parece muito emocionante ! Gosto muito de livros baseados na imaginação e no mundo livre e puro que vivem as crianças ... Obrigado !


Silvia 07/03/2013minha estante
Estou doida por este livro \0/
Ótima resenha!




Graça 08/04/2013

A Menina Que Fazia Nevas
Eu me encantei com o título do livro à primeira vista, mas foi quando assisti o book trailer que tive certeza que queria ler com urgência. E se vier o filme um dia, então ficarei totalmente satisfeita.

A Mãe de Judith McPherson, morreu no parto e ela foi criada somente pelo Pai. Um homem cheio de fé, paciência, temente a Deus e que frequenta uma igreja regularmente junto com a filha. Judith, assim como muitas crianças, é inteligente, mas sofre perseguições na escola por um grupo liderado por Neil Lewis.

Ela não tem amigos fora da igreja, e todos os dias Neil avança contra ela. Na última vez prometeu mergulhar sua cabeça na privada. Judith então corre para casa, em seu quarto, o único lugar onde se sente segura. Brinca com sua Terra Gloriosa como se pudesse transferir para a realidade seus movimentos. Então, imagina que se no dia seguinte nevasse muito, ela não iria à escola e ficaria livre das ameaças. Espalha espuma de barbear na maquete e para sua surpresa, no dia seguinte, a cidade está coberta por muita neve.

“Os milagres são o que você vê quando para de pensar e acontecem porque alguém os fez e alguém, em algum lugar, teve fé.”

O trecho acima resume bem como pensa essa garotinha solitária, que faz pregações com o Pai de casa em casa e que é discriminada por isso, mas não desiste. Aos poucos tudo muda em sua vidinha. O Pai começa a ter problemas em seu trabalho, os meninos passam a incomodá-los em sua casa e na escola a situação também muda. E além disso, Judith agora conversa com o próprio Deus.

O Pai e Judith estudam a Bíblia todas as noites, uma prova de amor à religião e ao Senhor. E embora o diálogo entre eles pouco aconteça, esse momento os une.

Com 312 páginas, dividido em cinco partes e pequenos capítulos, é de leitura e linguagem fácil. Considerado literatura infanto juvenil agrada a todas as gerações. A capa é delicada e enfeitada pela sucata usada na Terra Gloriosa, inclusive com objetos deixados pela Mãe. Grace McCleen, a autora, mostra a importância da família, do diálogo, das amizades, da fé e da superação. De uma maneira sutil abrange assuntos sérios.

“A menina que fazia nevar é uma lição para todos que passam pela vida sem reparar nos pequenos detalhes. É também uma poderosa mensagem de esperança e reconciliação que já inspirou muitos leitores em diversos países.”
Mariana 11/06/2013minha estante
ai que saudade da Juduth :( Vou ter que ler de novo!




Thais.Carvalho 12/03/2022

Uma história tocante! Judith é uma menina muito inteligente, mas sofre bullying na escola por conta de sua religião. Logo ela descobre que consegue fazer milagres e a história é emocionante.
DANILÃO1505 09/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Helaina 19/11/2013

Linda história!
Esse livro cativa desde a capa. Ela é muito bonita e foi o que primeiro chamou minha atenção. Depois, a história. Não tem como não se encantar com Judith, que é quem narra a história, e torcer por ela para que alguém a ajude a se livrar de Neil, o menino que a perturba no colégio. Ele prometeu enfiar a cabeça dela na privada na segunda-feira, promessa essa feita durante a briga dos dois na sexta-feira onde ele não teve tempo de fazer isso, e Judith passa a temer por sua vida.

A primeira coisa que pensamos é: porque ela não pede a ajuda de um adulto. Então temos a resposta:

“Mas, se eu contasse, ele só iria dizer: “Você falou para o professor?”, e eu diria: “Falei”, e o Sr. Davies teria dito: “Ninguém vai enfiar a cabeça de ninguém na privada”, e o Pai diria: “Então está tudo bem”. Mas eu sabia que Neil iria enfiar minha cabeça na privada de qualquer jeito. E fiquei me perguntando por que o Pai nunca acreditava em mim.” - Pág. 21

Diante desse problema, vemos como a religião interfere na vida da menina e a afasta do pai. Pouca da atenção dele é direcionada à filha. Ele (e o grupo) tem regras que chamam de “Coisas Necessárias” que eles fazem achando que é para o bem deles e dos outros. Rezar é uma dessas coisas. Segundo Judith, eles acreditam que estamos vivendo nos Últimos Dias e a missão deles é levar a todos a palavra de Deus.

“Existem as Ovelhas (Irmãos como nós), as Cabras (incrédulos) e as Ovelhas Desgarradas (Irmãos que foram Apartados da congregação ou caíram). Há o Joio no Trigo (pessoas que fingem ser Irmãos, mas que não são), os Falsos Profetas (líderes de outras religiões), a Besta Fera (todas as religiões do mundo), os Gafanhotos (nós mesmos com nossa mensagem ardorosa),uma ascensão nas Relações Imorais (sexo) e sinais no sol, na lua e nas estrelas (ninguém sabe o que significam ainda).” Pág. 23 - 24

Eu não consegui descobrir que religião é essa do livro. Apesar de na sinopse estar escrito que é uma igreja cristã, eles não tem Cristo como maior símbolo da igreja, pois em um trecho é revelado que eles nem celebram o Natal. Se alguém aí conseguiu identificar qual é a religião comente!

Bom, o livro não é uma discussão sobre religião. Ela aqui na verdade é mais para ambientar a vida que Judith leva com o pai e eles são o foco principal da história.

O medo de ser morta pelo colega de escola faz a menina usar sua fé para cancelar as aulas. Ela acredita que uma nevasca poderia salvá-la ou pelo menos adiar seu fim. Assim, ela cobre a Terra Gloriosa com um pano branco e espera pela neve. Esse pequeno gesto, acredita Judith, desencadeou uma série de acontecimentos que irão interferir na sua vida com o pai inclusive colocando os dois em perigo.

A história tem muitos momentos de tensão e alguns momentos muito fofos. Entre pai e filha, entre Judith e os irmão da igreja e também com uma vizinha excêntrica. Gostei de ler e recomendo. Só não esperem resposta para tudo que se passa na cabeça da menina, porque não terão.

“Porque a fé é igual à imaginação. Ela vê uma coisa onde não há nada, dá um salto e de repente você está voando.”

site: http://hipercriativa.blogspot.com.br/2013/09/resenha-menina-que-fazia-nevar.html
Aline Ramos 22/06/2014minha estante
Eu achei que pode ser testemunha de Jeová, pelo fato de sairem de porta em porta pra pregar e falar do fim do mundo e não poder receber transfusão de sangue.




Oliver 27/02/2013

A MENINA QUE FAZIA NEVAR
"A fé é um salto: você está aqui, a coisa que você quer está lá. Há um espaço
entre você e ela. Você só tem que saltar. Andar sobre as águas, mover
montanhas e trazer os mortos de volta à vida não é difícil. Você dá o
primeiro passo e o pior já passou, você dá o segundo e já está na metade
do caminho". [pág 352]


A MENINA QUE FAZIA NEVAR é um dos melhores livros que já li, sem dúvida alguma. Judith tem 10 anos e vive reclusa numa casa com seu pai cheia de lembranças da sua mãe que ela nem chegou a conhecer. Visita todos os domingos a igreja e passa o maior tempo no seu quarto, brincando com sua maquete de mundo que ela construiu com sucata. No que as pessoas vêem lixo, Judith ver criação. Tudo começa a mudar quando ela enche a maquete de espuma de babear e a cidade aparece coberta de neve. Coincidência? Milagre ? Judith sabe que milagres nem sempre são grandes, e que reconhecê-los é um dom de poucas pessoas.

A história parece ser simples, mas, é super grandiosa e perfeita. Perdi a conta de quantas vezes chorei; o livro te faz pensar em tudo o que você já fez e no que vai fazer. As parábolas, as metáforas e as comparações te fazem o tempo todo refletir. Judith sofre tanto que ás vezes dá vontade de tirá-la das páginas; conviver com um pai que mal a toca e mal fala com ela, sofrer chacotas na escola , tudo isso não é fácil quando se tem dez anos.

O Fanatismo é outra entre linha instigadora, existem tantas pessoas que se deixam cegar pela religião; e se tudo não passasse de pura imaginação? O livro é meio complicado e te faz refletir sobre Deus ( criar tudo e depois destruir, colocar vários testes e se você errar um, você está condenado) ; São várias facetas que o livro proporciona. O mais interessante é a FÉ, você tem que ter e nunca deixar de acreditar que algo vai ser possível, que você não deve imaginar o paraíso sem se imaginar nele.


"Então sempre deixe alguma coisa amarrada. Se você quiser ir mais alto, é só dar um pouco mais de corda". [pag.370]
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Vanessa Vieira 07/03/2013

A Menina que Fazia Nevar_Grace McCleen
O livro A Menina que Fazia Nevar, de Grace McCleen, nos conta a história de Judith McPherson, uma garotinha de dez anos. Judith leva uma vida pacata e simples ao lado de seu pai, e as únicas pessoas que os visitam são os irmãos da congregação cristã da qual fazem parte. Ela não teve a oportunidade de conhecer sua mãe, e isso lhe faz muita falta. Na escola, ela é frequentemente maltratada e humilhada por Neil Lewis, além de ser alvo de gozações dos demais colegas. Quando chega em casa, a garota se refugia em sua maquete de sucata, a qual intitulou Terra Gloriosa. Formada por objetos que a olhos nus são meramente lixo, Judith consegue idealizar um panorama utópico, e visualiza entre anéis de lata, grampos, retalhos de tecido, dentre outros apetrechos, um verdadeiro paraíso, no qual acredita que reencontrará sua mãe em um belo dia.

Apesar de ainda ser uma criança, Judith é um verdadeiro exemplo de fé. Ela consegue enxergar o divino, Deus, em quase todas as coisas e nisso encontra sua inspiração para arquitetar ainda mais a sua Terra Gloriosa. Ela constrói bonecos remendados de pano e prepara para cada um deles histórias felizes e repletas de esperança. O que a doce garota não poderia imaginar era que o seu passatempo favorito talvez não fosse apenas uma simples maquete...

"Eu sei como é a fé. O mundo no meu quarto é feito dela. Com fé bordei as nuvens. Com fé recortei a lua e as estrelas. Com fé colei tudo junto e fiz todas essas coisas cantarolando. Porque a fé é igual à imaginação. Ela vê uma coisa onde não há nada, dá um salto e de repente você está voando."

Em um determinado dia, Judith cobre a Terra Gloriosa com espuma de barbear, e, como num passe de mágica, no dia seguinte a cidade amanhece coberta por gelo. Ela interpreta tal façanha como um milagre. Não algo avassalador e de imensas proporções, mas como um pequeno e importante milagre.

Outros sinais mostram para Judith que os seus feitos na Terra Gloriosa são poderosos. E como todo poder, este também vem carregado de suas responsabilidades. Assim que toma conhecimento do que pode fazer, o primeiro pensamento da garota é tentar se livrar dos ataques e agressões que sofre por parte do temível Neil Lewis. Toda ação traz uma reação e isso não será diferente na vida de Judith, que colherá os frutos de sua semeadura...

"A semente de mostarda é a menor das sementes, mas, quando ela cresce, os pássaros dos céus vêm pousar em seus galhos. Um grão de areia vira uma pérola, e as orações que começam com pouco ou quase nada têm que ser ditas, porque, se há um mínimo de alguma coisa, ela já começa a crescer e, se há mais que o mínimo, algo grandioso vai acontecer, algo que já estava lá desde o início, de um jeito bem pequeno."

A Menina que Fazia Nevar é apaixonante! Um livro carregado de ternura e com momentos de muita tensão, que nos deixa, acima de tudo, uma lição imprescindível e importante. Narrado em primeira pessoa, acompanhamos a visão que Judith tem sobre o mundo, juntamente com a sua inocência e a sua esperança voraz.

Judith é uma garota extremamente inteligente e que consegue enxergar além. Além dos conceitos impostos pela sociedade, além do mundo físico, além do caos contemporâneo, além da imaginação. A Terra Gloriosa é a sua válvula de escape de um mundo frio, consumista e egoísta, que se preocupa muito mais com a aparência do que com o realmente ocorre no seu interior. E essa garota brilhante surge para nos mostrar o que é ter fé, como adquiri-la em Verdade e Espírito. Sim, muitos alegam ter fé porque frequentam uma determinada instituição religiosa esporadicamente, porque entre quatro paredes se lembram de Deus e cumprem o seu papel perante os demais irmãos de sua religião, mas quando estão em casa, na rua, no seu trabalho, se esquecem do que aprenderam durante o final de semana na igreja, e não exercem a sua fé. São pessoas amargas, deterioradas pelos problemas da vida, mas que todo domingo estão batendo o cartão na sua prelazia religiosa, apesar de não fazerem uso da fé em seu cotidiano. O pai de Judith se encaixa bem nesse termo. Ele lê uma passagem da Bíblia todos os dias para a sua filha, frequenta avidamente a sua congregação, mas é alguém que não consegue demonstrar o seu amor, que não consegue dialogar, enfim, é uma pessoa amargurada, seca e infeliz, assim como demais pessoas que eu e você conhecemos, não é mesmo?

"Vivo dizendo para mim mesma que as coisas pequenas são grandes e as coisas grandes são pequenas, que as veias correm que nem rios, que os cabelos crescem feito grama, que um monte de musgo parece uma floresta para um besouro, e que, do espaço, os contornos dos países e das nuvens parecem as cores de uma bolinha de gude. Penso em como o formato de uma nebulosa de oxigênio e hidrogênio parece o respingo de uma gota de leite, quando os lados se erguem em forma de coroa. Penso nas imagens de pedras, de pó e de galáxias no espaço, elas não parecem mais que flocos de neve em uma nevasca, e os buracos negros são como pérolas em conchas fundas, superaglomerados parecem espuma de banho - parecem favos de mel, as células de uma folha, as ranhuras do nariz de um zangão. Penso que as espirais de uma nebulosa e as cavernas de uma chama brilham com a mesma luz e que os olhos se avivam e se enchem ao olhar para as duas, do mesmo jeito."

Brilhantemente construído, A Menina que Fazia Nevar possui uma bela e arquitetada narrativa que encanta, emociona, e sobretudo, nos leva a refletir. Judith enfrenta sérios problemas que assolam a nossa geração, como o bullying, a falta de diálogo em casa, a reclusão, dentre outros, que assim como as suas mazelas, passam despercebidos pela sociedade. Acompanhar a sua visão acerca do mundo, tanto no que concerne ao meio ambiente como na atmosfera religiosa é enriquecedor e comovente. A capa do livro é muito bonita, numa tonalidade creme e com alguns dos elementos que fazem parte da Terra Gloriosa e a diagramação está excelente, sem quaisquer erros. Um livro tocante, profundo e que com certeza, se você ainda não acredita, te fará acreditar em milagres. Recomendo, com certeza.

http://www.newsnessa.com/2013/03/resenha-menina-que-fazia-nevar-grace.html
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Moonlight Books 13/03/2013

Leia esta e outras resenhas no blog Moonlight Books, http://www.moonlightbooks.net
Comecei a ler este livro com um pouco de receio, pois o fato de ser uma obra que traz religião inserida no enredo, me fez pensar que talvez pudesse encontrar aqui uma pregação ou algo do tipo, uma forma de fazer você pensar que se não acreditar em certos fatos, sua vida está perdida e sem salvação. Vejam bem, não gosto de imposições, e acredito que cada um deve seguir o que acredita, o que achar melhor para si. Religião e time de futebol eu não discuto, você faz sua escolha, eu a minha e somos bons amigos. Então fiquei muito feliz, quando comecei a ler o livro e percebi que a religião é parte do cenário, ilustra a história, mas não se impõe ao leitor.

A Menina que Fazia Nevar nos apresenta a pequena Judith McPherson, uma garotinha de 10 anos, que perdeu a mãe ainda bebê e é criada pelo seu pai, um homem muito reservado e severo. Judith não é muito popular entre as crianças de sua idade, na escola sofre bullying constantemente e acaba sendo uma criança isolada e tímida. Para os outros alunos ela é tida como a garota esquisita, não só por manter-se afastada, mas também devido a vida que leva com seu pai, afinal para eles é pouco comum, uma criança viver de porta em porta pregando religião, juntamente com vários adultos.

A grande alegria da menina é uma maquete feita de sucata, que ela tem em seu quarto, a sua Terra Gloriosa. Lá, Judith foge do mundo real e cria seu próprio espaço. Olhando poderíamos achar que tudo aquilo não passava de um monte de lixo, mas aos olhos da menina, é o mundo perfeito e segundo ela, como será o local de salvação dos que sobreviverem ao fim dos tempos.
"Há um mundo no meu quarto. É feito das coisas que ninguém quis mais e das coisas que eram da minha mãe, que ela deixou para mim, e passei boa parte da vida fazendo esse mundo"
Um dia Neil Lewis, seu colega de classe, ameaça mergulhar a cabeça dela na privada, e a menina entra em desespero, começa a pensar como seria morrer desta forma e o que aconteceria após sua morte. Como seu pai é de pouca conversa, não a ajuda em nada a superar seu medo, então ela corre para sua maquete em busca de consolo, e imagina que se nevasse muito, ela poderia ficar em casa e não ir à escola, assim ficando livre desta terrível morte. Judith espalha espuma de barbear na maquete, como se fosse neve e para sua surpresa, no dia seguinte, a cidade está coberta por uma forte nevasca.

A fé que fez parte de sua criação se manisfesta em seu coraçãozinho, e Judith acredita ser capaz de fazer milagres. Mas grandes feitos, têm grandes consequências.
"Os milagres são o que você vê quando para de pensar e acontecem porque alguém os fez e alguém, em algum lugar, teve fé."
Narrado em primeira pessoa pela menina, este livro foi uma grata surpresa, meu temor inicial foi dissipado rapidamente ao mergulhar no mundo de Judith. Esta garotinha me conquistou deste a primeira página, ela cativa com sua doçura, inocência e fragilidade. Judith tem sentimentos fortes, até demais para alguém tão jovem, e atinge em cheio o leitor. Ela faz você ter vontade de tomá-la nos braços e lhe dar amor e carinho. É de partir o coração ver suas tentativas de conversar com seu pai e não ter retorno, vê-la em seu quarto em companhia apenas da Terra Gloriosa, mostra o quanto ela é solitária.

Judith é jovem, mas seus pensamentos são bem maduros, mesmo sendo muito inocentes. Ela pensa em coisas pouco comuns, como no Armagedom, e quando acredita ter realizado um milagre, ela se vê dentro de dilemas morais tão fortes, que achamos que ela não resistirá a tanta pressão. Ela se vê conversando com Deus e carregando a salvação do próprio pai nas costas.
" - Deus?, eu disse, eu posso mesmo salvar o Pai?
- Pode, Deus falou, pode sim."
Percebi facilmente o quanto a falta de diálogo em casa dificulta a vida de uma criança, este mundo que a menina mergulhou foi sua única chance de desabafar, fiquei me perguntando se a própria autora não viveu esta situação, pois tudo é muito crível, algo que parece ser uma experiência real.

O pai de Judith, em um primeiro momento, nos faz acreditar que não ama a filha, tanto que ela mesma acredita nisso, mas no decorrer na leitura, percebi que ele era tão solitário quanto a menina, o que mantinha ele afastado, era sua dificuldade de se abrir para o amor e mostrar seus sentimentos, pois a perda da esposa o marcou profundamente. Observar seus pequenos gestos é o melhor para entendê-lo e ver assim o imenso amor pela filha. Fiquei particularmente comovida com a passagem em que é explicada a razão deles lerem a Bíblia todas as noites, o que inicialmente achei que era um castigo, era, na verdade, uma prova de amor.

A história traz outros personagens, além de Judith e seu pai, pessoas comuns, com seus próprios dramas pessoais, que nos são apresentados de forma leve e até mesmo divertida, pelo olhar da menina.

A autora não só mostrou a importância dos diálogos em família, mas também a força da fé e da superação. Ela ainda conseguiu abranger outros dois assuntos muito sérios, o bullying e o fanatismo religioso. Existe uma crítica sobre todos estes assuntos inserida de forma sutil e inteligente na trama.

A escrita de Grace é fluída, o livro é dividido em cinco partes e traz capítulos curtos, mesclados com trechos da Bíblia e intitulados de acordo com os pensamentos de Judith. A capa é meu xodó, com as imagens das sucatas usadas na Terra Gloriosa, que nos remetem diretamente à belos momentos da história.

É um livro infanto juvenil que ao meu ver serve para pais, filhos e netos. A carga psicológica é grande, mas por ser trazida na linguagem de uma criança, torna-se de fácil entendimento para os mais jovens e muito comovente e inspiradora para os adultos. Um livro rico, que me encantou profundamente, o único ponto que achei negativo foi o final, achei que ficou algo no ar, sem uma boa definição. Eu esperava algo mais concreto e conclusivo, mas nem por isso tiro pontos em sua classificação final.
"Este livro é uma lição para todos que passam pela vida sem reparar nos pequenos detalhes. É também uma poderosa mensagem de esperança e reconciliação..."
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Tahbooks 11/04/2023

O livro trata de fé, bulling, imaginação e milagres.

Judith tem 10 anos e vive só com o pai, e leva a vida na igreja ao lado do pai, sai para pregar a palavra , faz leitura toda noite com o pai da bíblia, não tem amigos na escola e sofre bullying devido a crença que tem...
Para fugi disso usa a imaginação e cria a terra gloriosa de sucata e lá fica imaginando como sera o paraiso e encontar a mae la quando o mundo acabar.
Varios acontecimentos ao seu redor a mesma acredita que faz milagres e com a voz na sua cabeca falando que é Deus , orientando ela a fazer as coisas e acreditar que foi a culpada... emocionando os acontecimentos porém não é meu estilo de leitura... mais todos tem que ler, pois nao a certeza absoluta.
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/QMD/ 09/04/2013

Henrique usa espuma de barbear da forma correta.
O livro conta a história de Judith, uma garota de 10 anos de idade que enxerga o mundo de uma maneira diferente: onde todos enxergam lixo, ela enxerga milagres. Com os olhos da fé, o pai sempre a levou à igreja e a encheu de pensamentos e ensinamentos sobre Deus, como quando ele diz que um dia o filho dEle irá voltar à Terra para levar todos que foram bons à Terra Gloriosa, incluindo a mãe de Judith que morreu anos atrás.

Com esse pensamento na cabeça, a garotinha resolve adiantar o processo e cria seu próprio paraíso, dentro de seu quarto: uma enorme maquete onde vivem bonecos de pano, todos criados a partir de sucata. Vítima de bullying, Judith é, então, ameaçada por um colega na escola e, cheia de vontade de que o mundo acabe naquele final de semana, ela ouve alguém que a manda fazer nevar na Terra Gloriosa. Usando espuma para barbear, ela cria a neve na sua pequena construção e se surpreende quando, ao acordar, toda a cidade está nevando. Assim, ela passa a pensar que pode realizar milagres, mesmo que pequenos, e o livro se desenrola a partir da fragilidade da protagonista e o modo como ela narra, em primeira pessoa, os dramas particulares das pessoas em volta dela.

Quando vi que A Menina Que Fazia Nevar falava um pouco de religião fiquei um pouco acanhado, mas acabei me surpreendendo pois ele fala, na verdade, de fé. Com criatividade e esplendedor, Grace conseguiu tocar a história com primor sem apelar excessivamente, construindo algo bem singelo. Algumas passagens da Bíblia são inseridas, mas nada que ouse em tentar te convencer a acreditar no que ela quer ou dizendo o que é certo ou errado.

Milagres acontecem o tempo todo, mas nem sempre eles são gigantes ou visíveis: esta foi a principal mensagem que o livro me passou. Quando achamos que tudo está dando errado, é porque estamos olhando com os olhos errados. O que achamos que é pura coincidência pode ser algo muito, mas muito maior mesmo.

A escrita de Grace McCleen é bárbara! Ela cria uma série de acontecimentos banais sem usar uma narração comum. É bem simples (e isso não quer dizer "sem-graça"), poético, sutil ao tratar de assuntos cabeludos, como superação, desavenças e crença. Os capítulos não são muito extensos e a divisão em partes maiores ajuda a desenvolver melhor as cenas e reviravoltas.

Eu não curti o modo como Grace encerrou o livro. Ela vai te cativando com a trama durante 300 páginas, te apresentando uma visão diferente do mundo, te comovendo, te fazendo pensar, te fazendo ansiar para descobrir o que acontecerá ao final da obra (mesmo que não queria que o livro termine) para... não encerrar o livro. Ela deixa algo subentendido. Dá a chance de você imaginar o que acontece com os dramas pessoais de cada personagem e se mutilar sofrer por não saber se está certo ou errado. Terminei de ler no sábado e estou até agora pensando em Judith.

RESENHA COMPLETA EM: http://www.quermedar.com/2013/04/neve.html
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Yasmin 11/04/2013

Quando o extremo se torna perigoso.

Quando escolhi esse livro para o mês através da parceria com a Paralela não sabia bem o que esperar. Uma romance que envolvia fantasia? Ou apenas um romance cheio de possibilidades e explicações? 312 páginas posso dizer que a história contada por Grace McCleen não foi feita para qualquer um ler. O que você tirar do livro é algo estritamente pessoal. A escrita da autora é subjetiva, cheia de metáforas e analogias, rica e sensível, por vezes cruel e extremamente penetrante.

Essa é a história de Judith. Uma menina de dez anos de idade que vive apenas com o pai desde que a mãe morreu. Eles são muito religiosos, acredita que o Armagedon está chegando e que a terra se tornou um Antro de Iniquidades. Frequentam o culto todo domingo, batem de porta em porta pregando e estudam a bíblia todo dia após o jantar. Não possuem televisão, não comem comidas comuns e mais um monte de coisas que toda criança normal faz. Judith só conhece esse mundo. Para ela o alívio é saber que o mundo vai acabar e ela vai encontrar sua mãe na verdadeira Terra Gloriosa. Tudo o que ela sabe da mãe é que ela gostava de artesanato e com o conteúdo do baú ela construiu uma maquete da própria cidade. Judith também é extremamente inteligente e está um ano à frente na escola, por ser religiosa tem que lidar com o odioso Neil Lewis, que bate nela quase todos os dias. Um dia com medo de ir à escola por causa de uma ameaça, Judith cobre toda a sua maquete de algodão e reza desesperadamente por um milagre. No dia seguinte a cidade amanhece coberta de neve e ela acredita que foi um milagre. O seu milagre. A partir daí a vida de Judith se complicada ainda mais quando uma voz surge e sua vida saí dos trilhos.

A premissa é essa. O que acontece é que muitas pessoas podem focar nessa parte "milagre" e esquecer o enredo por trás disso. Vamos esquecer o milagre e analisar por parte. Judith tem dez anos, um pai que usou a religião como escudo quando perdeu a esposa e teve que criar um bebê sozinho. Judith não tem amigos por só falar de religião. Judith começa a ouvir "Deus", o que nada mais é fruto de sua imaginação, um amigo imaginário perigoso que leva a criança, com sua fé ingênua a acreditar que tudo o de ruim que se sucede é culpa dela. Toda criança tem uma percepção diferente das coisas e Judith criada a vida toda nesse ambiente não sabe a hora de diferenciar o real do imaginário, porque acredita em Deus.

É complicado, mas por trás do conteúdo religioso que guiou toda a vida de Judith e por consequência a narração do livro temos temas como bullying, solidão e depressão infantil, ambiente familiar tenso e alquebrado. A menina sofre por ser diferente e por acreditar cegamente que o Armagedon está próximo. Judith acha que o pai não a ama porque ela foi a culpada da morte da mãe.

O mais triste é que as pessoas não percebem a crítica da autora. Religião demais é ruim. É um spoiler talvez, mas preciso dizer, a mãe de Judith morreu porque segundo a religião ela não podia receber transfusão e perdeu muito sangue durante o parto. A narrativa é bonita? Sim, muito. As mensagens de Deus na história são boas? Sim. Judith analisa de forma belíssima o nosso mundo e com sua voz infantil dá outra sentido a esperança e fé, mas tudo tem um limite. É cruel colocar uma criança na situação em que ela se encontra. Proibida de tudo, crendo, crendo e crendo. É triste e traz consequências terríveis, vide o que acontece com seu pai e sua família.

Leitura cadenciada, que prende o leitor pela curiosidade de como a vida da pequena Judith se resolverá, como os conflitos não ditos conduzirão a trama. Grace McCleen conseguiu baseando na própria infância dar uma voz única a protagonista, uma voz crível e que conquista e entristece o leitor. A edição da (...)

Termine o último parágrafo em: http://www.cultivandoaleitura.com/2013/03/resenha-menina-que-fazia-nevar.html

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ThaisWandrofski 11/04/2013

É aquele livro que você vê nas prateleiras e já se encanta tanto pelo título quanto pela capa. Foi o que aconteceu comigo. Toda vez que ia na livraria, ficava olhando, até que um dia resolvi levar.
Já adiantando pra vocês, devo dizer que é aquele tipo de livro que a gente leva um tempo pra decidir se gosta ou não. Até mesmo depois que terminei tive que pensar um pouco a respeito de tudo pra me decidir, e a conclusão final, foi de que gostei sim! rs
"A menina que fazia nevar" conta a história de Judith McPherson, uma menina de 10 anos que perdera a mãe no parto, e portanto, morava apenas com o pai que era extremamente religioso, a quem ela herdou toda a fé. Os dois viviam um vida super regrada e sem muita diversão, se preparando para o armagedom que acreditavam estar bem perto.
Judith era solitária, seus únicos amigos eram as pessoas da igreja que frequentava, todos com muito mais idade que ela. Na escola, sofria preconceito e era excluída pelos outros alunos, que diariamente implicavam com ela pela sua fé.
Sua diversão era recriar em seu quarto uma maquete com sucata do que pra ela, seria a Terra Gloriosa, um lugar, que acreditava ser perfeito, somente com pessoas boas, que iriam pra lá após o armagedom, inclusive as que já haviam morrido, como sua mãe. Judith levava esse seu projeto muito á serio, recolhia cada coisinha que achava pelas ruas e transformava em pequenas casas, pessoas, montanhas e tudo o mais que precisasse.
Depois de ser ameaçada na escola, ela fica desesperada acreditando que poderia morrer se Neil Lewis realmente enfiasse sua cabeça na privada. Durante o final de semana, ela só pensa nisso e no domingo, durante a reunião de sua igreja, o pregador lhe instruiu a ter fé, e que assim poderia fazer qualquer coisa. Ela se apegou a essa teoria, e chegando em casa em casa, fez nevar sobre sua maquete. O dia seguinte amanheceu coberto de neve também e a escola ficou impossibilitada de receber os alunos. Milagre? Coincidência? Judith acredita na primeira opção e desde então começa a creditar que tinha algum dom especial. No decorrer da história a menina acredita realizar vários pequenos milagres, tão pequenos que muitos não conseguiam perceber. Uma voz na sua cabeça, a quem ela julgava ser de Deus, a incentivava e instruía o rumo que a menina deveria tomar.
As coisas no emprego do seu pai não estavam 100%, ele se recusava a participar da greve, e era visto pela maioria com um traidor. Era ameaçado e passava por grandes provações. Até que sua fé começa a ficar balançada durante esse tempo, as coisas não iam bem em casa, nem no trabalho e muito menos na escola de Judith.
O tempo vai passando, e as provocações na escola só aumentam. Judith percebe que pode fazer escolhas, mas que junto com o benefício do seu "poder", ela terá que arcar com a responsabilidade dos seus atos. Será que usar o seu "dom" para se vingar de Neil é o certo a se fazer?

No meu blog tem uma resenha mais completa com fotos tiradas por mim. Para conferir, é só acessar o link: http://www.poaeglitter.com/2013/04/a-menina-que-fazia-nevar.html
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