Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra

Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra Mia Couto




Resenhas - Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra


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Ana 21/08/2017

Muito bom!!!
Eu nunca tinha lido um livro que falasse sobre cultura africana. Tem pouco tempo que eu conheço o autor Mia Couto (sim é um homem rs), e ainda não tinha tido o prazer de ler um livro dele. Quando este chegou as minha mãos confesso que não despertou o meu interesse, mas eu estava passando por uma ressaca literária e precisava de um livro leve para relaxar. Foi quando decidi, depois de conhecer o enredo, ler esse livro e acredite me surpreendi. Li ele em apenas 4 dias, e se tivesse mais tempo teria terminado antes.
Pois bem, esse conto retrata a história dos Malilanes ou Marianos, uma família africana que mora na pequena ilha Luar-do-Chão. Mariano quando pequeno foi morar na cidade grande após a morte de sua mão, e agora volta para enterrar o seu avô, de quem ele herdou o nome Mariano. Mas quando ele chega lá percebe que tem muitas outras coisas estranhas acontecendo na ilha e com a sua família. Segredos do passado, intrigas e magóas antigas têm separado os Malilanes, e Mariano vai descobrindo aos poucos que nada é realmente da maneira que ele imagina.
O livro tem um ar de mistério que prende o leitor, fazendo com que ele fique curioso com o fim. As revelações acontecem aos poucos e muitas surpresas fazem dessa história um retrato da vida real.
Nessa aventura vamos conhecer as tradições e crenças africanas, a luta contra o preconceito e a magia que habita na pequena ilha de Luar-do-Chão. Recomendo essa leitura, você não vai se arrepender.
Beiijos!!!

site: http://anapaulabispo55.wixsite.com/colecionandosonhos/single-post/2017/08/21/Um-rio-chamado-tempo-uma-casa-chamada-terra-Mia-Couto
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Kelly Lopes 01/06/2017

Encantamento
Encantamento: é a palavra que traduz essa narrativa. Impressionante a relação das personagens com o lugar, com a terra... Não somente se ligam, mas se tornam uma coisa só. Homens, sua história, suas origens, a terra, o rio, o tempo que mistura tudo e que marca os espaços. Fascinante.
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Valério 15/03/2017

Diferente, louvável
Mia Couto é diferente de quase tudo que há por aí, embora se utilize de elementos consagrados por outros autores para ganhar a grandiosidade e criar a identidade de sua escrita. Um pouco do realismo mágico de Gabriel García Marquez, um pouco de palavras reinventadas como Saramago. Algo de mistério para atiçar a curiosidade - O protagonista vai aos poucos desvendando o que ocorreu na ilha - e um texto muito bem escrito.
O início do livro é arrebatador e me fez acreditar que finalmente viria alguém como Saramago, ao poetizar a prosa com palavras que parecem ter tanta harmonia que quase vira música.
Mas o restante do livro não seguiu na mesma toada (embora seja excelente. Só não é um Saramago. Para mim, o maior gênio literário em língua portuguesa).
Percebi também certa semelhança com Valter Hugo Mae, ao conseguir deixar sentimentos e relações com um toque tão sutil, um amor sem palavras que permeia os relacionamentos do livro. Como do protagonista com seu taciturno pai.
Primeiro livro que li do Mia Couto. Certamente não deixarei de ler outros.
Muito bom poder contar com mais um grande autor em língua portuguesa.
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Nélio 28/06/2015

Leitura impressionante!
Sabia que seria algo diferente, pois a leitura de outro livro do autor, O fio das missangas, já deu mostras do universo fantástico em sua obra.
A promessa era um romance sobre um jovem que, retornando à sua terra para o funeral de seu avô, encontraria sua história, a de sua família e a da sua terra...
O livro é muito mais que isso. Alguém que encontra tradições, revelações sobre si e os seus, enfrentamentos de como encarar e viver a vida que, até então, era-lhe distante. Tudo coroado por uma poeticidade que revelam um “universo dominado por uma espiritualidade que ele (o jovem do livro) vai reaprendendo”.
É claro que o lado local do autor – ele é moçambicano – e da história narrada estaria presente no livro, mas algo que me impressionou foi ele nos levar a “uma zona de fronteira entre diferentes racionalidades” e o melhor, tudo descrito de forma convincente e instigante. Encontramos na obra: um morto que não parece morto, a chuva que cessa sem motivo aparente, uma terra que não aceita cavar a sepultura, verdades que não são tão verdades assim ...
Uma citação da obra que, por si, vale a leitura do livro: “Há um rio que nasce dentro de nós, corre por dentro da casa e desagua não no mar, mas na terra. Esse rio uns chamam de vida.”
Super recomendo a leitura!
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Felipe 16/06/2015

médio, mas vale a pena tb...
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Artur 03/05/2015

Poesia do iniciamento à findura.
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glhrmdias 16/04/2015

4,5
Mia Couto faz transbordar sensibilidade ao se utilizar de uma belíssima escrita poética para contar tal história com um ar fantástico que nos remete imediatamente a um estado de espírito lúdico. O autor faz com que a obra siga suave do início ao fim, mesmo com alguns momentos mais pesados, construindo um lirismo puro, mas longe de ser ingênuo. O que não faltam são passagens memoráveis a serem marcadas e relidas sempre que possível.
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ElisaCazorla 26/02/2015

Simplesmente SENSACIONAL
Este é o meu livro favorito. Deve ser lido pelo menos uma vez ao ano. Este autor e este livro nos oferecem momentos de profunda inquietação e enorme emoção. Não consigo me lembrar outro livro ou filme que tenha estimulado os pensamentos e os sentimentos que este livro me proporcionou. Uma obra prima. Não é apenas uma leitura, é uma experiência que nos enche de gratidão por saber ler. Uma obra de arte. Um deleite.
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Aninha 02/08/2013

Poesia, lirismo e muitas alegorias
"A vontade é de chorar. Mas não tenho idade nem ombro onde escoar tristezas." (página 18)

Fui apresentada à obra de Mia Couto por um querido amigo, há quase 3 anos e me encantei por sua sensibilidade.

Esse autor moçambicano fala dos brancos e pretos, da terra e da cidade, do pobre e do rico, da vida e da morte. Aqui não é diferente: o jovem Mariano é chamado a voltar para a Ilha de Luar-do-Chão para dirigir a cerimônia fúnebre de seu avô, Dito Mariano. Morando na cidade, agora se sente um estranho em sua própria terra e família.

O médico do avô - o indiano Amílcar Mascarenha - , por sua vez, não consegue precisar se Dito está mesmo morto e, quando o neto chega na casa, entende que sua principal missão não é enterrar o avô, mas trazer ordem e paz à Nyumba-Kaya (seu lar).

"...quem parte de um lugar tão pequeno, mesmo que volte, nunca retorna."

Personagens marcantes carregam suas histórias e viajamos junto com eles: dona Miserinha (a negra gorda que enxerga sombras), Curozero Muando (o único coveiro da ilha), padre Nunes (que permite com que um burro viva dentro da igreja), tia Admirança, tio Abstinêncio, tio Ultímio, pai Fulano Malta, vó Dulcineusa. Não são apenas nomes estranhos e curiosos, mas representam pessoas com seus segredos, sonhos, amores e dores.

"Era ela [ a cega Miserinha ] que estava vendo sombras? Ou seriam os demais que já nada enxergam, dentro dessa cegueira que é deixarmos de sofrer pelos outros?"

Poesia, lirismo e muitas alegorias estão presentes do começo ao fim, assim como em O Outro pé da Sereia, que foi o primeiro livro que li de Mia.

Excelente dia de leitura para as férias!

site: http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com.br/2013/07/um-rio-chamado-tempo-uma-casa-chamada.html
Renata CCS 07/11/2013minha estante
Boa resenha! Recebi boas indicações deste livro.


Kelly Lopes 03/06/2017minha estante
Amei a resenha. ?


Aninha 09/06/2017minha estante
Que bom, Kelly!
Um abraço!




Helena Frenzel 21/04/2013

Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra – Mia Couto
Queria agora ter mais tempo para escrever sobre este livro uma resenha, como ele merece; mas não tenho nem terei em breve: tempo. E para não correr o risco de ‘esquecer’ minhas impressões, registro aqui um comentário breve.
Esse romance de Mia Couto é uma viagem poética, perdi a conta de quantas passagens marquei. Em 260 páginas, Mia nos conta a história de dois Marianos e uma família, dois homens se explicando e buscando explicações um ao outro, ao rio, à terra, à família e a si mesmos, uma história de todos nós, perdidos que somos no céu de ser humano e no inferno de termos descoberto o ‘por quê’. Somos os únicos na Terra supostos capazes disso, se ilusão ou fato, nosso conhecimento limitado não nos permite saber.
Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra é poesia para pensar, um ensaio poético, se me permitem dizer. Pensar por poesia soa contraditório, porque o poeta muito pensa para fazer ao leitor sentido sentindo, mas poesia é sentido, também reflexão. E esse livro nos apresenta esse pedaço de terra chamada Luar do Chão, uma ilha no rio da vida, onde o sobrenatural se casa com o real maravilhoso na medida, sem fantásticos exageros, e a narrativa nos permite ir entrando pouco a pouco nas águas do rio, sentindo o corpo se adequar à nova temperatura sem temer perder o chão, firme.
O enredo se revela de modo natural e criativo e algumas partes não deixam de surpreender com as elegantes explicações, plausíveis para o universo poético-fictício de Luar do Chão, um pedaço desta África que o autor tão lindamente faz chegar a nós. “Os lugares não se encontram, constroem-se” e Luar do Chão é exatamente assim. Se tudo na realidade é construído, por que não na ficção? Li este livro vagarosamente, saboreando as frases e a competência literária do autor. Para quem deseja um mergulho tépido e prazeroso na magia da África e no lirismo do português de Moçambique, este livro é uma ótima opção. Recomendo.

Comentário originalmente publicado por Helena Frenzel em bluemaedel.blogspot.com
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Paula 12/04/2013

O protagonista Mariano retorna à sua terra natal para o enterro do avô homônimo até então um moribundo. E durante esse impasse de uma possível imortalidade, quem acaba sendo enterrado é o neto, porém não no sentido literal, e sim diante de inúmeras histórias da família e do seu próprio passado.

Esse é o enredo do romance do escritor moçambicano Mia Couto, e que a Companhia das Letras manteve na língua original, sem nenhum prejuízo ao entendimento da obra. Escrita em primeira pessoa, o leitor compartilha dos sentimentos e das descobertas desse narrador-protagonista.

Não há dúvidas que a obra tenta mostrar a importância de manter viva a história, a cultura de um povo: neto com mesmo nome do avô; expressões do dialeto local, com tradução simultânea ou glossário no final; protagonista que conhece sua origem e a de seus familiares e preserva todas essas descobertas sendo o narrador da própria história.

A narrativa é linear, ágil, sem excessos, envolvente, porém desaponta no final por não surpreender. Seria possível superar ainda mais?

É o primeiro livro de Mia Couto que leio e virei sua fã, uma leitura simples e ao mesmo tempo fantástica. Leia e comprove.

“A escrita é a ponte entre os nossos e os seus espíritos.” (Mia Couto)
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Vanda 04/01/2013

literatura africana de qualidade
Este autor - desconhecido pela maioria do público brasileiro - tem romances inesquecíveis, a história crua da África, principalmente mostrando tempos conturbados por incessantes guerrilhas. Quem não o conhece deve ler um dos livros dele. Um dos últimos de muito sucesso é A VARANDA DO FRANGIPANI - A história de A varanda do frangipani se passa vinte anos após a Independência, depois dos acordos de paz de 1992.
O romance é narrado pelo carpinteiro Ermelindo Mucanga, que morreu às vésperas da Independência, quando trabalhava nas obras de restauro da Fortaleza de S. Nicolau, onde funciona um asilo para velhos. Ele é um "xipoco", um fantasma que vive numa cova sob a árvore de frangipani na varanda da fortaleza colonial.
As autoridades do país querem transformar Mucanga em herói nacional, mas ele pretende, ao contrário, morrer definitivamente. Para tanto, precisa "remorrer". Então, seguindo conselho de seu pangolim (uma espécie de tamanduá africano), encarna no inspetor de polícia Izidine Naíta, que está a caminho da Fortaleza para investigar a morte do diretor.
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Eduardo 03/01/2013

Tal qual Gabriel Garcia Marques em Cem Anos de Solidão, Mia Couto viaja por um mundo irreal, ilusório, onde somente o autor pode dizer onde quis chegar. Em minha opinião, tal qual a história de A Roupa Nova do Rei... O REI ESTÁ NÚ!!! (Vejo muitos babando ovo para esses dois escritores, e não entendo o porquê! Prá quem gosta é um prato cheio.)
Flávia 22/03/2016minha estante
Já a academia de letras entende bem o porquê...


Sylvinha 24/09/2017minha estante
De uma resenha, esperamos que se fale da obra, não do quanto não entende sobre "babarem ovo" do autor. Se você não gosta, atenha-se a resenhar sobre o conteúdo que leu, assim, ajuda outros leitores.




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