Ratos e homens

Ratos e homens John Steinbeck




Resenhas - Ratos e Homens


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Ofelia 12/11/2022

Leitura interessante e triste
Li com meu namorado, é um livro um pouco desconfortável, o final me deixou bem triste. Tem um ar de esperança bem agradável, mas vem junto com a realidade crua dos acontecimentos.

Vale a leitura!
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Procyon 05/11/2022

Ratos e Homens ? Resenha
?Os projetos melhor elaborados, sejam de camundongos ou sejam de homens, fracassam muitas vezes e nos fornecem só tristeza e sofrimento, em vez do prêmio prometido?.
? Robert Burns

Há muito de Frank Capra em John Steinbeck (ou o contrário). O realismo poético de Steinbeck, aliado a uma longa tradição filosófica estadunidense ? o transcendentalismo ? está presente em longa-metragens como ?A Felicidade Não Se Compra? (It's a Wonderful Wife, 1946), estando ambos artistas, escritor e cineasta, pensando na problemática social da nação, aliada a uma visão de mundo bastante romântica.

Ratos e Homens, de 1937, é um dos mais belos textos de Steinbeck, que é um dos maiores romancistas do século XX, sendo até hoje um dos livros mais lidos do autor. O livro conta a trágica história de dois trabalhadores rurais na Califórnia durante a Grande Depressão (1929-1939). A história se passa num rancho perto de Soledad, no Salinas Valley. Foi a primeira tentativa do autor de escreve um romance sob forma de peça de teatro. Estruturado em três atos, com dois capítulos cada, a obra se configura tanto como uma novela como uma peça.

Nasceu nessa mesma Salinas, em 1902, Steinbeck provém de uma família da classe baixa, e presenciava a vida de trabalhadores nos centros agrícolas, tornando este espaço palco de suas obras. No início da década de 1960, foi laureado com Prêmio Nobel e com o Pulitzer. O autor também teve dezessete de suas obras adaptadas para Hollywood, e, sendo até mesmo indicado ao Oscar de melhor roteiro original por ?Um Barco e Nove Destinos? (Lifeboat, 1944), de Alfred Hitchcock.

?Um Homem fica maluco se não tem ninguém, não importa quem seja, contanto que esteja com você. Vou te dizer uma coisa, se uma pessoa fica muito sozinha, ela fica doente?. (p. 74)

Em Ratos e Homens, Steinbeck evidencia sua habilidade em compor ambientes e personagens cativantes, todavia realistas, contando uma história específica de detalhes dos espaços e dos objetos que compõem aquele espaço bucólico, falando de sentimentos essencialmente humanos e atemporais (como a solidão e o desejo por dignidade). O livro possui uma narração seca e uma progressão dolorosa dos acontecimentos.

Steinbeck centra sua história num limbo econômico, dado sua origem social precária, captando a luta pela dignidade humana e a dificuldade das relações de afeto frente à crueldade de um mundo que cada vez mais preza pelo individualismo competitivo. Contudo, sua preocupação social tem inspirações bíblicas, explicitando peculiaridades de linguagem e passagens formidáveis que presentificam a dimensão dramática da obra.

O livro foi lançado dois anos antes de uma das principais obras do autor, ?As Vinhas da Ira?, percorrendo um relato duro que se passa nos próprios anos 1930, época marcada pela maior crise financeira do século XX, que deixou clarividente o colapso capitalista e do liberalismo econômico compenetrado na lógica de superprodução. Faz-se como aspecto marcante, portando, a desigualdade, que remonta ao caráter social de sua literatura, consequente da radical mudança do paradigma europeu a despeito de antigas tradições das relações sociais com o desenvolvimento econômico industrial.

Steinbeck evoca um romantismo primitivo que clama pela piedade ao sofrimento humano alheio, causando um sentimento de revolta pelo estado de coisas daquela população, condenada ao ostracismo, na medida em que expõe a extremada situação de vulnerabilidade delas. Os personagens de George de Lennie, mesmo tão díspares ? fisionômica e psicologicamente falando ?, ainda conservam uma amizade pura, não baseada em interesses de lucratividade ou de recompensas monetárias ? ou mesmo de caridade, sentimento frequentemente denunciado de um produto do vitimismo ?, mas sim de um por e singelo sentimento de companheirismo, baseado no afeto e na lealdade.

As demais personagens também caracterizam a preocupação social de Steinbeck, vivendo também seus próprios sonhos em bisca de uma vida melhor (por mais ilusório que possa parecer, ainda alimentam um sentimento singelo de esperança). Questões sociais mais contemporâneas, para além da questão da desigualdade social, também se apresentam: como o racismo e segregacionismo que torna a personagem Crooks tão solitária e desprendida dos demais; ou questões de gênero, incorporadas na personagem ?Mulher de Curley? (que nem ao menos tem um nome, ressaltando a objetificação do sexo minoritário frente à sanha masculina de poder dentro de tais relações sociais precarizadas).

Em última instância, Steinbeck traz construções dramáticas e psicológicas a essas personagens, tendo uma magistral capacidade de tocar em feridas sociais que até hoje desconfortam aqueles que preferem manter as atuais estruturas de dominação frente os mais necessitados. O autor desde o início, com sua linguagem seca e sua escrita crua, deixa claro suas pretensões narrativas, trabalhando esse romantismo com um choque de realidade provido pelo arremate desta esplêndida obra. A despeito da tradução, creio estar adequada ao adotar os regionalismos da língua portuguesa para emular a dimensão precária das personagens.
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Ryanne 02/11/2022

Forte.
Livro curto de leitura fácil e rápida, fluida. Conta a história de dois amigos que dividem a vida, suas dificuldades e sonhos. Duas pessoas completamente diferentes, uma vida em comum, um final que me deixou sem palavras.
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Carvalho 25/10/2022

Achei um pouco parado no começo, porém o final foi tão impactante e explicou o motivo do livro ser mais lento no início.
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Isa 11/10/2022

Ratos e homens
A literatura foi a forma de Steinbeck retratar as desigualdades e a pobreza extrema da época da grande depressão. Eu particularmente não conhecia o autor e foi uma surpresa muito grata a leitura de Ratos e Homens. O livro é pequeno e te prende do início ao fim. A delicadeza da narrativa trabalha bastante o sentimento das personagens, que são muito cativantes.
A solidão é um sentimento presente na obra, é dela que vem o trecho: "A gente precisa de alguém... pra ouvi a gente, qualqué pessoa fica loca se num tivé ninguém. Num faiz diferença quem tá co'a gente, só precisa tá junto. Vô dizê uma coisa. Vô dizê pr'ocê que a gente se sente tão sozinho que até fica doente". Essa foi uma das partes do livro me fizeram desmantelar em lágrimas, emoções a parte, mostra como a relação do Lennie e do George era importante e até mesmo incomum para a época. Expõe também o racismo e a solidão do homem negro, que era excluído das atividades de lazer e visto com certa desconfiança.
Homens sem esperança, são envolvidos pelo sonho de George e Lennie de terem um cantinho para chamar de seu, por mais impossível que todos achem de se se concretizar. A escrita do livro é um retrato da oralidade, de como as pessoas se comunicavam na época e de forma alguma dificulta a leitura.

A verdade é que Steinbeck criou personagens únicas. A inocência de sonhar com um lugar próprio, a crítica a obsolescência da velhice, a pobreza e o racismo. É uma obra prima. Me deixou curiosa para ler os outros livros do autor.
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Luma 04/10/2022

Ratos e homens??
Eu não sabia que um livro poderia ser tão profundo quanto esse! Precisa ter uma interpretação muito boa pra entender a mensagem desse autor.
Eu simplesmente amei, é um livro curto, rápido e que te faz querer entender cada coisa que tá acontecendo! A moral disso tudo?
Ratos e homens literalmente me mostrou a vida das pessoas do campo na Califórnia nas épocas antigas e perceber que eram todos ratos?.
Livro super incrível e que merece todos os prêmios e comentários positivos. O meu feedback foi de um livro perfeito, bem estruturado, legal e que realmente mostra e passa uma mensagem excelente. Recomendaria para muitas pessoas mesmo. Ameeei
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Cintia295 18/09/2022

Um livro tão pequeno mas mostra tantas coisas do cotidiano das pessoas que moram e trabalham nas fazendas, o povo dinheiro, a pouca comida, a moradia precária, mas os sonhos tão grandes.
Amigos de jornada muito diferentes com sonhos iguais, um tem transtorno mental não diagnóstico na época, mas que sofre tanto preconceito e sofre por não ser compreendido, e seu final comovente para não dizer spoilers.
Gostei bastante da escrita, dos diálogos parece o povo de minas falando (sim sou do interior de Minas Gerais).
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Ana Flávia 12/08/2022

Uma tragédia cíclica
O autor conseguiu construir os personagens e nos fez criar empatia por estranhos em 142 páginas. Um clássico atemporal sobre pobreza e abandono muito poderoso. Praticamente um Vidas Secas estadunidense.
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Sil 11/08/2022

Ratos e homens
A primeira vez que tive contato com este livro foi através da série Lost, que eu sou muito apaixonada, e desde então tenho esperado o momento certo e ele finalmente chegou. Fico muito feliz por ter esperado tanto tempo para ler, já que mesmo sendo um livro curto e fácil de ler ele tem suas complexidades e nem sempre isso agrada. Acho que pensando em mim como leitora há uns 5 anos atrás é provavelmente que eu não iria gostar tanto.
Ratos e Homens nos apresenta dois amigos, aparentemente amigos de infância, que trabalham em fazendas. No inicio do livro eles estão indo para esse novo emprego depois de uma confusão no serviço anterior e ao que parece eles são assim, vão pra lá e pra cá. Onde tem trabalho, final na época da Grande Depressão onde aparece oportunidade os homens iam.

George é um homem comum que nasceu e cresceu na roça. Da conta do trabalho sem reclamar, mas está sempre sem dinheiro. Seu companheiro de viagem é Lennie Small, que de "small" (pequeno) não tem nada. Um homem grande, até forte, mas que possui a alma e inocência de uma criança. Lennie possui alguma deficiência não citada na história, até porque naquela época, com pessoas são simples, dificilmente algo seria diagnosticado e ainda que fosse ele seria amarrado como um cachorro (como seu próprio amigo George diz em certa passagem).

Como eu disse o livro é fácil, seu enredo é incrível. O autor conseguiu abordar tantos assuntos em poucas páginas e de um jeito que se encaixa tão bem. O primeiro, claro, a deficiência de Lennie, que mesmo não sendo especificada mostra o preconceito que um homem como ele sofria, todo o sofrimento por sempre acabar fazendo algo além de seu controle quando tudo o que ele queria era apenas alguns bichinhos para cuidar. Ratinhos, coelhos, cachorros. Nada demais, mas que acabou lhe custando tanto.

O livro foi lançado em 1937 e em uma época que a economia estadunidense estava tão abalada a obra mostra como era a vida dos homens que precisava sobreviver no "sonho americano". Trabalhar por pouco dinheiro mais de 10 horas por dia e sonhar diariamente em comprar um pedaço de terra para ser dono de si. O sonho dos amigos acabou se tornando o de outras duas pessoas na fazenda em que eles foram trabalhar e nesses diálogos é possível ver o quanto esses homens são solitários. Não possuem família e muito menos pessoas para chamar de amigo, por isso a amizade de George e Lennie deixa todos surpresos. Afinal, o comum ali é cada um querer comer o outro vivo. É cada um por si.

A obra tem uma característica maravilhosa de colocar os diálogos de forma coloquial. Não li em inglês, então não sei como é na língua original, mas em português temos o chamado "dialeto caipira" e isso só trás uma riqueza maior na construção desses personagens. Mais do que isso me fez pensar que facilmente essa história poderia se passar aqui no Brasil em um interior longínquo (e infelizmente em 2022, já que a situação tá tão difícil).

Me surpreendi muito com essa história e já sei que é um dos meus livros queridos deste ano. Fiquei muito interessada em conhecer outras obras do autor, já que essa nem de perto é considerada uma das melhores.

site: https://www.kzmirobooks.com/2022/02/resenha-ratos-e-homens.html
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DéboraMP 11/08/2022

Um clássico publicado pela primeira vez em 1937, que ganhou o prêmio Nobel em 1962
George e Lennie estão fugindo de uma fazenda onde trabalhavam, rumo a outra fazenda onde começariam de novo, juntando dinheiro para comprar uma casinha e alguns animais, um canto para eles, para serem donos das próprias vidas.

Logo de cara, Curley, um valentão, filho do dono da fazenda, tenta arrumar encrenca com Lennie, mas os peões dão um jeito da apaziguar as coisas.

Mais tarde, George conta para Slim o motivo de terem saído da antiga fazenda. E conta também que Lennie é igual a uma criança, ingênuo, sem maldade, que faz tudo o que George lhe pede, mas que tem uma força que ele não sabe que tem.

Lennie é encantado por coisas macias, como pelo de animais e tecidos, principalmente coelhos. É como se isso o hipnotizasse. Sabendo que isso pode ser um problema, George pede que Lennie fique longe de confusão. Mas, se aproveitando da ingenuidade de Lennie, os problemas vão até ele.

Eu não estava preparada para esta história. Nem nunca estaria. Depois que terminei de ler, pensei bastante em 'A espera de um milagre', por conta das características do personagem principal.

Fiquei triste com a quantidade de vezes que George fala para Lennie que estaria bem melhor sem ele, que não se meteria em problemas, que gostaria todo seu dinheiro em p*teir0s, como se Lennie não fosse entender.

Sim, ele cuidou bastante de Lennie, tinham uma grande amizade. Sim, era difícil cuidar de Lennie, pois tudo que George lhe dizia, ele esquecia em seguida. É como se ele tivesse alguma doença mental, mas no livro não fica claro qual.

George e Lennie eram apenas dois homens pobres, sem família que tinham um sonho em comum: um canto para si, para levar uma vida simples, livre e justa.

O final é muito comovente. Não consegui processar ainda. É uma história curta, escrita com os trejeitos de pessoas simples/ caipiras (estilo Chico Bento). Eu devorei o livro e estou sofrendo com o desfecho. Gente, é uma história tão simples, mas tão pesada de sentimentos e de pontos para reflexão. Se tiverem oportunidade, por favor, leiam esta obra maravilhosa.
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Oliveira208 24/07/2022

Poucos livros merecem tanto choro quanto esse.
Não pude segurar as lágrimas ao final desse livro. Reflexivo, dolorido e emocionante. Que escritor sem precedentes.
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