Em busca de um final feliz

Em busca de um final feliz Katherine Boo




Resenhas - Em Busca de um Final Feliz


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Isie Fernandes 28/07/2013

Um livro que faz rir e chorar

"Parecia que os barracos haviam caído do céu e foram amassados na aterrissagem." (página 190)

Em Busca de um Final Feliz é um livro de não ficção que conta a história real de alguns moradores de Annawadi, uma pequena, populosa e miserável favela construída nos arredores do aeroporto de Mumbai - Índia.

Inicialmente, achei que não conseguiria ler o livro, pois a presença de diversos personagens, surgindo um após o outro, me confundia. Contudo, persisti na leitura e não me arrependo. Katherine Boo esteve, desde novembro de 2007 até março de 2011 em Annawadi, coletando informações dos moradores da favela e conseguiu contar histórias diferentes, sob visões absolutamente distintas.

Logo somos apresentados a Abdul e sua família, revendedores de lixo que conseguiram melhorar um pouco de vida e por isso despertaram a inveja de muitos vizinhos; a Sunil, um garoto que tem medo de não crescer e se tornar um adulto com aparência infantil; a Asha, uma mulher astuta e determinada, disposta a fazer o que for necessário para entrar na corrupta política de Mumbai e livrar sua família da miséria; a Manju, filha de Asha, uma linda jovem que conseguiu entrar para faculdade e se reveza entre tomar conta da casa, dos irmãos, da escolinha de ensino básico para crianças da favela e estudar para se tornar a primeira mulher de Annawadi graduada numa faculdade; a Fátima, mais conhecida como Perna Só, devido a sua deficiência física; a diversos personagens reais, dentre os quais o meu favorito - aliás, o meu favorito em todo o livro - é Kalu, um ladrãozinho que sabia contar histórias como ninguém e que também foi o primeiro a arrancar lágrimas dos meus olhos.

"Ele achava melhor começar o dia já sabendo que este dia seria tão chato quanto os anteriores. Desta forma, ele não ficaria tão desapontado." (página 156)

Um livro que faz rir e chorar. Rir, porque muitos personagens são crianças com responsabilidades de adultos, e eles são tão ingênuos a ponto de ter medo de fantasmas e de acreditar em lendas a respeito de travestis que dançam e lançam maldições. Chorar, porque é tanta corrupção, injustiça e miséria que no fim das contas são mais lágrimas do que risos.

"Ser tão pobre para ter de trabalhar tão jovem já parecia um castigo suficientemente grande". (página 158)

Mas a esperança dos personagens é realmente animadora. Tudo que eu posso desejar é que eles alcancem os seus sonhos e tenham um final feliz.

"Minhas flores vivem mais tempo porque eu não guardo nada sombrio no meu coração. Eu deixo as coisas ruins saírem." (Meena, página 209)

Postado originalmente:

site: http://isiefernandes.blogspot.com.br/2013/07/resenha-em-busca-de-um-final-feliz.html
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Resumo 21/07/2013

Resenha do http://resumodeletras.blogspot.com.br/
Por Luciana M.

Como sou apaixonada pela Ásia, e ultimamente estava interessada na Índia, resolvi ler este livro, mas foi um soco no estômago. Este livro retrata um período da vida de pessoas reais que moram na favela de Annawadi, tudo que está no livro realmente aconteceu com essas pessoas que tem uma vida cheia de miséria, injustiça, que vivem num lugar onde a corrupção fala mais alto.
Eu fiquei indignada com a capacidade de pessoas pobres culparem umas as outras pela sua pobreza, e de não se ajudarem, principalmente se forem de religiões diferentes. Fiquei com muita pena das crianças que não tem oportunidade de estudar e terem que catar lixo para conseguirem alguma grana para comerem.


Para conseguir terminar de ler este livro tive que parar várias vezes para respirar, dei pausas de dias e até semanas para conseguir ir em frente na leitura, que não era fácil, apesar da escrita da autora. O livro tem um clima pesado, e bem real. Não pude deixar de comparar Annawadi com as favelas do Rio de Janeiro, e de outros países também. E de ficar deprimida com a humanidade (ou a falta dela) nas pessoas.


É um livro bom, mas que tem que ter muita força para ler, por causa das histórias relatadas. Não falarei mais que isso para não escapar nenhum spoiler.
Boa leitura.

site: http://resumodeletras.blogspot.com.br/
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Amanda 16/07/2013

Ao ler o livro "Em Busca de um Final Feliz" de Katherine Boo, você sente o desejo de mudar a vida das pessoas ali da favela lutando junto com os personagens por um final feliz que parece nunca chegar. Mais impressionante ainda é saber que todas aquelas histórias, todas as lutas e todas as injustiças são reais.

É impressionante como a cada página você encontra ali descrita não apenas a vida em Annawadi, em Mumbai ou na Índia; ali você encontra uma realidade também brasileira, e porque não mundial? Onde pessoas agem por interesse próprio, onde há descaso com relação a educação, saúde, segurança, saneamento básico.. Um descaso com relação a coisas simples, básicas e essenciais ao desenvolvimento humano.

Um lugar onde as pessoas precisam ser muito fortes e acreditar muito em Deus e em um mundo melhor num futuro próximo. Um livro real, uma boa leitura! Recomendo...
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Fun's Hunter 11/07/2013

Em Busca de um Final Feliz
Qualquer obra que tenha como proposta mostrar a realidade de alguma pessoa ou de um grupo de pessoas tem uma difícil missão pela frente. Não se pode exagerar no melodramático para a obra não parecer forçada, também não se pode apenas contar os fatos de uma forma crua, sem demonstrar nada; isso sem contar que é necessário escolher muito bem o que vai entrar ou não na obra, escolhendo o que realmente importa na história central. É levando esses quesitos (entre muitos outros) em consideração que podemos ver a maestria de Katherine Boo para escrever sobre a difícil realidade de favelados na Índia em Em Busca de um Final Feliz.

Todos em Annawadi queriam ser um daqueles milagres, cujas vidas eram transformadas nesta nova Índia. Eles queriam passar de um zé-ninguém para um herói, como diz o ditado, e queriam isso muito rápido.
Pág. 55

Katherine Boo mostra nesse livro a realidade dos diversos habitantes de Annawadi, uma pequena (e miserável) favela em Mumbai, Índia, sob os olhares de diversos moradores, cada um deles com seus medos, peculiaridades, esperanças e sonhos. Há Sunil, um jovem catador de lixo com medo de não crescer mais e que sonha em ter um futuro melhor e assim não acabar como muitos de seus amigos: mortos ou vivendo miseravelmente na favela. Também há Asha, uma mulher determinada a enriquecer e tirar sua família da miséria, mesmo que para isso ela tenha que entrar na corrupção da política indiana. Manju, sua filha, não concorda com os meios de sua mãe ganhar dinheiro, e, pensando num futuro mais digno para si mesma, ela sonha em se tornar professora.
Mas ainda assim a história gira em torno de Abdul Husain e sua família. Abdul é um jovem revendedor de lixo em Annawadi. Com esse simples negócio ele e o restante de sua família, que inclui sua mãe, seu pai e seus muitos irmãos, conseguiram sair da zona de extrema pobreza, e até ter algumas regalias, como uma televisão comprada a prestações. Fátima mora num barraco ao lado do deles, e volta e meia arranja confusão. A Perna Só, como comumente é chamada devido a ter apenas uma perna, vive traindo seu marido, e para muitos essa é apenas mais uma forma dela querer chamar atenção. Um dia, durante a reforma da casa de Abdul, da qual Zehruniza (sua mãe) ficou enormemente feliz, uma parede que também fazia parte da casa de Fátima caiu, começando assim uma discussão. Fátima nunca se deu bem com a família de Zehrunisa, e com isso ela arranjou um bom motivo para começar a discussão, discussão essa que foi parar na delegacia. Voltando da delegacia Fátima discute mais uma vez, agora com Karam (pai de Abdul), e essa discussão foi ainda mais longe, com Karam ameaçando bater nela. Num ato de egoísmo, Fátima ateia fogo em si mesma durante a noite, sabendo que assim ela poderia abrir um processo contra os Husain por imolação, levando-a a cometer o suicídio. O processo, para desespero dos Husain, segue em frente, e ao fim Abdul, Karam e Kehkashan (irmã de Abdul) são processados. E é através deles que descobrimos o Estado corrupto e repugnante da Índia, onde tribunais julgam seus casos rapidamente sem prestar a devida atenção a eles e onde subornos policiais são mais importantes que a verdade eminente. A triste realidade de um país que poucos realmente conhecem...

Embora Abdul tivesse medo de fantasmas, [...] essas histórias não o assustavam mais. Ser aterrorizado por seres vivos parecia ter diminuído seu pavor pelos mortos.
Pág. 154

O jeito com que Katherine Boo nos conta a história dessas pessoas é de uma incredibilidade ímpar. Ela consegue misturar tudo o que é necessário para que o livro fique bom, emocionante, mas ainda assim imparcial. Ela nunca pende para o lado de ninguém, e essa era a grande meta dela. Ela queria mostrar o porquê das pessoas fazerem o que fazem, mostrar que o contexto em que moravam era o que causava tudo aquilo; ou alguém iria beber veneno de rato apenas por diversão? Até mesmo a tresloucada Fátima não é acusada de nada nas suaves e ao mesmo tempo cruéis palavras de Katherine.
Mesmo não incriminando ninguém é facilmente perceptível a repugnância com que Katherine Boo se refere ao Estado indiano. Essa sua repugnância não é escancarada, mas ela mostra os “bastidores” do governo indiano com seus detalhes mais instigantes que é impossível não pensar que ela não concorda muito com isso. Entre todos esses fatos políticos dos quais ela nos mostra o que mais nos comove é a remoção dos favelados de Annawadi por causa da expansão do luxuoso aeroporto que fica ao lado, sendo que utilizando desse fato a Katherine nos mostra uma das passagens mais emocionantes do livro, que mesmo sendo curtíssima (e dizendo respeito a uma personagem não antes mencionada) nos comove profundamente devido ao detalhismo certeiro de Boo e ao grandíssimo senso humano presente em suas palavras.

Você já pensou quando olha alguém, quando ouve alguém, se essa pessoa realmente tem uma vida?
Pág. 229

Esse luxuoso aeroporto é comumente descrito no livro, e com isso é feito um contraponto com a pobreza da favela que está ao lado, esquecida pelos mais “altos”. É nesse aeroporto que muitos annawadianos ganham a vida, sendo em empregos miseráveis ou catando o lixo que todos jogam e depois o vendendo.
A emoção que sentimos durante as breves 288 páginas é sem igual. Isso não quer dizer que caímos aos prantos em todas as páginas, mas sim que essa emoção é diferente, verdadeira e sem exageros. A comoção pelo modo de vida dos annawadianos só aparece em momentos cruciais da história, no restante tudo o que fazemos é reparar nos mínimos detalhes da vida particular de cada um e ficar pensativo sobre o estado do mundo atual. Ainda que tenha toda essa comoção o livro também nos causa estranhas risadas: uma risada leve, simples, melancólica e nem um pouco exagerada. É impossível se esquecer do icônico e idiota outdoor do aeroporto que dizia que aquele azulejo era “lindo para sempre, lindo para sempre, lindo para sempre”.

A capa desse livro é de uma simbologia única. Essa simples foto de uma menina no meio do esgoto (que corre bem no meio de Annawadi) olhando para cima e com os olhos fechados mostra poeticamente a esperança que ainda resta no coração de todos os annawadianos. Adentrando ao livro, a primeira coisa que vemos é um prefácio do Zeca Camargo, que, na minha opinião, mostrou de uma forma bem “Rede Globo de televisão” a crueza do livro, sendo um tanto sensacionalista demais. Não faria falta se não existisse! Os capítulos do livro são um pouquinho grandes, nada exagerado ou que canse a leitura. A fonte é diferente e ainda assim agradável, igualmente ao seu tamanho. O espaçamento é bom e as margens também. Ou seja, tudo conspira para uma leitura prazerosa e única.

Abdul conseguia controlar muitos de seus desejos, mas não esse. Queria ser identificado como algo melhor que a água suja onde morava.
Pág. 252

Para a grande maioria dos leitores assíduos de hoje em dia, acostumados à ficções emocionantes, a realidade de Em Busca de um Final Feliz pode soar simples e para outros até sem graça. Mas apenas o fato de conhecermos mais sobre a realidade da Índia faz com que a leitura seja essencial à todos.
Esqueça as belezas infindáveis de Caminhos das Índias ou a verdade um tanto amenizada de Quem Quer Ser um Milionário? e se aprofunde nesse livro, pois assim você vai conhecer tudo o que se passa no submundo indiano. Depois dessa leitura eu posso te assegurar que você verá o mundo com outros olhos.

site: http://www.funshunter.com/2013/07/ResenhaEmBuscaDeUmFinalFeliz.html
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Poly 07/07/2013

Quando pedi o livro não sabia que se tratava de uma história verídica, quis ler por causa da sinopse excelente e não me arrependi.
A narrativa é no formato de reportagem, a linguagem é bem clara e fácil de ser entendida. É um livro tão bem escrito que diversas vezes eu tive que parar, pensar em outra coisa e depois voltar para a leitura, pois devido à riqueza de detalhes eu me transportava diretamente para a favela com seus cheiros, barulhos e medos.
Além desses detalhes, o livro também traz à tona o maior problema da pobreza: corrupção. E todas as vezes que o assunto aparecia era impossível não fazer um paralelo com o Brasil e pensar se aqui não acontece do mesmo modo.


No ocidente, e entre alguns da elite indiana, esta palavra, “corrupção”, tinha conotações puramente negativas; era vista como uma barreira para as ambições da Índia moderna e global. Mas para os pobres de um país onde a corrupção roubava um número enorme de oportunidades, essa mesma corrupção tornava-se uma das oportunidades genuínas que restavam.
P. 54

Um pouco da cultura indiana também foi bem demonstrada, nada belo como as novelas da globo, mas a simples realidade de milhares de pessoas.


Os transgêneros ou transexuais, os hijras, de Mumbai eram tão temidos quanto atraentes. Eles traziam má sorte por serem ambíguos sexualmente, e acreditava-se que a má sorte era contagiosa. Quando transexuais vinham à porta da sua casa, você tinha que pagar para eles irem embora. Você pagava um pouco mais se quisessem que eles atirassem fezes na frente de seu inimigo. E assim que as fezes fossem atiradas, o mau-olhado permaneceria, mesmo que seu inimigo contratasse um baba para queimar três palitos de incenso num copo de arroz com pó vermelho salpicado por cima.
p. 83


Em Délhi, os políticos e intelectuais reclamavam, confidencialmente, da irracionalidade das massas ignorantes da Índia, mas, quando o próprio governo fornecia respostas falsas para as preocupações mais prementes dos cidadãos, boatos e conspirações tomavam asas. Algumas vezes, as teorias da conspiração tornavam-se um consolo para a perda.
p. 203

Dentre os livros da categoria, foi um dos melhores que eu já li. Vivo uma relação de amor e ódio com livros-reportagem porque todos os que eu li traziam realidades muito tristes e isso me deixa meio tocada por tempo e sempre digo que não quero ler outros do gênero. Por outro lado, eles são tão bem escritos e enriquecedores que eu sempre acabo dando uma chance para eles.


site: http://polypop.net/livro-em-busca-de-um-final-feliz/
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Nica 01/07/2013

Em Busca de um Final Feliz
Em Busca de um Final Feliz não é um romance, não é um documentário, não é um relatório de Sociologia, é um pouco de tudo isso. Katherine Boo, jornalista americana, passou quase quatro anos em Mumbai, na Índia, fazendo uma pesquisa social nas favelas daquela cidade, mas especificamente na favela Annawadi. Foi um longo, delicado e minucioso trabalho que rendeu um livro de não ficção, com fatos autenticamente verdadeiros, e personagens com seus nomes e relatos reais. Além de utilizar-se de registros e documentos públicos, Katherine Boo participa do dia-a-dia da favela, conheceu todos os personagens citados e através de seus relatos, fotos e gravações, pôde, no final, copilar tudo num relato emocionante. Porém, a jornalista permitiu que seu leitor pudesse confundir sua leitura com um comovente romance, ao utilizar argumentos na narrativa que por vezes induziam a conflitos e diálogos. Por fim temos um livro emocionante e perturbador. A vida como ela é no Século XXI.
Annawadi foi escolhida para seu trabalho pela localização. A favela está ao lado do aeroporto internacional de Mumbai e tem como vizinho um luxuoso hotel, no entanto, não é a maior ou a mais miserável daquele país. Annawadi choca por sua sujeira, abandono e por ter um convívio tão íntimo com uma sociedade domesticamente sadia. Classes sócias diferentes convivendo dentro do mesmo caldeirão. Os três mil moradores que formam esta favela trabalham basicamente na coleta de lixo daquela região e cada palmo do espaço de coleta é disputado com a vida. Mentira, promiscuidade, assassinatos, suicídios, corrupção, injustiça fazem parte do dia-a-dia de um povo que, entre o lixo e um rio poluído, deparam com enormes paredes de outdoors com anúncios de bens jamais alcançáveis. Mas o que importa em Annawadi é a sobrevivência. Para piorar qualquer problema que se possa imaginar, ainda existem as castras e as diferenças religiosas, pois os muçulmanos são discriminados onde quer que estejam, mas dentro de um país com a maioria hindu, a crise se torna inimagináveis. Apesar de todos os problemas que enfrentam, tanto os externos quanto os internos, a maioria do povo ainda conta com a esperança de um dia melhor.
Dentro desse microcosmo os problemas sociais e políticos são tão graves quanto os problemas da metrópole aos quais os annawadianos fazem parte. Eles são o lixo, a escória, o descarte de uma sociedade que cresce e se fortalece diante do mundo globalizado. Ante dessa imensidão, os annawadianos são refém da fome, da violência, da corrupção, da poluição, da falta de saúde, da escassez de escolas... você conhece esse tema? Bem parecido com os nossos! Sim, estamos em plena globalização e os problemas de alguns países parecem os mesmos. Assim como a Índia, o Brasil também tem seus problemas sociais seriíssimos e a gente tem que, antes de tudo, olhar para o próprio umbigo.

site: http://www.lereomelhorlazer.com/2013/06/em-busca-de-um-final-feliz-katherine-boo.html
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