A Insustentável Leveza do Ser

A Insustentável Leveza do Ser Milan Kundera




Resenhas - A Insustentável Leveza do Ser


1326 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Raquel542 20/05/2024

Ao contrário do nome, o livro é bem denso
Achei uma leitura complexa e que mistura muitos pontos como acontecimentos históricos e que no final não nos diz tanta coisa assim como quer passar. Demorei bastante pra acabar e tanto não me prendeu na mensagem em questão que não consigo me lembrar direito da ideia que o livro quis passar.
comentários(0)comente



Okayalaniss 20/05/2024

"Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida?"
A narrativa mergulha nos relacionamentos imperfeitos de cinco personagens centrais – aqui conto com Kariênin, que sempre será minha favorita – cujas vidas se entrelaçam durante a história enquanto cada um experimenta a sua maneira o "peso insustentável" da vida. Ambientada durante a invasão russa à Tchecoslováquia em 1968, a trama destaca como as decisões desses personagens são moldadas pelo contexto político tenso da época, explorando as complexidades e contradições dos vínculos humanos e as implicações das escolhas individuais.

Particularmente, não me apaixonei por esta leitura (essa sempre é minha expectativa), em alguns momentos me perdi um pouco da história, e mesmo apesar disso foi com certeza leitura que me despertou boas reflexões e no final de tudo foi uma experiência nova para mim.

Destaques da leitura (spoiler alert!)

"Quanto mais pesado é o fardo, mais próxima da terra está nossa vida, e mais real e verdadeira ela é.
Em compensação, a ausência total de fardo leva o ser humano a se tornar mais leve do que o ar, leva-o a voar, a se distanciar da terra, do ser terrestre, a se tornar semirreal, e leva seus movimentos a ser tão livres como insignificantes.
O que escolher, então? O peso ou a leveza?" –p.11

"Torturava-se com recriminações, mas terminou por se persuadir de que no fundo era normal que não soubesse o que queria" –p.14

"Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida?" –p.14

"Tomas repete para si mesmo o provérbio alemão: einmal ist keinmal, uma vez não conta, uma vez é nunca. Poder viver apenas uma vida é como não viver nunca." –p.15

"No sábado e no domingo Tomas tinha sentido a doce leveza do ser chegar até ele vinda da profundeza do futuro. Na segunda-feira, sentiu-se oprimido por um peso que jamais conhecera." –p.39

"O corpo era uma gaiola e, dentro dela, uma coisa qualquer olhava, escutava, tinha medo, pensava e se espantava; essa coisa qualquer, essa sobra que subsistia, deduzido o corpo, era a alma." –p.48

"Não era a vaidade que a atraía para o espelho, mas o espanto de se descobrir nele." –p.49

"O sonho não é apenas uma comunicação (às vezes uma comunicação codificada), é também uma atividade estética, um jogo da imaginação, e esse jogo tem em si mesmo um valor. O sonho é a prova de que imaginar, sonhar com aquilo que não aconteceu, é uma das mais profundas necessidades do homem. Eis aí a razão do perigo pérfido que se esconde no sonho. Se o sonho não fosse belo, poderia ser rapidamente esquecido." –p.66, 67

"Os extremos delimitam a fronteira além da qual a vida termina, e a paixão pelo extremismo, em arte como em política, é desejo de morte disfarçado." –p.104

"O drama de uma vida sempre pode ser explicado pela metáfora do peso. Dizemos que temos um fardo nos ombros. Carregamos esse fardo, que suportamos ou não, lutamos com ele, perdemos ou ganhamos." –p.134

"São precisamente as perguntas para as quais não há resposta que marcam os limites das possibilidades humanas e que traçam as fronteiras de nossa existência." –p.152

"A unicidade do "eu" se esconde exatamente no que o ser humano tem de inimaginável. Só podemos imaginar o que é idêntico em todos os seres, o que lhes é comum. O "eu" individual é o que se distingue do geral, portanto o que não se deixa adivinhar nem calcular antecipadamente, o que precisa ser desvendado, descoberto, conquistado no outro." –p.213

"Parece que existe no cérebro uma zona específica, que poderíamos chamar memória poética e que registra o que nos encantou, o que nos comoveu, o que dá beleza à nossa vida." –p.223

"É muito mais importante desenterrar uma gralha enterrada viva do que enviar um manifesto a um presidente." –p.236

"E, de novo, veio-lhe à cabeça uma ideia que já conhecemos: A vida humana só acontece uma vez e não poderemos jamais verificar qual seria a boa ou a má decisão, porque, em todas as situações, só podemos decidir uma vez. Não nos é dada uma segunda, uma terceira, uma quarta vida para que possamos comparar decisões diferentes." –p.239

"Antes de sermos esquecidos, seremos transformados em kitsch. O kitsch é a estação intermediária entre o ser e o esquecimento." –p.296

"Sempre admirei os que têm fé. Acho que possuem o dom especial da percepção extrassensorial, que me foi recusado." –p.328
comentários(0)comente



Zuzartisa 19/05/2024

Poderia ser bom mas não para mim.
O livro aborda algumas reflexões bem interessantes.

O que pegou para mim foi a romantização de um relacionamento que a troca não é recíproca.

Encontramos um cara que leva a traição com leveza enquanto a mulher que ele diz amar leva esse fardo .

Umas das cenas na qual me gerou enorme revolta a que ele manda ela para morrer e ela mesmo sem saber do que se tratava respondeu sim.
Para não decepcionar e nem envergonha o Tomás.

Enfim não é meu tipo de leitura , a escrita cansativa e a história pesada nos sentidos citados logo acima.
comentários(0)comente



poeswild 19/05/2024

Insustentavelmente superestimado
O título e alguns trechos filosóficos contidos nas páginas iniciais foram o que me incitaram bastante curiosidade pela leitura. Porém, conforme vai se adentrando aos capítulos, a qualidade da narrativa decai muito. Várias sacadas geniais poderiam ter sido desenvolvidas a partir da proposta do autor, inegável que havia um certo potencial.
O cenário é repleto de propaganda anticomunista forçadamente imposta na narrativa, péssima estética, enfim, superestimado.
comentários(0)comente



Amanda3913 18/05/2024

Aprendi com Tomás, Teresa, Sabina e Franz a entender a complexidade da existência humana.
.
Suas experiências pessoais me levaram a uma profunda reflexão filosófica sobre temas como o amor, liberdade, destino e política.
.
Kundera, por sua vez, me mostrou a utilidade da ?leveza? e ?peso? para examinar a dualidade da condição humana.
.
A ?leveza? representando a liberdade, a ausência de compromissos e responsabilidades, enquanto o ?peso? simbolizando a carga das escolhas, das responsabilidades e das consequências de nossos atos.
.
Tal dicotomia está presente no cotidiano de todos nós: buscamos a leveza em momentos de alegria e despreocupação, mas também enfrentamos o peso das nossas decisões e das expectativas que os outros têm sobre nós.
.
Talvez, a vida humana seja uma dança entre esses dois pólos.
.
Não podemos viver plenamente na leveza, pois ela nos torna superficiais e desconectados, nem devemos viver apenas no peso, que nos sufoca e nos aprisiona.
.
A profundidade da vida humana reside na capacidade de navegar entre esses estados, encontrando equilíbrio e significado nas nossas experiências cotidianas.
.
?O homem nunca pode saber o que deve querer, porque vive apenas uma vida e não tem como compará-la com as suas vidas anteriores nem corrigi-la nas suas vidas posteriores.?
.
Autor: Milan Kundera
?: A insustentável leveza do ser.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



João Lucas 16/05/2024

A Insustentável leveza do ser
Leitura bem fluida e com uma narrativa as vezes bem direcionada ao leitor.
Muito bom, repleto de reflexões. Vale muito a pena
comentários(0)comente



Cintia295 15/05/2024

Grata surpresa, apesar de ter que reler esse livro pois tem muitas camadas, porém li com pessoas incríveis e a leitura cresceu de um jeito maravilhoso, quero ler outros livros do autor.
comentários(0)comente



Géss 13/05/2024

É um livro envolvente, apesar de ser bem arrastado em alguns momentos. Porém, isso não tira a beleza e a profundidade do que encontramos em suas páginas, onde por vezes me encontrei, me vi. Parece uma frase clichê, mas é difícil não dizer que é um misto de sentimentos, o autor nos conduz entre vidas e até fala diretamente com o leitor sobre como foi criar alguns personagens e suas inspirações para tal.
comentários(0)comente



Joao.Pedro 10/05/2024

Esse livro para mim foi muito interessante por que embora eu não entendesse tudo o que está acontecendo ali eu queria muito acompanhar a jornada dos personagens.
Eles são muito bem escritos pois parecem pessoas de verdade, normalmente as pessoas não gostam quando um personagem é falho e comete erros mas eu adoro por que reflete muito a realidade.
A forma como o autor escreve é muito bonita e ele fala muito de uma forma filosófica que particularmente não é muito o meu estilo mas pra quem gosta tem aqui um prato cheio.
comentários(0)comente



RaAssa108 10/05/2024

A insustentável leveza do ser foi indicação de um amigo e, pra mim, foi uma das leituras mais exaustivas que tive, acredito que principalmente pela ordem exposição dos fatos que a autora adotou. Fora isso, os personagens são reais dms, daqueles que a gente não tá acostumado a ler, o que torna tudo mais intenso.
Saturnotemanéis 10/05/2024minha estante
Sabia q vc tinha gostado??


RaAssa108 10/05/2024minha estante
Só foi chato ??




Angela594 06/05/2024

Ser não é simples
Vivi duas experiências diferentes com esse belíssimo livro. A primeira vez que li, com menos de 18 anos, tempo das certezas donas de toda a verdade, o impacto foi um. Hoje, passados mais de 30 anos, as certezas se foram e o livro tem um outro significado. As relações que conduzem a história são o menos importante. A complexidade das existências é o que realmente importa. Lindo livro antes, lindo livro agora.
comentários(0)comente



Flávia 06/05/2024

A insustentável leveza do ser
Não à toa, esse deve ser um livro lido antes de morrer. Trabalha, maneira intensa e, até mesmo lírica, temas essenciais da vida humana, tendo um pano de fundo histórico e político. A leitura, em alguns momentos, pode se arrastar, não sendo, portanto, um livro para ser lido rapidamente, e sim para ser degustado aos poucos, como um bom vinho.
comentários(0)comente



CinMeireles 04/05/2024

Quando eu tinha, sei lá, uns 14 anos, eu li a sinopse desse livro, achei um saco, e desde então vinha fugindo dele, mesmo com as trocentas recomendações que recebi. Aí em março eu não consegui bater minha meta de páginas lidas, e aí como "castigo" eu tinha que ler um livro que jamais leria normalmente. O escolhido foi esse.

MEU IRMÃO QUE LIVRO F0D4 PQP

Em minha defesa, tenho que dizer que se eu tivesse lido ele há uns 10 anos atrás, eu certamente teria odiado. A Insustentável Leveza do ser não é só uma história - é um poema, uma reflexão, uma filosofia. Milan Kundera usa da história romântico-sexual de seus personagens para refletir sobre o significado - ou a ausência de - da vida, de se existir nesse mundo; e é também por seus personagens que retrata a opressão do regime socialista na Tchecoslováquia, e a dificuldade de se adaptar a um mundo diferente daquele onde você viveu a vida inteira - mesmo quando esse novo mundo é, teoricamente, melhor.

A escrita de Kundera é fácil, delicada - mesmo quando trata de temas tão complexos e pesados. Seu foco não é a história, e sim as reflexões que ela traz; não à toa, sua narrativa não é linear, contando com idas e vindas temporais, algumas vezes comentando sobre um acontecimento antes que ele apareça na história. Sua análise da vida e das relações humanas não oferece respostas, nem mesmo se propõe a isso - apenas abre questionamentos. Cabe ao leitor refletir sobre eles, mas esteja ciente - as perguntas e reflexões seguirão com o leitor por muito tempo depois de findada a leitura, e quanto às respostas, provavelmente sequer existem.

Fico feliz por não ter lido esse livro no passado, e por ter lido agora - assim pude apreciá-lo em toda a sua beleza e profundidade. Recomendo infinitamente.
comentários(0)comente



isado8ra 04/05/2024

Achei bem ruim, muita propaganda anti comunista e filosofia.
a parte do romance é interessante, mas esse pano de fundo histórico me deixou com muito sono? karenine eu fiquei muito triste com a sua morte
pode ser que em outro momento me caísse melhor, mas não sei
julia5908 10/05/2024minha estante
ufaaaa vc concordou cmg!!




1326 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |