Lira dos Vinte Anos

Lira dos Vinte Anos Álvares de Azevedo




Resenhas - Lira dos Vinte Anos


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Rafa 20/11/2022

Lira dos 20 anos
A binômia de Azevedo fica transparecida nestes poemas que nada mais são que um portal para uma reflexão profunda sobre a figura do poeta e qual o valor da poesia??.
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Sara Muniz 19/04/2020

RESENHA - LIRA DOS VINTE ANOS + 10 POEMAS PREFERIDOS
Lira dos Vinte Anos é um livro de poemas escrito por Álvares de Azevedo, um dos maiores autores românticos brasileiros. Publicada postumamente em forma de antologia poética, a obra foi dividida em duas partes.

A primeira parte, seria ligada a Ariel, um anjo bom de "A Tempestade", de Shakespeare. A segunda parte, está ligada a Caliban, outro personagem shakespeariano que é um demônio. Obviamente, quando li eu não peguei essas referências, mas percebi que a primeira parte (relacionada ao anjo) é mais romântica, tem o amor platônico, o desejo, a pureza... Enquanto a segunda parte (relacionada ao demônio), é mais melancólica, triste, com crises existenciais, ironia, etc.

Essa obra entra na segunda fase do romantismo, que é a Ultrarromântica (ou mal do século). Os poemas da obra têm uma ótima musicalidade, os versos são metrificados, rimados e sempre se ligam aos próximos.

A primeira parte romântica traz o "mundo platônico", fala sobre o seio, sonhos, amor, natureza, um mar de ilusões, a mulher é idealizada, é vista como algo inalcançável.

A segunda parte fantástica traz poemas narrativos, mais longos, com críticas à realidade, sobretudo à sociedade e à vida de poeta.

Eu gostei bastante da obra, e como vocês podem ver na imagem acima, marquei poucas vezes (haha). Eu li Noite na Taverna na faculdade e fiquei muito curiosa para ler mais do autor. Muitos poemas são bem marcantes e foi bem difícil escolher só 10 para não deixar o post gigante (já vai ficar gigante de qualquer forma). Enfim, peguei 5 da primeira parte e 5 da segunda.

...

A minha edição é bastante didática, traz informações sobre a vida do autor e sobre a fase do romantismo brasileiro em que ele se encaixa, quais são as características e tudo o mais. Também veio com uma atividade junto para trabalhar o livro em sala de aula.

PARA A RESENHA COMPLETA COM TRECHOS E IMAGENS DO LIVRO, ACESSE MEU BLOG:

site: http://interesses-sutis.blogspot.com/2017/12/resenha-lira-dos-vinte-anos-10-poemas.html
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bibioslivrosecia 14/08/2021

Bom, mas com problemas
Devo admitir que nesse livro existem poemas muito bons, como Meu Sonho, que tem métrica, ritmo e musicalidade excelentes, além de rimas de alto padrão, mas não posso ignorar o fato de que vários poemas, embora com qualidade técnica, abordam temas problemáticos.
Recomendo apenas àqueles que verdadeiramente tem curiosidade sobre a poesia romântica brasileira.
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Roberto Noir 19/09/2012

O jovem ultraromântico
Sem dúvida, Álvares de Azevedo não tinha nenhum pudor em expor suas emoções, como é demonstrado nessa obra, especialmente em relação à morte e ao amor, especialmente os que não foram vividos. Muitos podem achar exagerado o modo como suas emoções são mostradas, assim como a melancolia presente na obra. Outros podem falar sobre uma certa falta de sofisticação em sua poesia. Mas não devemos esquecer que o autor morreu jovem, com 21 anos incompletos, coisa que ele pressentia que ocorreria e compartilhava com seus amigos, portanto ele não teve tempo de aprimorar sua obra. Independente disso, ela é de valor incontestável.

POR QUE MENTIAS?

Por que mentias leviana e bela?
Se minha face pálida sentias
Queimada pela febre, e se minha vida
Tu vias desmaiar, por que mentias?

Acordei da ilusão, a sós morrendo
Sinto na mocidade as agonias.
Por tua causa desespero e morro...
Leviana sem dó, por que mentias?

Sabe Deus se te amei! sabem as noites
Essa dor que alentei, que tu nutrias!
Sabe esse pobre coração que treme
Que a esperança perdeu por que mentias!

Vê minha palidez - a febre lenta
Esse fogo das pálpebras sombrias...
Pousa a mão no meu peito! Eu morro! Eu morro!
Leviana sem dó, por que mentias?

(Álvares de Azevedo)


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Miranda 03/01/2013

Entre o anjo platônico e o demônio depressivo
É mais ou menos por aí que anda Lira dos Vinte Anos. Uma obra ultrarromântica que compreende o universo sentimental de um menino-homem instável: ora Ariel(bonzinho) ora Calibã ( mal, sarcástico, rindo e ironizando o próprio sentimento amoroso).
O amor inalcançável deixa a leitura um pouco monótona, mas não deixa de ser interessante a perspectiva idealizada da morte.
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Darlene_Poetisa 13/04/2014

A lira d'alma
A lira dos vinte anos é, sem dúvida, o melhor livro de poesia brasileiro. É um livro inspirador, onde o autor derrama sua alma, seus medos, suas dores. Vale a pena ler e reler!
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skuser02844 12/05/2021

"Que fatalidade, meu Pai..."
A Lira dos Vintes Anos ou o Retrato de um Poeta quando Jovem.

Fiquei impressionado com esses poemas. Álvares de Azevedo faleceu aos vinte anos e está é uma das obras que ele deixou para a humanidade. Morreu tão jovem e deixou em sua escrita o reflexo dos seus sonhos e aspirações de juventude. Seus poemas não só refletem a aspiração e desejo de um jovem do século XIX como também mostram a maestria do Romantismo na poesia. Obra Prima.
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Nívia ¦ @niviadeoliveirapaiva 21/03/2020

Um grande nome da poesia brasileira, com grandes referências aos clássicos
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Wanderléia 08/04/2021

Meus favoritos
?Primeira parte
Cismar
A cantiga do sertanejo
Desalento
Soneto
C...
No túmulo do meu amigo João Batista da Silva Pereira Júnior
Tarde de outono
Cantiga
Saudades
Esperanças
Lembrança de morrer

?Segunda Parte
Vagabundo
É ela! É ela! É ela! É ela!
Minha desgraça

?Terceira parte
Porque mentiras?
Fantasia
Meu sonho
O lenço dela
Adeus, meus sonhos!
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23/03/2021

Uma dose extra de romantismo: Lira dos Vinte Anos, de Álvares de Azevedo
Entrando na poesia do período romântico, está a "Lira" de Azevedo que se deleita em poemas diversificados, brincando com as formas, mas que pairam sempre sobre o desejo amoroso e a irrealização sexual.
Dividido em 3 partes, a obra apresenta movimentos bem diferentes. Na primeira, é perceptível o teor ultrarromântico que o brasileiro faz parte, com versos bastante melancólicos e que se direcionam ao amor não correspondido. A segunda parte por sua vez, apresenta uma deformidade, já que os poemas estão mais dispersos aqui e apresentados de maneiras totalmente diferentes.
É na terceira parte porém, que é possível apreciar com melhor encanto a poética de Álvares, os versos estão muito bem concentrados no tema amoroso, são carregados de um lirismo bastante forte e sentimentalíssimo, além de claro, colocar o eu-lírico com mais profundidade.
Outro aspecto muito relevante são as referências do autor, que são evidentes na abertura de cada poema, e são refletidos tanto na temática dos escritos, como também fica claro a inspiração para a construção deles. Apesar dessas referências muitas vezes atrapalharem os entendimentos de alguns poemas (principalmente na parte 2), em muitos outros elas são dispostas de forma coerente e reforçam toda a bagagem literária (e emocional!) de Azevedo.
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Estefany 24/09/2022

Qual foi o último livro de poesia que eu li?
Não tenho parâmetros para dizer se esse livro é o melhor ou o pior ou um medíocre livro de poesias, pois é a primeira vez que leio um livro de poesias por completo. Só sei que gostei muito das poesias, principalmente as da primeira parte - acho que preferi essa parte porque tem mais poesias frufrus.

Uma das poesias que eu mais gostei foi essa:
"AI JESUS!

Ai, Jesus! não vês que gemo,
Que desmaio de paixão
Pelos teus olhos azuis?
Que empalideço, que tremo,
Que me expira o coração?
Ai Jesus!

Que por um olhar, donzela,
Eu poderia morrer
Dos teus olhos pela luz?
Que morte! que morte bela!
Antes seria viver!
Ai Jesus!

Que por um beijo perdido
Eu de gozo morreria
Em teus níveos seios nus?
Que no oceano dum gemido
Minh'alma se afogaria?
Ai Jesus!"
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Alessandro117 25/04/2020

Ultrarromantismo.
Se vê exatamente o que se aprende na escola, autor ultrarromantico, e fatalista onde tudo é absoluto.
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Paulo 14/02/2021

Martírio
Martírio não só o que o eu lírico sofre, mas o leitor também. Não pelo conteúdo ou pela qualidade, claro, pelo contrário: pelo excesso dela, o que torna a leitura difícil, em grande parte maçante, fatigante por sua complexa elaboração e por isso irritante, mas também intrigante, todas essas qualificações atribuo também a Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga, e a qualquer coletânea de Cláudio Manoel da Costa, embora eu só tenha lido uma. Castro Alves quase entra para essa lista, contudo, apesar de seu rebuscamento, sua poesia tem uma beleza encantadora, tanto que já reli seu Espumas Flutuantes. Em comum com Castro Alves, Álvares de Azevedo teve também a morte precoce e legada com a magnificência de sua obra, apesar da pouca idade. Castro publicou “Espumas Flutuantes” e menos de um ano depois morreu, em 1871, aos vinte e quatro anos, Álvares morreu em 1852 aos vinte anos, teve “Lira dos Vintes Anos” e “Noite na Taverna” publicadas postumamente, é incrível que tão jovens assim tenham publicado obras marcantes para a literatura brasileira e de tanta excelência.

Assim como Marília de Dirceu, de Gonzaga, Lira dos Vinte Anos é dividida em três partes, no entanto, diz-se que o autor pretendeu originalmente que tivesse duas partes, não sei se se contesta a autoria da terceira parte, como é o caso em Marília. O tema e ou a emoção das duas primeiras partes dessas obras dos dois autores também se assemelham, apesar de séculos e, claro, escolas diferentes (Gonzaga era originalmente do arcadismo, embora Marília é tida como já tendo elementos do romantismo, Álvares era do ultrraromantismo, segunda geração do romantismo). Na primeira parte, ambos falam da mulher ideal, do amor profundo que sentem por ela e o qual é sua única razão de viver. Na segunda parte, a temática é mais sombria; no caso de Lira, Álvares aborda a morte do poeta, que ironicamente viria a ocorrer em breve, fala do desprezo que os poetas e trovadores sofrem enquanto espécies de vagabundos, mas ele aborda também outros temas, versifica uma peça de teatro cômica e incômoda, escreve sobre seu candeeiro e conta histórias em decassílabos ou em outras métricas variadas, mas tudo metrificado e rimado, às vezes sem rima, mas sempre metrificado. Como é que se consegue contar histórias em versos com uma métrica?

A primeira parte, a romântica de fato, é a mais cansativa e maçante. A segunda é minha preferida, adorei os lamentos pelos poetas, a soturnidade, as histórias, não que alguns tantos poemas não sejam difíceis e então cansativos de ler. A terceira parte é anunciada no prefácio como um retorno à primeira (mais uma vez, como em Marília de Dirceu), é a única em que Álvares não fez sua própria breve apresentação, e ela, na verdade, aborda vários temas, o que prevalece me parece que é mesmo a donzela, há de fato esse retorno, mas aborda também temas da segunda parte, que por si só, como dito, são variados, existe, por exemplo, um poema em que alguém avista o vulto de Don Juan e que o ouve cantar, e o que se segue são dezenas de versos que são a letra da canção de Don Juan. Me identifiquei de uma forma catártica com alguns poemas da segunda e terceira parte.

Demorei quase um mês para terminar esse martírio. Quanto a essa edição da Escala, é horrível, a capa é horrível, a foto miniatura de Álvares é toda pixelada, a revisão é grotesca logo na primeira orelha, me perguntei o que estava fazendo a revisora na hora de revisar. Ao postar no Facebook sobre os erros da primeira orelha, um amigo que já trabalhou em livrarias e já teve seu próprio sebo me advertiu: “fuja da Escala”.
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Mr. Jonas 06/02/2018

Lira dos Vinte Anos
Os poemas do livro Lira dos Vinte Anos estão distribuídos em três partes. Aparentemente, a última parte foi acrescentada ao projeto original do autor, já que é a única a não trazer um prefácio. Como a obra foi publicada postumamente, a hipótese ganha reforço. De uma forma geral, essa terceira parte retoma os princípios e parâmetros da primeira.
No prefácio da primeira parte, o autor avisa: ?É uma lira, mas sem cordas; uma primavera, mas sem flores; uma coroa de folhas, mas sem viço. // Cantos espontâneos do coração, vibrações doridas da lira interna que agitava um sonho, notas que o vento levou ? como isso dou a lume essas harmonias?. A poesia aparece aqui como expressão de um estado de espírito marcado pela tristeza e pela melancolia. Ela funciona como um registro de vida, daí sua espontaneidade ? sugestão de que não teria passado pelo crivo da razão, originando-se diretamente do coração e da alma do poeta. O anseio de algo que acabou por não se realizar, graças à morte prematura do autor, está prenunciado na referência ao ?sonho?.
?Lembrança de morrer? é, significativamente, o texto que encerra essa primeira parte. Poema emblemático de toda a poesia ultrarromântica, trata-se de uma verdadeira súmula temática da estética: referências à morte (?Quando em meu peito rebentar-se a fibra, / Que o espírito enlaça à dor vivente?), o desprezo pela vida (?Eu deixo a vida como deixa o tédio / Do deserto o poento caminheiro?), a saudade materna (?De ti, ó minha mãe! pobre coitada / Que por minha tristeza te definhas!?) e a figura feminina, virginal, veículo de um amor platônico (?É pela virgem que sonhei... que nunca / Aos lábios me encostou a face linda!?).
Já o prefácio da segunda parte avisa o leitor sobre o que esperar dela: ?[O poeta] Tem nervos, tem fibra e tem artérias ? isto é, antes e depois de ser um ente idealista, é um ente que tem corpo. E, digam o que quiserem, sem esses elementos, que sou o primeiro a reconhecer, muito prosaicos, não há poesia?. De fato, os poemas se distanciam do idealismo para tratar de aspectos corriqueiros da existência humana. O tratamento temático é ainda romântico, mas a nota cômica que salta aos olhos aqui e ali permite perceber alguma diferença.
Destaca-se ?Namoro a cavalo?, que relata um desastrado encontro amoroso que foge em tudo da média romântica. O próprio enamorado registra o momento final do episódio: ?Circunstância agravante. A calça inglesa / Rasgou-se no cair de meio a meio, / O sangue pelas ventas me corria / Em paga do amoroso devaneio!?. Como se vê, nada que faça lembrar os abraços e beijos ? mesmo que sonhados ? das aventuras amorosas do romantismo.
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