Pudima 18/03/2018Uma mistura de sentimentos.Experimentei uma mescla de sentimentos ao ler esse livro novamente, depois de tantos anos (a primeira vez que li foi em 2011).
O primeiro sentimento foi "ranço". Eu peguei nojo, fiquei chocada e com raiva. Não acreditei que um livro de não ficção pudesse conter tanta bobagem.
Por segundo, senti "compreensão". Após anos de terapia, conversas com amigos, 'bugs' em relacionamentos, inseguranças, receios e auto sabotagens, eu finalmente entendi o quanto esse livro formou minha opinião. Graças a ele, eu aceitei e me submeti a situações que nenhuma mulher, seja qual for sua idade, deve aceitar.
Por fim, me senti grata. Grata por ter a determinação em ler isso de novo, por finalmente entender algumas atitudes da Érika de 2011, e por perceber o quanto eu evoluí e o quão madura eu sou hoje, e como (ainda bem) eu nunca serei aquela pessoa de novo.
Eu, que digo não existir livro ruim, hoje engulo minhas palavras e mordo minha língua.
Homem não tem o aval para ser escroto porque é "biologicamente assim". Mulher que gosta de esportes e sabe ler mapas não é "anormal". Ambos têm o direito de trabalha e se vestir como quiserem, e ambos têm a obrigação de cuidar da casa e dos filhos.
Homem que cozinha e lava louça não é um deus grego. Mulher pode dirigir bem sim, e não precisa usar terno ou ser "masculina" para mostrar que é competente.
Traição pode vir de todos os lados em um relacionamento, e sexo para mulheres não significa amor. O título desse livro está equivocado, deveria ser algo como "justificativas de homens para que mulheres se diminuam sem que eles se sintam culpados por trair e chamá-las de loucas".
Te falo em livro lixo. Não sei nem se minha horta merece adubo tão ruim.
Paz, amor e bem.