O Último dia de um condenado

O Último dia de um condenado Victor Hugo




Resenhas - O Último Dia de um Condenado


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Marcos 02/04/2022

O espetáculo da morte
Não se trata apenas de uma condenação, mas de um espetáculo. Tal qual o coliseu, a guilhotina servia para controlar as massas. Dava a impressão de justiça e até de humanismo pelo julgamento e tratamento dls guardas com o condenado. Assim como o holocausto, os guardas, o carrasco, todos os envolvidos não se colocavam como assassinos mas sim cumpridores da lei. A morte era banal, ocorria todo dia e era "justa". Tão justa quanto um linchamento a céu aberto. Um dos grandes problemas da punição pela morte é o direito que outros homens tem de julgar alguém a morrer. Não é como se a vida dessa pudesse ser equivalente, quantificada ou qualificada com uma punição. Isso deixando de lado todo o processo que pode ser corrupto, como o foi.
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Diego Lima 23/03/2022

O escritor Victor Hugo recorda em sua juventude ter presenciado algumas penas de morte, com isso, resolve trazer o tema para reflexão através da arte literária. A obra "o último dia de um condenado" tem esse impacto filosófico, psicológico e jurídico.

O livro não é sobre a inocência ou culpa do prisioneiro sem nome, é sobre a pena aplicada na época e, de forma mais profunda, tentar sentir os últimos momentos de um condenado o qual terá a vida interrompida de forma legal (Na francesa até certa época a pena de morte era decidida pelo Estado). Sentiremos a montanha russa de sentimentos do personagem principal. Desde o não arrependimento do crime, o que estava deixando nesse mundo e, por fim, uma possível redenção em suas últimas horas de vida.

O condenado em seu relato através de um diário transcreve todos os aborrecimentos com as pessoas as quais estavam conduzindo seu processo, as responsáveis por seu cárcere e, a pior de todas, os espectadores de sentença de morte - vi relatos falando sobre o espetáculo comercial que a decapitação de prisioneiros acarretava.

Enfim, uma obra muito bem trabalhada, ainda mais em se tratando de um tema bem discutido atualmente em nossa sociedade. O livro é muito fluído, com capítulos bem curtos, mas com passagens bem profundas para reflexão sobre essa sentença a qual coloca fim a uma vida.
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Letícia Serrão 22/03/2022

Para refletir
Victor Hugo nos traz uma narrativa afim de nos fazer refletir sobre um assunto que o incomodava bastante à época.
A leitura foi bastante fluída, os capítulos são curtinhos e fiquei curiosa com o que aconteceria ao fim.
Recomendo a leitura.
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Lameq 14/03/2022

É um tema bastante interessante, mas por ser de um autor renomado a expectativa foi mais alta. Mas bastante edificante para a minha biblioteca pessoal.
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Francisco240 12/03/2022

Morbido, moribundo, triste...
Um livro publicado em folhetim com capítulos curtos que vão relatar os últimos momentos de um homem condenado à morte.
O foco principal do livro é o psicológico do protagonista, que não tem seu nome revelado como os demais personagens.
Primeiro se tem a morte da Alma, logo após a psicológica, logo após a física...
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Martony.Demes 04/03/2022

Eis uma outra grande obra O Último Dia de um Condenado, de Victor Hugo. [Leitura de 2021]

O livro aborda sobre a temática da pena de morte. Apresenta os últimos dias de um condenado à morte, na França.

O personagem, um condenado, é uma pessoa comum, que tem uma filha, uma mulher e uma mãe! Porém ele cometera um crime. Só não é exposto qual crime. Mas poderia ser qualquer um. E grave, é claro.

Ele não hesita sobre o crime, não se exime de culpa e não se arrepende! E no mesmo local da pena ele vê condenados a trabalhos forçados. Inicialmente ele diz ao seu advogado que prefere a morte a trabalhar forçado pelo resto da vida! Porém ao chegar o dia da sua morte ele começa a mudar de opinião.

Há uma cena da última visita de sua filha antes da execução da pena! Mas prefiro não contar a respeito!

Vale a pena a leitura! É um livro curtinho e rapidinho você ler!
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Jacqueline 01/03/2022

Hugo e suas críticas sociais cirúrgicas
Como já diz o título, o livro conta a história de um condenado à guilhotina vivendo seus últimos dias após a sentença, demonstrando uma morte antes da guilhotina. A perda da família, a perda da liberdade e de quem era. Arrependimentos, medos e esperanças destruídas.
Em um momento de grande crise política e social na França, Victor Hugo sempre é cirúrgico nas suas abordagens históricas e críticas a forma de política e à igreja da época, descrevendo a forma "fria" como os padres lidavam com os presos e condenados à morte.
O livro é curto, porém forte e revoltante, desde a sentença e manejo do sistema judiciário, a falta de humanidade daqueles no poder até o povo vendo a guilhotina como um evento a se levar os filhos.
Amo cada parte da escrita de Hugo pela forma intensa como trata os personagens até as críticas que tece sorrateiramente, mas não despercebido. Simplesmente incrível, atual e triste.
Até que ponto a humanidade não evoluiu quando alguns cogitam a volta de algo tão cruel quanto tirar a vida de uma pessoa como única forma de lidar com um problema?
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Apenas Evelim 28/02/2022

O último dia de um condenado
O tema do livro é incrível!

Temos que fazer um resgate histórico sobre a pena de morte pós revolução francesa, ou melhor, pós a guilhotina ser adotada como a principal forma de se fazer justiça. Relembrado o fato histórico, a leitura é ESPLÊNDIDA.

Não sabemos quem é o acusado da história e nem qual crime cometeu, porém a narrativa nos faz defendê-lo, e desejar o seu direito primordial, o direito de viver.

Direito de viver para esse caso, significa direito de não morrer, mas ser castigado dentro dos limites da lei.

Na introdução Victor Hugo traz uma belíssima defesa contra a pena de morte, em três tópicos convincentes:

1° - Levanta um pensamento sobre a prisão perpétua, e pergunta por quê não aderir a prisão perpétua ao invés de adotar a pena de morte? Pontua, será que a prisão perpétua não é adotada por quê os juízes, delegados e afins não acreditam que a lei pode ser cumprida? "Vois objetais, que se pode fugir de uma prisão? Guardai-o melhor. Se não confiais na solidez dos varões de ferro, com vós atreveis a ter animais ferozes? Não é preciso ter carrasco, onde o carcereiro basta."

2° - A lei não deve ser usada para se vingar. "Ela não deve 'punir para se vingar', mas deve corrigir para melhorar".

3° - É preciso dar o exemplo. "É preciso aterrorizar pelo espetáculo da sorte reservada aos criminosos aqueles que se sentissem tentados a imitá-los." Se o exemplo é ser punido com a morte, por que ainda há pessoas cometendo tais crimes?

Tais pensamentos, embora bastante apropriados para época, me fazem pensar o hoje. Estou refletindo mais sobre posicionamentos meus sobre a pena de morte. É um texto que nos ajuda a questionar.

Excelente!

Temos mais um favorito do ano ?
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Rebb.Rocha 27/02/2022

“Lavar as mãos está bem, mas impedir o sangue de correr é melhor.”
Seria muito cômodo para Victor Hugo argumentar contra a pena de morte utilizando um exemplo de um criminoso arrependido miseravelmente pobre ou dotado de certa pureza remanescente em sua alma, de modo a convencer o leitor, entretanto, o faz ao contrário: nos apresenta, distantemente, um homem arrogante, pouco empático, que tem consciência de seus atos e que, em primeira instância, não se arrepende deles.
Não saber muito sobre o condenado, ou a vítima ou até sobre o crime em si, coloca os holofotes centrados todos na questão principal e superior a todas as outras: a existência da pena de morte - um problema moral e ético - e sua rejeição como uma postura, antes de tudo, universal.

(O segundo prefácio escrito pelo autor supera até a obra)

“Este livro é dirigido a todos os que julgam. E para que a defesa seja tão ampla, como a causa, ele entendeu [...] afastar do seu assunto o contingente, o acidental, o particular, o especial, o relativo, o modificável, o episódio, a anedota, o caso, o nome próprio e limitar-se [...] a defender a causa de um condenado qualquer, executado num dia qualquer por um qualquer crime.”

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Yali 12/02/2022

Rudimentos dos direitos humanos.
Um bom livro para rever conceitos e pensar acerca de questões como ressocialização de condenados e direitos humanos.
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Phaga 09/02/2022

Victor hugo consegue te transportar para a metade do século XIX enquanto faz uma crítica em relação a pena de morte praticada naquele século. Em diversos pontos você se pergunta do que é certo e errado e sem dúvidas chega a aflingir qualquer pessoa com essa história.
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Bruna 08/02/2022

"Dizem que não é nada, que não se sofre, que é um fim suave, que a morte dessa maneira é bem simplificada. Pois bem! E onde ficam essa agonia de seis semanas e esse bafo de morte de um dia inteiro? E as angústias deste dia irreparável, que vai passando tão lentamente e tão rápido? E essa tortura progressiva que só termina no cadafalso?"

Um clássico com o intuito de abolir a pena de morte da época. Muito bem escrito.
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Carol 27/01/2022

A escrita desse história é ótima, fiquei pensando que Victor Hugo era contra a pena de morte pq a gente chega mesmo a se compadecer com o moço acusado em cada momento de angústia descrito.
Iva Ulisses 28/01/2022minha estante
Carol ele era sim contra a pena de morte. Outra coisa é q a história é o mote para o desenvolviemnto dos Miseráveis. Vou nem negar que amo V. H.




Maiara.Alves 27/01/2022

Leitura Obrigatória
Nesta obra, Victor Hugo faz um grande ativismo político em prol da abolição da pena de morte.

O livro narra as angústias sofridas por um condenado à morte em suas últimas semanas. Esse homem, de quem não sabemos o nome, escreve seus pensamentos e sentimentos ao longo dos dias que antecederam a sua execução, e vamos com ele até o ponto em que ele é levado à morte. Mas quem é esse homem? Qual o seu crime? Não sabemos.

Sabe-se, apenas, que o condenado não se arrepende de seu crime. Por outro lado, o personagem lamenta que o delito tenha levado o Estado a praticar outro crime – não o de condená-lo à morte, mas o de condenar a sua filha em órfã de pai, ao estigma social.

Dostoievski chamou “O Último dia de um condenado” de obra-prima. Eu concordo plenamente. A cena do condenado com a sua filha, que não o reconhece no momento derradeiro, é muito forte. Recomendo fortemente este livro.
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Eduardo Mendes 07/01/2022

Reflexões de um condenado
O francês Victor Hugo é conhecido por obras primas como “O Corcunda de Notre Dame” e “Os Miseráveis”, mas eu preferi não encarar um dos calhamaços do autor logo de cara, então escolhi para começar a conhecer sua obra o curtinho “O Último Dia de um Condenado”. Com pouco mais de 164 página de dedo na ferida.

Antes de contar minhas impressões sobre O último Dia de um Condenado, vale a pena relembrar que além de escritor, Victor Hugo foi poeta, dramaturgo e ativista pelos direitos humanos. Portanto, nota-se uma constante preocupação do que vou chamar de uma “tentativa de entender a alma humana”.

Como o título já entrega, O Último Dia de um Condenado conta a história de um homem sem nome que relata seus últimos dias de existência. Narrado em capítulos curtos, confrontamos as reflexões do condenado e junto com ele somos levados às mais diferentes reflexões. Ele pensa em fugir, em tirar a própria vida, pensa na família e força o leitor a raciocinar sobre a morte e seus desdobramentos. Inevitavelmente me vinha à mente o seguinte questionamento: “Qual é o sentido da nossa existência mesmo?”.

O livro descreve muito bem os tormentos e angústias do protagonista, que no começo da trama ainda se vê distante da ideia de morrer, mas conforme a história avança vai tomando consciência da sua inevitável condição de condenado.

Victor Hugo faz duras críticas não apenas sobre a pena de morte (prática comum à época em que o livro foi escrito), mas também sobre o direito de se tirar a vida de outrém.

Gostei bastante do livro, e acho que são dessas leituras pesadas que aprendemos a ver o mundo com outros olhos.


site: https://jornadaliteraria.com.br/o-ultimo-dia-de-um-condenado/
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