O Último dia de um condenado

O Último dia de um condenado Victor Hugo




Resenhas - O Último Dia de um Condenado


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Luciana 24/04/2020

Você é a favor ou contra a pena de morte?
Este livro não tem a intenção de julgar o condenado e seu crime mas sim de nós fazer refletir sobre a pena de morte e suas implicações...
O próprio condenado mostra como é o sofrimento que antecede a morte nesse caso:
"Eles dizem que não é nada, que se não sofre, que é um fim sereno e que a morte desta maneira é muito simplificada. O que é então está agonia de seis semanas e este estertor dum dia inteiro? O que são as angústias deste dia irreparável, que desliza tão lentamente e ao mesmo tempo tão depressa? O que é esta escala de torturas, que vai acabar ao cadafalso? Aparentemente isto não é sofrer. Não são as mesmas convulsões, quando o sangue se esvai gota a gota ou a inteligência se extingue pensamento a pensamento? ... E que certeza tem eles de que se não sofre? Quem lhes disse? Sucedeu alguma vez uma cabeça guilhotinada levantar-se sangrenta à beira do cadafalso e gritar ao povo: Isto não faz mal!"
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Amanda 12/04/2020

A história não tem reviravoltas nem grandes acontecimentos. A leitura é proveitosa pela reflexão, não pela narrativa
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Maria.anamariaprof 12/04/2020

INCRÍVEL
Gente, só leia!!!
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Anderson916 20/03/2020

Cara que foda pra cacete
Chorei
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luizguilherme.puga 08/03/2020

Vitor Hugo neste grande livro, narra, de maneira dramática, as angústias sofridas por um condenado à morte em suas últimas 5 semanas de vida. A principio indiferente com a pena imposta, a história progride com um sofrimento crescente, onde narrador personagem vai mostrando sua tortura psíquica, ao mesmo tempo em que sente falta de sua filha. A ideia de Victor Hugo, que era um ferrenho critico da pena de morte, era mostrar que a Guilhotina não era eficaz ao seu propósito, muito pelo contrário, gerava trauma psicológico e mental, tanto para o condenado quanto para seus próximos, e servia mais de show e evento social do que repreensão. Que era método de vingança e não punitivo, e que ia de encontro com as aspirações humanísticas da época.
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Lucas 02/03/2020

Uma defesa à abolição de toda pena de morte, mas que também pode ser lida por quem não pensa assim
A questão da pena de morte é um dos maiores dogmas que existem na sociedade como um todo. São plurisseculares as correntes de pensamento e até de filosofias próprias que derivam dessa dualidade entre quem é a favor desse tipo de tratamento e quem considera esta uma penalidade exagerada em decorrência de qualquer crime.

Victor Hugo (1802-1885), o grande escritor, poeta, dramaturgo e político francês ilustra aos dias atuais o caráter atemporal que essa divisão provoca, por meio da obra O Último Dia de um Condenado, de 1829. Nela, há um relato em primeira pessoa que, na maioria das vezes, machuca e choca.

Contextualmente falando, havia na França dos anos 1820 uma influência bastante relevante da guilhotina, o instrumento de penalidade inventado pelo médico Joseph Ignace Guillotin (1738-1814). Por mais popular que ela seja na história ocidental, é preciso observar que tratava-se de um mecanismo com cerca de 4 metros de altura que sustentava uma lâmina extremamente afiada com cerca de 40 quilos, que ficava suspensa no alto da estrutura. O condenado ficava com o pescoço posicionado abaixo dela e a lâmina era liberada por um sistema de cordas e roldanas, decapitando o apenado. A guilhotina foi uma "herança" da Revolução Francesa (1789) que, por mais que hoje signifique um símbolo máximo da República e de Liberdade, foi construída sob o sangue de centenas de pessoas, inocentes ou não.

É importante que se pormenorize a guilhotina não para fins didáticos, mas para que ela seja reconhecida dentro da obra como um personagem importante, que se não é nomeado muitas vezes, adquire sob a escrita de Victor Hugo um caráter tão condenável quanto a pena de morte em si. E outro aspecto, o da execução pública da pena, que gerava um rebuliço considerável em Paris, especialmente entre os populares, também era algo que, hoje, justifica todo o posicionamento contrário do autor. Mas na época, com uma sociedade que vinha se formando a partir da revolução e que, portanto, não tinha um senso de humanidade vívido nestas situações, a obra recebeu inúmeras críticas.

Tais críticas não foram direcionadas à narrativa, que trata do relato em primeira pessoa de um condenado que cometeu um crime (que não é mencionado literalmente, mas algumas pistas dão a entender que se tratou de um assassinato ou latrocínio) e que passa as pouco mais de 150 páginas da obra relatando por vezes de forma frenética as suas últimas horas; as ressalvas literárias foram direcionadas à condenação de Victor Hugo à pena de morte propriamente dita, como uma punição totalmente desproporcional em qualquer tipo de crime.

Curiosamente, a narrativa em si não faz uma defesa apaixonada da abolição da pena de morte. O que há, em quase 50 capítulos curtos, é um contínuo estado de agonia opressiva, capaz de gerar no leitor não um sentimento de sensibilidade e afeição cega ao criminoso, mas uma profunda reflexão do que pode se passar na cabeça de um indivíduo quando ele descobre que terá sua vida ceifada pelas mãos do homem-espécie, que não foi o responsável por colocá-lo nessa vida. Esta é a grande questão intrínseca ao pessoal, ao indivíduo, a de ciência com o fato de que suas horas neste plano terrestre estão "contadas" e de que será um homem, racional como o condenado, e não o destino, o responsável pelo fim dos seus dias.

Se a narrativa do criminoso é marcada pela agonia que causa, é no prefácio de uma reedição da obra, feito em 1832 (e transcrito após a história principal na excelente edição da editora Estação Liberdade, que serve de base para a resenha) que o leitor terá uma defesa mais apaixonada em termos humanos, jurídicos e pessoais de Victor Hugo da abolição de tais práticas. Redigido como uma resposta às críticas do lançamento original de 1829, o texto fornece uma visão mais ampla da pena de morte com argumentos bastante válidos: a opinião promíscua das câmaras de legislação da França com relação ao tema, as crueldades mais exacerbadas inerentes à engenharia da guilhotina, a questão social (da pena de morte como uma "vingança" da sociedade, algo que Hugo particularmente condena, de forma justa), do oportunismo dogmático inerente ao indivíduo que aprova a pena de morte mas se o criminoso é um membro da família o cenário muda (assim como deviam e devem haver os casos de pessoas que condenam a pena mortal mas mudam de figura quando são afetados por um crime bárbaro), das relações sociais que o apenado possui e da influência que o seu sacrifício é capaz de causar em outras pessoas, entre outros aspectos, todos muito bem discutidos pela já recorrente habilidade de trazer reflexão que Victor Hugo dispunha.

O Último Dia de Um Condenado pode ser entendido dentro da carreira literária de Victor Hugo como a primeira obra que ele escreve capaz de dimensionar não apenas a sua preocupação humanista, como também social e política (quase no fim da vida, ele foi Senador). Claramente de caráter panfletário, trata-se de uma obra que se prova incapaz de alterar o ponto de vista do leitor acerca do tema. E por isso mesmo pode ser conhecida e discutida por todos os que amam ler. Todavia, o ensinamento que fica é o de que os argumentos condenatórios à pena de morte, exaustivamente expostos pelo autor, são os mesmos utilizados ainda hoje, quando guilhotinas, por exemplo, são artigos raros de museus. E este caráter transcendental precisa ser pelo menos minimamente refletido pelos que se dizem favoráveis à pena de morte. A conclusão prática que fica é a de que é preciso, e isso a obra faz muito bem, que sejam avaliados vários aspectos de ordem pessoal e social antes que se brade aos quatro cantos que se é favorável a este tipo de pena.
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Sunamita Conti Santos 24/02/2020

Basicamente, em "O último dia de um condenado", Victor Hugo demonstra, por intermédio da história, o seu ponto de vista a respeito da pena de morte.
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Mayara 02/05/2020

O último dia de um condenado
Um retrato impressionante do que seriam os últimos pensamentos de um condenado à morte. Recomendo demais conhecer essa perspectiva de Victor Hugo.
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Marina 13/02/2012

Este livro retrata bem os sentimentos, emoções, angústias e medos do último dia de um condenado. É uma leitura fácil e rápida e que nos permite refletir sobre um assunto tão polêmico como a pena de morte por um ângulo menos político e mais humanista.
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May @maynemet 15/02/2020

Muito bom
Primeiro clássico que li... Muito bom.
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DIÓGENES ARAÚJO 10/12/2012

Comovente
Um livro que ultrapassa os limites da literatura.
Mostra muito da natureza humana, o livro narra o ultimo dia de um condenado a morte, narrado pelo próprio condenado.
Um livro de ficção mais real que já li.
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Matheus945 23/01/2020

?Em tempos de revolução tenham cuidado com a primeira cabeça que cai. Ela abre o apetite do povo.?
Primeiro contato com o autor e foi uma experiência incrível, Victor Hugo nos mostra uma crítica à sociedade francesa que é sedenta por punição e sangue. O guilhotinamento, que começou a surgir durante os tempos da Revolução Francesa, é mostrado pelo autor como uma arma cruel contra a sociedade. Ao se matar uma pessoa, se mata uma família, e tira assim a chance de ela se tornar util à nação. O prefácio escrito pelo autor, que nessa edição está como posfácio, trás pontos interessantíssimos de refutação que Victor Hugo pensa sobre esse cruel castigo: se há a prisão perpétua qual a necessidade de um carrasco? se a sociedade falhou em dar oportunidades ao indivíduo, e a morte dele ser causada por esse mesmo sistema, este não é um círculo vicioso sem fim?
Todos estes pontos levantados pelo autor também pode nos fazer pensar na nossa atual sociedade brasileira, onde o próprio presidente e seus filhos defendem uma redução de maioridade penal para crianças de 14 anos. Não se muda uma sociedade a partir das punições, e sim a partir da conscientização. A educação, a desmarginalização de pessoas em áreas de favela e a valorização da cultura dos mesmos diminuiria consideravelmente a criminalidade. Além, claro, de programas para reinserção de ex-presidiários na sociedade e do melhoramento do sistema carcerário. Uma ótima oportunidade de autorreflexão que o autor nos proporciona.
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Stefan 08/11/2019

Humano e sensível.
Eu sou suspeito em falar do Victor Hugo, pois sou muito fã do seu trabalho, nesse livro minhas expectativas não foram feridas, ele mostra um aspecto agonizante do condenado diante da morte certa, ele transforma o tempo em um inimigo imbatível, ele questiona suas crenças, questiona o mundo, admite a natureza dos instintos.
PS: Acho que a musica Hallowed by they name do Iron Maiden é baseada nesse livro e essa música também é incrível.
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Adonai 08/10/2019

Você condena todo e qualquer criminoso à morte ou possui dois pesos, duas medidas, exceções?
Como deve ser tenebroso receber a notícia de dias contados. Como deve ser horroroso saber que pessoas determinaram a sua morte e não há escapatória. Além disso, como deve ser revoltante ser condenado enquanto quem julga também é passível de condenação.

Uma pessoa - não importa o crime - foi condenada à morte e resta-lhe relatar seus últimos dias, seus últimos pensamentos e principalmente o que está sentindo. O que muitos defendem como morte indolor, rápida e eficaz para a manutenção da ordem social, pode ser também um grande mecanismo de extermínio, de seleção artificial de quem pode viver e ainda reforçar quem detém poder.

Victor Hugo retoma e faz (re)pensar um tema tão contraditório para determinados grupos, os quais são à favor da vida, porém desejam e incentivam a morte de indivíduos já faltantes de oportunidade e de viver em sociedade. Um livro capaz de arrastar a angústia entre as palavras e incomodar com uma temática extremamente atual.
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