O Último dia de um condenado

O Último dia de um condenado Victor Hugo




Resenhas - O Último Dia de um Condenado


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Rafael549 30/04/2023

Meu Deus do céu o que foi isso
É incrivel a maneira que o autor nos faz entrar na pele do condenado, a maneira que é trabalhada a narrativa, a partir dos papeis supostamente encontrados, nos fazendo passar pelo perssonagem, com suas dores, angustias e medos.
O final é simplismente sensacional.Um otimo primeiro contato com o Victor Hugo, e me da mais vontade de ler Os miseraveis.
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debora-leao 20/04/2024

Esperava mais
Este é o meu primeiro contato com Victor Hugo e a verdade é que, após escutar Tatiana Feltrin falar sobre ele tão elogiosamente, eu esperava mais desse livro. Ele não é ruim... quem sabe seja curto. Compreendo que a proposta era mostrar aquele instante de (quase não) vida. Compreendo que a exploração psicológica é devida até o momento em que não se distraia do tema do livro, e que estender-se por este caminho seria o mesmo que anular a principal discussão. E, nisso, concordo que Victor Hugo conseguiu: de fato me sinto contra a pena de morte ao término da leitura - contudo, a empatia fica prejudicada. Não condeno o personagem, mas também não o perdôo (na medida em que, como leitora, posso fazê-lo). Creio, também, que a época em que vivo me influencia. A pena de morte, ao menos no século 21, já não é questão. No Brasil, como em muitos outros locais, ela é proibida, e as formas de tortura psicológica variam. Pergunto: de quê adianta não matar e manter presos em situação tão periclitante? Creio, sinceramente, que a vida deve ser tratada com dignidade. Se não o é, melhor que seja a morte... Mas talvez seja minha frustração falando. Quem sou eu? Zero lugar de fala.

Penso que as principais reflexões que me vieram da leitura deste estão em torno da incerteza da morte. Não é o que o protagonista vive, pois tem data para morrer, mas como ele mesmo diz, todos somos condenados à morte, muitos apenas não sabem a data de execução. E, ao caminho da praça, a mudança de descrição e narrativa para ater-se aos detalhes não notados previamente é bonita. Há uma progressão do início da narrativa de sua situação (condenação, instalação na prisão, ambientação com o cenário de prisão), que era mais factual, para uma descrição psicológica mais geral (quando fala da mãe, da esposa e da filha, revendo sua vida de forma geral), para enfim olhar para o pequeno, para a reação das pessoas que observam a execução, para os relógios, torres e igrejas na praça, para o trem, para o que nunca havia notado em seu ambiente. Isso é bonito e me parece a verdadeira direção da vida bem-vivida, a presença no aqui e agora. Isso é o que o livro consegue me ensinar.
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Raphael 11/05/2021

Narrativa extremamente realista, realmente acreditamos que se trata de um relato encontrado de um condenado à morte. A cada página a agonia e o temor vai crescendo em conjunto com o condenado, e nos colocamos em seu lugar. Deixa a reflexão cirúrgica das consequências de tal condenação.
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Jéssica 03/04/2021

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Victor Hugo não deixa nenhuma dúvida a respeito da sua grande obra crítica à sociedade parisiense do século XIX. Aqui ele escreve um manifesto contra a pena de morte. A história não deixa que tomemos conhecimento do condenado/narrador e nem do seu grande crime. Para Victor Hugo o que importa são as injustiças humanas e as consequentes dores dos miseráveis; eventos esses que valem a pena serem narrados.
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brenda meneses 27/07/2020

Saindo da bolha.
“Até a sentença de morte, eu me sentia respirar, palpitar, viver no mesmo meio que os outros homens; agora, distinguia claramente como uma barreira a me separar do mundo. Nada mais me aparecia sob o mesmo aspecto antes”.

O último dia de um condenado, publicado em 1829, vai tratar sobre o que o próprio título diz. Este é um livro curtinho e vai tratar sobre a pena de morte. Sendo um livro do século XIX, é sabido que nessa época as execuções eram feitas com a guilhotina em praça pública. Ou seja, eram considerados como eventos festivos.

Vamos acompanhar a história desse condenado, não só em seu último dia - mesmo ele compondo o grosso da narrativa. Esse condenado não tem nome, não sabemos o seu crime e nem se ele é realmente culpado ou não. Mas, por ele estar no corredor da morte, temos essa noção de que o crime que ele cometeu foi pesado. Em um dado momento, ele conta que derramou sangue, e ainda assim não conhecemos quem morreu, por que e nem quando. Ficamos sabendo disso através de seu diário, no qual ele vomita todos os pensamentos que tem ao longo desses dias no corredor da morte.

A intenção do autor é clara: ao nos jogar um protagonista sem nome, sem falar sobre o crime, ele quer discutir apenas a questão da pena de morte, independente de quem quer que a tenha recebido. É uma discussão moral e ética. O livro não traz uma solução para o problema. Você primeiro irá discutir consigo mesmo, depois com outras pessoas e aí formar alguma opinião. Isso vai depender única e exclusivamente da sua bagagem de mundo.

E fica a questão: a pena de morte é válida e efetiva? Há tantos anos que existe essa maneira de punir crimes, e mesmo assim a brutalidade continua ocorrendo? Tem eficácia? É certo tirar a vida de outra pessoa, sentenciá-la a morte, mesmo ela tendo “merecido” pelo o que cometeu? Quem decide o certo ou errado? Essas são poucas das muitas perguntas que você irá fazer ao longo da narrativa. Indico demais pra sair da sua bolha e zona de conforto.
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Alex Viana 30/12/2023

Muito bom!
Mas, retorquirão, é preciso que a sociedade se vingue, que a sociedade puna. Nem uma coisa nem outra. Se vingar é próprio do indivíduo, punir é de Deus. A sociedade está entre os dois. O castigo está acima dela, e a vingança, abaixo. Nada de tão grande ou de tão pequeno lhe convém. Ela não deve ?punir para se vingar?; ela deve corrigir para melhorar.
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Pedro.Gondim 17/04/2021

Mais que mera Execução
"Dizem que não é nada, que a pessoa não sofre, que é um fim ameno, que a morte dessa maneira é bem simplificada!
Oh! então o que são esta agonia de seis semanas e este estertor de um dia inteiro? O que são as angústias deste dia irremediável que escorre tão lentamente e tão veloz? O que é esta escada de torturas que leva ao cadafalso?
Aparentemente, não há sofrimento nisso.
Não são as mesmas convulsões: o sangue esgotar-se gota-a-gota, a inteligência extinguir-se pensamento a pensamento?
E depois, estão realmente seguros de que não se sofre? Quem lhes disse isso? Jamais aconteceu de uma cabeça cortada se dirigir sangrando à beira do cesto e gritar ao povo: nem doeu!" (p. 130 - ed. Clube Literatura Clássica)
Carolina.Gomes 25/04/2021minha estante
N tive coragem de ler ainda. ?




Japa 09/06/2020

Em forma de diário, Victor Hugo expõe as angústias de um condenado criticando a pena de morte.
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Francislaine Costa e Silva 21/04/2021

Livro que aborda um assunto muito polemico que é a pena de morte, o autor tem uma escrita muito boa. O livro conta uma historia de um sujeito que está no corredor da morte, e suas experiências. Super recomendo a leitura.
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Mateus 14/09/2010

O Último Dia de um Condenado narra os dramas e intempéries de um homem que está prestes a ser executado. Imaginei que o condenado iria contar qual crime cometeu, se era culpado ou inocente, se estava arrependido ou não. Mas não é exatamente isso que é narrado. Não é falado se o homem é culpado, inocente, rico, pobre, ou o que for, nem muito menos de qual crime é acusado. O livro narra apenas suas lamentações sobre tudo o que está passando, e como é terrível o lugar em que está preso. Foi muito melhor do que eu pensava.

A verdadeira finalidade do livro é mostrar o quão horrível é a pena de morte. Nisso ele não falha. Em cada página vê-se o quanto Victor Hugo é contra esse tema tão polêmico. O homem condenado pelo visto é um burguês, o que significa que talvez ele não seja o culpado, levando o fato de estar sendo condenado à morte ser totalmente injusto. Mas a questão culpado ou inocente não está em jogo. Como no próprio livro diz, ninguém merece ser condenado a morte. "Se não acreditam na solidez das grades de ferros, como ousam ter zoológicos?"

O maior feito de Victor Hugo é sua capacidade de fazer nós leitores nos emocionarmos com o que ele escreve. Cada palavra, cada frase, cada página, é como se lêssemos exatamente um diário de algum condenado, pronto para a morte. Mas quem disse que esse diário não poderia ser real? No livro fala que se alguns dos condenados a morte fossem filósofos e poetas, muitos diários como esse iriam aparecer constantemente. É a mais pura verdade.

Se no ano em que foi lançado o livro (1829) a pena de morte já era um tema horrível, hoje em dia é ainda pior. Ninguém merece passar por tal coisa, é muito injusto na maioria das vezes. A prisão já é o bastante.
Luh Costa 15/09/2010minha estante
Ainda não tive o prazer de ler esse livro mas com certeza irei ler. Muito boa a sua resenha, aborda um tema polêmico que é a pena de morte. Tem coisas que vejo no jornal, crimes medonhos e logo penso que a pessoa deveria receber pena de morte, mas depois paro pra pensar e vejo que é um assunto delicado, talves aja injustiça, penso que não temos o poder de tirar a vida de alguém, etc. Bem, quem sabe posso tirar minhas duvidas quando ler O Último Dia de Um Condenado.




Aline Teodosio @leituras.da.aline 11/08/2020

Um homem, que não sabemos nem o nome e nem o crime que cometeu, é condenado à pena de morte. A narrativa, portanto, transcorre sobre o tempo que ainda lhe resta e o sofrimento do personagem ante a iminência da morte.

A obra, apesar de curta, é de uma densidade imensa. Em nenhum momento se fala do quê o personagem fez para se encontrar em tão triste situação, a intenção não é que o leitor julgue se ele merece ou não, mas sim refletir sobre as condenações vigentes na época. Será que caberia mesmo ao Estado o poder de tirar a vida de um ser humano?

O personagem atormentado rabisca uma espécie de diário, de forma apressada, referente ao tempo que lhe resta antes do fim. Acompanhamos toda a sua angústia, sua ansiedade desvairada, sua perturbação mental, suas lembranças mais remotas (doces, mas que se misturam com o amargor do momento). É um livro que suscita aprofundados diálogos psicológicos.

Confesso que por muito tempo fui partidária da pena de morte, mas ultimamente não tenho mais tanta certeza. Será mesmo que todos os culpados seriam "contemplados" ou esse tipo de sentença só atingiria aqueles menos favorecidos? A justiça seria a mesma para todos ou as classes mais abastadas de alguma forma se safariam? Aqui os diálogos acalorados caem no campo do Direito.

Sou leiga tanto na Psicologia quanto no Direito, mas sou sensível às dores da alma. Saber o dia e a hora que se vai morrer pode ser mais obscuro que a própria morte.
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Maiara.Reinert 19/11/2021

Mazelas do Direito Penal na história....
Sempre me horrorizo com o que a sociedade foi capaz de fazer com os seus irmãos. Como fomos capazes de matar um outro ser humano, julgando os seus atos como se fossemos melhores que o outro.... precisamos refletir mais!!! Esse livro é sobre isso. Recomendo muito.
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Bárbara | @barbaraeoslivros 20/12/2021

Lavar as mãos é bom, impedir o sangue correr é melhor.
Este livro, nas próprias palavras de Victor Hugo, nada mais é do que uma defesa, direta ou indireta, como quiserem, da abolição da pena de morte.

É isso? um verdadeiro protesto em forma de ficção posto para fazer o leitor refletir. Inclusive, Victor Hugo, por algum tempo, deixou no ar se o livro seria de fato uma ficção por ele criada ou se seria um compilado de memórias derradeiras de um condenado a que ele teria tido acesso.

Acompanhamos os últimos momentos de homem fadado a morrer no cadafalso, a ser atingido fatalmente pela guilhotina? vivemos com ele todas as fases do luto (por si mesmo), desde a negação até a aceitação?
O condenado nos conta vagamente sua vida pregressa e não alega inocência, mas também não assume expressamente que crime cometeu, apenas sugere que feriu mortalmente alguém.

O fato de não sabermos por qual crime nosso protagonista fora condenado é proposital, o que Victor Hugo quer é colocar um conflito moral e ético ao seu leitor. O crime cometido não importa, o que importa aqui é refletir sobre a severidade e a irreversibilidade da pena.
A pena, por óbvio, passa da pessoa do condenado e acaba atingindo sua família, fadada a sofrer com a ausência do ente querido, a suportar o preconceito e a hostilidade social.
A questão, portanto, vai muito além da simples punição do indivíduo delinquente. Atinge seus familiares, inclusive crianças; bestializa a sociedade, que assiste ao espetáculo de sangue em praça pública; e coisifica o condenado que se torna mero objeto da vingança estatal.

Hoje, pode parecer infundada a discussão sobre a inadmissibilidade da pena de morte, mas na França de 1829 era um debate jacente, principalmente por acreditarem na eficácia da guilhotina.

[Miserável! Que crime cometi e que crime estou fazendo a sociedade cometer!]
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