Amanda 18/08/2015AllegiantLembrando ao pessoal que haverá SPOILERS de Divergente e Insurgente nesta resenha! Foram avisados.
Edith Prior! Eu fiquei de queixo caído com o fim de Insurgente, eu não esperava por isso. E foi difícil esperar para poder ler Convergente, mas vamos lá.
Novamente, os acontecimentos do terceiro livro retomam quase no mesmo momento em que parou o anterior. O choque do vídeo revelado abalou todos, o que deixou Evelyn livre para dar um 'golpe de estado' e pegar todas as armas para os sem facção e se denominar líder.
Começa meio que uma ditadura, as pessoas que se rebelaram contra os sem facção antes são julgadas e condenadas, entre elas Caleb e até Tris e os que a ajudaram a revelar a verdade.
Com todo governo opressor há aqueles que lutam contra ele, e esses são os Allegiant, que eu acredito que deve ser os Convergentes em português (corrijam-me se estiver errada). Eles são a favor da volta das facções e da queda da tirania de Evelyn.
Achei o começo do livro bem maçante, e comecei a entender porque todo mundo o odiou. Levei um tempo para pegar o ritmo e acabei não ficando nenhum pouco decepcionada.
Tris, Four, Christina, Peter e outros se juntam aos Allegiant e formam um grupo que irá para o lado de fora da cerca, descobrir quem são aqueles que tanto precisam de sua ajuda. Do lado de fora, eles encontram um mundo completamente novo, mas não tão diferente assim, controlado pelo Departamento de Auxílio Genético (The Bureau of Genetic Welfare).
E é quando eles descobrem a GRANDE verdade por trás de sua cidade, das facções e do que realmente significa ser Divergente.
O livro tem aproximadamente 520 páginas, sendo que a verdadeira ação acontece apenas nas últimas 150. Sim, é isso mesmo. Apesar do livro ser consideravelmente bem parado, sem muita ação e adrenalina, eu achei impressionante como isso não afetou o ritmo de leitura. Devido a grande quantidade de descobertas e reviravoltas, ele não fica maçante como, por exemplo, em 'A esperança' (último livro de Jogos Vorazes).
Ficou claro nas resenhas anteriores que eu não vou com a cara da Tris, mas neste livro Veronica Roth mostrou sua habilidade na construção de personagens. De uma insegura e egoísta Beatrice que sempre se duvida e questiona o que os outros fariam, para uma Tris forte e decidida sobre os seus valores e que não tem medo de sacrifícios.
Neste livro há uma novidade: os capítulos são revezados na narrativa, entre o ponto de vista de Tris e Four. Ao mesmo tempo, o romance dos dois vai sofrer um pouco, além de acabar sendo um dos grandes focos do livro. Isso achei um pouco ruim, pois apesar de saber desenvolver a evolução de Tris, achei que a Veronica não soube se separar muito na narração dos dois, fazendo com que o tom continuasse o mesmo. Muitas vezes me vi no meio do capítulo e eu esquecia quem estava narrando!!
Fiquei chateada também porque alguns personagens que gosto acabaram morrendo, mas a vida literária é assim mesmo.
Eu consigo entender porque todos dizem odiar o final da trilogia. Mas mesmo antes de começá-la já sabia que eu não iria (devido ao grande spoiler do final que muitos já devem saber), pois gosto quando as coisas não seguem um certo padrão e te surpreendem no final, o que com certeza aconteceu.
P.S: (Essa resenha foi escrita em 2014)
site:
http://escritoseestorias.blogspot.com.br/2015/08/resenha-100-convergente-mes-do-autor.html