As virgens suicidas

As virgens suicidas Jeffrey Eugenides




Resenhas - As Virgens Suicidas


760 encontrados | exibindo 121 a 136
9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 |


spoiler visualizar
carinavd 25/01/2018minha estante
Isso. Fiquei me perguntando quanto os narradores influenciaram na decisão das meninas. Stalkers, não deixavam elas em paz, sempre vigiando, sempre fazendo suposições, e colocando elas num pedestal bizarro.


Jenifer Cerdas 03/06/2018minha estante
Tirou palavras da minha boca. Li 2 vezes a frase do termômetro pra ver se ele realmente era o que significava de tão absurdo.


Isa 06/03/2019minha estante
Ué, mas acho que esse é definitivamente o ponto do livro. Eles nunca poderão conhecer as meninas. Por mais que tentem juntar os pedaços e conservem coisas absurdas, elas são intangíveis justamente porque são pessoas de carne e osso com sentimentos e personalidades muito além daquilo que eles conseguiam enxergar. Essa é justamente a crítica do livro: como as expectativas desses meninos, que representam uma sociedade doentia que espera algo de sexual das meninas, entra em choque com a expectativa familiar que era pudica e religiosa. O livro põe em cheque a questão da dicotomia de santa e da prostituta, afinal mulheres são mais do que isso. Os narradores ditos por você como "punheteiros e fetichistas" nada mais são do que um reflexo da própria sociedade e o modo como as mulheres foram, são e serão julgadas por muitos. Acho uma grande maestria do autor, mostrar justamente essa assimetria perceptível e gritante: qual o direito de julgá-las se nunca as conheceram? Mas afinal, eles poderiam verdadeiramente conhecê-lás? As Lisbon escapam dos narradores como areia das mãos. Eles nunca poderiam conhecê-las e Cecília deixa isso bem claro quando se dirige ao seu médico,em sua explicação sobre os suicídios, afinal "ele nunca foi uma garota de 13 anos". E assim, somente a elas cabia entender a dimensão e o sofrimento de ser mulher diante de exigências e situações tão absurdas.




spoiler visualizar
comentários(0)comente



Duda P 09/04/2023

"A gente só quer viver. Se alguém deixar."
Talvez eu tenha ficado tão obsecada nas meninas Lisbon quanto os meninos perebentos que narram o livro ksks. Os mistérios que envolvem suas vidas e mortes me deixaram totalmente envolvida e ansiosa pra chegar ao fim o mais rápido possível, tanto que devorei tudo em um dia. A interpretação das minucias também foram importantes e fazem a gente refletir durante todas as 232 páginas, revendo todos os nossos pareceres da situação. Achei a história bem profunda, o autor acertou em cheio em muitas reflexões e detalhes, construindo o cenário de forma gradativa e nos situando do ponto exato onde estamos.
Mas esse excesso de detalhes pode ter sido também o ponto fraco do livro, visto que se tirassemos partes que, sinceramente, são quase inúteis (ou só estão alí pra justificar uma única frase no final, que nem é tão impactante quanto achei que seria), o livro teria menos da metade. Até agora estou tentando encontar o motivo de ter toda uma explicação do passado de Trip Fontaine, as orquídeas da avó da Muffie Perry ou da "peculiaridade" da sra. Karafilis, que pelo visto, foram adicionados somente pra encher lingüiça e deixar o livro maior e mais cansativo.
Outro ponto negativo, na minha concepção, foi terem focado em apenas duas das cinco irmãs, visto que tivemos todo um tempo de apego na Cecilia e na Lux, conhecendo suas personalidades e tudo mais, mas Mary, Therese e Bonnie foram jogadas pra escanteio, sem nenhum aprofundamento.

Em geral, gostei bastante da leitura, mas comecei com uma expectativa diferente do que foi entregue, talvez eu tenha me precipitado Ksksks mas a obra está extremamente longe de ser ruim ou chata.
comentários(0)comente



Alice 19/07/2022

O livro narra os suicídios das irmãs Lisbon, cinco adolescentes de um subúrbio estadunidense. A história é contada pelo grupo de vizinhos que eram apaixonados pelas meninas.

A história é bonita e em muitos momentos sentimos como se fossemos intimos de todos eles, nós entramos na vida das Lisbon como espectadores. A parte mais interessante é que somos guiados por narradores pouco confiaveis uma vez que se tratam de homens já adultos, relembrando memorias de uma adolescência em que estavam apaixonados. Assim, não podemos entender com certeza o que acontece com as meninas, porque elas tomam certas decisões ou porque agem de tal maneira.

O livro é muito detalhado, deixando a leitura muitas vezes cansativa e sem sentido. Mas vale a pena dar uma chance!
comentários(0)comente



Angie 27/04/2023

"No fim não foi a morte que a surpreendeu, mas a teimosia da vida."
Livro sensacional e muito bem escrito, a tradução está ótima e a edição também.
Essa já era (para mim) uma história conhecida pois há muitos anos assisti a adaptação de Sofia Coppola, mas é muito diferente ler o livro e assistir ao filme. Temos uma narrativa global de um grupo de meninos, não sabemos ao certo quem conta a história, que tem uma grande carga emocional, mas temos diversos pontos de vista de um mesmo enigma.

Lendo, fiquei com a sensação de poder fazer mais, mesmo por personagens que não existem, mesmo essa sendo uma história fictícia (que me levou em certos momentos a acreditar que não era) eu poderia facilmente atravessar as páginas desse livro para tentar ajudar as meninas Lisbon, que viviam enclausuradas não somente dentro de casa, mas também dentro de seu próprio mundo interior, fechadas em suas prisões mentais. E mesmo cientes de seu fim prenunciado, tive a impressão que os meninos iriam socorrê-las e que tudo ficaria bem, e acredito que eles pensaram a mesma coisa.

O suicídio, que é mais doloroso que a morte em si, não revela nada em específico. A narrativa nos permite um ponto de vista real, que temos quando tragédias como essa acontecem, não sabemos o quando, como, onde e por quê, apenas somos capazes de compreender que aconteceu e nada pode ser feito. Todo o nosso entendimento é construído a partir de perspectivas, mas a verdade é inalcançável, inimaginável, as dores de alguém, uma dor que leva à morte, chega a ser incompreensível, ainda que tentemos montar o quebra-cabeça, sempre faltará uma peça.
comentários(0)comente



Janavisi 11/05/2023

Esperava mais
Na minha humilde opinião a premissa é boa, mas a narrativa é muito redundante e cheia de detalhes que pra mim não necessitava. Dei Duas estrelas por conta das reflexões que o livro traz. Pensei em desistir em vários momentos. O início é maravilhoso, aí o ritmo vai diminuindo.
Agora vamos ver a adaptação.
comentários(0)comente



Karen 16/12/2021

Meninas são tão mulheres ...
O livro me lembrou a música "Garotos II - Leoni".
Em meio a truques e confusões s meninas davam um baile nos meninos da rua.
Pobres meninas lindas, sufocadas pelo cinturão bíblico imposto da mãe beata, tiveram como a luz do fim do túnel a luz de uma outra vida.
"'Qualquer um no lugar delas se mataria só pra ter alguma coisa pra fazer'".
comentários(0)comente



Tainá.J 03/10/2020

Bom
Gostei do estilo da escrita, da narrativa e da abordagem bem diferente ao tema. Muitas sacadas geniais e sutis ao longo do texto! Foi um livro melhor do que imaginava a princípio! Vale a pena a leitura!
comentários(0)comente



Maria Bezerra 01/09/2020

Eneias da vida real
"Eram como Eneias, que (segundo conseguimos visualizar em meio à nuvem de cê-cê do dr. Timmerman)
tinha ido até o mundo subterrâneo, visto os mortos e voltado, chorando por dentro."
A citação acima resume bem a "personalidade " das meninas e o que o leitor irá encontrar durante a narrativa. Assim como todo livro não toca a todos, esse em especial exige uma sensibilidade maior do leitor. Muitos leitores chegam ao final do livro sem entender o motivo do suicídio. Porém, o leitor mais atento perceberá outras nuances decisivas para o enredo e seu consequente desfecho ...
comentários(0)comente



Monique 29/09/2016

Um clássico chato
Eu queria muito falar que esse livro é arrebatador, que ele me prendeu e que estou sofrendo de ressaca literária. Mas não. Não mesmo!
Para falar a verdade quase desisti dele, mas segui até o fim.
Por curiosidade.
As Irmãs Lisbon são jovens, bonitas e desejadas por todos os meninos do bairro. Inclusive a historia é narrada por eles. Que nos contam como a vida delas é controlada pela mãe, que não as deixa usar maquiagem, são obrigadas a ir para igreja e encontro com garotos, só supervisionado.
Então, elas decidem se suicidar.
O motivo?
Pode ser pelo fato de que uma das irmãs havia de matado um ano antes.
Poder ser por causa da mãe.
Ou por que o tempo não estava ensolarado.
Quem sabe?
Na verdade ninguém nunca vai saber o motivo, por que a historia não foi narrada pelas meninas Lisbon e foi disso que eu senti falta.
Se um dia ele decidir escrever novamente essa historia do ponto de vista das meninas, terei o maior prazer em ler, mas essa versão eu não recomendo.



Bia 17/10/2016minha estante
Não consegui nem terminar de ler...


Monique 20/12/2016minha estante
Bianca, só a curiosidade de umas doses de pinga me ajudaram a terminar!!!


Angelica75 20/05/2021minha estante
o livro passa MUITO longe mesmo de ser um suspense policial. A útlima coisa que ele seria é ser um livro de suspense policial.




soso.anami 01/06/2023

"ela era o ponto fixo do mundo em rotação"
Com aparência e conteúdo simples, “As Virgens Suicidas” rapidamente entrou para um cantinho especial no meu coração: a seção dos meus favoritos. Trata-se de um livro sensível, bem-escrito e impossível de parar de ler.
Narrado através de um coro semelhante ao das tragédias gregas, o ponto central da história são as virgens do título, mas que atendem também a alcunha de “irmãs Lisbon”. Assim como os narradores, aos poucos vamos nos obcecando pelas peculiaridades das vidas dessas garotas. No entanto, o que realmente prende nossa atenção são suas trágicas e precoces mortes.
Após o suicídio da caçula de apenas 13 anos, Cecília, as outras quatro irmãs – Lux, Mary, Bonnie e Thereza – repetem o mesmo ato (como que atreladas à uma maldição) em um período de um ano. A narração de suas histórias, como mencionei, se dá através dos olhos curiosos que as observavam de longe e, acima de tudo, ansiavam por compreendê-las.
Os pais das garotas são aprofundados no decorrer da trama, e eu achei genial o modo como ambos foram caracterizados. Não há como chegarmos a uma conclusão definitiva acerca do que motivou suas cinco filhas a cometerem suicídio. No entanto, a teoria de que seu lar era abusivo nunca é descartada. Gosto de pensar que as figuras paternas das Lisbon realmente as amavam e prezavam acima de tudo. Ainda assim, penso eu que tanto afeto acabou literalmente por sufoca-las.
O tema saúde mental é tratado com muita responsabilidade na obra. Como as garotas eram apenas adolescentes, o autor opta por trazer à tona questionamentos muito pertinentes acerca do que é ser uma mulher passando por grandes mudanças – físicas e mentais. A transição da infância para a idade adulta já é algo assustador e, sem o apoio ideal, torna-se ainda mais difícil. No caso das Lisbon, muito se é abordado sobre seus gostos, sexualidades, hobbies, sonhos e anseios. Tudo que as tornava humanas e o que as amedrontava.
O grande ‘xis’ da questão – e que tanto nós, leitores, quanto o coro de narradores jamais saberemos com certeza - é o que de fato levou as cinco irmãs a cometerem suicídio. As passagens escritas por Jeffrey que frisam este tópico são belíssimas, onde destaco:
“[…] seu suicídio era uma espécie de doença que contagiava quem estivesse por perto. […] A bactéria traiçoeira alojara-se na gelatinosa garganta das moças. De manhã, aftas macias haviam brotado sobre suas amígdalas. As garotas despertaram indolentes. Na janela, a luz do mundo parecia mais fraca. Inutilmente esfregavam os olhos. Sentiam-se pesadas, apáticas. Os objetos do cotidiano perderam o significado […] E saíamos com o cabelo molhado, na esperança de pegar gripe e partilhar seu delírio”.
A puberdade dos garotos também não é deixada de lado. Gostei muito da sutileza destacada pelo autor para tratar dos conceitos de masculinidade, e como diversos comportamentos atribuídos ao homem são nocivos para o seu desenvolvimento enquanto adolescentes. Meus trechos favoritos acerca deste tema tratavam de vaidade (“[...] Não estávamos atentos à beleza que pudesse surgir entre nós, e acreditávamos que pouco valia”), sexualidade, masculinidade tóxica, empatia, sensibilidade e até homossexualidade.
O garoto popular e pegador da história – cujo papel representado na vida de uma das irmãs Lisbon é importantíssimo – é criado por um casal homossexual, com dois pais. Adorei como todas essas questões são tratadas naturalmente dentro do universo da história – afinal, são coisas naturais.
Outras discussões pertinentes que marcam presença no livro tratam de religião (e seu impacto na vida das pessoas, ainda mais correlacionado ao suicídio), liberdade religiosa, racismo e inclusão. Um dos pontos mais altos no livro de Eugenides, para mim, é em como não há preconceito em seu universo.
Eu simplesmente amei este livro. O autor se mostrou um às da escrita (algo que pude notar logo na primeira página). Apesar de curto, “As Virgens Suicidas” é uma obra intensa e cativa facilmente o leitor. A disposição dos capítulos é um tanto longa, mas funciona bem dentro da trama e da proposta da história.
Realmente adorei a composição, escrita, metáforas e a linguagem utilizada neste livro. Jeffrey possui tanta sutileza para tratar de um tema pesado como o suicídio que o torna semelhante ao rei Midas: o que ele escreve se transforma em ouro. Foram tantas as minhas passagens favoritas em sua obra que mal consigo enumerá-las. Conforme ia avançando na leitura, ia colando post-its em todas as frases e trechos que me marcavam – e quase fiquei sem adesivos.
Não há sequer um detalhe que me faça pensar que “As Virgens Suicidas” seja um livro ruim ou mal escrito. Eu amei o desenvolvimento, a singularidade e principalmente a escrita sensível do autor. Suas personagens – ainda que complexas – são relatáveis e pude me identificar com seus jeitos, pensamentos e até algumas atitudes. Os narradores são igualmente bem explorados, ainda que pouco saibamos sobre suas figuras.
As irmãs Lisbon, tratadas como um único ser em várias passagens do livro, são um símbolo de coragem (ou até mesmo covardia, para alguns) e simplesmente amei me envolver nas linhas de suas histórias – tão tristemente encurtadas.
Recomendo muito o livro.
comentários(0)comente



vit 22/06/2022

as virgens suicidas é um livro difícil e arrastado, demorei cerca de quase um mês pra terminar, mas isso não apaga o fato do livro ser muito bem escrito e detalhado. ainda to processando tudo que eu li, não tenho uma opinião concreta, mas com certeza eu odiei esse narrador e a forma como todos enxergavam as irmãs lisbon. a idealização que esse narrador fez dessas garotas é surreal e assustador, beira a insanidade pensar que esses garotos passaram anos criando e alimentando uma imagem irreal de garotas normais. queria ter visto mais de cada irmã, queria saber o que passava na cabeça delas, como elas se sentiam e reagiram com a primeira morte, queria saber realmente como era a vivência delas com aqueles pais falhos. enfim, prefiro o filme da sofia coppola, o olhar feminino dela fez toda a diferença na delicadeza do filme em mostrar além da visão do narrador.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Bru Fátima 11/11/2020

O livro e? um cla?ssico contempora?neo, que traz uma liguagem mais cult a esto?ria. ?
A narrac?a?o e? em terceira pessoa (um grupo de garotos da vizinhanc?a) e me lembrou muito um documenta?rio independente, a histo?ria das irma?s Lisbon: Ceci?lia (13), Lux (14), Bonnie (15), Mary (16) e Therese (17) e forma tra?gica como cada uma tirou a pro?pria vida em um curto peri?odo de tempo.?
?
Ao longo da leitura senti o foco se perder para esto?ria paralelas que na?o acrescentavam na trama principal, no tema principal, que tambe?m ao meu ver deveria ter sido melhor tratado. Claro que devemos considerar o contexto histo?rico o qual a trama aconteceu (1970), mas, ainda assim muito me incomodou as narrativa carregadas de preconceito e julgamento direcionados a familia Lisbon.?
?
Apo?s a perda da primeira filha a fami?lia iniciou um decli?nio ra?pido e percepti?vel a qualquer um, ao passo que a propria residencia Lisbon se deteriorava, o mesmo acontecia com as meninas. Os vizinhos, conhecidos, colegas de trabalho e igreja, pouco fizeram a na?o ser bisbilhotar, julgar, se afastar como se eles fossem uma doenc?a contagiosa.?
?
Prevenc?a?o ao suici?dio e? justamento o contra?rio de todas as pra?ticas apresentadas no livros. Suicidio e? um tabu imenso, permeado por crenc?as religiosas (que vem se quebrando) e populares, as pessoas tendem a se afastar, mas familias e pessoas que passam por isso precisam de rede de apoio, empatia, de insistencia e assistencia. Ningue?m sequer imagina a dor, a na?o ser que tenha vivido e ainda assim sera? semelhante em forma, mas sempre sentida de forma diferente por cada um.?
?
Por isso eu particularmente tive problemas com essa leitura, acreditei ate? a ultima pagina que todo aquele julgamento e preconceito seriam quebrados do tipo "viu gente? na?o podemos agir assim, poderi?amos ter salvado aquela fami?lia, aquelas meninas. Bastava termos tido empatia, oferecido e insistido em ajudar, em conscientizar", mas na?o, na?o encontrei nada disso. Uma Pena!?
comentários(0)comente



Victor Almeida autor 12/10/2020

Perfeito
Brilhantemente escrito. E uma história altamente tocante. Um diamante em meio à montanha de livros sem valor produzida na América do Norte.
comentários(0)comente



760 encontrados | exibindo 121 a 136
9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR