Queria Estar Lendo 07/02/2015
Resenha: Champion
Eu literalmente acabei de ler o livro e vim aqui escrever esta resenha, então pense numa pessoa chorando a vida dela. PENSE. Porque essa sou eu; sou só lágrimas e dor e amor porque o final dessa trilogia foi um dos finais mais bonitos e destruidores que eu já li na vida. Eu queria poder abraçar a Marie Lu e dar um soco na cara dela!
Pois bem, gente, vai ser difícil falar deste último volume sem citar grandes spoilers, mas eu me controlarei, prometo! O livro começa oito meses depois do fim de Prodigy, com o Day disfarçado em São Francisco acompanhando o tratamento do irmãozinho para recuperar em 100% a visão. Ele está se tratando também, sem o conhecimento da June - até porque ele nunca contou para ela sobre o seu problema. Eis que ele recebe uma ligação do Eleitor convocando-o para uma reunião emergencial, e Day precisa deixar toda aquela fuga para trás e encarar não só a realidade tensa que a República está enfrentando como também June, o amor da sua vida. Pelo ponto de vista da June, que agora é uma das Primeiras Cidadãs, acompanhamos toda essa treta República x Colônias mais politicamente - o que foi muito genial - e a ameaça de uma praga que está começando a se espalhar pelos cidadãos da República.
Tá ai, eis muito resumidamente o plot de Champion, volume final da trilogia Legend.
Acho que eu nunca cheguei a surtar sobre esses livros por aqui, até porque li Legend lááá em 2011 (ou 2012) e Prodigy em 2013, então pense numa falta de memória! O que importa e interessa é que essa trilogia é uma das melhores no quesito 'distopia' e samba muito na cara de famosonas no estilo THG e A Seleção. Na moral, se não leu Legend ainda, CORRA MUDAR ISSO!
O que eu mais adorei neste livro, fora a evolução dos personagens que eu vou falar mais a respeito depois, foi como a Marie teceu toda a trama da guerra entre a República e as Colônias. Como ela conseguiu construir uma tensão absurda em cima de políticas e acordos e ataques surpresa durante uma noite fria de inverno, como ela criou toda essa trama de rebelião contra o governo e ameaça de uma pandemia de maneira exemplar e bem feita. COMO TUDO NAQUELE LIVRO É GENIAL E EU SÓ QUERIA SENTAR E CHORAR NUM CANTINHO PORQUE ISSO SIM É FIM DE DISTOPIA!
"Como é possível dois países com filosofias tão radicalmente diferentes se unirem? Que esperança podemos ter de transformar a República e as Colônias no que elas foram outrora? Ou talvez essas nações não sejam tão drasticamente diferentes quanto imagino. As corporações das Colônias e o governo da República não são, na verdade, a mesma coisa? Poder absoluto é poder absoluto; não importa o nome que ele tenha. Não é mesmo?"
A June e o Day, como sempre, foram meus amores supremos. June e toda a sua racionalidade fodástica e senso lógico, que se provou muito mais badass do que eu já achava que ela era. I mean, coisinha, vai com calma, meu coração não aguenta tanto amor por você!
"Eu poderia ter compaixão e pedir a Anden para poupar a vida dele e deixar que ele passasse o resto de sua existência numa prisão, dando-lhe a oportunidade de se redimir. Em vez disso, porém, simplesmente não digo nada e mantenho minha postura firme o coração duro como pedra. Na minha posição, Metias seria mais piedoso.Mas nunca fui uma pessoa tão boa quanto meu irmão."
E o Day com seu jeito foda-se de ser, todo coitadinho por causa da doença MAS AINDA ASSIM SENDO INCRIVELMENTE INCRÍVEL E INFLUENTE E LUTANDO PELOS NECESSITADOS ENQUANTO A JUNE É A PARTE EMOCIONAL-RACIONAL DA TURMA E MEU DEUS COMO EU AMO ELES! Day, aliás, se preocupando e lutando pela June e pelo irmãozinho, Éden, só me quebrou neste livro. ÉDEN QUE FOI OUTRA FOFURA MÁXIMA, EU SÓ QUERIA ABRAÇAR AQUELE MENINO O TEMPO TODO E DIZER QUE TUDO IA FICAR BEM!
"Juntos, vemos quanto os telões voltam a brilhar. Desta vez, todas as telas estão vermelho-sangue, e apresentam duas palavras douradas em negrito:PROCURAR ABRIGO.- O que significa isso? - grito.June agarra minha mão e começa a correr.- Significa que vem aí um ataque aéreo. Estamos sendo atacados!"
Anden foi outro que evoluiu muito lindamente nos passar dessas 304 páginas. Assombrado pela figura tirânica do pai e lidando com todas as tensões e problemas em ser o chefe da República, Anden lidou com a pressão das melhores formas possíveis - e adorei que ele não foi um mocinho adorado pelo povo e querido pelos senadores em cem por cento do tempo. Ele ainda é filho de seu pai, afinal. Eis um Eleitor que sabe governar!
Outra coisa maravilhosa e que, acreditem, eu estou chorando a Cantareira toda só pra explicar, é o relacionamento da June e do Day. Não dá pra redigir humanamente nesta resenha o quanto o amor deles é precioso e a interação entre eles é forte e poderosa e o quanto eu queria colocar os dois numa ilha deserta cheia de segurança só pra garantir que nada lhes acontecesse! O rumo final do livro e como isso afetou o casal DOEU. PRA. PORRA. Mas foi tão perfeito, os sinais estavam ali desde o começo, que eu não consigo ficar nem um pouco brava com a Marie Lu por isso. In fact, eu queria ter tido a genialidade dela e escrito uma cena tão impactante quanto foi aquela última página de Champion. PORQUE ISSO SIM É FIM DE TRILOGIA DISTÓPICA, AMIGOS. ISSO SIM É LACRAR O C* DAS INIMIGAS! Sugiro à Suzanne Collins e Veronica Roth terem algumas aulinhas com a Marie, porque estão precisando!
No mais, eu queria poder surtar spoilers aqui mas não seria justo com vocês, então deixo o meu convite e aviso negritado e sublinhado: LEIAM A TRILOGIA LEGEND! Não tem como se arrepender disso.
Ah, aliás, eu confio tanto na Marie agora que já estou morrendo duas vezes pelo novo livro dela, The Young Elites ASJHFBAFGHAGAUGAOUA BRING IT TO ME NOW!