Nila 21/01/2024
Toda vez que leio uma bibliografia ou uma história baseada no holocausto, eu me surpreendo com o quão fácil é pro ser humano machucar o próximo... Hoje em dia já não me pergunto mais como chegamos nessa situação, pois 2018-2022 foi vívido como isso pode acontecer e como proclamamos que somos superiores, mas na realidade os seres humanos estão cheios de preconceitos. Pra mim esse livro é um lembrete do pior, mas do melhor da vida humana... Da nossa capacidade de se reconstruir, de ajudar, de acolher... Mas que as cicatrizes perduram. Eu adorei a visão crítica da Eva, mesmo tão nova, em relação ao que acontecia e, como os Aliados, só acabaram com Auschwitz quando lhes foi mais inconveniente, pq estavam mais preocupados com o problema da imigração. Afinal, não é assim até hoje? O relato de Eva mostrou também como os resgatados de auschwitz viram os soviéticos, aos quais estamos acostumados a ouvir coisas ruins, mas que para eles representavam a salvação. Ler esse tipo de livro é sempre um lembrete de que podemos e devemos ser melhores.