Adri.RMonteiro 21/03/2024
Eva Schloss narra sua vida desde a infância confortável, o período que começou a perseguição aos judeus, a falência de seu pai e a necessidade de fugir dos soldados nazistas. Foram anos se escondendo, precisando ficar longe de seu pai (que buscava a todo custo promover segurança a sua família). Passou por abusos por parte de um homem que morava numa das pensões que ela se escondia. Nenhum lugar era seguro e ninguém era de confiança. Enfim, foram descobertos e presos. No dia de seu aniversário de 15 anos chega num campo de concentração, onde vai para um lado com sua mãe, seu pai e seu irmão para outro. Viu seu pai apenas uma vez mais. Por conta de uma de uma amiga lá dentro do campo que tinha muita influência, foram pousadas da morte. Relata com detalhes o que viu e o que passou em Auschwitz. A segunda metade do livro conta o ?depois. Para onde foram, o que fizeram e quando se casaram. A mãe de Eva se casou com Otto, pai de Anne Frank e dedicou o restante de sua vida na divulgação do diário da menina.
Eva, por vezes, se comporta como uma pessoa mimada. Não sei como é possível depois de ter visto tanto horror se comportar assim, por outro lado ela assume que nunca fez terapia. Acabou ficando uma pessoa mais dura em muitas situações depois de ver sua riqueza sendo tomada, sua família desmanchada e precisar lutar por comida. Me angustiei com a forma que ela tratava sua mãe, muito incomodada com a ?alegria? dela e com o amor que sentia por Otto e pela divulgação do Diário de Anne Frank. Depois que sua mãe faleceu, com mais de 90 anos, leu cartas que ela enviou para sua avó e viu como ela precisou transparecer alegria, tudo pela filha. Com certeza sentiu remorso e arrependimento por não ter dado mais atenção a sua mãe.
Sempre que leio algum livro relacionado a Auschwitz fico sabendo de algo novo. As maldades cometidas ali foram inúmeras!