Aegla.Benevides 23/03/2021Sobre autoconhecimento e sexualidadeTerceira HQ que escolhi pra ler esse ano, Azul é a cor mais quente pode ser considerado um clássico francês da representação LGBTQIA+ na literatura.
?
O drama conta a história de Clementine, uma jovem que está descobrindo sua sexualidade durante a adolescência. Após um relacionamento desagradável com um rapaz, ela percebe que não se encaixa naquela realidade, fato que é reforçado pelo seu encontro com Emma, a garota dos cabelos azuis, e pela posterior paixão que toma conta das duas.
?
É uma história que aborda as temáticas da sexualidade e do autoconhecimento de forma muito sensível e real, com todo o preconceito que existe em torno disso sendo descrito na HQ. Muito do que é retratado, inclusive, continua sendo real mais de 20 anos depois (o romance se passa no final dos anos 1990).
?
Um dos detalhes que mais gostei foi o uso da técnica da aquarela pela Julie Maroh ao longo das páginas, ?colorindo? a vida das personagens à medida que os fatos vão acontecendo. No entanto, em alguns momentos, a fonte utilizada na tradução prejudicou um pouco a leitura, e só por isso não dei as 5 estrelinhas.