E o vento levou

E o vento levou Margaret Mitchell




Resenhas - E o Vento Levou


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Selma 16/07/2023

Vou pensar nisso somente amanhã, agora eu estou com saudade de Scarlett
Esse foi mais um dos livros que eu li por Bella comentar sobre pra Edward em Sol da Meia Noite. Mais um clássico que eu embarquei sem muita certeza só confiando no bom gosto da menina... E cara, ela estava muito certa nesse aqui!

Eu me vi envolvida em batalhas históricas super bem descritas (mas não maçantes), me vi em campos verdejantes com milhares de bolotas de algodão em meio à terra vermelha, me vi pegando trem em Jonesboro, vendo Atlanta crescer, jovem e enérgica e vi uma personagem que, depois de um passado ignorante e alheia ao próprio mundo, vive o pior que o destino pode reservar e decide arriscar tudo – os ensinamentos, a moral e a própria reputação pública – a fim de dar a volta por cima, manter a terra que conhece desde que nasceu e manter em segurança os que mais importa (mesmo que, lá no fundo, não se importe tanto assim).

Scarlett O'Hara é gigante, uma personagem tão cheia de camadas que acho mesquinho demais comentar sobre ela só assinalando os defeitos (assim como as velhas matronas de Atlanta) sem parar pra listas todos os feitos que só ela conseguiu (assim como Melanie faz questão de viver repetindo). Eu não julgo a conduta e as decisões, porque numa sociedade tão teatral, tem que ter um pulso muito firme para se impor e decidir não sucumbir, quando o seria mais bem visto.

Rhett Butler é o melhor personagem masculino que já li em toda minha vida! Cada passagem sem ele eu ansiava pelo momento que voltaria, me questionando onde estava, com quem, fazendo o quê, como se realmente estivesse vivendo ali com aquelas dezenas de famílias tradicionais da Geórgia. Ele é sarcástico, moralmente incorreto nas suas decisões também, mas ele ama e tem até paciência demais com a teimosa Scarlett. Não se encaixa em vilão, não se encaixa como mocinho. É um personagem extraordinário demais para rótulos.

Melanie, o anjo na terra. Uma alma bondosa cuja força se releva em sua calma e a obstinação vem do apreço pelo bem comum. No decorrer do livro a gente percebe o contraponto necessário que ela é pra Scarlett (mesmo que ela jamais admita). E Ashley... Bom, ele sucumbe desde que vê a causa perdida que está se enfiando. Vivendo de passado, divagando e fraco mentalmente se enfiando para se defender entre as saias de quem pode, eu nunca entendi a obsessão de Scarlett por ele que, sem sal, sem pulso firme e sem vontade, nunca sabe o que fazer ou aonde ir sem um empurrão com toda a força. Um eterno menino que esqueceu que é preciso amadurecer num mundo que não tem dó dos fracos.

Numa visão geral, não entendo porque esse livro quase chegou a ser censurado pelo teor altamente racista. Bom, sim ele é (E MUITO!), mas partindo do princípio que a história se desenrola em torno de uma jovem branca, rica e escravocrata, seria ilusão se a autora tivesse escrito algo diferente. E o Vento Levou é uma obra fictícia que retrata bem a realidade: o sul agrário, escravocrata, em grande parte ignorante e cheio de si com seu patriotismo que leva homens à morte em nome de uma causa perdida. É um livro necessário para que entendamos também que a sociedade ao seu redor influencia muito (como Scarlett sequer poderia se questionar que não era certo a escravidão quando viveu isso desde criança e seus pais também, assim como os avós?) e que a educação pode quebrar esses padrões (Ashley diz que libertaria todos os negros de sua fazenda assim que o pai falecesse, o único com mais estudo e mais frequente assíduo da leitura).

Esse livro é um marco. Uma obra de 1936 que explora um período histórico de 1860, mas que me tocou em 2023 como se meu corpo estivesse fisicamente dançando em bailes, ignorando a guerra, sofrendo com os efeitos dela e me reerguendo dos destroços, sempre levando comigo a ideia de "vou pensar nisso somente amanhã" e acabar esquecendo, tendo força pra continuar por mais um dia. Um de cada vez.

Obrigada Margaret Mitchell, seus dez anos de escrita sempre valerão a pena.
Aryana 16/07/2023minha estante
Uau ????????


Isabela1850 04/09/2023minha estante
Perfeito ?




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Cristiane 14/07/2023

E o vento levou
As atitudes descabidas de Scarlett mostram como alguém pode afundar a sua vida. Livro triste, final triste. Nao gosto muito de livros que falam sobre o amor, mas este me deixou decepcionada. Para quem gosta de clássicos vale a pena ler, para quem gosta de final feliz, nao vale.
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Ludmila 09/07/2023

Que vontade de dar umas "palmadas" na Scarlett! Ela é mimada, arrogante, grossa, insensível, fútil... enfim, uma personagem incrível! E o Butler é uma criatura simplesmente apaixonante. Faz muitos anos que assisti ao filme e, mesmo assim, algumas cenas vinham na minha cabeça enquanto eu lia. Recomendadíssimo!
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Sena 03/07/2023

Lado dos perdedores
Nesse primeiro livro a história é iniciada um pouco antes da Batalha de Forte Sumter que foi o estopim para o início da guerra civil americana. Seguimos a história da Scarlett O'Hara, uma jovem sulista mimada, corajosa e egoísta que está acostumada a ter tudo e todos (quase todos!) a seus pés. Ela nutre uma paixão doentia pelo único jovem que não está disposto a pedi-la em casamento, Ashley Hamilton. Criada para ser uma grande dama em um mundo extremamente patriarcal, escravista e tradicional, Scarlett acaba quebrando estas expectativas ao se declarar ao homem que é apaixonada mesmo depois dele ter assumido formalmente um compromisso com a Melanie Hamilton. Nesse meio tempo, ela conhece um homem que aparecerá em alguns momentos da sua vida, o oposto de um cavalheiro, Rhett Butler, seu igual.
Seguindo os passos da Scarlett acompanhamos o desenrolar de uma guerra que acabará com uma civilização, com um modo de viver dos sulistas. Vemos o quanto os civis ajudaram e foram essenciais para a manutenção dessa guerra e que nunca abandonavam a fé no exército confederado. No decorrer a fome, morte de pessoas conhecidas e queridas, privações extremas transformam aquela menina numa mulher sem medo que é capaz de tudo para salvar Tara e os seus.
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-Koraline 14/05/2023

E o Vento Levou é o melhor clássico que li até agora, por vários motivos. Primeiramente, é tanto uma história de amor quanto um relato da Guerra Civil Americana, e nesse sentido se asemelha bastante ao livro Os Quatro Ventos. A história narra a vida de Scarlett, uma garota mimada, egoísta e detestável, e ainda assim é impossível não se afeiçoar a ela e aos personagens que a rodeiam. Como relato de guerra, o livro aborda muito bem as cueldades da sociedade, as dificuldades, especialmente no que se diz à busca por alimentos, e as injustiças. Apesar de discordar de muitas coisas, é sim uma história emocionante e muito bem escrita, e por ter mais de 1300 páginas, é muito detalhada, mas o que mais gostei foi do final, por ser cru, realista e nada idealizado. É um ótimo clássico, com uma linguagem bem tranquila, com fatos bastante bem explicados, e recomendo para quem gosta de relatos de guerra.
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Alessandra.Adams 23/04/2023

Um livro formidável, com um inestimável valor histórico, super bem escrito, envolvente, maravilhoso!!!!
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nymeria 16/04/2023

Que leitura?
?No final, o que vai acontecer é o que sempre acontece quando uma civilização entra em colapso. Quem tem miolos e coragem supera, e os que não tem são levados pelo o vento.?

Queria poder dizer que esse foi um dos livros favoritos da vida, mas não foi ao caso. Apesar de ter gostado muito da leitura, as vezes me via em relação de amor e ódio com esse livro, até mesmo abandonei por um tempo por conta da protagonista, o que é um grande infortúnio porque na primeira página afirmei que gostaria desse livro.

Bem, ai está a minha relação de amor e ódio. Talvez a relação de ódio seja apenas uma idealização da minha mente, idealizar um romance, idealizar uma heroína de romances tal como Jane Eyre ou qualquer uma heroína dos livros da Jane Austen, qualquer mocinho de livros. Sendo que o que a Scarlett O?hara entrega é uma personagem egoísta, egocêntrica, mimada e narcisista. Aliás, por que a Scarlett me fez ter tantos sentimentos de repulsa? Bem, pra ser sincera, até o primeiro livro, senti uma repulsa enorme por ela, apenas porque ela é uma extensão de mim, das pessoas em geral. Para melhor contextualizar, quem nunca quis que seus desejos estivessem acima dos outros? quem nunca sentiu inveja de alguma outra pessoa? quem nunca teve pensamentos de maldades em seu coração? Bem, acho que ai está a humanidade e essa representação vai contra TUDO de heroína que eu já li, todas as boas representações das mocinhas de livros, delas serem boas e de você realmente amá-las, vai por terra nesse livro. Por isso, cheguei a abandonar o livro porque eu não suportava mais a Scarlett, até eu perceber que eu estava idealizando uma personagem que eu queria e que a Scarlett era uma representação do que todo mundo queria esconder.

A segunda idealização da minha mente foi o que muitos colocaram na minha cabeça, fui ler o livro achando que era um romance arrebatador, já que a mídia coloca assim, e me decepcionei. A culpa não é do livro, a culpa é de quem acha que o romance nesse livro é o mais importante, de quem (eu) fui ler o livro achando que era um ROMANCEZAO, sendo que esse livro é muito mais do que um romance. Aqui, a autora retrata muito bem a Guerra Civil que ocorreu nos Estados Unidos entre o norte e o sul para a absolvição dos escravos. Acho que por ela ser jornalista, é muito fluida a forma como ela descreve os acontecimentos. Além de que isso tem um adendo, os protagonistas aqui são do lado perdedor, então é muito interessante uma narrativa assim, já que muitas das vezes é melhor retratar só o lado vencedor, o que vemos na maiorias das histórias sobre a guerra.

Nem tudo são flores, a autora desse livro era sulista e extremamente e, se não me engano, ela estudou para fazer esse livro. Por isso, tem partes em que e escancarado o racismo dessa autora, ela romantiza muito a escravidão, sendo que já havia relatos de como a escravidão tratava os negros. Por que ela não colocou? bem? aqui a gente vê o posicionamento da autora, não somente dos personagens. Eu sei que por ser um livro do ponto de vista dos sulistas, teria racismo! mas algumas partes é escancarado o racismo da autora. O que me incomodou bastante.

Mas no entanto, extrai muitos pensamentos críticos desse livro. Nunca me arrependeria de fazer essa leitura.
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Kiara25 11/04/2023

Clássico Marcante Em Vários Sentidos
"E o Vento Levou" trata-se da história de Scarlet O'Hara, uma jovem infantil e mimada, mas extremamente ardilosa e determinada, que está vivendo o começo da Guerra Civil, nos EUA.
Sendo sulista, em um período escravocrata, esse livro narra os fatos históricos de uma perspectiva verdadeiramente chocante, que causa horror e arrepios. Não só a personagem cresce em meio uma crença da supremacia branca, mas a própria escrita do livro logo de cara apresenta diversos estereótipos racistas.
Para além do período histórico, o livro apresenta detalhes da vida, lutas e aprendizados de Scarlet, de forma tão detalhada e profunda que parecem ser vários livros, ao invés de um só.
Foi uma experiência única para mim. E, apesar de ter demorado dois anos para terminar de ler, não sinto que minha experiência foi menor, por conta disso. Pelo contrário, pude digerir cada pedacinho.
É uma obra para se ler com calma, de forma crítica, reflexiva e estando preparada(o) para isso, pela tristeza que representa - assim como o próprio título já sugere.
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Paula 08/04/2023

E o vento levou ...
Fiquei o tempo todo com o filme na minha cabeça durante a leitura, pois sempre foi o meu filme favorito e o assisti diversas vezes. Mas, consegui extrair melhor o contexto histórico lendo o livro, acho que é uma experiência que vale a pena. Chorei muito no final e tem tantas reflexões que fui anotando durante a leitura para não esquecer. Eu adorei ler o livro e recomendo a experiência!
Maíra 08/04/2023minha estante
E eu assino embaixo. Leitura obrigatória. O filme é bastante parecido com o livro, mas não tive coragem de seguir em frente quando está preso de acontecer aquele fato com a criança. Mas ambos são excelentes.


Paula 08/04/2023minha estante
Verdade, o filme é lindo, mas o livro é indescritível!




Anne__ 08/03/2023

Sobre abraçar a sua humanidade da melhor forma possível.
Comecei a ler o livro devido ao filme, de mesmo nome, que me encantou em 2022. No entanto, não há como não se identificar, se apaixonar, sorrir, chorar, sofrer e sentir a crueza dessa história na pele. Não falo apenas da personagem principal (que apesar das muitas críticas, sem dúvidas, é muito bem construída, mas da sociedade da época como um todo.
Neste livro, acompanhamos o início do fim de um modo de viver, onde o racismo era não apenas escancarado, mas naturalizado e aceito, por vezes, até mesmo pelos escravizados. E, embora seja um choque ler determinadas passagens e acompanhar uma guerra pelo direito de ser dono de outro ser humano como objeto, é importante que o leitor leia tudo, com esforço máximo, pelas lentes da neutralidade. Observar como escravidão, papel feminino (escravizados e livres) e política se desenrolavam não deixa de ser fascinante, e tudo isso, com uma pontinha de história da sociedade dos EUA. Não tinha como dar errado.
Neste livro, acompanhamos Scarlett com sua obsessiva paixão por Ashley e suas dificuldades - aumentadas pelo egocentrismo - de se tornar uma mulher adulta e empática com os demais. Acompanhamos Melanie, uma mulher doce, da qual é exigida igual ou maior força, enfrentar momentos difíceis no meio de uma guerra e conviver com a dúvida a respeito da sobrevivência de seu amado Ashley durante e no pós-guerra. Temos ainda Rhett, que é um homem vividamente humano e um dos personagens mais bem construídos dessa história.
E o Vento Levou trata sobre o fim de um modo de viver, os medos do que está por vir, do desconhecido. Trata sobre fechamento de ciclos, solidão, amizade e respeito com as pessoas menos prováveis, mas que estendem uma mão amiga. Trata sobre o amor puro, ainda em sua fase primitiva, mas que amadurece nos momentos difíceis e com a dureza da vida. Não é apenas um livro sobre uma moça mimada com muitos admiradores. Mas é um livro sobre uma moça mimada que foi forçada a esquecer que um dia foi muito cortejada e que precisa começar a arar a própria terra e não perder sua sanidade no processo. Inicialmente, achei que o foco estaria no romance e que este ocorreria de forma escancarada e bobinha. Estava enganada. Além do romance apresentar-se apenas como complemento, a forma com que Rhett lê a alma de Scarlett é tão sincera e direta que não há como não desejar que fiquem juntos. Que abandonem o orgulho e a tradição e sejam felizes. Gostei muito de Melanie no livro, embora muitas vezes seu pensamento fosse doce demais. E, embora tenha lido muitas críticas de Scarlett como mãe, acho que ele foi adequada à época, embora não muito afetuosa.
Senti muito a perda de diversos personagens e não conseguia deixar de me imaginar com nada na vida além de terra nos meus pés e horizonte na minha frente. Passei a amar Tara tanto quanto Katie Scarlett. Morri de saudades de Rhett. Senti seu orgulho ferido. Enfim, viajei todas essas páginas e terminei desejando mais.
Ansiosa para ler o volume 2.
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Queilinha 04/03/2023

E o Vento Levou...
Sou apaixonada pela história de Scarlet O'Hara. Já assisti o filme tantas vezes, que perdi as contas.

A leitura do livro foi maravilhosa. Mas confesso que tinha receio de não conseguir, por já conhecer a história tão bem.

Para minha surpresa, a leitura foi maravilhosa. Passei boa parte do livro querendo dar um "sacode" em Scarlett, pra ver se ela acordava.

Não preciso nem dizer que terminei o livro em meio às lágrimas e cada vez mais apaixonada pela história e pelo Capitão Butler.
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Van 25/02/2023

E o Vento Levou era o filme preferido da minha avó e portanto um motivo mais que especial para conhecer essa história!

E que história!! Três personagens me conquistaram para a vida: Scarlett Ohara, Rhett Butler e Melanie Hamilton.

Scarlett, uma garota orgulhosa e arrogante, mas que se torna uma mulher forte e determinada. E como todo personagem forte, precisa esconder sua fragilidade. Uma mulher a frente de seu tempo.

Rhett Butler, um homem atrevido, determinado, sarcástico e apaixonante.

Melanie Hamilton, uma mulher doce e acolhedora, mas que esconde uma força gigante na sua fragilidade. Que sorte ter uma amizade como a dela.

Apesar do livro ter sido escrito em 1936, ainda identifiquei algumas passagens muito atuais, principalmente no que se trata das mulheres.

Que pena que esse livro acaba ?
Amei!!!
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