Coração das Trevas (eBook)

Coração das Trevas (eBook) Joseph Conrad




Resenhas - O Coração das Trevas


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lacklusterstarchild 11/05/2024

Sangue Negro, Alienação Branca
Conforme Marlow reconta os horrores presenciados durante o processo "civilizatório" imposto ao Congo, comecei a indagar-me se o autor desse clássico estava realmente condenado a supremacia branca, a principal justificativa à legitimidade ao colonialismo. A conclusão que cheguei foi: não, essa obra preocupa-se menos em estabelecer uma ruptura na ideologia nociva e mais na experiência subjetiva de um homem branco pago para viver em um ambiente sufocante.

Veja bem, Conrad acentua o receio de Marlow pelo possível ataque tribal à toda espreita, retrata seu desconcerto com a possibilidade dos nativos (talvez!) não serem os selvagens que idealizava, destaca os impactos de ver um assassinato de perto e ter de lidar com um corpo sanguando tão profusamente à ponto de enxarcar seus sapatos. Mas, apesar de ressaltar o caráter impedoso e fundamentalmente injusto das relações inter-raciais no Congo, Marlow reafirma (várias vezes) a impossibilidade dos povos originários e seu grupo - os brancos - pertercerem a mesma Terra. É muito arrongância para um cara só, sinceramente.

Apesar de tudo isso, a musicalidade e as alusões presentes na escrita de Conrad me intrigaram o suficiente para continuar uma história que me parecia, sinceramente, bastante chata. Enfim, ainda não entendi como Marlow condenava e respeitava tanto Kurzt ao mesmo tempo que concebia a população negra como extraterrestres. Vai entender a balela que eles contam para si mesmo para dormir melhor.
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Sidney.Vianna 09/05/2024

Fundamental
Ler "Coração das trevas" não é um passeio no parque, pelo contrário, se você não é indiferente ao ser humano e se lhe causa revolta a exploração realizada por um povo sobre o outro, esse livro vai lhe deixar desconfortável na cadeira. É um livro fundamental.
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Paulo Freitas 01/05/2024

No livro nós acompanhamos o relato do capitão Marlow, um homem de grande influência que já passou muitos anos no mar em diversas expedições, todavia a sua maior - e mais aterrorizante - expedição foi feita no continente africano, mais especificamente em Congo, um território colonial  que até então pertencia a Bélgica. Ali, Marlow relata os horrores que presenciou ao ter uma missão setenciada: ir  até o posto comercial de Kurtz para retomar o controle da estação. No percurso para chegar ao local Marlow e sua equipe se deparam com uma série de terrores que assustam bem mais do que espíritos malignos.
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Paula.Zeferino 21/04/2024

Um livro importante para época, no entanto, acredito que seja rebuscado, romantizado e denso em excesso. Gostaria de saber mais sobre os nativos, mas o foco é perdido inúmeras vezes em descrições infindáveis.
Os personagens se mostraram homens sem muita sensibilidade, e completamente ambiciosos, e isso foi positivo, mas houve também uma romantização sobre um deles, aclamando este como um homem formidável, por enganar, escravizar e fazer os nativos adorarem o mesmo como um Deus, então tenho minhas ressalvas.
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silbreiemo 15/04/2024

O horror, o horror!!!
Que horrorosa natureza humana colonialista ? crueldade e exploração de uma dita ?civilização? que nada ilumina, apenas trevas!!!
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Fernanda 13/04/2024

Livro muito bom. A escrita é crua e ao mesmo tempo reflexiva, nos fazendo pensar sobre até onde o ser humano é capaz de ir para conseguir o que deseja, além de debater sobre a própria alma e sanidade de uma pessoa quando se depara com ambientes que tem a capacidade de nós fazer enxergar quem realmente somos
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Júlia.BR 10/04/2024

Coração das trevas
O livro "Coração das Trevas" de Joseph Conrad pode parecer, à primeira
vista, apenas uma aventura marítima de quando a Europa expandia o seu
domínio pela África e pelo resto do mundo, baseando-se nas vivências do
próprio Conrad como capitão em um barco a vapor. Mas, em seu interior,
conforme a embarcação avança pelo imponente rio Congo, percebe-se logo
que esta não é uma viagem qualquer. Se torna uma obra que transcende o
tempo com sua crítica ao colonialismo e suas consequências devastadoras.
Uma obra metafórica, cheia de simbolismos e que até hoje fascina por sua
ambiguidade e mistério.

Uma leitura fascinante e emocionante, que com certeza vale a pena ler!
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Whorton 06/04/2024

Meio decepcionado
Confesso que sempre procurei esse livro para conferir, até porque sempre fui muita fã da obra Apocalypse Now, filme em que foi baseado. Mas o livro não me cativou e fui empurrando com a barriga e torcendo para que ele acabasse logo. Achei a escrita de Konrad meio que confusa, por mais que seus aspectos filosóficos e sua parte histórica sejam importantes, mas me vi muitas das vezes perdido em sua narrativa o que me fez voltar várias vezes para reler determinados pontos para entender. Fiquei ansioso para ler esse livro, porém fiquei meio que decepcionado por conta desses pontos.
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Carolina.Gomes 01/04/2024

O horror de Conrad
Navegando sob o rio Tâmisa, o experiente marinheiro Marlow narra aos seus companheiros suas experiências como capitão de uma barcaça, percorrendo o rio Congo, a principal via fluvial da então colônia.

Pelo que pesquisei, as experiências de Marlow foram vividas pelo próprio Conrad.

A narrativa é densa e requer bastante atenção.

Os parágrafos descrevendo os horrores vividos por Marlow, me deixaram sem fôlego.

Contudo, a história dentro da história favoreceu a minha dispersão e acho que não aproveitei bem a leitura.

Como um clássico que inspirou TS Eliot e Virgínia Wolf, foi uma leitura importante que eu vinha adiando faz tempo.

Essa edição conta com excelentes textos de apoio e vale muito a pena.

Não amei, mas valeu!
Brenda.Podanosqui 17/04/2024minha estante
Também não amei, mas lendo a fortuna crítica do Christian Dunker me fez entender melhor e gostar mais do livro!!


ranester 18/04/2024minha estante
Li esse ano também. Gostei de imaginar o cenário do rio, mas de longe será meu livro favorito. Talvez eu precise de um texto de apoio porque me perdi em alguns pontos.


Carolina.Gomes 18/04/2024minha estante
Essa ed da Antofagica tem bons textos, Ranester




Deeh 30/03/2024

O misterioso Kurtz
Marlow relata suas aventuras na selva africana, quando embarcou numa missão de 'resgate' do misterioso e louco Kurtz.
Kurtz é o modelo de pessoa civilizada que vai para o meio dos bárbaros para ensiná-los, mas na verdade sua civilidade é a mais bárbara e letal.

Quando se depara com final de sua vida, ao retrospecto de sua jornada, suas últimas palavras são: que horror! Que horror!

Eis aí, uma crítica ao imperialismo.
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MarcusASBarr 26/03/2024

O desconhecido...
Em "O coração das trevas" o medo está no desconhecido... na enormidade física e, ainda maior, do mal que tudo envolve. Mais uma vez o vil jogo de interesses que condenam populações inteiras ao horror... a um mundo caótico, cada vez mais caótico.
A sensibilidade de Conrad em imprimir muito do que sentiu na obra é fantástica. A própria vida do Conrad foi marcada pela violência do colonialismo que provocaram a perda dos pais bem cedo. A vida cobrou muito dele ainda na flor da juventude, e viu, novamente, e de perto, todo o impacto causado pela exploração cruel e ilimitada dos recursos humanos e naturais.
Uma obra atemporal e que nos faz gelar ao entender que o mesmo ocorre ainda hoje em em escala ainda maior e muito mais devastadora em todos os aspectos.
Ansioso para ler o próximo dele que aguarda em minha estante.
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Priscila95 24/03/2024

Perdido na selva e nesse livro
Eu definitivamente não devo ter lido numa época boa, pq não consegui abstrair muita coisa da história.
Só me lembro deles sentados na beira da fogueira, o narrador começa uma história sem pé nem cabeça.
Mas possivelmente a culpa da não apreciação devida da história é minha e não do livro.
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Fabi 18/03/2024

Tudo é trevas
Joseph Conrad não pesa a mão em sua escrita e, particularmente, nem precisa.

A atmosfera por si já é trevosa, pesada, e está presente não só no ambiente, mas em todos os personagens e situações.
A treva é o personagem principal, na minha opinião, e nada e ninguém escapa de suas garras.

Contudo, mesmo diante deste ambiente opressor e sem luz, o autor conduz o texto de forma suave (por incrível que pareça), até mesmo nos momentos mais estressantes.

É um bom livro, mas cuidado com o momento atual da vida ao lê-lo.
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sr. felix 15/03/2024

Navegando rumo a loucura.
A missão designada pela Companhia do comércio de marfim ao capitão Marlow - ir até uma certa estação na África em busca de um certo sr. Kurtz - é o centro narrativo. Os mistérios, os segredos, a maldade e a ganância são elementos que gravitam em seu entorno.

Enquanto a pequena embarcação avança, penetrando na densa escuridão do continente africano, reverbera a nítida sensação de insanidade saída das entranhas da floresta. Este ambiente selvagem, hostil, impróprio para um citadino, é agora o reino do sr. Kurtz. Ele, que fora um homem notável, dotado de candura e com um espírito benevolente, sucumbiu à loucura. Afogado no próprio ego, perdido nas trevas de seu coração, Kurtz deifica a si mesmo e subjuga os nativos daquele local, tornando-se um ?deus?.

Conrad parece querer dizer, pela via metafórica da história, que a loucura está escondida dentro de cada ser humano. Utilizando a persona de alguém bem-quisto, com ideais filantrópicos, se perdendo dentro de si em meio ao absurdo de um lugar selvagem, sem lei, caótico, ele põe em evidência a fragilidade da matéria moral e ética do Homem - sua liquidez e pretensão em desviar-se do bem e conduzir-se ao mal, do certo ao errado, perdendo completamente a lucidez.

No âmago sombrio daquele continente, Kurtz falha em sua humanidade, assim como nós outros - os que vivem sob a entropia das cidades modernas, bombardeados com notícias sanguinárias, perdidos em prenúncios de guerras, acostumados com a corrupção, à deriva no mar de ganância - podemos, também, falhar.

Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha de volta para você. Basta navegar até o porto mais fundo do nosso coração, e lá estará a face hedionda da perdição. Será lá que encontraremos a efígie do nosso próprio sr. Kurtz. Como já disse Nietzsche, devemos acautelar-nos para não nos tornarmos monstros. Pois esta é a nossa tendência natural, e é necessário apenas uma ínfima gota de mal para corromper a mais nobre das substancias.
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