Quarenta dias

Quarenta dias Maria Valéria Rezende




Resenhas - Quarenta dias


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Sol 21/06/2021

Brasil em casa detalhe.
Alice sai em busca de si mesma depois de ser praticamente obrigada a se mudar para Porto Alegre. Não se engane, a busca é sobre ela mesma, mas em cada página temos nosso Brasil. Nas histórias, aparentemente sem pretensão de crítica, vemos uma realidade xenofóbica com os nordestinos. Nessa luta, o encontro da cultura e sua importância. Minha parte preferida, são as cenas em que Alice entra nas livrarias/sebos e escreve em guardanapos, frases dos livros para lhe consolar. "Saia carregando palavras" (algo assim). Um prazer ler esse livro, extremamente instigante, nos rouba nada primeiras páginas e vamos até o fim tentando entender aonde vai dar as andanças de Alice por Porto Alegre. Acaba de supetão. Mas isso só dá mais coerência para o fato dela estar desabafando em seu caderno, sem pretensão de escrever romance. Diário acaba do nada, oras.
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Irena Wieliczka 19/06/2021

Quarenta Dias
Possuindo apenas um caderno da Barbie de trezentas páginas, Alice, uma professora aposentada, se despede de sua terra natal João Pessoa para, na sua condição de avó, ajudar a filha a criar a criança em Porto Alegre.

Ao longo da viagem, Alice vai despejando no caderno todas suas lembranças e sentimentos, desde muito antes de sua filha Aldenora - ?Norinha? - nascer.

Narrando cada passo, a professora aposentada nos transporta para Porto Alegre com uma saudade imensa de João Pessoa e traz estampada na cara a irritação por ter caído na arapuca que a filha criou para que ela estivesse próxima para cuidar de seu neto.

Até que em um dia, Alice recebe uma ligação de uma amiga da Paraíba, pedindo que procure por Cícero Araújo, filho de uma conhecida, que estava em Porto Alegre trabalhando para uma empreiteira, mas que já tinha um ano que não dava notícias e nem era possível encontrá-lo pelo celular.

A professora aposentada, então, sai em busca desse tal Cícero, numa aventura de descobrir a si mesma e resgatar suas origens, vivendo pelas ruas de Porto Alegre, passando pelas ?Vilas? e fazendo amizades inesperadas.

Para saber se Alice encontrou o tal Cícero e se encontrou a si mesma, recomendo a leitura!
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Ri :) 14/05/2021

Fiquei desanimada da metade em diante. O final não foi como eu esperava (absurdo a autora não escrever o livro pra mim!). Depois de um período de reflexão após o final, resolvi que e6um bom livro. :)
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Lilian 26/04/2021

Bom
O livro nos leva para um ?passeio? por Porto Alegre com uma recém-chegada que anda pela cidade buscando se encontrar
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Lari 23/04/2021

Retiro itinerante
Maria Valéria Rezende faz romaria com as palavras. Nos faz caminhar com ela uma jornada sagrada, uma oração rezada em literatura. Cícero de Araújo onde está? Está no meio de nós. O amor de sua mãe nos uniu. Uma freira que conta a vida humana, que ensina a fé contando história...Essa é Maria Valéria.Esse livro nos fala do abandono que nasce no meio dos prédios e das famílias. Conta dos olhares enviesados, do abandono estrutural que faz surgir desigualdades. Um livro que apresenta a rua, as favelas, os cheiros, os poetas, os exilados. E a Barbie! Ah, a Barbie...

Lendo, me lembrei de uma outra jornada: a de Mingyur Rinpoche. Tão parecidos os livros. Dois retiros itinerantes transformadores. Duas pessoas trocando as vestes, experimentando passo a passo, pouco a pouco, o entregar-se à rua. Um, história real de um mestre tibetano. Outro, literatura que se inspira nas histórias reais de quem vive a justiça social como caminho espiritual. Ambos praticantes de uma vida atenta, expansiva, amorosa com outras vidas.

Quarenta dias me chacoalhou. Que tanto de coisa é essa que a gente faz? Como contamos as horas e os afetos? Quanto vale dez reais, um banho, uma saudade? Essa busca do outro que também é uma busca de si.

Aiaiai esses livros-vida que fazem nosso coração sentir tanto! Sigo sentindo, nutrida das reflexões e espaços que Maria Valéria plantou...

Oração semente
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Rê Lima 17/04/2021

Gostei muito do livro e da escrita, mas alguma coisa me incomodou na protagonista.
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Júlia 05/04/2021

Interessante
Gostei como a autora narra os acontecimentos e sentimentos da personagem. Senti a indignação e raiva de Alice, que vê no caderno rosa com a estampa da Barbie uma forma de desabafar e organizar seus pensamentos, ressignificando suas vivências e emoções. As características dos lugares, as comidas, as expressões, tudo é evidenciado no livro, e isto é interessante pois também traz traços culturais, algo que reforça as dificuldades de Alice em reconhecer ali seu lar. Gostei também de como a busca por Cícero toma uma dimensão completamente diferente: Alice passa a usar dessa procura numa tentativa de encontrar um espaço para si mesma, naquela nova cidade, totalmente desconhecida e em um contexto totalmente desprezado por ela.
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Tuyl 19/03/2021

Não gostei! Apesar da temática bem interessante e necessária, achei a narrativa fraca.
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rayssagurjao 18/03/2021

Reencontrar
Alice foi "tirada" de sua vida em João Pessoa para uma existência enquanto avó em Porto Alegre, mas talvez uma ilusão, já que sua filha foi para o exterior e a deixou sozinha em uma cidade desconhecida, a qual ela explorou como uma andarilha, demonstrando becos, vielas e pessoas "silenciadas" e escondidas, vivendo á margem da sociedade apresentada e da vida no apartamento "xadrez".

Ela conta sua história e o reencontro consigo a partir da escrita nas páginas do caderno antigo com a capa da Barbie, sua confidente de histórias.Um livro, um reencontro, palavras, pessoas e momentos.
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André 10/03/2021

O livro começou muito bem e conseguiu abrir boas perspectivas para se pensar o abandono, a solidariedade entre os que pouco possuem, a diversidade que compõe a vida das pessoas de rua. Mais do que isso, nos faz refletir sobre aquelas pessoas que não sabem dizer não, que se tornam marionetes do desejo dos outros, e de como é viver numa realidade onde as regras não são aquelas às quais estamos acostumados (a terra do nunca, de Alice). Apesar de todos esses aspectos, o final me decepcionou um pouco. Confesso que esperava mais de uma obra tão discutida.
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Mian 16/02/2021

O bonito delírio da nossa busca por nós mesmo.
Livro lindo, poético.
Muito bonito foi acompanhar a jornada de Alice, que ao passar 40 dias na rua a procura de Cícero Araújo, acaba se envolvendo em uma busca por si mesma.
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Karuê 20/01/2021

Que história!
A escrita faz com que você se envolva com a história, a cada momento você deseja saber mais. No início você pode ficar um pouco confuso, é como se estivesse na mente da personagem, mas ao entender e se adaptar a leitura, torna-se prazeroso. A história nos mostra uma realidade que por vezes é esquecida e invisibilizada na sociedade e nos faz pensar e entender a vida que estes levam. Indico totalmente a leitura.
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Mariana Dal Chico 01/12/2020

“Quarenta Dias” de Maria Valéria Rezende foi publicado no Brasil pela Editora Alfaguara ganhou o prêmio Jabuti em 2015.

Eu tinha um exemplar na estante há alguns anos esperando a “hora de leitura”. Quando recebi de cortesia a caixa do Clube Realejo e vi que era o livro do mês, percebi que o momento tinha chegado. Propus a leitura no Leia Mulheres Jundiaí as participantes adoraram a ideia, fiz um sorteio do meu livro extra e nos aventuramos pelas ruas de Porto Alegre junto com Alice em busca de Cícero.

No início, leitor é jogado em um turbilhão de sentimentos angustiantes, pensamentos ansiosos, em frases que ficam pela metade e na urgência da protagonista em externar sua experiência dos últimos 40 dias.

A forma como a protagonista de Quarenta Dias parte em busca de Cícero, curiosa, destemida e em uma jornada de autodescoberta não é mera coincidência de sua homônima que entrou na toca do coelho branco e encontrou Wonderland, onde ela era uma estrangeira e as regras que ela conhecia já não se aplicavam ali.

A narrativa da autora é cativante e viciante, ao finalizar e refletir sobre a leitura o livro cresceu, durante o encontro ao ouvir outras mulheres compartilhares suas opiniões ele ganhou novas camadas e, agora ao escrever para vocês, ele não para crescer em mim.

Tudo nele me impressiona, desde a técnica de escrita, a escolha da ordem dos capítulos (olá final que não está no final), narrativa dentro da narrativa, nem todas as perguntas apresentam respostas claras, desenvolvimento dos personagens/enredo, crítica social (SABE!), perda de identidade com o envelhecimento, maternidade, etc…

Enfim, foi uma experiência incrível e com certeza entrou para a lista de favoritos.

Dica para quem chegou ao final do livro: releia as primeiras páginas 😉


site: https://www.instagram.com/p/CIQg_nZjKvE/
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Wellington.Pimente 27/11/2020

Reflexão de valores
Minha percepção com a personagem Alice foi a dificuldade que ela possui para dizer NÃO e a culpa que acaba carregando por isso, talvez pela forma como foi educada. Eu acredito que devido a isso, há um certo distanciamento de mãe com a filha. Com a fuga interna da própria personagem, o livro vai nos desvendando um mundo real que muitas vezes não damos conta, como as pessoas que vivem nas ruas, nas vielas ou becos das cidades urbanas, nesse caso a linda Porto Alegre. Portanto, uma obra que nos faz refletir sobre valores e como necessitamos olhar para o próximo com um olhar mais humano.
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