Elisabete99 19/12/2017Eu me sinto.... PLENA!" – Espero nunca ter lhe dado motivo para tristeza, meu caro.
– Nunca, Laurence – respondeu Temeraire."
É difícil falar de um livro que a gente gosta, ainda mais quando há uma explosão de resenhas sobre histórias diversas dizendo o quanto elas são maravilhosas, o quanto o livro é lindo e coisas parecidas. Tentar resenhar O dragão de sua majestade em poucas palavras será um desafio, mas vamos tentar.
Esse livro, mesmo não tendo uma narrativa tão elaborada, teve seus personagens bem trabalhados, com carinho e dedicação na descrição de cada um, tenho certeza.
A história mostra, através das relações entre dragão e capitão, emoções simples, mas tão brutalmente verdadeiras, que desconcertam o leitor em muitos momentos. Semelhante aos discursos matrimoniais, o companheirismo está presente na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na paz e na guerra e vai um pouco além, na vida e na morte.
Independente de qual bandeira é defendida, sempre tem um capitão e um dragão unidos de uma forma que é difícil explicar (e é realmente triste ler algumas dessas relações sendo feridas).
Sobre a dupla principal, temos de um lado uma alma tão incrível quanto a do nosso capitão, valoroso, valente, exigente e que sabe reconhecer o mérito dos esforçados, que percebe pessoas e criaturas preciosas quando as vê, e que dá oportunidade para que essas sejam lapidadas como verdadeiras joias (QUE EU SEI QUE APARECERÃO NOVAMENTE LÁ NA FRENTE). Do outro lado, o caro Temeraire, inteligente, honesto, um nobre e enorme (literalmente) coração, repleto de empatia. Juntos, eles fazem com que seja compreensível para o leitor o tamanho do orgulho e a honra de pertencerem um ao outro, Laurence e Temeraire.
Conhecemos personagens secundários fantásticos, que a gente queria colocar num potinho e proteger para sempre, como o digno Levitas, que teve tanto amor para dar durante sua vida, mesmo tendo recebido tão pouco. E também o notável Hollin, fazendo o certo, ainda que passível de punição (HOLLIN OBRIGADA, O QUE VOCÊ FEZ FOI MUITO DIGNO), foi mais que merecida a recompensa de ser justo e honesto, mesmo quando a ocasião te obriga a agir de outra forma.
Incerta, fui procurar uma palavra que desse nome às coisas que senti com essa leitura, até encontrar.
PLENO, segundo o dicionário, significa estar cheio, repleto.
Os méritos de se ter um bom coração e ser sincero, a certeza inabalável que mesmo em seu leito de morte haverá no mínimo duas bestas ferozes dispostas a te defender acima de qualquer coisa (referências...), além de um companheiro que sempre estará lá para você, pq esse é o valor de uma amizade, é por isso que eu amo esse livro, por me sentir PLENA de coisas que nem sei definir, só sei que o importante é que emoções eu vivi (a la Roberto Carlos) e agora tenho um coração transbordando de alegria e crendo um pouco mais que honestidade, sinceridade, valores e amizade são coisas que valem a pena, de verdade.
Agradecimentos especiais à Yane por ter me indicado, obrigada