Rafael 11/04/2017A história sempre é contada pelos vencedores, dizem. E Nathan, infelizmente, não é um deles.Sempre tive certa curiosidade sobre Half Bad, por trazer bruxos em sua história, mas aconteceu a velha história de esquecê-lo na pilha de não-lidos, até que finalmente o peguei, por estar procurando uma história rápida. Infelizmente, não saiu como o planejado.
As duas primeiras partes são até interessante e prendem, mas nas seguintes a história parece não sair do lugar, se resumindo à fugas. O único motivo que nós faz continuar a leitura é o apelo que Marcus tem na trama, mas nem isso é totalmente satisfatório, pois apesar de ter sido uma boa cena, foi bem rápida.
Outro ponto que me incomodou foram as constantes surras que Nathan sofre. Sabe quando parece que nem o autor acredita no que escreve? Foi o que aconteceu em certos momentos pois, por mais que eu sentisse pena do personagem em muitas delas, em outras achava sem necessidade. Talvez a intenção de Sally Green fosse criar uma empatia do leitor por Nathan, mas acabou sendo algo forçado.
Entretanto, apesar dos erros, a autora compensa na criação de seus personagens. Temos quem amar, quem odiar, quem ficar no meio termo se é realmente bom ou mau... Aliás, essa questão do "quem é bom e quem é mal, de verdade?" foi bem trabalhado pela autora, mostrando que mesmo bruxos da Luz são maquiavélicos, enquanto alguns das Sombras são altruístas. E apesar da minha relação com Nathan ter sido uma montanha-russa, onde ora o odiava e ora entendia, no geral, o achei um bom protagonista. Sally também foi inteligente em introduzir um triângulo diferente do que é rotineiro em young adults.
Apesar disso, dificilmente lerei as continuações pois a história não me deixou curioso para os futuros acontecimentos. Claro que você só vai saber se der uma chance ao livro, mas Half Bad não funcionou comigo, o que é uma pena.
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