Meio sol amarelo

Meio sol amarelo Chimamanda Ngozi Adichie




Resenhas - Meio Sol Amarelo


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Wallace17 03/03/2021

Meio Sol Amarelo
Meio Sol Amarelo é por enquanto o livro mais impactante que li dessa escritora maravilhosa que é a Chimamanda ?

A tradução é de Beth Vieira e a edição é da companhia das letras

O livro é um um romance histórico ("com liberdade poética") de uma Nigéria recém independente, em busca de uma identidade nacional. Entre tantos desafios da soberania nacional, o país busca superar a herança colonialista de Londres, a corrupção, a interferência de interesses internacionais e o monumental atraso social.

Para piorar, precisa lidar com um conflito interno que resulta numa guerra de secessão entre os povos do Norte e Sul do país. A tentativa fracassada de criação da República de Biafra, deixou o saldo de mais de 1 milhão de mortos.

Chimamanda retrata os horrores, as contradições dos conflitos, a propaganda que sustenta a carnificina, a economia que lucra com miséria dos famintos e campos de refugiados. É também uma denúncia para a inércia da comunidade internacional. Uma leitura densa sob muitos aspectos.

Gosto do modo como a Chimamanda trata de temas tão complexos de sua sociedade. É um amor pela cultura nigeriana que ao mesmo tempo crítica ferozmente o modo como boa parte de seus compatriotas se comportam.

Quem já leu sabe que as personagens da Chimamanda tem vida própria. Que delícia acompanhar a trajetória de: Olanna, Ugwu, Richard, Kainene, Odenigbo, Baby...

Para além disso, ler Chimamanda sempre me lembrará da faculdade. São três momentos afetivos que vou levar para sempre:

1 - Quando a Juana Diniz (professora maravilhosa) apresentou o TED talk: "muitas histórias importam"

2 - Após o término da leitura de Americanah, tive um final de tarde incrível com o Angelo, trocando impressões sobre a leitura.

3 - E por último, quando voltava nos busãos lotados e escutava a empolgada Anna Carol sobre a experiência de leitura dela.
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Fe Ferrari 12/05/2022

Livro denso, completo. Assim como tudo que Chimamanda escreve. Um retrato da guerra da Biafra através da vida/olhar de personagens fictícios. Além de um relato muito real da guerra, escassez, estupros, racismo (...), a autora nos da a possibilidade de sentir a guerra pelos olhos de cada personagem.
Ela também divide o livro em algumas partes - começo dos anos 60 (antes da guerra) e final dos anos 60 (na guerra).
É um livro necessário. Sempre vale a leitura!
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Ita 22/04/2021

Leitura muito necessária
Eu nunca tinha ouvido falar da guerra entre a Nigéria e Biafra. É o meu segundo livro da Chimamanda e apesar de eu ter lido Meio Sol Amarelo com menos afinco, eu não posso dizer, de maneira alguma, que o livro é ruim ou cansativo. O livro é pesado. Por motivos óbvios, afinal ela escreve sobre uma guerra. Uma guerra real. A forma como o ponto de vista dos três personagens são entrelaçados, como os sentimentos de Olanna, Ugwu e Kainene são tão bem construídos e como ela descreve os acontecimentos fortes e marcantes da guerra fazem o livro ser MUITO bom. Ser real. Ser forte. Só não descrevo (e dou a nota como perfeito) porque o final me deixou com o coração pequeno. Tão pequeno que eu não sei como vou supera-lo.
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Adélia 24/04/2021

Chimamanda sempre me surpreende no seu olhar sensível para relatar fatos tão duros. Terceiro livro que leio dela e a vontade de conhecer mais seu trabalho só aumenta. Livro forte que traz como fundo uma história desconhecida e impactante que é a guerra de Biafra. Emocionante também ler as Notas de Chimamanda ao fim do livro e descobrir que tantas pessoas em sua vida viveram os horrores da guerra de Biafra e a inspiraram em seu livro. Vale muito a pena.
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Jeni 11/05/2021

"meio sol amarelo"
A leitura de ?Meio sol amarelo? nos aproxima de uma série de questões que nos são contemporâneas e que não diz respeito apenas a Nigéria ou mesmo a África. O sudeste da Nigéria, que seria a região de Biafra, é também um lugar de petróleo. O acesso e controle de riquezas sempre foram lócus de disputas geopolíticas e mobilizam imperialistas. Os efeitos de uma guerra, com dissensos internos e a formação de uma massa de refugiados e seus estigmas estão também presentes no livro.
Os diálogos com reflexões sobre colonialismo, racismo e as possibilidades futuras para continente africano são marcantes e intercalam com passagens que reportam a militarização da vida, os privilégios militares e os abusos de poder. O cotidiano de uma geração, socializada em meio aos conflitos bélicos e entrelaçados a questões étnicas-raciais e religiosas, onde crianças transformam estilhaços em brinquedos e guerra em brincadeira (isso quando não são também recrutadas para a guerra), não pode ser ignorado nesse processo. Os conflitos étnicos existentes na Nigéria e extensivos em larga medida ao continente africano, é posto como política de colonização, uma vez ?que manipularam as diferenças entre as tribos e garantiram que a união jamais se concretizaria? com o efeito prático de facilitar ?a governança de um país tão grande? (p. 198). Trata-se, ao fim, da lógica de dividir para dominar. A própria Nigéria, enquanto Estado-Nação, e o próprio debate racial é posto em interrogação, como uma criação europeia. Em outras palavras, como afirma em diálogo o personagem Odenigbo: ?Eu sou nigeriano porque um branco criou a Nigéria e me deu essa identidade. Sou negro porque o branco fez o negro ser o mais diferente possível do branco. Mas eu era ibo antes que o branco aparecesse? (p. 31).
Há momentos de reflexões ideológicas, momentos de humor, mas também aqueles que nos provocam sensações de profunda tristeza ou mesmo repulsa. A guerra é uma expressão da barbárie humana, não somente pela escassez e a fome que ela provoca. Há casos de estupro coletivo, realidade que acompanha as mulheres em tempos de paz e que se acentuam em tempos de guerra. A trama que envolve o ponto é um dos momentos mais tristes e densos do livro.
Em nota ao final do livro, Chimamanda Adichie agradece a familiares e suas memórias como fonte de inspiração e informação sobre o período que cobre seu romance. Nós agradecemos a Chimamanda por colocar em xeque nossas perspectivas e visões eurocêntricas, nos convidando a descolonizar nosso pensamento com a apresentação de olhares sob diferentes e complexas perspectivas que não cabem nos estereótipos e nas categorias a qual costumamos recorrer. A autora negra, nascida na Nigéria, nos ensina que é preciso (re)escrever a história a partir de novos olhares, vivências e memórias.
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Zi 12/06/2021

Leitura no escuro
Primeira vez lendo narrativa de guerra contemporâneo. Chimamanda faz com muita destreza. Gosto dos pontos de vista dos personagens, sofri muito com eles.
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Ferreirinha 25/05/2017

10 estrelas
Meio sol amarelo é daquelas histórias que você fica vidrado do começo ao fim. Viaja na paisagem e tenta encarar com naturalidade toda aquela ambientação que a autora nos insere. É uma mistura de política e costumes numa escrita cheia de momentos altos. Só não dou mais estrelas porque não há.
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Luciana - @minhaestantemagica 25/07/2018

Meio Sol Amarelo
Confesso que não foi fácil ler esse livro durante a greve dos caminhoneiros. Além do desabastecimento e das incertezas do que estava por trás de todo esse movimento, o que me chocou bastante foram pessoas clamando por intervenção militar! Não sei se é a arte imitando a vida ou o contrário. Ou só ignorância mesmo! Bom, todo mundo que estudou história sabe que a África foi dividida pelos europeus em territórios de acordo com seus próprios interesses. Não respeitaram as tribos, etnias e religiões que já existiam no continente. Resumidamente, esse é um dos principais motivos de existir tanta guerra civil nos países africanos. Com a Nigéria não foi diferente. Houve uma revolta contra o povo Igbo que culminou em um genocídio com milhares de mortos. Os Igbos se refugiaram no sul do país e proclamaram independência criando o estado de Biafra. O problema é que nesse território estavam as maiores reservas de petróleo da Nigéria e o principal porto do país. Apoiado principalmente pela Inglaterra, o governo nigeriano se utilizou da fome como sua maior arma. Através das irmãs gêmeas Olanna e Kainene, de Odenigbo, Ugwu e Richard nós somos apresentados ao cotidiano de uma guerra. Temos a certeza que o homo sapiens, em situações extremas, é capaz dos atos mais bárbaros. Qualquer um está sujeito a cometer atrocidades. Mas, ao mesmo tempo, acalenta saber que só um ser humano pode salvar outro. E Chimamanda consegue colocar todas essas nuances em seus personagens. Ninguém é 100% bom ou mau. Cometemos atos impensados que machucam outras pessoas. Porém, como diz a própria Kainene, "há certas coisas que são tão imperdoáveis que tornam outras facilmente desculpáveis". Assim é a guerra! Nada mais importa em uma situação extrema. A palavra de ordem é sobreviver. O amor e a vontade de proteger os seus sempre falam mais alto. SEMPRE!
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Biblioteca Álvaro Guerra 25/09/2018

Filha de uma família rica e importante da Nigéria, Olanna rejeita participar do jogo do poder que seu pai lhe reservara em Lagos. Parte, então, para Nsukka, a fim de lecionar na universidade local e viver perto do amante, o revolucionário nacionalista Odenigbo. Sua irmã Kainene de certo modo encampa seu destino. Com seu jeito altivo e pragmático, ela circula pela alta roda flertando com militares e fechando contratos milionários. Gêmeas não idênticas, elas representam os dois lados de uma nação dividida, mas presa a indissolúveis laços germanos - condição que explode na sangrenta guerra que se segue à tentativa de secessão e criação do estado independente de Biafra.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535929249
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janaina 19/02/2020

Recomendo? Sim!
O livro foi de fácil leitura apesar do tema ser pesado.
Acompanhamos a degradação material, física e moral de alguns personagens. A autora mostra muito bem como o instinto de sobrevivência vai surgindo e gritando muito mais alto do que a razão e a moral. Ela aponta como a pobreza, a fome iguala todo mundo em um Só nível, e como algumas pessoas só esperam o momento oportuno, uma guerra nesse caso, para apenas liberarem o que estava contido/reprimido dentro delas.
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Carolina 14/03/2020

Maravilhoso!
Livro maravilhoso, intenso, leitura fluida.
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Felipe 05/04/2020

Em 1967 a Nigéria rachou, dando início à Biafra, um estado no espremido no sudeste do país, cuja Capital, Enugu, não perdurou por mais de três anos. Chukwuemeka Ojukwu, principal fundador da Biafra e seu líder por quase todo o tempo que estado existiu, ainda viveu em exílio e acompanhou a história da Nigéria se desenrolar após a guerra que marcou os nigerianos. Em 2011, morreu em Londres, e seu corpo foi levado à Nigéria, onde recebeu a mais alta condecoração militar e um grande funeral. Gowon, seu adversário, também acabou no exílio após um golpe em 1975.
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Fernanda.Martins 11/03/2022

Retratos de uma guerra
Mais uma vez um linda da Chimamanda me impressiona pela completude e complexidade dos seus personagens. Tão bem desenhados que você parece ter intimidade com cada um deles. Um relato de uma história de guerra, mas uma guerra que por muitos momentos pareceu esquecida pelo mundo.
Um enredo digno de telas de cinema.
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Kádila 23/03/2021

Uma leitura necessária
Nesse enredo nos deparamos com a trajetória de 5 personagens (Ugwu, Olanna, Odenigbo, Richard e Kainene) que tem suas vidas viradas de cabeça para baixo por conta da guerra que assola a Nigéria. Com o passar da guerra eles sofrem/amadurecem/perdem/ganham/amam/"desamam"/crescem/sobre(vivem) e morrem a cada experiência. Quem antes se achava forte, ver quão frágil és; e aquele na sua pequenez, tornar-se uma fortaleza.
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Adriana261 15/04/2021

Sentimentos conflitantes
Meu quarto livro de Chimamanda. Sem dúvida é muito bom. Muito bem narrado. É uma leitura que flui com facilidade, mas sendo um livro triste. No entanto eu gostei, mas não amei.
O enredo é bom, a forma como ela descreve o quão horrível e trágico é uma guerra, mas eu não gostei dos personagens. Faltou algo.
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