Fernanda631 31/07/2023
Assassin's Creed: Unity
Assassin's Creed: Unity (Assassins Creed #7) foi escrito por Anton Gill com pseudônimo de Oliver Bowden.
Para quem não sabe, Assassin's Creed é uma série de jogos da Ubisoft, trazida aos livros por alguns autores. Oliver Bowden é o meu favorito quando se diz respeito às adaptações literárias dos jogos e Unity é é um dos primeiros a ser narrado por uma mulher, a Templária Élise. A história é contada toda a partir dos relatos do diário dela e alguns recortes do diário do Arno, o Assassino desse jogo, que está no "presente" lendo o dela.
A história desse livro gira principalmente em torno de Élise enquanto ela treina a cada dia para se tornar uma boa Templária. Os jogos do Assassin's Creed (e também suas histórias) tem como inimigos centenários os Assassinos e os Templários, duas Ordens que pensam diferente quando buscam levar o mundo às decisões corretas. A ideia é que atrás de um evento histórico, sempre há uma luta entre um Assassino e um Templário, em que ambos influenciam em algo.
Normalmente temos a visão Assasina, tanto que no jogo é com o Arno que jogamos. Nesse livro, Bowden pega a visão de Élise, uma menina que cresce com o tempo do livro a partir dos ensinamentos Templários e que tem que lidar com o fato de que seu amigo de infância é filho de um Assassino e um dia poderá vir a se tornar um também.
ÉLISE
Élise De La Serre é uma menina muito amada pelos pais e vive na glória de Paris de 1789, ela vê na mãe um exemplo de mulher diferente das outras. Enquanto todas as damas da alta sociedade só ficam falando mal da vida alheia, esperando que seus maridos voltem para casa e vivam um casamento de aparências, Julie De La Serre é uma moça que mostra sem vergonha suas opiniões. Ela participa das reuniões junto ao marido e não deixa ser influenciado por um grupo de “aliados” a quem Julie chama de Corvos. Élise vê na mãe um exemplo fenomenal de não se deixar levar pelo que a sociedade dita, apenas ser ela mesma.
Mesmo sabendo que sua mãe é diferente de outras mulheres, ela não sabe o que realmente sua mãe é, até o dia em que ambas sofrem um atentado e quase foram mortas por um homem intitulado Assassino. E é nesse dia que Élise descobre o que sua mãe é capaz de fazer. Ela é filha de uma Templária altamente treinada e treina a filha de forma que ela nem perceba que está aprendendo a se defender, o que dá certo no dia do atentado e amabas saem ilesas.
Ao descobrir que sua mãe é Templária, Élise no mesmo dia descobre que, não apenas seu pai também é, como ela mesma é a herdeira do título de seu pai: Grã-Mestre Templária. O grande problema é que Élise nem tem tempo de processar tanta informação, já que sua mãe fica doente e morre pouco tempo depois, e ela é enviada a um internado, onde vai aprender a se comportar “como uma dama”.
ARNO
Arno Victor Dorian, francês nativo da cidade de Versalhes, casa da Família Real Francesa que antecederam a Revolução Francesa. Não sabemos o motivo, mas Arno está em busca de redenção, o que o leva a entrar na Ordem dos Assassinos, sendo sua redenção o principal foco da história, e a Revolução Francesa assim como as Cruzadas, a Revolução Americana e a Era das Navegações, deu um excelente um plano de fundo que invadirá o leitor com um desejo de investigar a própria história dentro do livro.
Aos oito anos de idade perdeu seu pai, um membro da ordem dos Assassinos, e foi adotado por François de la Serre, um pequeno nobre de Versalhes e Grão-Mestre templário da França. De la Serre, um bom homem, acolheu Arno e o criou junto com sua própria filha, Élise, e em respeito a seu inimigo tombado, jamais tentou cooptar Arno para a causa dos Templários. O jovem cresceu com algum conforto, apaixonado pela filha de seu tutor, e envolvendo-se em confusões e altercações devido à sua paixão pelo jogo e pelo álcool.
Durante o treinamento de Elise para entrar na Ordem dos Templários, quando esta tinha 16 anos. É dado a Arno uma mensagem para entregar a Msr. De La Serre, mas ele coloca-a no seu escritório para assim tentar entrar na festa e encontrar-se para dançar com Elise. Arno foge da festa e nos jardins vê De La Serre a morrer, aí Arno é capturado pelas autoridades e levado para a Bastilha. Aí ele vê nas paredes escritos apocalípticos e impressiona outro Assassino, Brutte, com a sua perícia de combate. O Assassino convida Arno para a Irmandade e ambos escapam durante a Tomada da Bastilha.
ARNO E ÉLISE
Arno regressa a casa e é rejeitado por Elise, que lhe diz que a mensagem que ele era suposto entregar ao seu pai era um aviso para impedir o seu assassinato, e revela-se como Templária.
A Élise e o Arno são de certa forma um casal, mas esses dois não são nenhum casal comum. Um deveria ser inimigo do outro seguindo as determinações de suas Ordens. E acabam por se apaixonar, um amor que passará por muitos altos e baixos.
Não pensem que é um livro à lá Romeu e Julieta, não. O romance é quase em segundo plano e ambos se encontram poucos momentos da vida, mudando conforme o tempo e se unindo conforme a necessidade. Demora para que Élise o perdoe depois de uma coisa acontecer, e quando se reencontram Arno está um homem e mudado, um verdadeiro Assassino. Assim como ela se torna uma ótima Templária.
Élise leva a vida em busca do assassino de seu pai e tudo se desenrola conforme ela descobre verdades e segredos não só em sua família, mas em toda a Ordem Templária.
O desenrolar da história não para aqui e o final da trama é surpreendente.