Suor

Suor Jorge Amado




Resenhas - Suor


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Kecia.Viana 27/01/2022

Tire as vedas dos olhos e veja a sociedade
Não tem ninguém como Jorge Amado para retratar dores, sofrimentos e verdades de uma sociedade hipócrita.

SUOR, pra mim, se aproxima da perfeição de Capitães da Areia.

Ricos fazendo riqueza com o SUOR de pessoas miseráveis.
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Rachel 13/11/2021

Mais uma história de Jorge sobre aqueles que mais interessam e movem uma sociedade: o povo. Cada personagem com sua personalidade fortificada nas palavras do autor, destacando que no meio da pobreza, a solidariedade da multidão prevalece contra a ganância dos poderosos. Recomendo.
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natália rocha 08/11/2021

''além das rusgas, de indiferença pela vida dos outros, dos comentários malévolos, havia entre eles uma solidariedade de classe da qual não se podia duvidar [...] O número 68 da ladeira do Pelourinho já não dormia. Acordara de repente, seus mil e tantos braços estavam inquietos e suas seiscentas bocas não demorariam a rugir.''

quando li a sinopse desse livro lembrei na hora de ''o cortiço'', de aluísio azevedo, meu clássico brasileiro favorito. ''suor'' se tornou um dos meus favoritos de jorge amado até o momento.

esse livro não tem um enredo conjunto, digamos assim. vamos conhecendo aos poucos cada uma das vidas dos inquilinos do cortiço, suas particularidades, precedentes, sonhos, formando uma teia que, no fim do livro, nos mostra que há um ponto comum entre todos eles.

é um livro que nos mostra vidas sofridas, de muitas perdas em diversos sentidos.

achei uma leitura rápida e envolvente, gostei bastante.
Alê | @alexandrejjr 08/11/2021minha estante
Esse é da fase de forte influência marxista do Jorginho, né?


natália rocha 08/11/2021minha estante
sim, é bem evidente hehe




Janis 11/10/2021

Livro mais do que perfeito!!!! O único defeito é ser curto. Me lembrou um pouco o Cortiço. Adorei os personagens, as críticas bem nítidas, tudo bem escrito.
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Pati 02/07/2021

O sal da terra
O Cortiço tá diferente, né? Brincadeira à parte, apesar da ambientação que rememora a obra e cenários do Aluísio de Azevedo, Suor caminha por outras estradas. Ou melhor: escadas! A multidão do 68 é uma colcha de retalhos de seres humanos, recortados, estraçalhados, esquecidos, inominados, adoentados. Descrições são feitas meticulosamente, mas o filtro escolhido pelo autor não permite uma foto colorida do local, não emite evidências de uma possível alegria, a menos que seja na risada desvairada da Sebastiana. É difícil ler Suor. Ele cansa os olhos com toda sua dor acumulada. Apesar de composto por fragmentos narrativos esparsos, a potência da dor faz necessário, muitas vezes, o afastamento do leitor (essa que vos escreve, ao menos, se sentiu compelida a abandonar a casa de fachada rosa desbotada mais de uma vez, devido aos efeitos colaterais da escritura). Pode parecer a alguém que o meu comentário sobre o livro venha desmerecer o trabalho de Jorge Amado. Porém esclareço que Suor respinga em mim o sal da terra, a dor humana do nosso tempo, apesar de a obra já estar quase centenária na labuta. Se a multidão é um corpo uno, e ele sua e escarra e chora e grita junto, é impossível ignorar a multa da latrina, os braços tomados pela máquina, a indiferença da rentista, o sonho (enfiado goela abaixo) do sucesso de adquirir um sobrenome e uma posição social. A bala que atravessa a testa suada de quem se opõe a tudo isso mata mais que um homem e o seu grito. Mata a própria esperança na solidariedade.
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Bella 14/05/2021

Jorge Amado nunca decepciona
ahh eu gostei tanto desse livro, não dava nada por ele, mas vai ver foi por isso que me surpreendeu tanto. Apesar de não gostar do fato do autor não aprofundar muito nos personagens, foi muito interessante a forma como ele contou um pouquinho da história de cada morador do 68. Cada um com seus sofrimentos, e aquela pobreza geral que não impediam eles de sonhar...

Com certeza os fatos do livro nao estavam nada longe da realidade daquela época.
Jorge Amado nunca decepciona!
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Rodolfo Vilar 02/05/2021

O sobrado de n°68
A cada leitura dos livros do Jorge Amado é uma surpresa diferente, porque achamos que iremos cair nas mesmas histórias e nas mesmas temáticas, mas não, o que temos aqui nesse terceiro livro em ordem de publicação é uma nova reinvenção. Depois de conhecermos a insatisfação de um povo (País do carnaval) e os modos de trabalho de homens do campo (Cacau), adentramos "Suor" conhecendo algo literalmente mais concreto: o sobrado de n°68 da ladeira do pelourinho. Esse é o nosso personagem principal, porque é nele que se entranham os quase ou mais de 200 personagens que circulam pelas páginas do romance de menos de 150 páginas. Aqui enxergamos as muitas facetas, todas originais na representação da miséria e no estilo de vida da periferia baiana. Aqui ouvimos vozes que falam sobre festa, sobre amor, sobre trabalho, mas também sobre a labuta e o sofrimento de pessoas sem esperança, que apenas enxergam o hoje como o único passo para a vida. Ler "suor" é entender essa substância que provem do trabalho, do sexo, da alegria e da vontade de viver do povo brasileiro.
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Vicente 01/05/2021

De volta à Bahia
Suor foi publicado em 1934 e é o terceiro livro publicado pelo autor. A obra se passa em um casarão abandonado no Pelourinho, que foi transformado em cortiço. O autor transforma esse ambiente em um microcosmo em que muitos personagens narram suas vidas duríssimas. A crueza dos diálogos, a descrição dos ambientes e o modo em que as pequenas narrativas convergem impressiona. Apesar da pouca idade, Jorge já demonstrava grande maturidade como escritor e observador do cotidiano brasileiro. Continua super atual.
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D. João Gabriel 18/04/2021

Cortiço do século XX
Muitos personagens e muitas estórias para conhecer o ambiente e tipos sociais da pobreza, região do Pelourinho em Salvador/BA, década de 30.

Enredo simples, descrições sucintas e muitos diálogos. Sem personagem principal. Luta de classes.
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Caio.Costa 09/04/2021

De verão a verão
O livro é muito bom e com bons personagens marcantes como cenário um sobrado no Pelourinho de Salvador. O livro retrata tão bem o calor de Salvador que cada vez que lia eu suava literalmente. Rs
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tinhooo 25/03/2021

o mais legal desse livro é o fato de ter várias histórias que acontecem ao msm tempo, tendo como ligação o casarão 68 do pelourinho. por mais que o livro seja vários relatos, dá pra acompanhar uma certa linha temporária. achei bom demais
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Rodriguinho @literario.rojo 25/02/2021

"Nos cômodos diminutos e insalubres de um velho sobrado na ladeira do Pelourinho sobrevivem 600 pessoas: operários, mendigos, lavadeiras, prostitutas, desempregados, anarquistas e muitos ratos." (Trecho retirado da obra).
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Em Suor vamos ter a POBREZA EXTREMA que esses moradores passam junto a suas angústias, tristezas e dores e quase todos sem nenhuma esperança de melhor qualidade de vida. 
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O título SUOR vai nos expor a sujeira, as fezes, o esgoto, a latrina cheia debaixo de um mormaço onde esses personagens lutam todos os dias para sobreviver em meio aquele sobrado. Jorge Amado penetra na carne e chama pra realidade nua e crua. 
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Chamo a atenção que na história não temos um protagonista específico e sim todos que compõem aquele Sobrado número 68 nas ladeiras do Pelourinho em Salvador e que misturam-se entre si e criando o enredo de suas histórias. 
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Suor é o terceiro livro do autor Jorge Amado publicado no ano de 1934. E temos esse contato com as primeiras obras do autor de cunho social e político muito forte. 
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Raquel | @booksecafe 24/01/2021

Bom
Primeiro livro que leio do Jorge amado, e gostei muito. Suor mostra a realidade miserável de diversos personagens que vão se desenvolvendo no decorrer da estória. Apesar de ser um livro razoavelmente antigo, ainda presenciamos essa desigualdade e pobreza no Brasil. Estamos em crise há muito tempo e tem piorado cada vez mais. Ler esse livro me deixou ainda mais frustada com nossa realidade. Recomendo muito, pois é curtinho, os personagens cativantes, e tem escrita fluída.
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Ivandro Menezes 19/01/2021

Ladeira do Pelourinho 68
Suor é o terceiro romance de Jorge Amado, publicado em 1934. O romance, ambientado num cortiço situado num casarão colonial na Ladeira do Pelourinho, 68, narra a vida de homens e mulheres marcados, unidos e sufocados pela miséria. Vidas em ruínas, em fragmentos de felicidade, dor, carências, fome e esperança.

A cada capítulo somos apresentados aos pretos, prostitutas, artistas, ambulantes, mendigos, lavadeiras, moleques, estivadores e toda sorte de gente, vinda de lá e acolá.

O suor corre a pele pela ausência de janelas nos quartinho do sótão, no chamegos a cinco mil réis com as prostitutas, nas brigas entre moradores, nas mulheres lavando roupa no pátio do K. T. Espero. O suor das pretas vendendo acarajé, dos homens no porto, das putas na ladeira do Tabuão.

A opressão fervilha, o capitalismo arreganha a sua boca imensa e vai sugando os resquícios de vida daquela gente, mas sem passar incólume aos panfletos comunistas que começam a se espalhar e semeiam neles o desejo de revolução, de mudança e de conquista de direitos.

Suor ainda não apresenta um autor ainda inexperiente, mas certo de seus propósito de convicto do papel político da literatura. A paredes, escada, quartos representam o pouco espaço, de intimidade, possibilidade e dignidade dos marginalizados. Ele não consagra um protagonista, mas elege a coletividade como o protagonista do romance.

É inevitável a lembrança de O cortiço, de Aluízio Azevedo. Os dois romances guardam semelhanças. Dialoga entre si, anunciam a tragédia e revelam a beleza, a pulsão, a potência dos marginalizados que movem as engrenagens invisíveis que a fazem a cidade funcionar.
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