Selva de Gafanhotos

Selva de Gafanhotos Andrew Smith




Resenhas - Selva de Gafanhotos


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Portal JuLund 17/07/2015

Selva de Gafanhotos, Resenha, @intrinseca
Selva de Gafanhotos foi uma prova enviada pela Editora Intrínseca, no inicio olhei pra essa capa verde esquisita e pensei: “esse livro vai ser uma droga”. Mas como não sou uma pessoa que desiste das coisas por nada, peguei o livro e comecei a ler, tenho que dizer que só parei quando foi extremamente necessário.

Tudo começa quando dois garotos, Austin e Robby, resolvem ir andar de skate em um lugar que eles chamam de Selva de Gafanhotos, um pequeno parque atrás de um shopping quase abandonado. Austin e Robby são grandes amigos e estudam em uma escola luterana juntos, Robby é gay, e isso faz que outros garotos, de outra escola, resolveram que seria uma boa ideia dar uma surra naqueles garotos, e eles roubam as coisas deles e as jogam em cima de uma loja, e esse é o começo de tudo.

Leia a resenha completa em nosso portal!

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/selva-de-gafanhotos-resenha-intrinseca
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May Tashiro | @slcontagiante 14/07/2015

#MLI2015 – Selva de Gafanhotos, de Andrew Smith
Olá,
Selva de Gafanhotos foi um dos livros que ganhou destaque durante a 4ª Turnê da Editora Intrínseca, que aconteceu em abril. Vamos dizer que quando alguém diz que um livro vai falar sem preâmbulos de sexo, cigarros, deuses gays adolescentes e gafanhotos gigantes alinhados à história do fim do mundo, você fica louco pra ler. Eu fiquei.

Essa é a verdade.

Seguindo a temática da primeira semana da #MLI2015, eu encaixei Selva de Gafanhotos para leitura como ficção cientifica. Devo confessar que fiquei um pouco indecisa sobre a categoria do livro, já que o mesmo é narrado por um garoto de dezesseis anos passando por uma fase. Eu me perguntei se não poderia ser um YA, mas como classificar um livro que tem de tudo um pouco?! No fim, eu decidi que não é nem um nem outro, mas os dois e um pouco mais. Ouvi dizer que é um tal de Weird Fiction (saiba mais no link), um subgênero da Fantasia que une ficção científica a elementos bizarros.

“O fim do mundo já tinha quase uma semana.

O fim do mundo já tinha começado havia quase uma semana e só três pessoas em Ealing sabiam sobre ele: eu, Robby Brees e Shann Colins.” — Austin Szerba, p. 228

Selva de Gafanhotos é, em suma, a História do fim do mundo contada pela perspectiva de Austin Szerba, um adolescente de dezesseis anos em crise com sua orientação sexual e com uma super predisposição para registrar a História. Austin não ocultará nada dos nossos pobres olhos, ele é muito bom em contar as coisas como elas realmente aconteceram sem descartar nada. Nada mesmo. Tipo o fato de que ele andou fazendo experiências com seu melhor amigo, Robby Brees, ou que ele é louco para transar com sua namorada, Shann Collins. Ele também irá nos afogar em fatos que, aparentemente, são sem nexo com a História principal a ser contada. Eu realmente gosto de como ele traça a história de seus antepassados e dos outros personagens e nos mostra que tudo é um emaranhado de conexões, que tudo está interligado, que o passado está ligado ao presente, o futuro ao passado, todos convergindo várias e várias vezes.

“Todas as estradas não param de se cruzar na ponta de minha caneta.” — Austin Szerba, p. 329

Austin é um personagem que eu quis estrangular, ele está passando por um momento crítico e está tão confuso que faz você se sentir confuso. Ao mesmo tempo, eu não pude parar de me sentir um pouco Austin. Somos egoístas, temos dúvidas e magoamos a quem amamos continuamente. Acho que o livro era para ser engraçado, de certa forma até foi, mas eu o usei como algo para reflexão. Os gafanhotos gigantes que só comem e fodem são um artifício como muitos outros no livro que descascados tornam a estória bem profunda, esse livro precisa de leitores que possam descascá-lo ou ele se tornará um conjunto de palavras esdrúxulas a serem evitadas.

“Eu me perguntei se um dia eu deixaria de sentir tesão, ou ficar confuso sobre meu tesão, ou confuso sobre por que eu sentia tesão por coisas que não deveriam me dar tesão.” — Austin Szerba, p. 24

Andrew Smith construiu uma história do fim do mundo bem bizarra, cheia de momentos engraçados e citações inesquecíveis. Nunca mais poderei ouvir “Essa é a verdade.” sem lembrar do Austin, assim como “Não foi uma boa ideia.” sem pensar que alguém fez uma ação pequena que resultou na própria morte. Eu adorei a narração, o modo como Austin era repetitivo ao contar cada história ou acontecimento ou fatos ligados aos personagens, como ele tirava da cartola mágica que é sua sua memória uma história de alguém para ligá-la a uma sensação ou um hábito. Até o fato de que as coisas mais estranhas e simples lhe darem tesão ou ainda a obsessão por um ménage à trois com seu amigo e sua namorada. Depois do sucesso que foi esse livro pra mim, pretendo ler Minha metade silenciosa do mesmo autor.

E assim foi meu dia. Você sabe o que quero dizer.

May

site: http://wp.me/p2bY3h-Fi
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Matheus Fellipe 25/06/2015

Apocalipse, Sexo e uma escrita de tirar o fôlego!
Quando li Minha Metade Silenciosa que é primeiro livro do autor Andrew Smith publicado no Brasil, procurei por mais e soube que a Intrínseca lançaria Selva de Gafanhotos em março, fiquei ansioso para desbravar mais uma aventura e assim que foi possível o comprei.

Parafraseando o que o autor de A Culpa é das Estrelas, John Green, disse após a leitura desse livro:

“Você nunca leu nada igual.”

Eu pelo menos, até o momento, não conheço qualquer livro que contenha sequer um terço de tudo o que li neste livro. É uma mistura fascinante e única de gêneros literários (aventura, romance, suspense, terror, ficção científica etc) que só Andrew Smith sabe fazer. O livro é completo, único, um pouco viajado e diferente, mas mesmo assim perfeito, seja na criatividade, seja na escrita, seja na edição (comentarei ao final).

Selva de Gafanhotos é um trecho da história, tanto do mundo, quanto da vida de Austin Szerba (personagem que narra a história em primeira pessoa). Ele é um adolescente de 16 anos, estuda na Escola Luterana Curtis Crane, na cidade de Ealing, Iowa, e é normal como qualquer outro... talvez um pouco diferente dos demais, pois ama sua namorada Shann Collins, mas também ama da mesma forma Robby Brees, seu melhor amigo.

“Eu me perguntei se eu era homossexual só por pensar em fazer um ménage à trois com Robby e Shann. E odiei constatar que seria mais fácil convidar Robby para fazer isso do que convidar minha própria namorada”. — Pág. 27

Não bastasse esse conflito interno vivido por Austin, o mundo também entra em desordem e está rumando ao fim. Os autores desse fim do mundo não são nada menos que alguns Soldados Irrefreáveis, ou seja, “louva-a-deus assassinos de um metro e oitenta de altura com patas armadas com farpas, que só sabem fazer duas coisas: comer e trepar”.

“É assim que o fim do mundo parece:
Ele parece uma criança que sai correndo para atravessar a rua, com os olhos focados apenas em um destino à frente: o futuro, que está do outro lado. A criança não percebe o caminhão que se aproxima em alta velocidade na mesma rua, no presente.
É com isso que o fim do mundo parece.
Todas as estradas se cruzam aqui. ” — Pág. 339

O autor, por meio do personagem Austin, narra as descobertas e dúvidas da adolescência, a puberdade irrefreável, e ele utiliza para isso termos bem explícitos, por exemplo, a todo momento Austin nos fala que está com tesão, fala sobre transar, fala de seus desejos etc. Ele traz também a dúvida de Austin com relação a sua sexualidade, nos mostra a que ponto o preconceito aos gays pode chegar, quando alguns garotos dão uma surra em Austin e Robby por acharem que eles são “boiolas” (não é spoiler, pois ocorre nas primeiras páginas). Isso para mim foi uma novidade, pois nunca tinha lido livros com essa temática inserida tão abertamente na história, em Minha Metade Silenciosa também há uma parte com personagem homossexual, mas é bem mais leve. Sei que outros autores escrevem sobre isso, como David Levithan, por exemplo, mas nunca li.

“ — Você acha que sou gay, Rob? — perguntei.
— Não me importo se você for gay — disse Robby. — Gay é só uma palavra. Como laranja. Eu sei quem você é. Não há um rótulo para isso.
Eu acreditei nele.
— Eu sei que não sou laranja — falei. ” — Pág. 114

Andrew Smith escreve de uma maneira única, nesse livro especificamente ele escreveu como se fosse um garoto de 16 anos, o que não é uma coisa ruim, ele soube trazer toda a personalidade de Austin para a escrita, me diverti enquanto lia, cheguei a gargalhar em algumas partes. Os personagens são muito bem construídos, a História é bem escrita, há fatos da história mundial, há histórias fictícias dos antepassados de Austin que são narradas paralelamente ao desenvolvimento do texto, são levantados questionamentos interessantes sobre vários assuntos, por mais que alguns sejam bem inúteis, nos trazem uma carga de “conhecimento” fictício.

“Comecei a pensar na possibilidade de a história na verdade ser a grande destruidora do livre-arbítrio. Afinal de contas, se o que nós acreditamos cegamente sobre a história for verdade — aquele velho clichê que nos ensina a não repetir várias vezes a mesma merda —, então por que as mesmas merdas sempre continuam a acontecer? ” — Pág. 276

Agora vamos falar da edição: que capricho da Editora Intrínseca! Sem dúvidas, é uma das edições mais bonitas da minha estante. Além da capa com um tom de verde muito bonito e chamativo, as lombadas são amarelas, da cor de marcador de texto, há alguns desenhos no decorrer das páginas com partes do corpo de gafanhotos/louva-a-deus. A diagramação também está incrível, as fontes utilizadas são ótimas. Encontrei dois erros na escrita, que foram a falta de palavras pequenas na frase (preposições ou artigos, não me lembro quais), talvez durante a digitação esqueceram de escrevê-las, mas isso não afeta nem um pouco o entendimento e podem até passar batidas.

Concluindo, o livro é altamente recomendado para qualquer um que queira se surpreender com uma história ímpar e gostosa de se ler. É um excelente livro para ser lido nas férias, fica a dica. Dei 5 estrelas para o livro e só não favoritei porque ainda acho que o livro Minha Metade Silenciosa é melhor que esse.

site: http://coisasdeumleitor.blogspot.com.br/2015/06/resenha-selva-de-gafanhotos-andrew-smith.html#more
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Lucas 28/05/2015

Selva de Gafanhotos é um livro bastante incomum e surreal. Andrew Smith te leva para o que aparenta ser um Young adult contemporâneo, mas não é bem assim. Ao longo da leitura, você se depara com alguns elementos muito bizarros e só tem que aceitá-los.

O que começa sendo um livro sobre dois adolescentes vivendo suas vidas normais e se descobrindo como pessoas, acaba se tornando uma história apocalíptica com insetos gigantes e assassinos. O leitor tem que pegar o livro e iniciar a leitura com a cabeça aberta. Mas o autor faz um bom trabalho em nos guiar pela narrativa, de forma que você compreende as bizarrices tranquilamente.

Apesar de tudo isso, o livro não deixa de ser um ótimo Young adult. Ele relata vários fatos da adolescência, principalmente dos garotos, já que os protagonistas são meninos, da forma como elas realmente são. O autor conseguiu retratar tudo isso sem rodeios, sem querer deixar as coisas mais “fofas” do que são na realidade. Esse foi um dos fatores que me fizeram gostar da obra. É meio difícil você ler e não se identificar com pelo menos um aspecto do que é mostrado.

A escrita do autor é um dos pontos altos da obra. A história é contada de forma rápida e direta, o que torna a leitura rápida e bastante fluida. Ele também brinca com as palavras para demonstrar o que os personagens estão sentindo e pelo que eles estão passando. Isso é incrível. Pode ser um pouco estranho no começo, mas é só questão de se acostumar. Isso torna o livro bastante “quotável”. Certas frases escritas ali são geniais.

Uma leitura diferente, mas mais do que recomendada. Além de uma boa história, apesar de bizarra e surreal, o livro passa uma mensagem interessante e te faz pensar sobre algumas coisas. Vale a pena inseri-lo na lista de leituras.

PS: A edição da Intrínseca está caprichadíssima! O trabalho gráfico realizado está demais. Eles mantiveram as laterais amarelas das edições americanas!


site: Para mais resenhas, acesse: www.estantenerd.com
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Padronizado 18/05/2015

Resenha: Selva de Gafanhotos - Andrew Smith
Classificado como weird fiction, Selva de Gafanhotos é um livro fisicamente impecável. A capa é de chamar a atenção, a diagramação é linda e as páginas amarelas nas laterais são de fazer qualquer um se apaixonar! É uma pena que o livro, em si, tenha me decepcionado em muitos pontos.
Publicado no Brasil pela Intrínseca, o romance de Andrew Smith é um livro sobre tudo. Mas ele é sobre tudo MESMO. A trama promete aventuras, romance adolescente realista, confusão sobre opções sexuais, insetos gigantes que sentem muita fome e são tarados. Superinteressante e provavelmente um livro engraçado, certo? Errado.
Bom, pelo menos para mim, o livro deveria ser hilariante, afinal... Um apocalipse de insetos louva-a-deus gigantes que comem de tudo e trepam com tudo? Minhas expectativas foram altas, admito, e me arrependo um pouco.
Elogiado por John Green, o autor queridinho de todos, o livro não atendeu ao que eu esperava. Não é que seja um livro ruim. É um livro perfeitamente razoável, com personagens até interessantes.
O pecado do livro, em minha opinião, foram as inúmeras e intermináveis repetições de toda a história. Não me leve a mal, já li muitos livros que fossem assim. Claro que, normalmente, os narradores desse tipo eram mentalmente desequilibrados (como, por exemplo, O Lado Bom da Vida, de Matthew Quick). O que não é o caso do nosso protagonista da vez: Austin Szerba.
O livro começa com Austin e seu melhor amigo, Robby, apanhando dos meninos da escola pública da cidade, pelo fato de serem "boiolas". Austin tem uma namorada chamada Shann, mas mesmo assim sente uma estranha atração por Robby. E ah, que eu não me esqueça! São pouquíssimas coisas não o deixam com tesão.
Austin é o historiador. Ele sabe tudo que acontece no presente e sobre tudo que ninguém mais sabia sobre seus antepassados. Ele sabe tudo que se passa, em todos os lugares, em todos os momentos. E, muitas vezes, repete todas essas coisas milhões de vezes.
A história se desenvolve cheia de detalhes (que são, claro, repetidos mil vezes cada um), e Austin a conta com o que acontece no presente, intercalando com a história de seus antepassados. Com o passar das páginas, vamos percebendo que as repetições são todas uma maneira dele próprio entender as coisas que estão se passando ao seu redor (o que, por sua vez, não deixa de ser um pouco maçante).
Tudo desanda quando os garotos da escola pública que bateram em Robby e Austin invadem o escritório do empresário mais bem sucedido da cidade e também padrasto de Shann, Johnny McKeon. Lá dentro, um lugar extremamente estranho onde podem encontrar até bebês de duas cabeças em conserva, eles encontram Cepa de Praga IM 412E Contida, que é azul e fotoluminescente, ou seja, brilha no escuro. Em sua ingenuidade quanto ao conteúdo, um dos garotos acha aquilo legal e leva para fora.
Acontece que, misturada com sangue, a Cepa de Praga IM 412E Contida desenvolve uma reação que é uma aberração da natureza: ela afeta todos que passam ao redor lentamente, e as pessoas contaminadas, ao morrerem, se transformam em insetos gigantes de 1,80m comedores de gente e que só querem saber de transar.
Muitas coisas acontecem, e não quero contar muitos spoilers, por isso vou parar por aqui. Não recomendaria para muita gente, mas, quem leu discorda da minha opinião, se quiser dizer o motivo nos comentários, eu agradeço muito! Juro que quero entender o que há de tão especial nesse livro, pois não vi nada tão demais. Bom, é isso! Até a próxima!

site: http://blogpadronizado.blogspot.com.br/2015/05/resenha-selva-de-gafanhotos-andrew-smith.html
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Laryssa.Pinheiro 06/05/2015

"Não dava para esperar encontrar mini-pôneis e pavões adestrados que distribuíam chicletes e balas pelo rabo, não é?"
Ealing, Iowa, é uma pequena cidade no interior dos Estados unidos, sua população é pequena, tradicionalista e religiosa, tem como base de renda a agricultura e o comércio local. Austin e Robby moram em Ealing, eles são adolescentes de 16 anos com muitos problemas abrangentes a essa idade, e em um dia qualquer eles deflagram o apocalipse em forma de insetos gigantes. Simples assim, é a trama de Selva de gafanhotos, narrado por Austin o livro descreve a vida dos cidadãos de Ealing, principalmente de Austin, Robby, Shan e suas respectivas famílias. A trama do livro em si não retrata o fim do mundo em Ealing, mas sim a rotina dos moradores da cidade e como Austin e as pessoas em volta a ele se envolveram e lidaram com isso.

Austin é um adolescente comum, com muitas dúvidas sobre a vida, o amor e sexualidade. Ele adora retratar a história, e todo dia escreve em seus cadernos sobre o que acontece a ele e as pessoas de Ealing, 90% dos pensamentos dele são sobre sexo, e as coisas mais ínfimas o deixam com tesão, como porões escuros e roupas sujas. Além dessa característica, não acho que há muito mais o que falar dele, não há nenhuma ponto forte na sua personalidade, exceto talvez um pouco de egoísmo, principalmente em se definir no triangulo amoroso em que ele se encontrava, a qual ele dava muito mais atenção do que o iminente fim do mundo que começava na cidade. Apesar disso ele me rendeu muitas risadas e por isso e pela simplicidade do personagem, gostei dele.

Robby e Shan são os personagens secundários mais abordados no livro, os demais personagens do livro também tem um destaque satisfatório, mas nos envolvemos principalmente com os dois primeiros. Robby passa tanto tempo com Austin que é quase um protagonista, ele é calmo, bonito, descolado, bem seguro e ciente de suas vontades - apesar de tudo que já passou na vida, é muito paciente com Austin e um grande amigo, é um bom filho para a mãe problemática e para os padrões da cidade é "um bom garoto luterano". Shan é modelo perfeita de boa garota interiorana, namorada der Austin desde o sétimo ano, é muito bonita, inteligente, pura e obediente. Passa o livro fugindo das muitas investidas de Austin e preocupada com as vontades e inclinações sexuais deste, apesar de toda a pose de boa moça, acaba seguindo algumas vertentes comuns a adolescência demonstrando uma personalidade um tanto hipócrita.

Eu amo a capa desse livro, ela é simples, e mesmo assim exemplifica o livro tão bem, além de ser chamativa mas sem avacalhar a premissa do livro, que pode ser facilmente interpretada deste modo sem um olhar mais profundo. A lombada do livro é toda amarela citrino e os quatro capítulos são divididos por desenhos sombreados de pedaços de insetos. O tamanho da fonte é ótimo e era divertido passar de um subcapítulo para outro para poder ler os títulos que eram sempre inusitados e engraçados. A escrita do autor foi uma surpresa, eu gostei muito do modo escolhido para realizar a narração, o livro é feito como se tivesse sido escrito por Austin, como se a cada acontecimento ele tivesse parado e escrito a situação do seu ponto de vista e na ordem em que ele foi descobrindo ou lembrando das coisas, exatamente como seria se escrevêssemos em um diário, mas é bem fluido e engraçado, sem que fique cansativo e sem que o leitor note essa linha de narração.

Concluindo: Eu gostei muito do livro, ele é principalmente engraçado, não deixa de ser uma leitura leve, e o autor ainda se aproveita de pontos da história para fazer críticas interessantes. Um dos melhores pontos do livro para mim, é de que tudo e todos no mundo estão ligados de alguma forma e essa é uma das minhas filosofias de vida, e afirmar isso com humor e insetos gigantes... Não tem nada melhor.

site: http://trechosdelivros.com/
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Flavia 29/04/2015

"Gente burra nunca deveria ler livros"
Selva de Gafanhotos, escrito pelo autor Andrew Smith e publicado no Brasil pela Intrínseca, conta a história de Austin Szerba, um garoto descendente de poloneses que vive na pacata (e fictícia) cidade de Ealing, Iowa com os pais e um irmão. Ele tem uma namorada, Shannon Collins, e um melhor amigo, Robby Brees, e gosta muito dos dois. Muito. Em todos os sentidos.
Austin e Robby estavam andando de skate pela Selva de Gafanhotos, apelido que deram pra rua da cidadezinha, mas tiveram seus pertences jogados no telhado do prédio do shopping local por um grupo de valentões que cismaram que os dois eram "boiolas". A noite os garotos decidem ir buscar as coisas mas resolvem bisbilhotar a loja do pai de Shann e acabam descobrindo coisas pavorosas: Globos com gosmas brilhantes, feto de duas cabeças, partes do corpo flutuando em algum líquido suspeito e coisas horripilantes e medonhas do tipo. Eles ficam assustados e fogem, mas conseguem testemunhar um ladrão roubando um dos globos misteriosos, que, ao cair por acidente, se mistura com sangue humano e este é o momento exato de quando começa o fim do mundo...

O estilo do livro remete ao estranho. Falando de forma superficial, Weird Fiction é um sub-gênero da Ficção que aborda elementos sobrenaturais mas ainda assim não se enquadra em histórias tradicionais de fantasmas ou vampiros, por exemplo. É algo voltado para lado sombrio e mais inquietante das histórias por mesclar terror, fantasia e ficção científica, levantando questões que muitas vezes as pessoas não entendem.

Pensar num livro absurdo e impossível ficou fácil após ler Selva de Gafanhotos. Acho que ninguém nunca irá encontrar tantas coisas estranhas e juntas num único livro como neste. É um livro que fala de tudo. TU-DO. Não há rodeios sobre assuntos. Desde um garoto entediado com a vida, seu irmão que teve as bolas explodidas por uma bomba no Afeganistão, homossexualidade, famílias que tiveram que mudar o sobrenome por causa da imigração, caras que sentem tesão matando alienígenas em video games, até o fim do mundo causado por uma invasão de insetos gigantes comedores de gente e loucos pra trepar.
Selva de Gafanhotos me tirou completamente da minha zona de conforto. Eu nunca li nada parecido antes e me surpreendi com a ousadia do autor, principalmente ao ler os agradecimentos ao fim do livro onde ele fala que quando escreveu o livro era pra fugir dos romances comerciais e que só queria ser livre para escrever o que quisesse, mesmo que ninguém fosse ler. Admirei o cara por isso, mesmo que ao longo do livro a impressão de que o autor só poderia ter escrito isso num estado de torpor sem fim é inquestionável. O livro é uma brisa, parece coisa de maluco e fiquei me perguntando diversas vezes de onde surgiu tanta ideia absurda pra colocar no papel. Mas, ao fim da leitura, parei pra analisar um pouco mais a fundo, e percebi que a ideia do livro, por mais esquisita que seja, é genial. E, pra mim, o autor mostrou que, fugindo de clichês e enredos nada originais, é possível conquistar leitores desde que eles tenham a mente aberta.

O livro é dividido em quatro partes e mostra gradualmente os acontecimentos que fizeram com que o fim do mundo acontecesse, desde a apresentação da cidade, o momento em que alguns habitantes que sobreviveram - incluindo Austin, Shann e Robby - se refugiam num silo chamado Éden enquanto descobrem como os bichos surgiram, até a invasão dos soldados irrefreáveis, vulgos insetos.

A capa verde florescente tem o título em alto relevo, é simples mas muito bacana pois faz referência ao experimento genético envolvendo esperma e milho, que resultou em algo brilhante, mas mortal: o Milho Irrefreável. A lateral das páginas é amarela (lembrando o milho, talvez) e é um detalhe que só colabora para a parte visual do livro. Os capítulos, em sua grande maioria, são curtos. Cada parte trás uma pata serrilhada de louva-a-deus antes do capítulo inicial e num geral gostei bastante dessa diagramação. A revisão está impecável. Posso dizer, para os entendedores, que o trabalho gráfico está um verdadeiro dínamo.

O que mais curti na história foi o fato de Austin fazer questão de usar a História para mostrar que os erros do passado podem servir de exemplo pra não se fazer merda no futuro, além de estar numa fase em que está se descobrindo no que diz respeito a sua orientação sexual. Só fiquei com pena por ele estar nessa fase confusa em pleno fim do mundo e ter que lidar com suas frustrações ao mesmo tempo em que observa gafanhotos de 1,80m de altura, comedores de gente, tarados e irrefreáveis a solta nas ruas. Sua orientação sexual ainda o deixa cheio de dúvidas e ter uma namorada, mas, gostar e se sentir atraído pelo melhor amigo, que é gay, mostra o que quero dizer. Acho que o autor inovou ao colocar essa situação sendo que o protagonista é um garoto. É comum, e geralmente mais "aceitável", que garotas se sintam atraídas por suas amigas até descobrirem qual é o lance. Mas nunca tinha lido nada quando é um garoto que passa por isso. É um "triângulo" amoroso nada convencional e por ser diferente, me agradou, sim.
Os garotos falam palavrão e também se mostram muitas vezes despreocupados e indiferentes com a gravidade da situação em que se encontram. O que tem demais num gafanhoto gigante devorando algum transeunte no meio da rua? Nada, claro. Coisas do cotidiano...
O negócio é que, talvez por essa descoberta e obsessão que Austin começou a ter por sexo (e por um mènage consentido entre ele, Shann e Robby), o garoto vive cheio de muito tesão. Tudo é motivo pra ele ficar excitado, desde pensar em trepar com a namorada, pensar nos lábios do amigo enquanto ele fuma, ou... ver uma bituca de cigarro jogada na sarjeta! Essa coisa insistente com tesão, sexo, pau duro e afins é, no mínimo, doentia. Mas foi engraçada, confesso.

Minha única ressalva é a respeito da narrativa. É feita em primeira pessoa com Austin nos mostrando seu ponto de vista "histórico" para o apocalipse e esses seus eternos conflitos pessoais e sexuais. E por ele ser um sujeito muito detalhista, muitas vezes o que já foi explicado se repete por tantas vezes que é impossível contar. Me perdi e achei que isso atrapalhou muito. Não sei se isso faz parte do estilo da narrativa, não sei se faz parte da característica perfeccionista e detalhista de Austin querer repetir tudo um milhão de vezes pra fixar a informação nas nossas cabeças, mas achei muito desgastante esse excesso de repetição de informações. Já sabia desde o começo que os insetos são louva-a-deus de 1,80m com patas serrilhadas, famintos e que só querem uma coisa. E sempre se referir a eles usando essa mesma descrição foi um porre, fora outras informações e descrições. Acho que se não fosse por isso o livro seria reduzido pela metade na questão das páginas e o enredo seria muito menos cansativo.
Tudo acontece ao mesmo tempo, e vários fatos que ocorreram no passado da família de Austin, ou de quem ele queira fazer uma observação qualquer, também vêm à tona. Às vezes sentia que o assunto da vez era desviado com alguma lembrança ou informação sobre um personagem que apareceu de repente pra que ele fosse apresentado e devidamente identificado, e, até voltar ao que estava sendo contado antes, já tinha me esquecido do que estava sendo falado primeiro e tinha que voltar pra reler e lembrar.
No final das contas, Selva de Gafanhotos é um puta livro que pode ser definido como único, divertido e grotesco. E talvez por isso tenha tomado uma liberdade um pouco maior pra usar certos tipos de palavras nessa resenha. E adianto que não é o tipo de livro que qualquer um vá gostar justamente pelos temas absurdos, sexuais e violentos que aparecem, e também pelo estilo bizarro da narrativa.
Recomendo? Sim. Mas sabendo que existem capítulos com títulos como "Caiu sangue no seu presunto", "Gente burra nunca deveria ler livros", "Um chuveiro muito calmante", ou "Nunca procure sorvete em um freezer de esperma", leia por sua conta e risco, ciente que se trata de um estilo único que foge totalmente do comum e que com certeza vai sacudir seus miolos...

"O lema do policial Denny Drayton estava tatuado em fonte Old English, formando um semicírculo igual a um sol nascente acima de seu umbigo branco e sem pelos.
Foda-se essa merda. Eu tenho uma arma, filho da puta."
- Pág. 245

"A história mostra que, enquanto houver seres humanos neste planeta, quando você coloca dois deles juntos, antes que você perceba, eles começam a criar regras."
- Pág. 288


site: http://www.livrosechocolate.com.br/2015/04/selva-de-gafanhotos-andrew-smith.html
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Lorena Miyuki 21/04/2015

Literatura não-comercial + weird fiction
Na capa da versão brasileira, John Green testemunhou: "você nunca leu nada igual". Bom, se você não conhece weird fiction tão bem, vai ter que concordar com ele. Eu concordei.

Nos agradecimentos, Andrew Smith confessou:
"Cerca de dois anos atrás, resolvi parar de escrever. Bem, pra ser honesto, não o verbo escrever, mas resolvi desistir do aspecto comercial dessa atividade, para o qual não tenho a menor estrutura. Nunca me senti tão livre ao escrever coisas que por mim nunca seriam vistas por ninguém. Selva de gafanhotos foi uma dessas coisas."

E esse cara me ganhou por essa declaração - e pela obra.

O Selva é um livro CHEIO de detalhes trabalhadíssimos, todos atados em uma narrativa extremamente crua e, bem, porque não dizer? Sexual. Em todos os sentidos da palavra.
Os personagens são muito bem construídos, fica até difícil descrevê-los e/ou falar sobre eles sem contar tudo o que já tá no livro. A trama é sobre _tudo_, como Austin (o narrador) nos fala. Sobre tudo _mesmo_ - das bolas dos presidentes americanos aos insetos gigantes que só querem fazer duas coisas (você sabe o que eu quero dizer).

Fiquei surpresa pela quantidade de detalhes que se entrelaçam, pela dificuldade de se fazer algo assim e pelo sucesso que o Andrew teve na sua pesquisa e na sua escrita.

Por favor, mais livros como esses pra abrir a cabeça das pessoas (nem que seja à força, he).

site: www.marcadocomletras.com
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Amanda 20/04/2015

Selva de gafanhotos
“Sabe, se dessem um Prêmio Nobel pela habilidade de não trabalhar, todo ano algum cara branco de Iowa ganharia um milhão de dólares e uma viagem para a Suécia.” Pág. 25

Austin é um adolescente polonês e luterano. Ele mora na cidadezinha (ficticia) de Ealing, Iowa. Tudo é sempre igual em Ealing, Iowa. Até que não era mais.

Austin acredita na História, e em como ela serve para que os humanos não repitam as mesmas ‘cagadas’ que suas gerações passadas. Sendo um bom desenhista e um modesto escritor, ele então se sente na obrigação de registrar tudo o que acontece ao seu redor em seus cadernos.

Em Selva de gafanhotos temos então uma história de uma cidade pacata que mudou de um dia para a noite, de uma cidade pacata para o epicentro do fim do mundo – tudo através da visão de um garoto polonês, luterano e com muito tesão.

Robby é o melhor amigo de Austin, e é homossexual. Austin tem vários sentimentos confusos sobre seu amigo, o que o faz pensar se ele também é homossexual. Apesar dele amar sua namorada, Shann, e sentir tesão por ela, o sonho dele era que os três fizessem um ménage.

Andrew Smith criou um livro que transcende entre um YA (young adult) para a ficção científica, mas ainda conseguiu dar um toque de originalidade na sua obra com seu estilo único.

Tudo começa quando Robby e Austin estavam andando de skate na rua que eles chamam de Selva de Gafanhotos. Lá, um grupo de valentões de outro colégio espancam os amigos, pelo simples fato deles parecerem ‘boiolas’, e jogam seus tênis no telhado de uma loja local. Assim, na mesma noite, os garotos decidem escalar a escada lateral do prédio, e buscar suas coisas.

Nessa aventura na madrugada, eles descobrem uma escotilha no telhado que dá para a loja em que Austin trabalha – que pertence ao padrasto de Shann. Curiosos, Austin quer ver o escritório de seu patrão, Johnny, que sempre o mantém fechado à chave.

E por um bom motivo.

Globos com gosmas brilhantes, bebês com duas cabeças e partes de insetos gigantes flutuando em um líquido é o que eles encontram ocupando prateleiras do chão ao teto do aposento.

Mas eles não tiveram tempo de olhar muito, pois alguém havia adentrado na loja.

“Eu me perguntei se era homossexual só por pensar em fazer um ménage à trois com Robby e Shann. E odiei constatar que seria mais fácil convidar Robby a fazer isso do que convidar minha própria namorada.” Pág. 27

E é nesta madrugada quando um grupo de adolescentes roubam garrafas de bebida, e um dos globos contendo uma gosma flutuante e que brilha no escuro, que o fim do mundo começa – quando esses mesmo garotos deixam o objetor cair e se despedaçar em cima do sangue de Robby, que eles haviam arrancado com socos mais cedo.

Ealing, Iowa, nunca mais seria a mesma. Mas ninguém sabia disso. Até que louva-a-deuses gigantes começassem a atacar a cidade, em busca das únicas duas coisas que eles gostam: comida e sexo.

No começo do livro eu devo dizer que estava amando, porque era algo realmente diferente. Vemos o mundo através dos olhos de uma adolescente de verdade, que está confuso sobre a sua sexualidade e que ao mesmo tempo só consegue pensar em sexo, cigarros e de como a vida é confusa.

Achei as escrita de Andrew, no começo, parecida com a de Chuck Palahniuk em Clube da luta, por ele estar sempre repetindo frases já ditas anteriormente, como um modo de remeter o que aconteceu e como uma característica de estilo. Mas vou admitir que, ao contrário do livro de Palahiuk, isso ficou um pouco cansativo em Selva de Gafanhotos. Talvez porque o livro é maior, ou porque ele abusou MESMO desse estilo – que chegou a me confundir ao invés de me fazer lembrar das coisas.

O que eu mais gostei no livro, de fato, foi a confusão sexual do protagonista e esse triângulo amoroso não convencional – apesar de que o romance não seja o centro da história. Eu senti um pouco de falta de ação, que ocorre quase toda no final.

Eu classificaria assim: 100 primeiras páginas muito boas, 100 páginas do meio bem chatas e as últimas 150 é onde a história REALMENTE acontece.

Apesar disso, é uma história interessante. Eu esperava um final clichê ou então que não fizesse sentido, mas devo dizer que foi bem satisfatório.

‘Sêmen, tesão e irrefreável’ é as palavras que eu usaria para descrever essa história nada convencional sobre um experimento que deu errado.

“Lojas de artigos usados são como os aspiradores de pó do mundo: elas aspiram as merdas dos outros.” Pág. 51

site: http://escritoseestorias.blogspot.com.br/2015/04/resenha-77-selva-de-gafanhotos.html
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Gus | @escritavo 19/04/2015

Único
Acho que nunca li nem ouvi a respeito de um livro parecido com esse... Como na própria capa o Green diz, você realmente nunca leu nada igual. Único, mostra a mente de um adolescente como ela realmente é, em relação a tudo, sexo, música, comida, insetos, guerra e muito mais... Irrefreável
Lara Gama 03/01/2018minha estante
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De Cara Nas Letras 19/03/2015

Selva de Gafanhotos - Andrew Smith
Austin é um garoto descendente de poloneses que vive na cidade fictícia de Ealing, no estado de Iowa. Lá, leva sua vida adolescente de forma relativamente "normal". Entretanto, ele e seu melhor amigo Robby acabam se metendo em uma enorme confusão. Enquanto Shannon (namorada de Austin) está no carro dormindo, os dois garotos decidem ir ao teto do prédio do shopping da cidade para pegar alguns itens pessoais que foram jogados lá em cima. Mesmo já os tendo achado, decidem fazer algo ainda mais perigoso: invadir a loja onde Austin trabalha para bisbilhotar a sala de seu chefe (e sogro).

Lá, encontram coisas de arrepiar. São globos com partes de corpos, embriões, além de um que parece ter uma massa preta, gosmenta e fotoluminescente em seu interior. Assustados, decidem dar o fora dali, mas presenciam o momento exato em que um ladrão decide levar o globo luminoso consigo e o deixa cair no chão. O conteúdo entra em contato com o sangue humano e é nesse exato segundo que começa o fim do mundo.

Logo no início do livro percebemos a batalha interna que acontece em Austin. Mesmo sendo um adolescente como outro qualquer, ele ainda não possui sua sexualidade formada. Essa luta perdura até o final do livro, o que achei desnecessário, já que odeio "triângulos amorosos". Em contrapartida, expresso que foi muito boa a abordagem da descoberta sexual mostrada pelo Andrew Smith, já que todos nós passamos por essa fase, quer sejamos hétero ou homossexuais.

O enredo se torna cansativo em algumas partes, já que o protagonista é uma pessoa muito perfeccionista, querendo nos passar a história da forma mais verídica possível. Por esse motivo, milhares de informações (sim, sou hiperbólico) são jogadas em nossas mentes de maneira assustadora, o que torna tudo um pouco mais complicado de assimilar. Para piorar a situação, alguns fatos são "reprisados" diversas vezes no enredo, produzindo um efeito de repetição desgastante.

Embora seja considerado um YA (Young Adult), o autor nos trás elementos claros de uma ficção científica. O mais visível, certamente, é a presença iminente do fim do mundo. Achei inovadora a ideia de um novo ponto de vista para a extinção da espécie humana. Sempre lemos livros que falam sobre um vírus (zumbis), invasão alienígena ou até mesmo um cataclismo de magnitude mundial, mas o autor conseguiu fugir do clichê e nos traz algo que, embora seja inusitado, é altamente palpável.

O final — que não possui nada estrambólico — passa ao leitor a real sensação de "fim de obra", mas deixa um leve gostinho de quero mais. Caso o autor tenha uma vontade futura de dar continuidade ao tema/ideia, há brechas para que ele retome do final desse livro.

Com uma escrita fluente e um enredo nada convencional, Andrew Smith nos trás uma história nunca antes imaginada. Amizade, amor, sexualidade e tudo aquilo que permeia a adolescência se mistura nesse eletrizante livro, com um adicional, é claro, de gafanhotos gigantes, um bunker subterrâneo surpreendente, um cientista louco e muita confusão! Quer uma dica? Corra agora para a livraria mais próxima e compre o seu exemplar!

site: www.decaranasletras.blogspot.com
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Sergio 19/03/2015

Postado originalmente no blog De Cara Nas Letras
Austin é um garoto descendente de poloneses que vive na cidade fictícia de Ealing, no estado de Iowa. Lá, leva sua vida adolescente de forma relativamente "normal". Entretanto, ele e seu melhor amigo Robby acabam se metendo em uma enorme confusão. Enquanto Shannon (namorada de Austin) está no carro dormindo, os dois garotos decidem ir ao teto do prédio do shopping da cidade para pegar alguns itens pessoais que foram jogados lá em cima. Mesmo já os tendo achado, decidem fazer algo ainda mais perigoso: invadir a loja onde Austin trabalha para bisbilhotar a sala de seu chefe (e sogro).

Lá, encontram coisas de arrepiar. São globos com partes de corpos, embriões, além de um que parece ter uma massa preta, gosmenta e fotoluminescente em seu interior. Assustados, decidem dar o fora dali, mas presenciam o momento exato em que um ladrão decide levar o globo luminoso consigo e o deixa cair no chão. O conteúdo entra em contato com o sangue humano e é nesse exato segundo que começa o fim do mundo.

Logo no início do livro percebemos a batalha interna que acontece em Austin. Mesmo sendo um adolescente como outro qualquer, ele ainda não possui sua sexualidade formada. Essa luta perdura até o final do livro, o que achei desnecessário, já que odeio "triângulos amorosos". Em contrapartida, expresso que foi muito boa a abordagem da descoberta sexual mostrada pelo Andrew Smith, já que todos nós passamos por essa fase, quer sejamos hétero ou homossexuais.

O enredo se torna cansativo em algumas partes, já que o protagonista é uma pessoa muito perfeccionista, querendo nos passar a história da forma mais verídica possível. Por esse motivo, milhares de informações (sim, sou hiperbólico) são jogadas em nossas mentes de maneira assustadora, o que torna tudo um pouco mais complicado de assimilar. Para piorar a situação, alguns fatos são "reprisados" diversas vezes no enredo, produzindo um efeito de repetição desgastante.

Embora seja considerado um YA (Young Adult), o autor nos trás elementos claros de uma ficção científica. O mais visível, certamente, é a presença iminente do fim do mundo. Achei inovadora a ideia de um novo ponto de vista para a extinção da espécie humana. Sempre lemos livros que falam sobre um vírus (zumbis), invasão alienígena ou até mesmo um cataclismo de magnitude mundial, mas o autor conseguiu fugir do clichê e nos traz algo que, embora seja inusitado, é altamente palpável.

O final — que não possui nada estrambólico — passa ao leitor a real sensação de "fim de obra", mas deixa um leve gostinho de quero mais. Caso o autor tenha uma vontade futura de dar continuidade ao tema/ideia, há brechas para que ele retome do final desse livro.

Com uma escrita fluente e um enredo nada convencional, Andrew Smith nos trás uma história nunca antes imaginada. Amizade, amor, sexualidade e tudo aquilo que permeia a adolescência se mistura nesse eletrizante livro, com um adicional, é claro, de gafanhotos gigantes, um bunker subterrâneo surpreendente, um cientista louco e muita confusão! Quer uma dica? Corra agora para a livraria mais próxima e compre o seu exemplar!

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