Mayla Graepp 02/05/2018
Considerações pessoais
O método Konmari para manter a ordem realmente funciona. Hoje vivemos em momentos de extremo desgaste mental e precisamos ter o mínimo possível de interferência em casa. Um local limpo e circundado de coisas que você gosta e usa, reforçam sua identidade.
Porém, considero não levar ao extremo o processo de se desfazer de coisas que fizeram parte de nossas vida. Para ilustrar, tive uma experiência marcante. Estava arrumando meu quarto e me deparei com um diário de infância. Como estava travado, falei que se ele não abrisse, jogaria fora, pois não queria me prender ao passado. Por bem, consegui abri-lo. Logo comecei a ler os garranchos e erros gramaticais de infância e por um momento, me perdi em um passado não tão distante. A narração era de uma criança de 9 anos, mas a mentalidade era de uma adulta. Naquele momento, me encontrei. Alguns porquês da vida foram respondidos e percebi que por mais que tivesse mudado, continuo com a mesma essência. Comecei a burlar algumas regras do método Konmari. Percebi que não podemos seguir um padrão. Somos diferentes. Apesar disso, joguei muitas coisas fora das quais não me arrependo, mas decidi não ir tão ao extremo. Conheço pessoas extremamente organizadas a ponto de não tolerarem objetos fora do lugar. Isso é sério: pode comprometer relacionamentos e o desenvolvimento de crianças. Não jogo cartas de amigos, apenas as guardo em uma caixinha. Isso me faz feliz, pois posso concretizar bons sentimentos de pessoas que amo.
Enfim, a leitura do livro, mas o leiam com seu coração ;)