As veias abertas da América Latina

As veias abertas da América Latina Eduardo Galeano




Resenhas - As Veias Abertas da América Latina


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Jonara 18/04/2010

Muito interessante. Há tempos tenho dado mais atenção pros nossos vizinhos, esse livro veio em boa hora. Na minha época de estudante, acho que não foi dada muita ênfase à geografia, história e outros aspectos da América Latina. Muita gente alimenta um preconceito em relação ao Paraguai e Argentina, e ignora completamente outros países. O México é o país dos emigrantes, Colômbia o das drogas. Talvez a imagem mais positiva sejam as praias do Caribe.
Acho que o livro desperta a curiosidade de entender melhor a formação desta região e a desagregação entre estes países. Ele acusa os países desenvolvidos de serem os responsáveis pelo nosso subdesenvolvimento, e coloca o Brasil numa posição de sub-imperialista dentro do seu próprio continente.
Gostei bastante do livro, mas acho que ele se enrola em algumas passagens, mistura demais as citações e lugares, e a coisa perde um pouco a lógica. Também acho que é meio exagerado em alguns momentos (novelesco, diz um crítico na contracapa). Creio que o objetivo principal dele foi denunciar uma série de fatores, mas fico na dúvida se ele quis provocar uma reação "vamos tomar de volta nossas coisas" ou "a partir de hoje as nações dominantes não nos dominarão mais". De qualquer forma vale a leitura, de quebra reativei minha vontade de ler Darcy Ribeiro, que é citado várias vezes.

Ps.: Este foi o livro que o Hugo Chaves deu para o Obama no primeiro encontro deles.
zé buchão! 15/08/2013minha estante
"Ps.: Este foi o livro que o Hugo Chaves deu para o Obama no primeiro encontro deles." Carajo... sério isso, mano?


Eduardo 19/02/2014minha estante
Obama deveria ter retribuido à cortesia com o: ' Manual do Perfeito Idiota Latino Americano'.


AlineLira 19/07/2015minha estante
Galeano é comunista, não foi achismo seu, ele realmente quis fomentar um revanche da classe trabalhadora, índios e pobres no geral a se levantarem.


ale 22/08/2016minha estante
É preciso também situar o livro em seu contexto histórico, permite que a gente tenha uma visão mais critica sobre o mesmo.... na década de 80 a América Latina vivia um momento muito diferente dos dias atuais, daí a importância desse livro, especialmente no Brasil, estávamos saindo de uma ditadura..... lembro que quando li, meu tios ficaram muito preocupados kkkkkkkkkkk sei lá ficaram com medo de que alguma coisa acontecesse comigo..... imagina... lembrar disso hj é até engraçado.....


Lauro 15/10/2022minha estante
Um dos meus livros favoritos, muito atual.


Danilo435 13/04/2023minha estante
só ler minha resenha desse livro, vc caiu em um bait




Clio0 04/04/2021

As Veias Abertas da América Latina marcou época na historiografia por sua postura agressiva quanto a influência europeia e estadunidense na formação de nossas nações. Depois, começou a ser vilipendiada como uma obra vitimista.

Eduardo Galeano é um historiador que trouxe a visão de exploração de matéria-prima, e mão-de-obra, em seu grau mais alto. No texto, são exibidos não apenas os números (alguns já obsoletos) do que o colonialismo e posteriormente o imperialismo fizeram ao continente, mas também uma extensa argumentação sobre a propaganda ideológica que apoiava esses sistemas.

De base declaradamente marxista, toda a argumentação se volta para a economia da época, com apenas breves desvios para a situação político-social. O autor, em uma de suas últimas entrevistas, notou que ao escrever essa obra era um militante e que quem lê a mesma não deve se esquecer nunca da proposta do livro e do contexto em que foi escrito.

Há pouca coisa do Brasil em específico, mas isso se deve mais a necessidade de ser conciso do que da típica discussão "O Brasil é parte da América Latina?" Para nós, evidentemente, não há qualquer dúvida, porém sempre há uma certa separação do país das outras nações de língua espanhola.

O final dessa edição ainda traz um posfácio em que o autor faz algumas considerações sobre a situação do continente na década de 70.

Enfim, é uma ótimo livro, mas deve ser lido com cuidado.
Felipe.Camargo 04/04/2021minha estante
Mais uma ótima resenha, parabéns!




Fabio Shiva 18/12/2022

Uma horripilante e verdadeira história de vampirismo geopolítico
Que livro apavorante, medonho, nauseabundo! O horror contido nas páginas sangrentas de “As Veias Abertas da América Latina” beira o insuportável justamente porque suas histórias não foram inventadas. E as atrocidades aqui narradas tornam-se ainda mais horripilantes na narrativa inspirada e quase poética de Eduardo Galeano, que teve a revolucionária ideia de falar “de economia política no estilo de um romance de amor ou de piratas”. O livro é horripilante justamente por ter sido tão bem escrito.

Se você não tem tempo ou estômago para ler essa extensa resenha, que dirá as 300 e tantas páginas de “As Veias Abertas da América Latina”, apresento a seguir um resumo bem curtinho, pois desde os tempos da colonização até hoje, a história é sempre a mesma. Primeiro alguma riqueza natural da América Latina torna-se de especial interesse para o mercado mundial. Daí surgem empresas estrangeiras que tiram proveito desse recurso, devastando impiedosamente a natureza e explorando cruelmente a mão-de-obra local. Isso é feito com a conivência e cumplicidade de uma classe dominante na região, que enriquece rapidamente e passa um breve período de luxo e ostentação delirante, até que alguma nova riqueza natural vire a nova bola da vez e o ciclo de abundância se transforme em miséria e desolação.

Essa, em resumo, é a história que é contada de novo e de novo e de novo em “As Veias Abertas da América Latina”, livro que também pode ser sintetizado nessa máxima de Galeano:

“Quanto mais cobiçado pelo mercado mundial, maior é a desgraça que um produto traz consigo ao povo latino-americano que, com seu sacrifício, o cria.”

O autor começa a contar sua terrível história na época da descoberta das Américas e o subsequente genocídio indígena:

“Os índios das Américas somavam entre 70 e 90 milhões de pessoas, quando os conquistadores estrangeiros apareceram no horizonte; um século e meio depois tinham-se reduzido, no total, a apenas 3,5 milhões.”

Mas logo os destinos da América de Norte e da América Latina seguem rumos diferentes:

“As treze colônias do norte tiveram, pode-se bem dizer, a dita da desgraça. Sua experiência histórica mostrou a tremenda importância de não nascer importante. Porque no norte da América não tinha ouro nem prata, nem civilizações indígenas com densas concentrações de população já organizada para o trabalho, nem solos tropicais de fertilidade fabulosa na faixa costeira que os peregrinos ingleses colonizaram. (…) Estas circunstâncias explicam a ascensão e a consolidação dos Estados Unidos, como um sistema economicamente autônomo, que não drenava para fora a riqueza gerada em seu seio.”

Nessa parte da leitura, senti dolorosamente como “As Veias Abertas da América Latina” é um livro irmão do igualmente tenebroso “Enterrem Meu Coração Na Curva do Rio”, de Dee Brown (https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2020/03/enterrem-meu-coracao-na-curva-do-rio.html).

Foi particularmente doloroso ler os trechos referentes à história mais recente do Brasil:

“Em 1952, o acordo militar assinado com os Estados Unidos proibiu o Brasil de vender as matérias-primas de valor estratégico - como o ferro – aos países socialistas. Esta foi uma das causas da trágica queda do presidente Getúlio Vargas, que desobedeceu esta imposição vendendo ferro à Polônia e Tchecoslováquia, em 1953 e 1954, a preços muito mais altos que os que pagavam os Estados Unidos.”

“No dia 21 de agosto de 1961, o presidente Jânio Quadros assinou uma resolução que anulava as ilegais autorizações dadas de favor à Hanna [Mining Company, multinacional de origem norte-americana] e restituía as jazidas de ferro de Minas Gerais à reserva nacional. Quatro dias depois, os ministros militares obrigaram Jânio Quadros a renunciar: ‘Forças terríveis se levantaram contra mim…’, dizia o texto da renúncia.”

A leitura gera indignação e asco principalmente quando Galeano desnuda as imundas motivações por detrás do golpe militar de 1964:

“A espada de Dâmocles da resolução de Quadros permanecia em suspenso sobre a cabeça da Hanna. Por fim, o golpe de estado explodiu, no último dia de março de 1964, em Minas Gerais, que casualmente era o cenário das jazidas de ferro em disputa. ‘Para a Hanna – escreveu a revista Fortune -, a revolta que derrubou Goulart na primavera passada chegou como um desses resgates de último minuto pelo Primeiro da Cavalaria’. Homens da Hanna passaram a ocupar a vice-presidência do Brasil e três dos ministérios.”

“Depois que se cansaram de lançar na fogueira ou no fundo da Baía de Guanabara os livros de autores tais como Dostoievski, Tolstoi ou Gorki, e após terem condenado ao exílio, à prisão ou à morte uma quantidade incontável de brasileiros, o recém-instalado regime militar de Castelo Branco pôs mãos à obra: entregou o ferro e todo o resto. A Hanna recebeu seu decreto no 24 de dezembro de 1964.”

Um motivo especial para a náusea é terminar de ler esse livro em dezembro de 2022, quando hordas de insanos “patriotas” imploram por um novo golpe militar que venha restituir a “honra” e a “moral” no Brasil. Seria motivo de riso histérico, não fosse pela crescente ânsia de vômito. E essa vem sendo a nossa tétrica história, ontem e hoje. Outro episódio lamentável foi a infeliz participação brasileira na Guerra do Paraguai:

“Os paraguaios sofrem a herança de uma guerra de extermínio que se incorporou à história da América Latina como seu capítulo mais infame. (…) A invasão foi financiada, do começo ao fim, pelo Banco de Londres, a casa Baring Brothers e banco Rothschild, em empréstimos com juroso leoninos que hipotecaram o destino dos países vencedores. (…) O comércio inglês não dissimulava sua inquietação, não só porque aquele último foco de resistência nacional no coração do continente era invulnerável, mas também, e sobretudo, pela força do exemplo que a experiência paraguaia irradiava perigosamente para os vizinhos. O país mais progressista da América Latina construía seu futuro sem inversões estrangeiras, sem empréstimos do banco inglês e sem as bençãos do livre comércio.”

“O Paraguai tinha, no começo da guerra, pouco menos população do que a Argentina. Só 250 mil paraguaios, menos da sexta parte, sobreviviam em 1870. Era o triunfo da civilização. Os vencedores, arruinados pelo altíssimo custo do crime, ficavam em mãos dos banqueiros ingleses que tinham financiado a aventura.”

Uma passagem que me comoveu especialmente foi essa denúncia feita pelo autor no longínquo ano de 1971, quando o livro foi publicado pela primeira vez:

“E os documentos oficiais vão mais longe: até se recomenda aberta e claramente a desnacionalização das empresas públicas.”

E pensar que de lá para cá o descalabro aumentou a ponto de a desnacionalização e a privatização das empresas públicas terem virado promessas de campanha! Hoje temos políticos se elegendo para assegurar que essas metas sejam cumpridas, com o voto e a gratidão do povo!

Que ninguém acuse o autor, contudo, de ingenuidade, pois lá atrás ele já fazia a ressalva:

“Entretanto, sempre que o Estado passa a ser o dono da principal riqueza de um país, é bom perguntar quem e o dono do Estado.”

Muito mais poderia ser dito sobre esse livro tão tristemente necessário, tão tragicamente atual. Mas me limito a compartilhar mais algumas pavorosas pérolas de horror colhidas pela pena genial e corajosa de Eduardo Galeano:

“A reforma agrária já não é um tema maldito: os políticos aprenderam que a melhor maneira de não fazê-la consiste em invocá-la continuamente.”

“Na América Latina é o normal: sempre entregam os recursos ao imperialismo em nome da falta de recursos.”

“Com o petróleo ocorre, como ocorre com o café ou com a carne, que os países ricos ganham muito mais por se darem ao trabalho de consumí-lo, do que os países pobres em produzí-lo.”

“A chantagem financeira e tecnológica se soma à concorrência desleal e livre do forte frente ao fraco. Como as filiais das grandes corporações multinacionais integram uma estrutura mundial, podem dar-se ao luxo de perder dinheiro durante um ano, ou dois, o tempo que for necessário. Baixam, pois, os preços, e se sentam, esperando a rendição do acossado. Os bancos colaboram no cerco: a empresa nacional não é tão solvente como parecia, se lhe negam víveres. Encurralada, a empresa não tarda em levantar a bandeira branca. O capitalista local se converte em sócio menor ou funcionário de seus vencedores. Ou conquista a mais ambicionada das sortes: cobra o resgate de seus bens em ações da casa-matriz estrangeira e termina seus dias vivendo nababescamente uma vida de rendas.”

“Esta eficiência na coordenação das operações em escala mundial, completamente à margem do ‘livre jogo das forças do mercado’, não se traduz, é claro, em preços mais baixos para os consumidores nacionais, mas sim em lucros maiores para os acionistas estrangeiros.”

“Dentro de cada país se reproduz o sistema internacional de domínio que cada país padece.”

“(…) sendo o Brasil um satélite dos Estados Unidos, dentro do Brasil o nordeste cumpre por sua vez a função de satélite da ‘metrópole interna’ radicada na zona sudeste.”

“A industrialização dependente aguça a concentração de renda, do ponto de vista regional e do ponto de vista social. A riqueza que gera não se irradia sobre o país inteiro nem sobre a sociedade inteira, mas consolida os desníveis existentes e inclusive os aprofunda.”

“Ainda que as estatísticas sorriam, as pessoas estão arruinadas. Em sistemas organizados ao contrário, quando a economia cresce, cresce com ela a injustiça social.”

“Bem dizia Anatole France que a lei, em sua majestosa igualdade, proíbe tanto o pobre quanto o rico de dormirem sob as pontes, mendigarem nas ruas e roubarem pão.”

“’Não deixam ver o que escrevo’, dizia Blas de Otero, ‘porque escrevo o que vejo’.”

“Os navios negreiros já não cruzam mais o oceano. Agora, os traficantes de escravos operam a partir do Ministério do Trabalho.”

“O sistema quer confundir-se com o país. O sistema é o país, diz a propaganda oficial que dia e noite bombardeia os cidadãos. O inimigo do sistema é um traidor da pátria.”

“Nestas terras, o que assistimos não é a infância selvagem do capitalismo, mas a sua cruenta decrepitude. O subdesenvolvimento não é uma etapa do desenvolvimento. É sua consequência.”

Bravo!!!

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2022/12/uma-horripilante-e-verdadeira-historia.html



site: https://www.instagram.com/prosaepoesiadefabioshiva/
Justi 18/12/2022minha estante
Excelente


Fabio Shiva 19/12/2022minha estante
Salve!


Danilo435 13/04/2023minha estante
Man, Argentina era o país mais rico da America Latina quando tinha liberdade, só foi o socialismo lá crescer o estado querer controlar as riquezes e hoje está nessa miseria.
esse livro nao passa de um conto de narrativas sem nenhum embasamento.

só ler minha resenha desse livro, vc caiu em um bait




dotevski 27/01/2024

Esse livro é expecional aprendi tanta coisa e a todo momento pensava o quão trabalhoso foi pra ser criado, abarrotado de dados e referências, foi bom aprender mais profundamente sobre a história america latina, desde o início da nossa derrota, é por muitas vezes tristes ler sobre todos crimes que foi imposto a essas terras e por muitas vezes tive de parar para refletir a tamanha crueldade, é um super didático e me despertou desejo de ler mais livros assim
Isis 27/01/2024minha estante
Vai entrar pra minha lista.




Laura.Brito 29/01/2022

"Abrem-se tempos de rebelião"
Galeano publicou um livro de peso em 1971. Um livro que se torna mais e mais pesado com o passar de cada ano, justamente por ser uma leitura atual em vez de uma triste memória. O trabalho do autor em  "As veias abertas da América Latina" é capaz de revoltar qualquer leitor, cumprindo com maestria seu objetivo. É uma leitura que requer pausas, respiros, suspiros, mudanças de ares antes de poder ser continuada. É uma leitura para ser lida e relida para que a história não seja repetida.
A história da América Latina é uma história sangrenta, violenta, injusta e apagada cotidianamente. Pessoalmente, uma das frases mais marcantes nesta obra é: "temos observado um silêncio muito parecido com a estupidez". A surpresa vem logo em seguida: em vez de ser uma colocação atual, como se imagina, esta frase faz parte da proclamação insurrecional da Junta Tuitiva na cidade de La Paz, em 16 de julho de 1809. O ano é 2022 e este silêncio estúpido permanece.
A escrita de Eduardo Galeano é mestre e explicita não só a propriedade do autor sobre a história latino-americana, mas sua revolta, sua raiva e seu cansaço. Suas reivindicações, em 1971, são as mesmas dos séculos 15 e 16 - e são as mesmas do ano de 2022. A colonização de nosso povo e território continua; a diferença é que agora seu nome é capitalismo.
A tradução de Sergio Faraco não desaponta, faz jus ao trabalho original. Este livro é uma bomba que nós, infelizmente, ainda não lançamos ao outro hemisfério. Deixamos que explodisse aqui. "As veias abertas da América Latina" tem capacidade educativa suficiente para substituir muitos ditos livros didáticos de "história" no Ensino Médio brasileiro. Mas, assim como a nossa história, é um grito que querem a todo custo abafar.
Diante do apagamento, que lembremos desta frase de Galeano: "a história não quer se repetir - o amanhã não quer ser outro nome do hoje -, mas a obrigamos a se converter em destino fatal quando nos negamos a aprender as lições que ela, senhora de muita paciência, nos ensina dia após dia".
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Daniel432 04/02/2010

Veias ainda abertas
Ainda bem que demorei muitos anos para ler este livro, porque creio que se o tivesse lido há 20 anos atrás não sei qual seria a minha reação frente tamanha exploração a que fomos e ainda somos submetidos.

O autor escancara e joga agressivamente em nossa cara as sórdidas políticas colonialista e subdesenvolvimentistas.

É o tipo de livro que não deve ter resenha, devemos deixar para cada um tirar suas conclusões e o pior de tudo é que, ainda hoje, as veias da América Latina estão abertas e sangram copiosamente.

A leitura deste livro vale cada minuto!!!
Gabs 26/01/2012minha estante
Resenha muito bem elaborada... Parabéns!


Daniel432 26/01/2012minha estante
Muito obrigado pelo elogio!!




Amanda1506 12/02/2023

Recomendo muito
Excelente livro, melhor livro sobre a América Latina. Apesar das folhas brancas que não me agradam tanto, foi uma ótima leitura. Obs: recomendo saber o básico de economia.
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jvrodriguesz 22/02/2023

Um livro divisor de águas. Indispensável para entender a América Latina e o quanto sofremos com o imperialismo norte americano e europeu. Abre nossos olhos para que nos indentifiquemos como povo e conheçamos a nossa própria história.

"Há muita podridão para lançar ao mar no caminho de reconstrução da América Latina. Os despojados, os humilhados, os amaldiçoados, eles sim tem em suas mãos as tarefas"

"Há quem acredite que o destino descansa nos joelhos dos deuses, mas a verdade é que trabalha, como um desafio cadente, sobre as consciências dos homens"
Onassis Nóbrega 22/02/2023minha estante
Está na minha lista?


Diler1 22/02/2023minha estante
Na minha list pra ler rsrs pq já tenho ? só precisa vergonha na cara




Camila Borges 26/10/2020

Um livro transformador
O maior aprendizado com esse livro é algo que o autor fala logo no começo do livro. Não é que por acaso uns perderam e outros ganharam, o subdesenvolvimento da América Latina é um projeto. Quem ganhou só o fez porque nós perdemos. A riqueza dessa terra foi a nossa "maldição", ricos demais para não sermos explorados em todas as oportunidades. Durante a história mudaram os mecanismos, mas no fim das contas ainda vivemos como colônia, vendendo nossa riqueza por preços baixos enquanto a nossa população morre de fome.

O tipo de livro que me deu um sentimento de gratidão ao autor por ter sido escrito. Não é um livro que acusa sem argumentos, pelo contrário, mostra caso a caso e prova seu ponto inicial. Requer releituras porque são muitas informações. É um caso perfeito do que chamamos de "poder transformador da literatura", publicado em 1977 mas infelizmente, muitíssimo atual.
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Cecilia393 21/02/2024

Esclarecedor
Achei o livro perfeito, pelo fato das opiniões do público serem de pessoas comuns e principalmente do proletário, fica mais esclarecedor ainda os fatos que são dados. Também conta com clareza e desde o princípio do porquê os países da América Latina serem como são.

Foi uma leitura densa porque foi meu primeiro livro depois de um tempo considerável sem ler. Essa é uma leitura para se ter com calma, pois tem uma enxurrada de informações que não dá para processar às pressas. Com certeza irei reler.
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Anne 22/03/2023

Esse livro deveria ser essencial pra todo latino, que obra magnífica!! eu adoro os livros de Eduardo, sinto que me ajudam a entender ainda mais os processos econômicos da América Latina e toda sua construção
Denny's 22/03/2023minha estante
Penso o mesmo


Ulisses24 22/03/2023minha estante
Quero muito ler esse




Ana 31/12/2023

O livro de 1971 aborda o processo de colonização, exploração e opressão qual os países latinos americanos foram subjugados, desde a invasão dos europeus e que se mantém na atualidade pelo imperialismo norte americano.
Rodrigo 31/12/2023minha estante
O próprio Eduardo já meio que se arrepende deste livro. Depois pesquise pela entrevista. Não estou comentando pra cortar seu barato, mas por presumir que você busca a verdade e não conforto cognitivo.


Mey Linhares 25/03/2024minha estante
Na verdade, o que Galeano disse foi "Eu não seria capaz de ler o livro de novo. Para mim, essa prosa da esquerda tradicional é pesadíssima. Meu físico [atual] não aguentaria. Eu cairia desmaiado? Também disse: "Não estou arrependido de tê-lo escrito, mas foi uma etapa que, para mim, está superada.? Ou seja, o contrário do comentário do amigo aqui. Isso porque ele era um jovem de 18 anos que não tinha o preparo para escrever a respeito do tema. E como curiosidade, ele elogiou o Pepe Mujica, presidente do Uruguai na época, dizendo que "todos o querem".




Polly 06/09/2020

As Veias Abertas da América Latina: um olhar latino-americano sobre a América Latina (#123)
Sempre que tenho um tempinho, gosto de assistir aos vídeos do canal Tempero Drag estrelado pela professora Rita Von Hunty. As Veias Abertas da América Latina é fruto de uma indicação de um dos vídeos do canal (nem me pergunte qual, que não lembro). Acredito que tenha sido uma boa escolha para iniciar essa minha “empreitada”, por assim dizer, pela história e pela realidade da América Latina, que planejo empreender.

A despeito do tempo em que foi escrito, o livro ainda é bem útil para entendermos por que somos o que somos. As Veias Abertas da América Latina foi escrito nos anos 1970 para os anos 1970, no entanto, a desigualdade persistente e o colonialismo imperialista disfarçado de “ajuda financeira” (ainda presentes) fazem com que o livro continue, infelizmente, atual. Afinal, se os mecanismos de dominação continuam os mesmos, a realidade dificilmente teria sido mudada.

Sua primeira parte foi bastante agradável e interessante para mim. Abordando como se deu a colonização dos inúmeros territórios da América Latina pelos europeus, As Veias Abertas da América Latina nos mostra como o saque das nossas riquezas naturais, a destruição em massa dos nossos ecossistemas (nas muitas das vezes sagrados para os povos nativos) e a escravização e o genocídio de africanos e ameríndios contribuíram para chegar onde chegamos.

Na sua segunda parte, o livro retrata a realidade econômica em que foi escrito, ou seja, retrata as décadas dos anos 1950, 1960 e 1970. Descrevendo as armadilhas do imperialismo (geralmente liderado pelos estadunidenses aqui na América Latina), Galeano nos revela como tais mecanismos condenam os países latino-americanos à dependência e à miséria eternas. Essa parte do livro é de uma leitura um pouco mais maçante, pois é cheia de dados e nomes de figurões e suas empresas multimilionárias (a essa altura multibilionárias), o que me deixou, confesso, meio dispersa. Talvez seja mais fácil e interessante (e menos traumático) estudar o que passou, afinal já passou e (graças aos céus) não volta mais, - ou não, né? A realidade é sempre mais perturbadora.

Assim, a colonização continua, com outra cara e com outro nome, mas continua. Ainda que nossos recursos nos confiram uma promessa de potencialidade econômica e de liberdade, o mercado é estruturado para que sejamos sempre os porões do mundo ou a sua cozinha, vai. É de onde sai a energia para alimentar os moradores da casa, mas as pessoas que nela trabalham são tratadas como a escória da humanidade. É preciso mudar isso. E ter conhecimento é o primeiro passo. A leitura de As Veias Abertas da América Latina continua interessantíssima para os nossos tempos.
Alessandra 08/09/2020minha estante
Fiquei com muita vontade de ler esse livro (que vergonha das vergonhas: não sabia nada a respeito, e vergonha dupla, porque também gosto do tempero drag, mas as vezes me perco na recomendação de livros...), após uma página que gosto bastante (os cartons do armadinho), divulga-lo.

Sua resenha reforçou ainda mais minha vontade de ler (mas estou com medo de ficar dispersa ou acha-lo dificil, eu tenho dificuldade de ler livros mais teóricos, acho... estou há três anos tentando ler Paulo freire, sem sucesso... =/


Alessandra 08/09/2020minha estante
Parabéns pela resenha! Ficou ótima.


Polly 10/09/2020minha estante
Obrigada!




Leticia 09/07/2023

Renovado meu espírito anti capitalista
Recomendo para qualquer um que queira entender um pouco sobre o porquê da América Latina ser como é.
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Fernanda Sleiman 07/12/2020

Galeano, que falta faz
Esse livro merece ser lido como leu uma certa moça, em voz alta para todos os passageiros de um ônibus na Bolívia.
Esse livro é extremamente necessário hoje é sempre.

Obrigada Galeano, muito Obrigada
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