Resenhas - A Filha do Reverendo

Helena 10/07/2022

Interessante e questionador
Sem dúvida, um dos livros mais impactantes e rico em questionamentos que eu já li. A história de Dorothy inicia em meio ao sofrimento e nele termina. Parece frustrante, mas o caminho que ela percorre apresenta tantas observações que muitas vezes passam despercebidas em nosso cotidiano. Os detalhes que Orwell trouxe neste livro é impressionante. A vida dos trabalhadores rurais, principalmente dos colhedores de lúpulo que vivem tão precariemente. Além disso, são trabalhadores sazonais, pois dependem da estação da colheita para ter trabalho. Conhecemos nesse ponto o subtrabalho, a luta dos sindicatos e a alienação social. Mais adiante conhecemos a realidade dos moradores de rua em uma sociedade capitalista preconceituosa e hipócrita. A luta pelo alimento e pela sobrevivência no frio londrino é descrito de forma tão real que chega partir o coração de quem lê. Por fim, a obra mostra a realidade educacional da época. A desvalorização do professorado e o real interesse das escolas em adquirir apenas lucros e não em educar de fato as crianças são parte dessa realidade.
Uma obra que realmente vale a pena a leitura.

Sue 11/05/2022

Qual o sentido disso tudo?
George Orwell merece ser lido sempre. Este livro não é diferente. Está não é uma realidade utópica ou distópica, como ele é mestre em criar, é só a realidade mesmo dos anos 30 na Inglaterra, mas parece distopia. Como o bem estar de uma pessoa pode ser ignorado porque o comportamento dela não é o que se esperava? E não é o que se esperava mesmo? Somos capazes de ignorar o nosso pré-conceito, as nossas certezas do que é certo ou errado para ouvir o outro? Nós damos essa chance? O ser humano pode ser cruel, pior do que isso, indiferente ao sofrimento do outro. Viver em sociedade melhorou um pouco desde então, mas e o ser humano, melhorou?

Grande.Leitora 10/05/2022

Bom, porém cansativo
O livro a Filha do Reverendo conta a história de Dorothy uma garota que perdeu a memória diante a situação que vivia (estresse e cansaço) a partir daí nós acompanhamos o seu dia a dia e o seu amadurecimento, do capítulo 2 a 5 vemos a miséria a ganância e a maldade das pessoas.

Para mim o livro causou muitas reflexões como: antigamente as mulheres que não se casassem não podiam ter uma vida feliz (ou menos infeliz do que a vida de solteiro), e também sobre a pobreza que sempre esteve presente na história, e a forma como elas se conformam em ser pobre e morrer pobre me fez pensar que devemos aproveitar as oportunidades da vida. Eu também refleti sobre como a sociedade mudou durante o tempo hoje se você nascer pobre você pode mudar de vida mas antes não pois se tu nasceu pobre tu morreu pobre.

Por qual motivo dei apenas 3,5:
- As vezes a escrita foi arrastada e entediante pois vida da personagem era muito chata no primeiro e segundo capítulo.
- Alguns diálogos foram confusos e desinteressante.(cap. 3 e cap. 5)

Emerson318 07/05/2022

De todos os livros de Orwell que lí, foram sete , este foi o que talvez menos tenha me impressionado. Talvez seja o caso de relê-lo algum dia. achei meio sem propósito e, quando fala da situação miserável dos sem-teto, me pareceu mais fantasioso do que em outros livros do autor; mas não posso dizer que foi perda de tempo. Em tempo, o próprio Orwell deu "dislike " nesta obra.

Uraninho 30/04/2022

Orwell
Esse livro é interessante, demorei um pouco pra terminar, mas eu gostei.
Nesse livro, Orwel retrata o cotidiano de pessoas religiosas, "conflitos familiares e várias outras coisas.
Achei a leitura meio massante, é bom, porém não leria novamente.

Livia 26/04/2022

A filha do reverendo
A história é muito boa e carregada de críticas, mas fica um pouco cansativa em algumas partes, tive que fazer um pouco de esforço pra não abandonar a leitura.

Gabriel.Debastiani 19/04/2022

Ok
É um livro que conta a trajetória da Dorothy, filha do reverendo. A história em si não é a mais interessante do mundo, mas também não é chata. Alguns capítulos são melhores que outros. Em relação a essa edição em particular, apresenta vários erros de formatação (pontos mal colocados, letras minúsculas em início de frase, etc), mas nada que prejudique a leitura num todo. Faltou revisão ortográfica mesmo.

Analu 13/04/2022

A filha do reverendo
George Orwell, em ?A filha do reverendo? conta a história de Dorothy, uma moça de 20 e tantos anos que vivia em razão de seu pai autoritário e egoísta e da igreja na qual ele atuava como pastor. Sua vida era bastante difícil, e todos os trabalhos da pequena cidade onde vivia pareciam recair sobre ela. Até que em um dia, Dorothy aparece no centro de uma cidade grande, sem se lembrar de nada, e recorre às plantações de lúpulo, em regime de semi-escravidão e até mesmo às ruas para sobreviver.
Gostei bastante da escrita, não é difícil nem nada do tipo. A letra do livro é BEM pequena, e isso me fez demorar muito pra terminar de ler. Tiveram capítulos bem chatos, mas outros bem legais. Não é um livro que eu ache obrigatório pra vida, mas pra passar o tempo é legal.

Sandra 09/04/2022

Seria favorito se não fosse o final
O começo do livro me irritou bastante, mas o meio me envolveu totalmente (mais especificamente a partir do capítulo dois) porém aquele final foi horrível, eu simplesmente odiei. Acho que eu entendi a mensagem do livro, mas mesmo assim não consigo gostar do final. Talvez esse fosse o objetivo do autor

Mr. Jonas 29/03/2022

A Filha do Reverendo
Dorothy Hare, a devota filha de um reverendo tirano, aceita resignada seu destino até ter um episódio de amnésia que a livra da opressão exercida pelo pai. Esse atalho para a liberdade, no entanto, lança a jovem em um mundo ainda mais cruel, onde a luta pela sobrevivência testa diariamente a natureza humana.

Aly 29/03/2022

Monótono, porém muito bem explorado. A história retrata muito bem, e é uma ótima crítica ao período em que se passa!

Achei que aconteceram coisas desnecessárias, que não são muito comuns de ocorrer no livro do George.

Alexandra 18/03/2022

Lento, mas com excelente crítica
O próprio Orwell nao queria a publicação dessa obra, talvez porque faltava diamantá-la, e ele tinha razão, a narrativa é bem lenta e com excesso de detalhes, mas com uma crítica incrível à época
Dorothy nos mostra o retrato da mulher na época, vista em bom berço depois escurraçada por uma fofoca
Dorothy nos mostra como era o mundo das ruas na Londres dos anos 30, a luta contra a prostituição, o acolhimento dos pedintes e o abuso de autoridade em busca de alimento
Além disso podemos fazer um paralelo em como abrimos os olhos, ou pensamos que abrimos, quando conhecemos o mundo "real"
A crítica é excelente, vale a pena a ""luta"" contra a leitura para absorver a profundidade dessa obra

Soufi 03/03/2022

A filha do reverendo é um livro que faz com que possamos reflete sobre o poder da influência religioso.Esse livro mostra a hipocrisia de muitas igrejas, preconceito religioso, desigualdade social e principalmente a protagonista sofre todo tido de preconceito e discriminação.Pude reflete que os tempos passam mas os preconceitos ainda estão enraizados na sociedade.

Michel.Nascimento 01/03/2022

Retrata a vida de uma mulher de 28 anos, solteira, filha de pastor na década de 30 na Inglaterra. Sua vida limitada de recurso, baseada na rotina de afazeres da igreja. Quando ela vira moradora de rua, descreve com precisão a vida de moradores de rua, seus sonhos e sua ilusões.

Anna.Beatriz 06/02/2022

O melhor de George Orwell.
Toda a comoção em volta de 1984 e A Revolução dos Bichos me parece excessiva depois de terminar essa leitura. Me surpreende que ESTE não seja um dos livros mais badalados do Orwell.

O livro nos traz a protagonista Dorothy, filha de um pastor extremamente turrão, machista e folgado. O tipo de cara que se acha superior aos seus iguais. Por conta do seu pai encostado, Dorothy tem de tomar conta de todos os assuntos dentro e fora de sua casa. Ela toma conta das finanças, se preocupa com dívidas, cuida da casa, enquanto o pai só perde dinheiro em investimentos furados.

Apesar de doce com os ao seu redor, Dorothy é extremamente cruel consigo mesma. Por conta de sua educação cristã profundamente rígida, Dorothy se cobra muito em ser uma pessoa 100% perfeita e não se permite "errar", mesmo que esses "erros", na maioria das vezes, sejam apenas fúteis regras sociais e religiosas que ela foi ensinada a se impor, e que apenas servem para oprimir e manter a classe trabalhadora na linha. (TW: Menções de automutilação a partir daqui.). Dorothy carrega consigo um alfinete e aflige dor a si própria toda vez que sequer tem um pensamento que "manche" a perfeita - e hipócrita - moral cristã.

Em um momento, a pressão dessa vida de repressão e cobranças excessivas acarreta numa perda súbita de memoria em Dorothy que faz com que ela se perca de seu lar e comece a passar por inúmeras dificuldades. Uma delas sendo o fato de que a mulher de 28 anos se torna uma pedinte na rua, passando frio e fome. É triste pensar que esses cenários foram tão realisticamente descritos pois o próprio George já ficou em situação de rua em um momento de sua vida.

O livro aborda temas e discussões muito pertinentes, a vida e abandono de pessoas em situação de rua, trauma religioso, abuso psicológico, machismo, a luz do ensino sendo reprimida pelo capital e pelo conservadorismo, a necessidade de abdicar de suas vontades e sua essência para se adequar ao trabalho e manter seu emprego, a incapacidade de se dedicar à reflexão e contemplação em uma acelerada sociedade capitalista... Dentre muitos outros que vão sendo pincelados ao longo do livro.

Não li todas as obras de Orwell, mas sei que essa aqui estará definitivamente no pódio das favoritas.