Ninguém Escreve ao Coronel

Ninguém Escreve ao Coronel Gabriel García Márquez




Resenhas - Ninguém escreve ao Coronel


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Jacqueline 26/11/2014

"Nós entramos com a fome para que os outros comam"
A história é a mais trivial possível: um militar reformado que espera, em vão, a chegada de uma notificação por carta, de que passaria, enfim, a receber a prometida pensão do Estado. Vive com a mulher asmática e um galo, herdado do filho assassinado em uma rinha de galos. Ao mesmo tempo em que o conto (novela?) ironiza a burocracia de estado e a própria carreira militar, nos coloca frente à humilhação do que seja sentir fome, de não ter como reproduzir a própria vida material. O enredamento na situação cíclica que se repete toda 6a feira, quando a ausência material da correspondência é acompanhada da fala reiterada do carteiro que diz "ninguém escreve ao coronel"), é o que confere sentido à vida do casal, ainda que se tenha fortes evidências de que a carta (e a aposentadoria) nunca chegarão. Mas, afinal, pior do que o fato em si, é deixar de esperar por algo.
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Mauricélia 23/09/2018

Gabo sendo Gabo
Narrativa curta, o livro tem título que o resume bem: o coronel espera carta que venha anunciar sua pensão após participar de guerra. Já faz 15 anos que aguarda toda sexta a chegada de sua correspondência via barco e a decepção repete-se semanalmente.
A força de uma mulher chamou atenção. Sua esposa aguarda em revolta a chegada do dinheiro da pensão, mas não se conforma com o marido tão conformado nessa espera, mesmo vendo a falta de comida e a necessidade de vender todo o pouco que eles têm.
Os dois sofrem a ausência do filho, executado durante a guerra e de quem sobrou apenas um galo de rinha, o qual o pai não quer vender, mesmo tendo gastos para o alimentar.
E é nesse entremeio de angústia pela espera dele, revolta dela pela espera interminável e idolatria a um galo que poderia salvar os dias de miséria que a narrativa de desenvolve, ao melhor estilo profundo de Gabriel Garcia Marquez.
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Pedro 31/12/2014

Ninguém escreve ao Coronel
Em Ninguém Escreve ao Coronel, livro escrito em 1957 (época em que García Márquez passava por uma situação financeira crítica e que nos é passada através dessas 95 páginas), vamos conhecer a história de um coronel jubilado que divide sua vida cheia de miséria com sua esposa e um galo de briga herdado de seu finado filho, assassinado por um soldado acusado de subversão do sistema. Eles vivem numa cidade muito regrada, onde filmes são censurados pela igreja e a população usa de um jornal de bilhete para difundir informações que não não apresentadas no diário oficial.

A trama gira em torna de uma longa espera que faz o Coronal ir todas às sextas-feiras conferir se a lancha dos correios lhe trouxe a carta de pagamento de sua tão aguardada pensão de aposentadoria. Há 15 anos essa espera tem sido frustada. Mesmo ouvindo o costumeiro "Ninguém Escreve ao Coronel" do carteiro, ele sabe que para a sua família, esse dinheiro é de extrema importância.

A situação financeira passa a ser nula, a comida está se acabando, a velha doente, nada do dinheiro do estado chegar... A única solução cogitada por eles passa a ser a ideia de vender o galo, ou esperar para arrecadar dinheiro no próximo ano quando ocorrerá uma rinha de galo.

Gabriel Gárcia Marques critica essa burocracia criando personagens carregados de sofrimento que dependem do esquecido Estado para sobreviver. Além disso, crítica também a visão do mundo sobre a América Latinha quando diz, na página 35, que os demais caracteriza-nos como "[...] homem de bigodes com um violão e um revólver" e completa "[...] Não entendem nossos problemas."

O Coronel é um homem que mesmo na miséria, ainda tem o seu orgulhoso, ao contrario da velha mulher que dá soluções inaudíveis ao coronal, mas que poderia sim resolver seus problemas.

Esta é uma novela genial de rápida leitura, que usa da penúria e velhice para nos fazer refletir sobre a esperança, pois por mais que as coisas pareçam perdidas para o Coronel, ele jamais deixa de crer que sua carta irá um dia chegar, não perdendo a expectativa em sua aposentadoria.

site: http://decaranasletras.blogspot.com.br/2014/12/resenha-49-ninguem-escreve-ao-coronel.html
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cecilia.mendonca.583 01/02/2015

"Miúdos sussurros e dos cheiros sombrios do inverno..."
Mas a escrita do Gabo é tão poética, tão inusitada, tão realista que parece que estamos vendo a casa do coronel, a esposa asmática do coronel, o galo do coronel, o próprio coronel. Talvez o fim seja mais duro que desejávamos e nos deixe com uma certa frustração. Mas lê-lo é sempre um prazer.
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De Cara Nas Letras 16/03/2015

Ninguém escreve ao Coronel - Gabriel Garcia Marquez
Em Ninguém Escreve ao Coronel, livro escrito em 1957 (época em que García Márquez passava por uma situação financeira crítica e que nos é passada através dessas 95 páginas), vamos conhecer a história de um coronel jubilado que divide sua vida cheia de miséria com sua esposa e um galo de briga herdado de seu finado filho, assassinado por um soldado acusado de subversão do sistema. Eles vivem numa cidade muito regrada, onde filmes são censurados pela igreja e a população usa de um jornal de bilhete para difundir informações que não não apresentadas no diário oficial.

A trama gira em torna de uma longa espera que faz o Coronal ir todas às sextas-feiras conferir se a lancha dos correios lhe trouxe a carta de pagamento de sua tão aguardada pensão de aposentadoria. Há 15 anos essa espera tem sido frustada. Mesmo ouvindo o costumeiro "Ninguém Escreve ao Coronel" do carteiro, ele sabe que para a sua família, esse dinheiro é de extrema importância.

A situação financeira passa a ser nula, a comida está se acabando, a velha doente, nada do dinheiro do estado chegar... A única solução cogitada por eles passa a ser a ideia de vender o galo, ou esperar para arrecadar dinheiro no próximo ano quando ocorrerá uma rinha de galo.

Gabriel Gárcia Marques critica essa burocracia criando personagens carregados de sofrimento que dependem do esquecido Estado para sobreviver. Além disso, crítica também a visão do mundo sobre a América Latinha quando diz, na página 35, que os demais caracteriza-nos como "[...] homem de bigodes com um violão e um revólver" e completa "[...] Não entendem nossos problemas."

O Coronel é um homem que mesmo na miséria, ainda tem o seu orgulhoso, ao contrario da velha mulher que dá soluções inaudíveis ao coronal, mas que poderia sim resolver seus problemas.

Esta é uma novela genial de rápida leitura, que usa da penúria e velhice para nos fazer refletir sobre a esperança, pois por mais que as coisas pareçam perdidas para o Coronel, ele jamais deixa de crer que sua carta irá um dia chegar, não perdendo a expectativa em sua aposentadoria.

site: www.decaranasletras.blogspot.com
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Wyllian Torres 23/03/2015

Simples e bom.
O final me fez rir por alguns minutos.
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Jucimara (Livro sem frescura) 02/07/2015

História atual
A velhice chegou e com ela as necessidades e a falta de dinheiro e também de forças para trabalhar e conquistar o papel verde. A história de Gabriel Garcia Marquez mostra um coronel e sua esposa nesta fase da vida. Ele tem a esperança de receber um dinheiro da época em que foi soldado e para isto vai todos os dias ao correio para ver se sua carta dizendo que o dinheiro está liberado chega. Neste vai e vem todos os conflitos e emoções que apenas Marquez sabe colocar em um texto.
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Evelyn Marques 16/11/2015

Em toda a vida há uma espera. Seja uma pessoa ou um objeto, cada um de nós já perseguiu algo que parecia nunca chegar – e que, talvez, não tenha chegado mesmo.
Este é o tema central do livro “Ninguém Escreve Ao Coronel”, do escritor colombiano e vencedor do Nobel de Literatura do ano de 1982, Gabriel García Márquez.
Um coronel aposentado espera toda sexta-feira, há anos, pelo pagamento da aposentadoria. Mas, ao invés da carta, tudo o que recebe é uma frase irônica e desdenhosa do carteiro, que diz “ninguém escreve ao coronel”, quando chega outra vez de mãos vazias. A história se desenvolve e o leitor vai esperando também a tal carta e, quando ela não chega, vai desanimando junto com o personagem principal. García Márquez consegue criar uma relação profunda entre personagem-leitor, onde acabamos sendo um amigo invisível do coronel quando este vai até o cais esperar o carteiro e sentimos o ímpeto de dar-lhe um tapinha de consolação em suas costas quando a carta não vem.
Contudo, nem só de esperas conta o livro. Aliás, é apenas um tema em evidência que é seguido por duras críticas sociais e políticas, muito bem colocadas através de ironias e cenas até cômicas pelo autor.
García Márquez também aponta sutilmente para o talento que o povo latino-americano possui para rir da própria desgraça. Mesmo à beira da fome e do desespero, as conversas entre o coronel e sua mulher acerca da própria situação são capazes de arrancar algumas risadas do leitor.
Ninguém Escreve Ao Coronel é um livro curto e bastante crítico, além de ser uma ótima oportunidade para quem deseja ter um primeiro contato com o vasto mundo que é a literatura de Gabriel García Márquez.

Leia a resenha completa:

site: http://sonhosdeletras.com.br/2015/10/01/resenha-10-ninguem-escreve-ao-coronel/
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Victor 11/02/2016

Ninguém Escreve ao Coronel - Our Brave New Blog
Resenha Completa no Link

"Tem sempre aquelas situações na sua vida cotidiana que te fazem lembrar alguma cena de um livro, filme, HQ ou até mesmo uma música, como a clássica cena de Cães De Aluguel onde Mr. Pink afirma que “não acredita em gorjetas” e você passa a se perguntar a todo o momento que deixa um dinheiro para garçonete se acredita em gorjetas ou não. Acontece que agora toda vez que eu faço café automaticamente lembro-me da primeira cena de Ninguém Escreve Ao Coronel."

site: http://ourbravenewblog.weebly.com/home/ninguem-escreve-ao-coronel-por-gabriel-garcia-marquez
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Fabio Martins 02/03/2016

Ninguém escreve ao Coronel
A contribuição de Gabriel García Márquez ao mundo literário é indiscutível. Ele foi um dos precursores do realismo mágico e conquistou uma legião de fãs ao longo dos tempos com suas obras fantásticas, dotadas de um humanismo próximo e ao mesmo tempo muito distante da realidade, além, claro, de sua descrição cirúrgica do modo de vida latino-americano. O reconhecimento chegou em 1982, com o Prêmio Nobel de Literatura.

Ninguém escreve ao Coronel, publicado em 1961, não é uma obra tão elaborada como Cem anos de solidão ou O amor nos tempos do cólera, mas tem suas virtudes. O autor apresenta sua narrativa única – que ficaria muito conhecida em obras posteriores –, como se fosse um bom velhinho contando uma história aos netos. O texto é leve, sem compromisso e segue em um ritmo calmo, adequado justamente a uma cidadezinha interiorana de meados do Século 20, como a retratada no livro.

Na trama, o Coronel reformado do exército e sua esposa vivem em uma penúria extrema, principalmente após a morte do filho do casal, Agustín, um ano antes. O que os acalenta é a promessa de pensão do governo aos veteranos, porém, passados 15 anos, o dinheiro nunca chegou. Mesmo assim, às sextas-feiras o Coronel renova a sua esperança e espera a lancha do correio aparecer na ânsia de receber a recompensa que lhe haviam prometido.

Enquanto a tão sonhada carta não aparece, o Coronel segue sua rotina pacata, preocupado com a alimentação do galo deixado pelo filho, já que o período das rinhas se aproxima e o animal tem que manter-se saudável até lá. Para desespero de sua esposa, o galo se alimenta melhor do que eles, e essa discussão é um dos pontos centrais da obra.

Assim como a mulher, o leitor se sente angustiado perante a inércia do protagonista em tomar alguma atitude, mesmo vivendo em uma situação de necessidade e com pouca perspectiva de mudança. Um ponto curioso da história são as citações de Aureliano Buendía e da cidade de Macondo, que foram eternizados anos depois na obra-prima de Márquez, Cem anos de solidão.

Ninguém escreve ao Coronel é um livro curto e rápido de ser lido, podendo agradar tanto aos fãs que já conhecem o autor quanto àqueles que pretendem conhecer seu estilo literário peculiar.

site: lisobreisso.wordpress.com
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marcosm 11/07/2016

Triste divertido
Um belo conto, recheado de melancolia. Um retrato singelo da velhice, com alguns momentos divertidos. Havia assistido ao filme anteriormente, não sei de onde tiraram o personagem de Salma Hayek.
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Mauricio.Barutti 27/12/2016

Não curti
Cometerei a primeira heresia: falar mal de um Gabriel Garcia Márquez. Mas achei este livro "esquecível", sem graça, como já havia achado "Crônica de uma Morte Anunciada". Não gostei.
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Ícaro 17/01/2018

Tanta contemporaneidade com a atual conjuntura brasileira.
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Ana Paula 12/03/2018

O livro é uma novela com pouco menos de 100 páginas e eu estava extremamente curiosa porque o pouco que o Paulo tinha me contado de Cem Anos de Solidão e Crônica de Uma Morte Anunciada já tinha me deixado com muita vontade de conhecer a escrita desse Nobel da Literatura.

Li o livro em uma sentada, porque a leitura flui de uma forma que eu não imaginava que aconteceria com a história da rotina de um senhor de 75 anos. A trama gira em torno de dois meses da vida do Coronel, você sabe que ele está a espera de uma carta, tem problemas financeiros, uma mulher que tem constantes crises de asma e sente a ausência de um filho que foi morto por distribuir panfletos contrários ao governo.

Você entra na cabeça desse senhor e a forma como ele me prendeu me deixou com a necessidade de saber se ele receberia a tal carta, que ele já esperava há anos, e se contornaria a situação complicada que ele e a esposa estavam vivendo. Como é típico das novelas você acompanha os acontecimentos apenas pelo ponto de vista do protagonista, mas a forma como Gabo foi acrescentando os personagens me deu a impressão de que ele estava construindo um mosaico onde cada pecinha era importante para que você pudesse entender o todo.

Acho que fiz uma boa escolha ao começar por esse livro, pois ele é super fácil de ler, a história é muito simples e conseguiu me prender do início ao fim. É como se fosse um relato da vida cotidiana, não tem o toque de realismo mágico que o tornou tão conhecido com outros títulos e nem o mesmo brilhantismo, mas funciona muito bem como porta de entrada para te adaptar a escrita dele sem o choque de logo de cara se deparar com Macondo e uma árvore genealógica com nomes que se repetem por gerações.

O Gabo que você vai ler em Ninguém Escreve ao Coronel está começando é alguns anos mais novo que o de Cem Anos de Solidão, mas ele já mostra a que veio. Vinte anos depois ele publica Crônica de Uma Morte Anunciada, que também é curto, mas já vem na fase pós Macondo e possui uma identidade bem diferente do texto do Coronel. A indecisão com o galo de briga, a forma crua de pensamento daquele senhor de 75 anos, é poesia pura e dá um gostinho do que Gabriel viria a ser.

Li, me apaixonei e não vejo a hora de pegar um novo livro dele para conhecer mais facetas desse gênio da literatura. Temos Memórias de Minhas Putas Tristes lá em casa, acho que ele pode ser um bom segundo livro para dar continuidade aos meus encontros com Gabo… Dou notícias assim que tiver lido algo dele!

site: http://pontoparaler.com.br/critica-de-livro-ninguem-escreve-ao-coronel/
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