Tia Julia e o escrevinhador

Tia Julia e o escrevinhador Mario Vargas Llosa




Resenhas - Tia Júlia e o Escrevinhador


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Mateus 28/06/2010

Não posso dizer outra coisa: peguei este livro em um impulso. Fui à biblioteca pegar um livro para um trabalho, mas quando vi na prateleira o nome de Mario Vargas Llosa estampado com toda pompa e circunstância, o peguei e não soltei mais. Desde que li Travessuras da Menina Má, do mesmo autor, me apaixonei pelo seu modo de escrever. O autor escreve de um jeito que o livro não parece um livro. Parece mais um diário, cheio de detalhes e pensamentos, onde segredos estão escondidos, e nós, leitores, somos seus confidentes.

Varguitas é um jovem de 18 anos que trabalha em uma rádio, fazendo notícias. Sua vida se vê mudada com a chegada de dois personagens: tia Júlia e Pedro Camacho, o escrevinhador. Tia Júlia é sua tia, mas ele logo se vê apaixonado por ela, o que irá gerar grande escândalo na família. Camacho é um grande escritor de novelas radiofônicas, cuja genialidade e coerência encanta a todos.

Foi delicioso acompanhar todas as ações de Varguitas, tudo o que ele pensava, o que fazia. Foi como se eu estivesse lendo o diário de um velho amigo, um amigo a muito esquecido, mas muito querido por mim. Ao mesmo tempo em que Varguitas conta sua história, os capítulos vão se revezando entre sua história e as novelas de Pedro Camacho. Cada história é surpreendente ao seu modo, como o homem que teve a irmã comida por ratos, ou o jovem que tem um caso com a irmã, ou a criança problemática mas com um grande dom musical.

Mario Vargas Llosa inova totalmente em seu jeito de escrever. Em sua história vemos muitos aspectos culturais e econômicos do Peru, mostrando como é a vida das pessoas, os trabalhos que fazem. Ao mesmo tempo que nos deliciamos com a história, nos vemos arrastados por esse turbilhão de informações. Nada melhor do que um livro com uma excelente história e que ao mesmo tempo nos transmite conhecimento. Quem não conhece os livros de Mario Vargas Llosa não sabe o que está perdendo.
Gleici 11/12/2010minha estante
muito boa sua resenha!


Seul ☯ 08/04/2011minha estante
Concordo plenamente!
Hm, eu, tbm, primeiro comprei Travessuras da Menina Má, logo após, comprei Tia Júlia e o Escrevinhador. Adorei ambos.
O próximo q lerei é: Elogio a Madrasta.


manah_almeida 13/05/2011minha estante
Bem legal sua resenha!
"Foi como se eu estivesse lendo o diário de um velho amigo", me senti da mesma forma. E o mais legal, é que é baseado na realidade do autor, ele, de fato, foi casado com "Tia Júlia", não é só ficção.


Manfred 24/07/2012minha estante
Acabei de ler, mais um livro maravilhoso do Vargas Llosa.


Camila Ahava 28/08/2012minha estante
Poxa! Adorei seu comentário sobre o Mario Vargas... Também já li Travessuras da Menina Má e posso te afirmar uma coisa: EU AMEI!!
Não via a hora de pegar o metrô para então começar minha leitura...
Tô querendo ler Tia Júlia e o Escrevinhador. Vc tem?


Mateus 28/08/2012minha estante
Os livros do Mario Vargas Llosa são incríveis mesmo, não tem como não gostar. Tenho apenas o Travessuras da Menina Má, e peguei o Tia Júlia na biblioteca. Em breve pretendo comprar o Elogio a Madrasta também, pois já ouvi críticas muito boas sobre ele.


Lucas 09/07/2013minha estante
O autor realmente e muito bom. Faz jus ao seu Nobel. Recomendo o livro O Sonho do Celta, livro mais recente dele.


Marcela Flores 13/12/2022minha estante
Tem que ler Pantaleão e as Visitadoras




Craotchky 21/07/2020

Um híbrido?
Vencedor do prêmio Nobel de literatura em 2010, o escritor peruano Mario Vargas Llosa conseguiu escrever aqui uma obra bastante diferente. O livro é estruturado de uma forma muito interessante: os capítulos se intercalam de tal maneira que, ora é narrada a história principal e condutora da obra, por assim dizer, ora radionovelas (que para efeitos práticos de leitura podem ser vistos como contos) de um personagem dessa história principal. Esta estrutura torna este livro um híbrido entre duas espécies de livros, pois abriga em suas páginas um romance e diversos contos. Não lembro de já ter lido um livro com essas características. De tal natureza é essa estrutura que não seria inimaginável ler separadamente o romance e os contos sem muitos ônus para o(a) leitor(a).

O "escrevinhador" do título é justamente o autor/produtor de radionovelas Pedro Camacho, com quem o protagonista da história principal, Varguitas/Marito, estabelece algo próximo de uma amizade. Com sua arte, Pedro Camacho alcança grande popularidade nas rádios peruanas, ao mesmo tempo que atinge elevados índices de audiência. Essas radionovelas (que são apresentadas sempre nos capítulos de número par, enquanto os capítulos de número ímpar se encarregam de narrar a história principal) contam sempre com aspectos dramáticos, criativos, por vezes cômicos, e terminam todas muito instigantes, provocando inevitavelmente o desejo de saber o que aconteceria na sequência. Todas também têm em comum tramas com algum(ns) conteúdo(s) mirabolante(s) que, embora de modo algum impossíveis de encontrar correspondência em casos reais, carregam uma latente sugestão de serem inverossímeis por conta dos eventos ligeiramente peculiares que narram. É, portanto, também possível encontrar uma camada metalinguística na obra na medida em que ela traz as radionovelas de um personagem do próprio livro: o excêntrico Pedro Camacho.

A história principal, por sua vez, tem como base a própria vida de Llosa, afinal ele realmente apaixonou-se e se casou com Julia Urquidi - casamento este que durou 9 anos e após o qual Llosa casou com sua prima, Patrícia. O autor, contudo, inseriu elementos ficcionais misturados na trama, embora o roteiro da vida do protagonista, Varguitas/Marito, tenha extrema verossimilhança com a vida pessoal do escritor peruano. Logo, há aqui um livro exemplo do modelo de literatura conhecido como "autoficção". (Prefiro chamar de "autobiografia romanceada", pois, a despeito de o termo ser maior e pouco prático, penso que elucida melhor o conceito que se dispõe a representar.) Além disso tudo, a obra retrata um pouco da cultura e sociedade peruana da década de 50 do século passado, sobretudo, claro, da capital, Lima.

Bem, todas essas características citadas acima atestam a enorme riqueza do livro. A narrativa de Llosa é leve na medida certa. O autor conduz e desenvolve a história de maneira muito fluída e agradável. O livro é gostoso de se ler. Essa foi minha segunda leitura do autor. Gostei bastante do livro, quase atribuí cinco estrelas a ele. De modo geral achei este ligeiramente melhor do que Travessuras da menina má, o outro dele que li. Com certeza procurarei explorar outras obras do escritor no futuro próximo.
Raela 13/04/2021minha estante
Uauuuuu! Quero lerrrr


Craotchky 13/04/2021minha estante
Dentre os que li do autor, foi o que mais gostei!




Guilherme Amin 03/09/2023

Para morrer de rir
Neste romance semi-autobiográfico, Mario Vargas Llosa desenvolve o amor secreto entre um jovem jornalista peruano, Varguitas, e sua tia boliviana mais velha, Julia, que escandalizam a Lima dos anos 1950 com seu namoro audacioso.

Os capítulos alternam a história de amor com os folhetins escritos por Pedro Camacho, um excêntrico amigo de Varguitas que redige as radionovelas da emissora em que trabalham.

É notável a habilidade de Vargas Llosa para a montagem paralela da trama e dos folhetins. O namoro dos protagonistas é desenvolvido num clima sereno e previsível, enquanto as novelas têm os enredos mais rocambolescos e absurdos imagináveis. O autor se reveza também na forma, pois emprega no romance sua tradicional escrita elegante e agradável, e escreve os folhetins em linguagem pomposa e melodramática. A alternância de conteúdo e tom dá equilíbrio à obra, que é já por si bastante diferente, por ser um romance intercalado com "contos".

Neste ponto, tenho de mencionar como é divertida a leitura do livro. Quando Pedro Camacho, sobrecarregado de trabalho, começa a confundir seus enredos e personagens, as novelas vão ficando caóticas e cada vez mais engraçadas. Devido a isso, é recomendável não se demorar na leitura de "Tia Julia e o escrevinhador", para que a mistura (intencional) dos muitos personagens e episódios das novelas não acabe por desorientar, sem querer, o próprio leitor.

No mais, sempre que nos leva a visitar lugares, Vargas Llosa oferece descrições apuradas e interessantes, fruto de pesquisa e do seu comedimento, pois sabe conter os excessos e chatices que muitos escritores cometem nas suas descrições.
Gustavo Kamenach 03/09/2023minha estante
Adicionado à lista de "quero ler" com sucesso! Acho que estou precisando de um livro assim que faça rir, obrigado pela resenha e dica, Guilherme!




Candido Neto 02/04/2021

Bem bonitinho, engraçado demais.
Precisa de uma leitura leve, inteligente e divertida?
Achou o que procurava.
Varguitas, Pedro Camacho, Tia Julia, a Panamericana e todas as novelas do escrivinhador... Vou sentir saudade.
Já quero reler.
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Luis 05/07/2011

O Nobel paga tributo à arte do folhetim.
Já não era sem tempo. O Prêmio Nobel com o qual Mario Vargas Llosa foi agraciado em outubro de 2010, coroa uma das obras mais inventivas da ficção dos últimos 50 anos. “Tia Júlia e o escrevinhador” é um dos capítulos mais marcantes dessa trajetória.
Quase autobiográfico, ao relatar o romance do jovem Varguitas com sua tia boliviana de quase o dobro de sua idade, Vargas Llosa usa como pano de fundo a cultura popular latina dos anos 50, repleta dos melodramas que faziam a base dos folhetins radiofônicos de então, espalhados por todo o continente, inclusive no Brasil.
Ao mesmo tempo em que vive seu aventura juvenil, Varguitas tenta dar os primeiros passos no mundo das letras, timidamente, enquanto trabalha como redator da Rádio PanAmericana. Lá, conhece o grande personagem do livro, o novelista boliviano Pedro Camacho, contratado para criar as novelas da Rádio Central, irmã da PanAmericana e dedicada ao entretenimento.
Esse enredo é o pretexto perfeito para o autor criar várias pequenas histórias que se intercalam com a trama principal, o romance entre Varguitas e Tia Júlia, e dão ao livro um ar saboroso de volume de contos elevando-o ao status de obra prima.
O humor, tão presente em por exemplo “ Pantaleão e as Visitadoras”, é um dos pontos fortes de “Tia Júlia”, principalmente quando o leitor percebe que essas histórias intercaladas são na verdade as novelas saídas da mente delirante de Pedro Camacho que, ao longo do romance, começa a embaralhar personagens e situações, transformando todas as tramas em uma única e louca irradiação, numa demonstração clara da maestria narrativa de Vargas Llosa.
Por fim, fica a sensação de que pelas mãos de um autor sublime, a grande literatura não se diferencia dos deliciosos folhetins. Cultura popular e erudita amalgamadas no mesmo cadinho. Arte pura e acessível.



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Felipe 30/07/2013

Tia Julia e o escrevinhador
Este livro é poderoso. Tem o poder, raro, de fazer com que um leitor deixe de ser apenas um leitor e passe a ser um apaixonado pela literatura. Caso ele já seja um apaixonado consumado ao iniciar a leitura, tudo bem. "Tia Julia e o escrevinhador" também tem o poder de confirmar a paixão, de causar deleite e fazer os olhos brilharem com tanta beleza literária.
edu basílio 04/08/2013minha estante
... como não sentir uma vontade irrepreensível de lê-lo depois de ler três poderosas linhas como estas que você escreveu ? :-)


Renata CCS 05/11/2013minha estante
Em poucas linhas, vc me convenceu a ler esta obra.




Marcianeysa 18/03/2023

Maravilhoso
Que livro! A leitura foi uma jornada divertida e muito prazerosa. Já havia lido dois livros muito bons do autor, mas esse acredito que seja o melhor.
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Eric 13/08/2022

Uma belíssima homenagem às radionovelas
Minhas experiências com as obras do Llosa sempre foram surpreendentes. A cada livro que leio do autor, tiro o chapéu para tamanha criatividade, domínio de escrita e estruturação do texto. Com um Tia Júlia e o Escrevinhador não foi diferente. Aqui, o que me chamou mais atenção foi a competência do autor em trazer diversas novelas com enredos totalmente absurdos que dão substância ao romance.

A deliciosa narrativa, com fortes traços autobiográficos, transporta o leitor para a Era das radionovelas, aquelas que lembram enredos como de A Usurpadora. Acompanhamos o romance polêmico entre sobrinho e tia, Varguitas e Júlia. Com 18 anos, o menino se apaixona pela cunhada do seu tio, a qual está divorciada. Ambos começam a se relacionar e geram muita revolta na família, pois Varguitas ainda é adolescente perante a lei de Lima. Em paralelo, a partir de capítulos que intercalam a rotina dos apaixonados, vamos mergulhar nas radionovelas do incrível Pedro Camacho, as quais sustentam enredos bombásticos, repletos de criatividade e que deixam as tardes das senhoras de Lima muito mais empolgantes.

Cada novela de Pedro Camacho consegue ser bem instigante. O personagem cria enredos bem mirabolantes, alguns inusitados e outros polêmicos. Cito alguns que marcaram muito, como a do homem que tem sua irmã comida por ratos, a do padre nada convencional que cria uma legião da fiéis só pregando coisa errada como ajudar no tráfico e influenciar mulheres a serem prostitutas e a do julgamento de uma menina estuprada por um homem religioso. Além disso, Pedro Camacho também possui uma personalidade única e de fortes posicionamentos que traz bons momentos de humor!!

Por outro lado, Llosa retrata muito bem o romance entra Varguitas e sua tia. É muito gostoso de ler esse relacionamento aflorando e também acompanhar o amor intenso que o narrador nutre pela sua tia. Um romance doce e sincero, escrito de forma bem romântica, o qual além de gerar muito humor, também deixa o coração quentinho.

Tia Júlia e o Escrevinhador é uma obra muito bem escrita. O texto do autor é muito rico e marcante, é encorpado e de uma competência lexical sem igual. Domínio de escrita muito exemplar, que consegue transformar uma história simples em uma obra de arte.

Ler esse livro é tão bom quanto tomar um chá no fim da tarde. Uma belíssima homanagem de Llosa a um arte que já não é tão presente em nosso cotidiano.

????/5
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Marilia 03/01/2022

Delicioso
Sabe um livro gostoso, que te leva pra outros lugares, com histórias dentro da história. Uma escrita ímpar.
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Mary Manzolli 11/07/2021

Viagem ao Peru dos anos 50
Um dos livros mais conhecidos e lidos do autor. Autobiográfico mas sem grande apego em ser, completamente, verídico, porém com muitas lembranças da sua juventude na Lima dos anos 50, em que aos 18 anos, é um estudante de direito, desapegado e desinteressado, na melhor universidade do Perú, com pretensões literárias e trabalhando em uma emissora de rádio.

São duas histórias que se alternam:

1° História - é o seu romance com tia Júlia, a irmã da esposa de seu tio, uma mulher divorciada com o dobro da sua idade.

2º História - é a de Pedro Camacho, um talentoso e excêntrico escritor de radionovelas boliviano, cujos enredos mirabolantes fascinam os peruanos, e que é contratado na radio onde Mário trabalha. A partir de certo ponto na história começa a perder o controle de suas novelas, fazendo com que seus personagens transitem de uma novela a outra, confundindo enredos, personagens, profissões e parentescos. Como os capítulos da história de Mario são intercalados com trechos das novelas de Camacho, possibilita que o leitor acompanhe e participe da evolução desta confusão mental.

Mesclando humor e romance, o livro é uma sátira aos melodramas radiofônicos em que a própria autobiografia se torna um melodrama recheado de clichês e esteriótipos. Um livro interessante, surpreendente e original que, com muita sutileza, nos insere na cultura, hábitos, músicas, danças e gastronomia peruanos, mostrando o lado popular e também ou outro mais elitizado.

Uma obra madura, bem escrita e pouco convencional, cujo final foge do lugar comum.
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Luigi Gaino 07/05/2021

Que delícia!!
Delicioso. Parece café coado com bolo quente! Rsrsrs
Leia as outras resenhas pq eles são melhores nisso, mas saiba que você vai saborear um livro delicioso, engraçado. Inteligente, rápido, nada difícil nem afetado!
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Nívia ¦ @niviadeoliveirapaiva 01/01/2021

Tia Julia e o escrevinhador
Sem sombra de dúvidas não foi uma de minhas leituras favoritas, porém há aspectos bem interessantes para pontuar, tais como:
1) A construção do imaginário e do linguajar podem ser reflexos do demonstrado na época, funcionando apenas como ferramenta linguística e literária.
2) As narrativas de Pedro Camacho em meio a história de Mauro geram expectativas e curiosidade sobre as outras narrativas, bem como com a primeira.

Apesar dos aspectos interessantes, me parece uma narrativa excessivamente longa para o objetivo proposto.
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Helder 10/05/2012

Recomendadissimo!
Que bom que li este livro. É o segundo Llosa que leio e me deu a certeza que ele é mesmo um grande escritor e foi merecedor do Nobel.
O livro é extremamente inteligente. É como se fosse um romance e um livro de contos.
O romance conta a estória de Mario, rapaz de 18 anos que trabalha em uma rádio enquanto estuda direito, mas sonha em ser escritor. Este rapaz se apaixona pela tia Julia, na verdade irmã de sua tia. Tia Julia tem 32 anos e pe divorciada, o que causa um grande rebuliço na familia. O romance dos dois, em sua maior parte é completamente adolescente, mas é uma delicia de ser acompanhado. E quando resolvem se casar fica ainda mais divertido, e nos possibilita conhecer um pouco do povo e costumes peruanos.
Em paralelo a isso, temos os capitulos que parecem contos, mas na verdade são as radionovelas escritas pelo Escrevinhador Pedro Camacho, um genio maluco que escreve estórias completamente doidas, mas que nos pegam e fazem querer comer os capitulos. Impossível não se interessar pelos irmão incestuosos e o fora do Dr Alberto Quinteros, o negro magro como um faquir e cheio de cicatrizes, o Sgt Lituma e seu Tenente Jaime Concha com seus gibis do Pato Donald, a pequena Sarita Huenca e o testemunha de Jeova Gumercindo Tello, ou ainda a louca estória de Federico Tellez e seu objetivo de elimiar todos os ratos do mundo.Haja criatividade. E por mais que nenhuma tenha fim, ficamos sempre curiosos com o seu desenrolar.
Pedro Camacho trabalha na mesma rádio que Mario, e como o fulano é extremamente excentrico, os donos da rádio sempre pedem ajuda de Mario quando algo começa a dar errado.
E é ai que vemos o nivel de inteligencia do autor. Pedro Camacho Llosa começa a misturar todas as suas estórias. No começo estranhamos: Será que foi erro de edição? Nomes repetitivos, mas com profissões diferentes, até que percebemos que a intenção do autor é exatamente esta: Nos fazer sentir como os ouvintes das radionovelas, que vão percebendo que o cultuado Pedro camacho está perdendo a mão.
Deixe-se levar por todas estas estórias e com certeza não se arrependerá. Como alguém já disse em alguma resenha por aqui, Mario Vargas LLosa nao escreveu um livro, mas sim um diário.
Leia este diário e participe de suas estórias.
OBS: Fiquei com curiosidade de saber como essa livro foi recebido na Argentina.
Renata CCS 05/11/2013minha estante
Bela resenha Helder!


@eusara.lees 14/06/2022minha estante
Interessantíssimo




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