O Olho do Mundo

O Olho do Mundo Robert Jordan




Resenhas - O Olho do Mundo


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Altieris 07/05/2020

O Olho do Mundo - Robert Jordan
"A Roda do Tempo gira, e Eras vêm e vão, deixando memórias que se transformam em lendas (...) O girar da Roda do Tempo não tem inícios nem fins."

Com uma linguagem metafórica e filosófica, Jordan narra a clássica batalha entre bem e mal, enquanto constrói um universo com suas próprias histórias, lendas e crenças.

Este é o primeiro de uma série fantástica composta de quatorze livros. É uma aventura épica, com todos os elementos necessários para isso: personagens heroicos, a luta entre bem e mal, seres míticos; uma profecia que fala do renascimento do Dragão, que trará a guerra de novo quando as forças tenebrosas se reerguerem; entre outros. Começamos a história lá em Campo de Emond, local distante e onde as notícias parecem chegar séculos depois dos fatos terem acontecido. Conhecemos Rand, Mat e Perrin, três rapazes simples que, após um grande ataque das criaturas das Trevas ao seu vilarejo, acabam sendo levados para longe de Campo de Emond sob o comando de Moiraine. uma Aes Sedai (mulheres capazes de tocar o Poder Único) e seu guardião, Lan.

Juntam-se a eles Egwene, uma garota que está praticamente prometida a Rand e deseja ser Aes Sedai; Nynaeve, uma jovem que é a Sabedoria da vila, algo como Curandeira; e Thom Merrilim, um menestrel que conhece muito sobre o mundo por conta de suas diversas viagens por ele.

Uma observação gratificante durante a leitura foi a retratação feminina, muito desprezadas em outros livros de fantasia, aqui e em As crônicas de Gelo e Fogo (ou Guerra dos Tronos) as mulheres desempenham papeis chaves no enredo como Egwene e Nynaeve que são personagens profundas, têm as suas dúvidas e os seus desejos, questionam, não se intimidam e são parte importante da obra. Há também Moraine. Ela acredita na força da sua magia, tem fé em suas crenças, confia nas suas decisões e não titubeia diante do que deve ser feito. Na sua fala há sempre uma carga de quem tem muito conhecimento e que atrai para si respeito. Ao falar dela também preciso mencionar o sistema de magia: há só uma fonte neutra de poder que só pode ser usada por mulheres. Em uma conclusão apressada, um tolo chamaria isso de privilégio. Não, não é. Há uma vida de sacrifício e poucas podem acessar a fonte verdadeira. É um sistema de magia bem construído e pavimentado com boas histórias.

A narrativa do autor pode ser minuciosa, mas é contínua – você não se perde dentre alguns pontos de vistas diferentes, o autor não faz com que percamos a noção do tempo, nem há rodeios demais. Viva a fantasia.
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Acervo do Leitor 02/02/2018

O Olho do Mundo (A Roda do Tempo #1) de Robert Jordan | Resenha
Alguns livros são mais do que histórias, são experiências, viagens ao oculto limiar da imaginação e da criatividade. Histórias como estas vão além de serem contadas, são vividas, nos sentimos enquanto leitor parte de um todo, imersos num oceano até outrora desconhecido, vivendo milhares de vidas ao longo das milhares de páginas. Somos o bem, o mal e o cinza. Não decidimos o futuro dos personagens, mas acompanhamos e zelamos para alguns quase como uma figura paterna e para outros como um carrasco implacável. Algumas histórias ainda estão para ser contadas, outras já estão pré-gravadas nas barreiras impostas pelo tempo. Não importa o que será, pois Jordan nos diz explicitamente: “Há de ser, o que a Roda tecer.”

”A folha vive o tempo que lhe cabe, e não luta contra o vento que a leva embora. A folha não provoca dano algum, e finalmente cai para alimentar novas folhas. Assim, deveria ser com todos os homens. E mulheres.”

O Olho do Mundo é o ponto de partida para uma das mais excepcionais histórias da Literatura Fantástica de todos os tempos. Rand, Perrin e Mat são três jovens residentes da pequena vila de Campo de Emond localizada na região de Dois Rios, cujas vidas são baseadas em seus costumes simples e com pouco, ou nenhuma influência externa. Rand é um jovem pastor que vive com seu pai Tam e busca nada mais do que seguir os passos da família, Perrin é um jovem e promissor ferreiro e Mat é daqueles que vive se metendo em confusão. Tudo muda quando Trollocs e um Desvanecido atacam a aldeia pouco antes do famoso Festival. Deixando um rastro de mortes e destruição. Os infortúnios não são maiores graças à intervenção de dois misteriosos forasteiros, Moiraine e Lan. Enquanto o destemido guerreiro é um guardião imbatível, a bela mulher com roupas de sedas faz parte de um grupo – as Aes Sedai – que há muito fora temido, respeitado e agora está ilustrado como uma alcunha de agouros, sendo inclusive alvo de preconceitos.

“A Teia ainda pode ser tecida de muitas maneiras, e alguns desses desenhos seriam desastrosos. Para vocês, para o mundo.”

Instruídos pela Aes Sedai e pelo Guardião, os três jovens se veem numa tempestade revolta, sendo eles os alvos principais das forças malignas do Tenebroso, o portador da desgraça e doença que no passado deixou chagas de destruição e sofrimento pelo mundo, e que agora jaz enclausurado com seus asseclas na prisão de Shayol Ghul. Na companhia da intrépida Egwene e da Sabedoria, Nynaeve, os três jovens terão que desbravar um mundo desconhecido, onde os perigos estão à espreita até mesmo em sonhos febris. As mulheres são parte totalmente integrante de todo o Universo da Roda do Tempo. As Aes Sedai são as únicas capazes de acessar a Fonte Verdadeira e usar este poder a seu bel prazer de maneira racional, ao contrário dos homens que são submergidos no poço da loucura quando tentam acessá-la.

“O calor do suor. O calor do sangue. Somente a morte é fria.”

Há de se notar que em O Olho do Mundo vamos aprendendo gradativamente sobre as culturas dos povos, parte das profecias e a importância que se tem sob as vestes da lealdade e da coragem. O Olho do Mundo tem um desenvolvimento um pouco mais lento acentuado na primeira metade, fica claro que o autor prezou as 200 primeiras páginas para situar o leitor em um mundo absolutamente riquíssimo, recheado de detalhes em seus pormenores, e com vasta gama de background sob os eventos. É considerável a influência de Tolkien até certo ponto do livro, e isto NÃO é demérito algum, desde que feito de maneira subversiva, como assim o vemos em O Olho do Mundo, não há porquê termos ressalvas quanto a isso. A partir de dado momento o cenário muda completamente e vislumbramos todo o cuidado e genialidade de Robert Jordan. O autor mostra seu dom ao descrever belíssimas passagens ao longo do livro, todas providas de um exímio contador de histórias.

SENTENÇA

O Olho do Mundo é um livro a ser lido por TODOS os amantes de Literatura Fantástica e além. Uma jornada de muitas aventuras, perigos e emoções. O início de uma saga epopeica que merece uma atenção especial e um cuidado especial por parte da editora e de seus fãs. Robert Jordan nos inicia numa jornada que será longa, mas completamente inesquecível.


site: http://acervodoleitor.com.br/o-olho-do-mundo-roda-do-tempo-1-de-robert-jordan-resenha/
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André Meirelles 26/03/2021

Primeiro livro da saga da Roda do Tempo. Começou bem, me lembrando bastante o senhor dos anéis por sua grandeza e complexidade. Personagens interessantes e um mundo riquíssimo a ser explorado. Show!
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Arthur 30/09/2022

O Começo de uma saga
Comecei a ler a roda do tempo por causa da série, os personagens e acontecimentos são tão diferentes que ler o livro foi surpreendente ( embora as duas estórias sejam excelentes ) a uma dicotomia maior no livro e muito do que é dito parece não ter peso no quesito de escolhas, mesmo assim o livro não deixa de ser uma excelente fantasia medieval com clichês bem usados; a Fuga de casa, a separação do grupo, o reencontro, a terrível travessia até o vilão e a luta final mostram que essa série tem muito potencial empolgado para a continuação
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Henrique 31/07/2023

O Olho do Mundo
Primeiro livro de a roda do tempo uma série de fantasia épica composta por 14 livros 14 se contar o prequel que tem que se passa antes desse primeiro livro e vamos lá eu já tinha ouvido falar dessa série de fantasia desde que eu comecei a minha jornada de leitor em 2020 e e depois em 2021 quando saiu a 1 temporada da série pelo amazon prime video eu fiquei sabendo que baseada nessa série de livros mas na época não assisti a série e nem me animei para ler os livros aí esse ano como já estava mais acostumado a ler livros de fantasia e livros gigantes de 1000 páginas e sim Brandon Sanderson estou falando da sua série de Stormlight Archive hahaha e também o que me motivou a ler foi que a segunda temporada da série vai ser esse ano em setembro e vai adaptar o livro 2 a grande caçada e o livro 3 o dragão renascido que pretendo ler até a estreia da temporada enfim decidi encarar esse camalhasso de 800 páginas e entrar nesse mundo criado pelo Robert Jordan e devo admitir que esse primeiro livro meu uma cansada em alguns momentos por conta de ter muitas descrições em vários momentos falando sobre diversos temas e como é o primeiro livro e muita introdução então eu demorei um pouco mais do que o normal para ler mas depois que me acostumei no meu próprio ritmo comecei a gostar demais do livro eu gostei dos personagens com algumas resalvas e sim Nynaeve estou falando de você não fui muito com a sua cara kkkkkk vamos ver se melhora nos próximos livros gostei de toda jornada e batalha do no final me surpreendeu e agora que já foi revelado quem é a pessoa da profecia eu quero ver como essa história vai se estender por mais 13 livros mas estou empolgado para embarcar nessa aventura com esses personagens e como diria Moiraine Sedai há de ser o que a roda tecer.
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Diego 24/10/2020

"O Olho do Mundo" é a pontinha do Iceberg, leia pelo iceberg!
O Olho do Mundo, livro 1 da série de 14 livros A Roda do Tempo. Acho importante começar essa resenha com essa colocação para justificar minhas impressões sobre esse livro nessa resenha (que espero que vocês leiam).

Então vamos começar logo com isso, porque não dá para falar pouco sobre esse livro! O Olho do Mundo é um livro grande, um belíssimo calhamaço e você deve estar se perguntando: “mas vale a pena ler?” E a minha resposta curta seria, “Com certeza vale a pena, mergulha de cabeça e porque demoramos tanto para começar essa série?”. Mas vamos começar com alguns pontos sejam eles positivos ou negativos, vai depender dos seus gostos mesmo.

Primeiro que se você é fã ou já leu O Senhor dos Anéis de Tolkien, não tem como não notar semelhanças obvias e até traçar paralelos entre personagens, momentos e decisões. Você pode até julgar isso como bom ou ruim, mas acredito que chega um momento do livro que a história toma seus próprios rumos apesar de tudo isso e mostra todo seu potencial. Mostra, mas não entrega todo seu potencial e aqui voltamos ao começo da resenha = livro 1 de 14 livros. Cara, esse é o primeiro e fragmentos são mostrados, muita coisa explicada, mas ainda muita coisa não explicada e isso vai te levar a querer saber mais, explorar mais, ler mais. Pelo menos comigo...

Segundo é o ritmo da leitura e estilo de escrita. Pode ser positivo para uns e negativos para outros. Para mim o ritmo teve seus altos e baixos. Começa muito bom, leitura fluida e viciante na metade tem uma barriga que te faz lutar em certos capítulos para terminar e no final volta a ter o ritmo do começo novamente, porém um pouco mais corrido, mas mesmo assim muito bom. Essa barriga tem desenvolvimento de personagem, o que eu é muito legal, mas pode ser arrastado as vezes. O estilo de escrita se concentra muito no desenvolvimento do ambiente e dos personagens, podendo ser chamado de descritivo e bem tipo Tolkien, mas para mim isso não é nenhum pouco ruim. Gosto de criar na minha mente as cenas e tal, sem que você seja jogado em uma cena em que acontece as coisas e você fica “mas que porr*, como isso foi possível, o que aconteceu?”. Em detrimento dessa descrição toda, as cenas de batalha não foram o ponto forte para mim, elas são mais simples e objetivas, mas vai de gosto.

Terceiro ponto são os personagens. Temos muitos personagens e pode ser difícil lembrar de todos quando você nem sabe se eles têm tanta importância, mas falando sobre os principais, eu gostei muito de todos eles. Cada um tem suas personalidades e uma boa evolução do começo para o final. O livro desenvolve muito bem cada um durante a metade da história, onde acontece certo evento. Meu menos preferido foi o Mat, simplesmente pelo fato de ele ser bastante infantil, mas acho que ele tem um senso de amizade ótimo o que contrabalanceia a parte ruim para mim. Um ou outro desenvolvimento (certo romance) é confuso, mas a tentativa está ali, dá para perceber. Gosto da amizade entre eles e como se preocupam um com o outro. O inimigo parece mais genérico, um Dark Lord genérico por enquanto, mas ele tem seus pontos fortes e acho que ele ainda vai surpreender, esse livro não é focado nisso.

Já falei demais, só para terminar com um dos pontos mais fortes para mim é o sistema de magia e as sociedades e cultura do mundo. É muito interessante ver um sistema de magia como o dessa série. Dividido em uma parte masculina e outra feminina, mas uma tão poderosa quanto a outra. Ponto positivo para o destaque das mulheres nesse livro que são o centro de poder, uma vez que a parte masculina do poder foi maculada e os homens deixaram de canalizar. É ainda misterioso, que você tem que ler para saber e entender mais e você vai querer ler mais se isso te chamar a atenção. Culturas diferentes de acordo com as nações, parece ter uma riqueza de vocabulário que infelizmente foi perdida com a tradução, mas ainda dá para perceber.

Enfim, é um mundo rico e se eu continuar vai ficar ainda maior isso aqui. Então para finalizar, leiam esse livro, não desistam no primeiro que é uma peça de uma obra composta por 14 livros e um prequel, de uma chance para o segundo se o primeiro não te prendeu tanto assim e se te animou muito, como eu, partiu ler o segundo (ainda esse ano farei isso). Paz! Espero que tenham chegado até aqui, mas há de ser o que a roda tecer.

Obs: A conclusão desse livro foi um pouco confusa para mim, ainda está, mas vendo reviews e outros materiais vi que é proposital e mais à frente na série ficaria mais claro o que aconteceu, não sei vocês, mas eu gosto disso.
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Lily_pkim 22/09/2022

O olho do mundo
Sem dúvida um dos maiores livros que eu li até agora.
Adorei, porém meio arrastado, mas cheio de aventuras e personagens incríveis e reviravoltas inesperadas, tem um vocabulário meio difícil se não está habituado, tem glossário então tá tudo bem, mas gostei, foi bem uma introdução para seguir os próximos, mas eu gostei.
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dulcegdorta 18/04/2020

Bem construído
Esse livro tem descrições detalhadas de quase tudo, longas explanações e todo um mundo de mitologia, magia e uma longa historia, com ledas e profecias e muita, muita informação. Capaz de deixar Tolkien embasbacado. Apesar disso, não é enfadonho. A escrita do autor fluiu bem, e logo me prendeu. O começo foi lento e passar dos três primeiros capítulos foi um pouco difícil, admito, mas então vc chega no 4º cap e de repente virou a noite. Os mistérios que envolvem os personagens é responsável por isso, mas esses mistérios escondem mistérios e a cada revelação novas perguntas surgem. Quanto ao enredo, Jordan levou o termo jornada épica a sério, literalmente. A narrativa toda é uma viagem, ou melhor dizendo, uma fuga, com os personagens, que são muitos, enfrentando perigos durante o caminho. Gostei dos diálogos e da interação deles, e até fiquei com duvidas sobre "o escolhido" tbm. As lutas não são muito detalhadas e agradeço por isso. Esse livro não é fechado e me senti intimidada com o tamanho do calhamaço, e da saga de 14 livros desencoraja qualquer um, mas valeu a pena ter enfrentado o monstro.
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Bianca | @citacaoemcitacao 26/01/2021

A Roda gira
Uma grande criação de universo e de personagens fortes e carismáticos. Eu realmente gostei de todos e desde o início não duvidei da trajetória de nenhum dos jovens do Dois Rios.

"A Roda do Tempo tece o Padrão das Eras, e as vidas são os fios que ela teve. Ninguém sabe dizer como o fio da sua própria vida será tecido dentro do Padrão, ou como o fio de um povo será tecido."

Uma leitura envolvente, me cansei com a escrita descritiva apenas no final, porque estava ansiosa demais para saber que fim se daria.

E sobre o final... Puxa vida! (Minha mente tá há mil aqui)
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Alessandra 25/12/2021

Não há começo nem fim
É galera 1 mês lendo esse livro não é fácil não. Vou dizer que gostei sim da história. Dos personagens, mas não foi fácil aturar esse livro. Momentos em que nada parecia ter um objetivo não eram raros. Achei que a série não fez jus ao que é a história como um todo, apesar de ter melhorado alguns pontos.
Achei a Nynaeve daqui insuportável, o Mat muito mais burro do que parecia e o Rand um trouxão na maior parte do livro.
O final foi bom, mas aí veio os últimos parágrafos e eu achei um baita corta-clima. Se eu vou ler o próximo? Só o girar da roda pra responder.
Lucas.Godoi 25/12/2021minha estante
O GLORIA GLORIA GLORIA


Lucas.Godoi 25/12/2021minha estante
Issa tortura tem q ser uma por ano, daqui 14 anos vc acabar a serieh


Letty 26/12/2021minha estante
Que luz queime esse livro




leonel 23/07/2015

Esta é uma série de livros de fantasia muito especial. É um dos casos mais grotescos e bizarros de encheção de linguiça e chatice jamais criados. Se você acha a série completa do Demolidor do Brian Bendis chata, saiba que é a coisa mais divertida do mundo perto de Wheel of Time. A série dos tronos do George Martin se desenvolve na velocidade do The Flash perto desta obra-prima escrita pelo TALENTOSO Robert Jordan, um ex-marine que lutou no vietnã, deixou o barbão crescer e colecionava armas e que tinha em seu currículo, antes de partir na empreitada, apenas histórias vagabundas do Conan que fariam o Robert Howard cometer suícidio.

The Wheel of Time começou a ser publicada em 1990 e o autor morreu de amiloidose cardíaca em 2007, quando estava no décimo primeiro volume da série. Quando sentiu que podia morrer, ele deixou o final pronto e umas notas com a viúva, que por sua vez era a editora dele (e que não editava nada, porque cada livro tem em torno de 1000 páginas repletas de redundancias e encheção de saco e enrolação) e contrataram o Brandon Sanderson, um nerd jogador de Magic que já fazia certo sucesso escrevendo suas mega-trilogias de 10.000 páginas (legal que essas séries de fantasia são sempre de trilogia pra cima) para completar a obra.

O primeiro volume, intutulado The Eye of the World (por algum motivo todos os títulos dos livros são completamente sem imaginação e retardados), era nada mais nada menos que um clone da história do senhor dos anéis, mas com um terço da graça, com orcs genéricos chamados de trollocs e, entre várias outras bronhas, a série conta, é claro, com sua própria versão do Sauron, dos nazgul, etc, etc. Para coroar bem, todas as lendas do mundo do Robert Jordan são clonadas de lendas que já existem, só que ele troca umas letras e finge que é original e os fãs vão a loucura. Por exemplo, em vez de Rei Arthur, no mundo do wheel of time tem o lendário Artur (sem h) Paendrag e assim por diante. Os lugares do mundo também são baseados na realidade e mal e porcamente disfarçados, tipo o máximo de esforço de imaginação dele é o equivalente a trocar Sahara por Shara e pegar os Mounts of Doom do Tolkien e colocar um h: Mountains of Dhoom (sério mesmo, tem isso). A picaretagem geraria risadas e desprezo num mundo normal, mas no nosso universo fez sucesso absoluto.

Este primeiro volume, aliás, tem 782 páginas, em torno de 300.000 palavras e meio que não acontece nada, e daí por diante a enrolação foi se tornando cada vez maior, ao ponto de no volume 4 já termos 900 páginas e 400.000 palavras.

Normalmente nas mais de 700 páginas de cada volume acontece alguma coisa em 10 delas, o resto é tudo enrolação que consiste nos personagens principais se separando e viajando por caminhos diferentes em que nada acontece para se encontrarem de novo daqui a alguns volumes. Os principais conflitos da série consistem em um personagem SE ESQUECER de dizer algo básico para outro, gerando assim incontáveis problemas que levam anos para ser resolvidos e que poderiam ter sido resolvidos com uma simples frase, por exemplo: o personagem 1 some do grupo e vai pra outro lugar. O grupo se divide em três grupos menores para procurar o personagem 1 por três zonas diferentes, e milhões de páginas depois encontra o personagem 1 e descobre que ele só tinha decidido ir até um lugar tal para dar uma cagada e ia voltar depois. Se o personagem 1 tivesse avisado que ia ir até lá dar uma cagada, evitaria a busca enrolona dos três grupos e poderiamos prosseguir com a história, mas desse jetio geramos um interludio DIVERTIDISSIMO de 2000 páginas onde nada acontece.

Essas partes que nada acontece são repletas de descrições de comida e roupas e no mínimo 15 vezes por capítulo o autor descreve como a personagem feminina tal passou a mão no cabelo ou alisou sua saia. Os lugares comuns principais dos mundos de RPG medieval estão todos aqui: absolutamente todos taverneiros são gordos e estão sempre esfregando um copo, o senhor do ESCURO está sempre MAQUINANDO planos terríveis mas na real nunca aparece e por aí vai. Outra rotina básica de wheel of time são as discussões entre homens e mulheres para ver quem é melhor e que são sempre iguais.

A cara de pau é tamanha que quando nosso considerado Brandon Sanderson foi escrever o volume final, como ainda tinha MUITA COISA PRA ACONTECER (sabe como é, os doze volumes anteriores não tinham sido suficientes pra contar a história), resolveram dividir esse livro em mais três. Como não podia deixar de ser, Brandon Sanderson passou de nerd normal a obeso mórbido, engordando automaticamente 60kg após concluir a obra, que nem a coitada da Seanan Mcguire que, ao se profissinalizar e passar a escrever 24 horas por dia, engordou 70kg. O Murakami dá a real e ensina que tem que correr de manhã e escrever de tarde.

Entre as principais trolladas do autor Robert Jordan temos:

- um volume que repete exatamente a mesma história do volume anterior só que contada do ponto de vista de outro personagem, ou seja, 800 páginas em que acontece a mesma coisa que nas 800 páginas anteriores.

- quando os fãs do homem estavam loucos pra saber como a história terminava, em vez de escrever o final, ele decidiu por bem escrever um prequel que se passa antes da história começar e lançar antes do próximo capítulo. Mas tudo bem, é um prequel pequeno com apenas 300 páginas.

- e a trollada clássica, ele morreu antes de terminar a história, que levou 22 anos para ser concluida.

O mais legal é que da mesma forma que escritores com Brian Bendis e Kevin J Anderson, a obra mestra de Robert Jordan, Wheel of Time, tem centenas de milhares de fãs e seguidores no mundo, inclusive no Brasil, que amam de paixão a história e que se sentiram orfãos quando a série acabou e adorariam que Jordan estivesse vivo para contar novas aventuras de 2000 páginas em que nada acontece neste mundo maravilhoso e super bem construído..

Não acredita em mim? Então vá no forum brasileiro: http://wotbrasil.forumeiros.com/
mantido pela nossa querida Cassy do blog https://dragonmountbooks.wordpress.com/

Sério, não estou de sacanagem aqui, gosto mesmo desse blog e sempre leio os reviews dela e sigo as dicas.

Wheel of Time é a pior série jamais escrita no universo, li tudo para obter prazer BDSM da mesma forma que li o Demolidor e Alias do Bendis e que vi o Senhor dos Aneis Extendido inteiro no mesmo dia. Nem assistir o remake inteiro de V a Batalha Final ou aquela série horrível American Horror Story foi tão maravilhoso. É uma experiência única. Acho que no universo inteiro apenas Terry Goodkind e Piers Anthony se equiparam em nível de obscena ruindade, cópia descarada de tudo que existe e enrolação sem fim. Já li muita merda e já vi muita merda, mas Wheel of Time é a obra máxima, recomendo firmemente para todos. O entorpecente mental máximo.
Eduardo 28/03/2017minha estante
Essa é a melhor parte da resenha:
"Os principais conflitos da série consistem em um personagem SE ESQUECER de dizer algo básico para outro, gerando assim incontáveis problemas que levam anos para ser resolvidos e que poderiam ter sido resolvidos com uma simples frase, por exemplo: o personagem 1 some do grupo e vai pra outro lugar. O grupo se divide em três grupos menores para procurar o personagem 1 por três zonas diferentes, e milhões de páginas depois encontra o personagem 1 e descobre que ele só tinha decidido ir até um lugar tal para dar uma cagada e ia voltar depois. Se o personagem 1 tivesse avisado que ia ir até lá dar uma cagada, evitaria a busca enrolona dos três grupos e poderiamos prosseguir com a história, mas desse jetio geramos um interludio DIVERTIDISSIMO de 2000 páginas onde nada acontece."....


Ryllder 28/06/2017minha estante
Risadas infinitas...




neo 29/09/2013

Dizer que eu estava ansiosa para ler O Olho do Mundo é pouco. Desde que decidi dar uma pausa na minha história para ler livros de fantasia e, desse modo, conhecer a área, o nome (pseudônimo, na verdade) de Robert Jordan começou a pipocar em todos os cantos, assim como o de sua série, A Roda do Tempo. Soube bem no início desse ano que uma editora minúscula e desconhecida tinha publicado o livro há um tempinho, mas desanimei para comprar o primeiro e o segundo volume por pensar que nunca iriam trazer o resto da série pro Brasil. Então, comecei a ler em inglês a passos de tartaruga, mas parei assim que soube que a Intrínseca iria publicar novamente O Olho do Mundo. Comprei-o mais rápido possível assim que ele saiu, e aqui estou eu para (finalmente) contar o que achei.
Eu adoro essas fantasias mais antigas, para falar a verdade. As novas geralmente deixam um pouco a desejar na construção de mundo e uma boa parte se torna uma adaptação do universo de O Senhor dos Anéis. Não que O Olho do Mundo não tenha algumas semelhanças com os trabalhos de Tolkien (notei várias), mas, apesar de possuir o mesmo clima, até que consegue se diferenciar bem e ter um espírito próprio.
Uma coisa da qual gostei mesmo foi da “mitologia” do mundo em que a história se situa. Pelo que eu entendi, a Roda do Tempo tem sete Eras, que giram e são “remodeladas” cada vez que completam o ciclo, tecendo o Padrão. A fonte de magia é chamada de Fonte Verdadeira, e é dividida em duas, a parte feminina, saidar, e a masculina, saidin, e aqueles que conseguem usar o Poder são chamados de Aes Sedai. Até a Era das Lendas, tudo funcionava muito bem, mas havia o Tenebroso, o Pai das Mentiras, o Pastor da Noite, ou, simplesmente, Shai’tan, o Destruidor, que ameaçava a Luz. Foi Lews Therin Telamon, o Dragão e um Aes Sedai, quem o aprisionou em Shayol Ghul, além da Praga, e assim salvou a humanidade. Porém, Shai’tan conseguiu macular a parte masculina do Poder, saidin, e levou todos os homens Aes Sedai à loucura. Tomados pela insanidade, esses homens levaram a destruição à todos os cantos e causaram a Ruptura do Mundo. Lews Therin, o Dragão, foi o pior e mais poderoso entre eles.
A história de O Olho do Mundo se passa três mil anos após esse período, que ficou conhecido como Tempo da Loucura. Atualmente só existem Aes Sedai mulheres, que vivem em Tar Valon, e são as únicas capazes de “amansar” os homens que podem usar o Poder, impedindo-os de causar outra Ruptura. E é nesse mundo que vivem nossos personagens principais, Rand, Mat e Perrin.
Uma coisa que me frustrou muito durante a leitura desse primeiro volume foi a falta de respostas. Chegamos ao último capítulo sem saber muita coisa sobre os três personagens principais (dá pra imaginar uma coisa ou outra, mas não há nada concreto) e uma boa parte do meio se arrastou sem uma revelaçãozinha sequer. Mas estou disposta a perdoar isso, já que O Olho do Mundo é o primeiro de catorze livros, então estou encarando-o mais como uma introdução mesmo. Nenhum personagem, infelizmente, conseguiu me prender de verdade. No máximo o Rand, o Lan ou o Mat, mas como já ouvi que eles melhoram e crescem muito nos próximos volumes, estou tranquila quanto a essa parte.
Outra coisa que me incomodou foi o Ba’alzamon, Shai’tan ou, simplesmente, o Tenebroso, o vilão da história. Ele não me convenceu nem um pouquinho sequer. Nem uma vírgula. Todas as suas aparições não me causaram nada além de enfado, mas enfim, é melhor torcer para que isso mude nos próximos livros. A escrita de Jordan é muito boa, superior a muitas que vejo por aí, mas eu esperava mais detalhes e mais descrições. Mas isso é mais questão de gosto do que de qualidade, então prossigamos.
Fazendo uma pequena observação, muitos dizem que George Martin é o “Tolkien americano”. Eu discordo em gênero, número e grau, já que acho que As Crônicas de Gelo e Fogo não são nem um pouco semelhantes a O Senhor dos Anéis. Se for para escolher alguém para ser o “Tolkien americano”, eu voto no Robert Jordan.
Indico O Olho do Mundo para quem gosta de um bom livro de fantasia, que apesar de grosso não possui tantas descrições e detalhes assim, tendo uma leitura fácil e personagens que prometem muito para os próximos volumes. Também peço que encare esse livro como uma introdução, já que a parte realmente boa, aparentemente, está por vir. Nota [7,5/10].
Ah, ia me esquecendo: encomendei esse livro na Cultura, e ele chegou meio acabadinho. Só deixando minha frustração com a livraria em algum lugar. Ok, peguei o frete mais barato que existia (pagar 30 reais de frete em um livro que custa quase 50 não rola, né?), mas ele veio riscado atrás e com o plástico (aquele bem fininho que fica descascando) já saindo nas pontas. Até a serpente da capa não está tão dourada quanto na imagem aí de cima.
Enfim, se for possível prefiram comprar na livraria física para evitar isso. Meh.
Mas para não ser injusta com a Intrínseca eu tenho que falar que a edição está perfeita. As páginas são excelentes, as gravuras no início de cada capítulo são lindas e não encontrei erro nenhum no texto. Nesse quesito a editora está de parabéns, sério. É um livro tão bonito que dá vontade de ficar com ele em tudo quanto é canto.

site: http://nemmosis.wordpress.com/
Gabs 04/02/2015minha estante
Show sua resenha!

Achei engraçado não teres mencionado o Perrin. Acho que é por quê o papel dele é menor no primeiro livro da saga, mas a partir do segundo ele começa, para mim, a tomar mais lugar como protagonista, chegando a ser meu personagem favorito da saga. No terceiro livro, para mim este posto foi consolidado.

Quanto ao Tenebroso, concordo na fraqueza como vilão. Mas ao final do terceiro livro, a fraqueza é então explicada [SPOILERZINHO]: ele não é o verdadeiro vilão da história =o

Valeu por mais esta bela resenha, fiz uma deste livro também; se quiser, dá uma comentada sobre o que achou =]




leiturasdaursula 30/11/2021

É um universo rico
É um livrão com altos e baixos. O universo é bastante inspirado na terra média de Tolkien e a história é cheia de personagens icônicos e que irão crescer muito ao longo da narrativa. As personagens femininas são fortes e determinadas, o que é bem legal. A história as vezes se torna cansativa... mas eu gostei muito deste universo e estou curiosa pelo segundo livro.
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IzzyNolding 08/09/2022

Deus, como esse livro é grande. Não tira o mérito, para mim, da história, mas o editor podia ter passado a faca ali numas 200 páginas e continuaria tão bom quanto. Quando eu digo que o Jordan NÃO estava com pressa, ele realmente NÃO TAVA COM PRESSA.

E como ele não estava com pressa, eu não li com pressa. É um livro com muita informação, páginas e páginas de infodump que parecem inúteis, mas que mais pra frente no livro, e na série, eles são importantes. É um livro que precisa de uma leitura atenta e vale a pena.

Nessa primeira entrada no mundo da Roda do Tempo, conhecemos nossos personagens, Perrin, Mat, Rand, Nyneave, Egwane, Moiraine, Lan e Thom. E o livro vai se concentrar inteiramente neles e na jornada para fugir de Dois Rios e chegar a Tar Valon.

O desenvolvimento do mistério do Dragão, das relações entre os personagens e dos perigos que eles achavam seres lendas são ótimos. É a típica trope do Escolhido e uma jornada (alou Sociedade do Anel). Temos migalhas e pistas de qual deles seria do Dragão Renascido, embora, pra mim, tenha ficado meio óbvio em 30% do livro quem seria.

Bebendo da fonte de Tolkien, o Jordan não esconde suas raízes e inspirações, Trolloc is the new Orc, ele mostra a que veio. É uma escrita intrincada, não é fácil de ler, mas o mundo que ele criou valeu muito a pena.

No primeiro livro já temos contato com as Aes Sedai e suas regras, com os Mantos Brancos e com a Sombra, desde o primeiro momento sabemos o que está em risco e as consequências do fracasso. Ele não segura informação e coloca tudo na mesa para o leitor entender o que está acontecendo.

O final é meio confuso, eu precisei reler as coisas, mas é um final épico para a conclusão do primeiro passo dessa história épica. Eu acho que o Jordan não sabia se ia ter mais livros publicados e quis finalizar com um BANG.

Se você gosta de comprometimento, são 14 livros + uma prequel, de fantasia épica e magia, dê uma chance a esta série. Mas fique avisado.

site: https://www.instagram.com/p/Cc1KyZFM6EB/
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Rui.rodrigo 16/07/2021

Uma introdução de 800 páginas para uma aventura épica
Há alguns dias concluí esse livro, e todas as 800 páginas foram prazerosas, mesmo em alguns momentos mais arrastados. O autor não tem pressa para mostrar o seu mundo e os seus personagens (que são muitos).
A narrativa vai se desenvolvendo lentamente, os lugares vão sendo explorados aos poucos, os personagens vão a cada página ganhando características próprias e vemos o desenvolver das relações entre eles. Um pequeno gesto, um olhar, uma palavra, e ali percebemos todo o desenvolvimento da relação entre aqueles personagens. Simplesmente linda a forma que Robert Jordan construía seus personagens.
Acho que muita coisa ainda vai acontecer nessa saga e estou ansioso para isso. Minha dica é não se assustar com o tamanho do livro, e ir fundo na leitura.
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