Lilyabbay 16/04/2024
Como a Netflix me tirou de uma longa ressaca literária.
Não vou me lembrar ao certo quanto tempo faz que eu não pegava um livro para ler, exceto por fanfics rápidas que tinham o dom de me prender. Foi então que eu me lembrei de ter visto a série baseada nessa saga há um tempo atrás e fiquei na dúvida "Nathan vai mesmo matar seu pai? Eu preciso descobrir". ? vale lembrar que até então sequer sabia que era baseado em uma saga. Pesquisei, descobri e me propus a ler; mesmo depois de tanto ponderar, caçar spoilers no google e ler resenhas que davam visões muito negativas para o restante da saga, eu pensei: custa nada dar uma chance.
Definitivamente, a história perde o ritmo quando chega no final, a explosão de curiosidade do começo talvez se dê justamente pelo primeiro contato com um novo universo ? apesar dos convencionais referentes: lado bom, lado mal, luz, sombras, coisas do tipo; mas aí a medida em que caminha parece que vai perdendo a força e se perdendo da mesma maneira que o próprio Nathan se perde em meio há tantas coisas acontecendo. Não entendo o que deu errado a partir de half wild, mas sinto que algo se perdeu entre a metade do segundo livro até chegar aqui: o fim.
Sobre o fim, definitivamente é UM FIM. Talvez um dos mais bonitos que já li? Eu não sei, li tantos livros quando mais nova e mal me lembro de como acabavam. Mas, definitivamente, é um dos que mais me marcou. É incrível que a saga Half Bad pode se marcar pelas coisas horríveis que pessoas horríveis fazem com adolescentes inocentes e que mais tarde precisam se questionar se estão sendo bons ou maus ? acho que é isso que me faz gostar tanto de sagas "com poderzinho". Nathan não é bom, ou mau, ele é Nathan. Nathan Byrn, Nathan Edge, posso dizer que fruto da natureza ou do selvagem? Talvez. Fato é que apesar da sensação de um livro longo e arrastado, Half Lost me preparou para o fim que teve ? e há quem diga que foi ruim. Para mim, nenhum adjetivo: é um final, condiz com a proposta e me agrada, no mínimo dos detalhes.