Resenhas - Mulheres que Correm com os Lobos

RicardoKelmer 18/07/2013

EM BUSCA DA MULHER SELVAGEM
Ricardo Kelmer - blogdokelmer.com


Foi Marília quem me emprestou esse livro, em 2002, quando eu já andava curioso a seu respeito. Depois Rafaela me deu um de presente. E depois ganhei a versão digital. Ou seja, esse livro queria mesmo vir pra mim, e foram as mulheres que o trouxeram. Li e fiquei encantado. Nas páginas de "Mulheres que correm com os lobos" estava o que eu intuía sobre as mulheres e a relação entre os gêneros mas ainda não sabia verbalizar. O livro me chegou numa fase em que eu já lidava melhor com meus aspectos femininos e, por isso, me identifiquei profundamente com ele e com a histórica questão da domesticação da mulher.

Terminei a leitura sentindo em minha alma uma avalanche de ideias e sensações mas sentindo também que levaria um bom tempo até que tudo aquilo assentasse e eu conseguisse organizar meus pensamentos e reagrupar as verdades que, embora não fossem tão novas pra mim, agora eram obviamente, estupidamente claras. Através de mitos e lendas coletados em várias partes do mundo, a autora mostra como sobreviveu, mesmo escondida sob muitas formas simbólicas, o arquétipo do feminino selvagem, o modelo da mulher conectada com os ritmos e valores da Natureza e de sua própria natureza, o modelo da mulher livre. Um livro belíssimo, que tem ajudado muitas mulheres a resgatar o que séculos de repressão lhes usurparam: o direito de serem o que quiserem. Um livro que fala essencialmente do feminino mas também fala de homens e deveria ser lido pelos dois.

A mim, o livro de Clarissa me fez especialmente entender que, em minha vida, desde cedo me fascinou o arquétipo do feminino selvagem. Por causa disso sempre me atraíram as mulheres de iniciativa, as desafiadoras da cultura machista, as que recusavam o modelito cristão de mulher virtuosa, as que se rebelavam contra regras sociais idiotas, convenções sexuais sem sentido, modelos de relacionamento baseados na posse do outro e tudo que objetivava manter a mulher submissa e sob controle. Era por ela que eu sempre me apaixonava, essa mulher que era quem ela mesma desejava ser e não a mulher que a família, religião e sociedade impunham que ela fosse.

Esse livro me trouxe uma das mais importantes revelações que já tive, que a mulher da minha vida é e sempre foi uma só: a mulher livre. E que foi essa mulher que, mesmo sem saber, eu sempre busquei em minhas relações, ainda que a temesse. E que foi por ela que abandonei muitas mulheres, ao intuir, sem saber explicar nem pra mim, que eu jamais poderia ser totalmente eu ao lado de uma mulher domesticada.

Porém, como aceitar e amar essa mulher liberta sem, antes, eu mesmo me libertar do que também me limitava? Pra merecê-la, eu também precisava me libertar de vez de qualquer pretensão de controlá-la, esse resquício maldito de minha herança cultural-religiosa.

A ficha caiu após ler "Mulheres que correm com os lobos": esse livro me ajudou a assimilar o feminino em meu ser e foi isso, exatamente isso que me fez deixar de temê-lo, me fez mais selvagem no sentido psicológico-arquetípico, me fez mais livre. O efeito prático disso tudo é que agora eu finalmente estava aberto pra relações mais igualitárias e, principalmente, pra receber a mulher livre que tanto buscava em minhas relações. Então ela veio, enfim ela pôde vir. Veio linda, plena e radiante, e eu vi em seus olhos o reflexo dela própria em mim. E desde então continua vindo, e eu e ela somos lobos que cruzam florestas atraindo-se pela fome louca que temos um do outro.

E eu sei que ela sempre virá, porque esse amor que trazemos em nós, geralmente incompreendido por não erguer cercas de posse e jaulas de controle, é o amor que aprendemos a respeitar em nossa própria natureza e que nos alimenta de alegria e liberdade a alma selvagem.

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MAIS SOBRE LIBERDADE E O FEMININO SELVAGEM:
http://blogdokelmer.com/2009/10/19/em-busca-da-mulher-selvagem

Henrique Sanches 28/09/2023

Sobre o universo feminino!!!
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"Mulheres que correm com os lobos: Mitos e histórias do arquétipo da Mulher Selvagem", de Clarissa Pinkola Estés, escrito em 1992.

Já ouviram falar deste livro? Vira e mexe ele aparece aqui no Skoob e lá no Insta.

Composto de 19 contos escritos com base em histórias, mitos, lendas, folclore e contos de fadas, este livro explora toda uma simbologia que trata do universo feminino.

Quando falo explora, quero dizer que os contos são descritos e explicados, a autora é psicóloga junguiana e manja do que está falando.

A ideia da autora é que, através de contos como "O Barba Azul", "O Patinho Feio", "A Mulher Esqueleto", "A Volta ao Lar" e outros, suas leitoras se identifiquem e aprendam sobre o universo feminino, resgatando sua natureza intuitiva.

Este livro foi escrito para mulheres, mas pode e deve ser lido por homens... é uma chance de aprender sobre as mulheres que correm com os lobos.

Giulipédia 09/02/2021

De volta à floresta, a busca pela mulher selvagem!
Esse foi um dos poucos livros que eu relutei muito em terminar, com certeza vai ser um livro que vou levar pra vida e que lerei diversas vezes ao longo da minha vivência. Em resumo, é uma bíblia da mulher.

Mulheres que correm com os lobos é um livro que fala sobre o arquétipo da mulher, o esqueleto, trás através de diversas histórias, sabedorias que ao longo das eras nos foi negada. O acesso ao profundo do que é feminino, dos ritos passados de mãe para filha através de histórias, da sabedoria das grandes matriarcas antigas, do que é a mulher selvagem e de como nessa cultura ocidental cada vez mais modernizada, perdemos contato com aquilo de mais íntimo, de mais selvagem em nós mulheres.

É um livro enriquecedor, mas é uma leitura delicada que deve ser feita com muita atenção, há uma necessidade constante de leitura, interpretação e principalmente reflexão. É preciso internalizar o que é dito ali, pois apenas assim o conhecimento que a autora, Clarissa, quis nos transmitir com tanto cuidado e carinho chegará aos recondidos mais íntimos de nós e alcançará a mulher selvagem que todas carregamos.

A cada história apresentada sempre há uma reflexão sobre os símbolos tratados em cada história e o que eles representam dentro da nossa psique. Fala-se do ego, da alma, dos predadores psíquicos, aquelas vozinhas negativas que sempre estão lá para nos puxar o tapete e como é importante estar atento a esse predador da mente que tantas vezes no sabota e nos faz cair em armadilhas na vida, nos fazendo confiar em quem não devemos, justamente por se encontra naquele breve instante de fragilidade psíquica.

Então além de ser um livro voltado apenas pra psique humana, ele acaba sendo um vasto repositório de histórias de diversos povos e de diversas lendas que nessa sociedade atual acabamos não tendo acesso.

Mas longe de dizer que essa é uma leitura apenas para mulheres, acho importantíssimo aos homens que se interessarem, também possam ter contato com o rico conteúdo ali, para absorver e entender essa complexidade e simplicidade que é a psique humana.

Para aqueles interessados, desejo muita paciência, reflexão e uma ótima leitura!

Maria Carolina Sapucaia 22/12/2022

Que livro incrível!! Comecei a ler por indicações e , com certeza, lerei novamente. A Clarissa consegue deixar a leitura fluída, através de contos que refletem a realidade das mulheres. Além de motivar você a desenvolver sua melhor versão.
-?Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente. Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração. Deixamos crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos. No entanto, o espectro da Mulher Selvagem ainda nos espreita de dia e de noite. Não importa onde estejamos, a sombra que corre atrás de nós tem decididamente quatro patas.? ?

Najubaa 03/04/2022

mulheres que correm com os lobos
eu acabei de ler mulheres que correm com os lobos, e eu ainda estou digerindo essa leitura?
é um livro de contos, a leitura é complexa e eu não recomendo que vocês leiam antes de dormir, entretanto esse livro me ensinou uma coisa que ainda falta muito ser debatido dentro do movimento feminista para que a gente possa englobar todas as mulheres nas nossas lutas e pautas e não apenas uma parcela delas. Essa sociedade utiliza dos nossos instintos naturais para justificar nossa exclusão funcional dela, esse livro fala de arquétipos que são modelos de memória ideal que se estabilizaram principalmente por causa do capitalismo para nos afastar dos nossos instintos naturais, a nossa fragilidade foi culturalmente imposta, nós não nascemos com ela, e isso é uma forma de violência emocional explícita, nós não somos biologicamente mais frágeis do que homens nos gerimos vida?

Letty 03/07/2020

"Na superfície, ainda somos simpáticas, mas debaixo da pele decididamente não somos mais mansas."
"Mulheres que correm com os lobos" é uma obra interessante. A autora traz algumas histórias e lendas que conheceu durante seus estudos e pesquisas, juntamente com reflexões de muitos temas do Feminismo. Por vezes, você pode se deparar com alguns termos da Psicologia, mas que não atrapalham na leitura, e até ajudam quem gosta ou atua na área. Alguns capítulos são mais divertidos, outros mais extensos, outros mais rápidos, acredito que todos eles têm seu valor e que causarão impactos diferentes em quem lê. O livro se mostra, em sua medida, inspirador e poético. Contudo, é impossível ignorar o fato de que esse livro faz um recorte do feminismo, e que não contempla ou satisfaz todas as mulheres que fazem parte desse discurso, isto é, em alguns momentos a autora traz reflexões que deveriam estar relacionados com outras pautas (sejam elas sociais, históricas, culturais, econômicas...), mas que se resumem a um âmbito individual, como se a liberdade da mulher dependesse única e exclusivamente de si mesma, o que não é a realidade em que vivemos. Eu não tive muita paciência em alguns capítulos, confesso, achei a autora, por vezes, muito prolixa, mas vale a pena tentar a leitura para absorver as análises que fizerem parte da vivência de cada uma.

Rafa Mello 13/06/2021

Uma resenha negativa em meio à tantas boas avaliações...
Antes de iniciar essa resenha, gostaria de ressaltar que: 1) faço Psicologia, mas não me identifico (nem um pouco) com a abordagem teórica da autora; 2) sou muito cética. Com certeza essas duas coisas influenciaram e muito nas minhas impressões do livro, que é bem diferente de tudo que eu sigo e acredito, seja pessoalmente ou profissionalmente. Dito isso, vamos lá!

Esse livro é considerado uma grande obra feminista, com o intuito de nos dar caminhos para resgatarmos a nossa "mulher selvagem" interior. Para isso, a autora utiliza de contos de fadas para apresentar as possíveis interpretações psicanalíticas dessa obra. Acho essa premissa muito interessante, mas que teve uma execução bem esquisita! Em muitos momentos, senti que a autora tava tirando aquilo tudo da cabeça dela e fazendo uma baita de uma forçação de barra pra encaixar os conceitos da Psicologia Analítica nesses contos. Os capítulos acabam sendo longos e repetitivos, caindo em desfechos simplistas e que parecem ter uma ligação muito pequena com a proposta inicial de relacioná-los com contos de fadas.

Outra coisa que me incomodou bastante foi a essencialização da mulher enquanto corpo biologicamente feminino. Não digo isso apenas por me identificar com uma corrente do feminismo que parte do princípio da inclusão das mulheres transgênero (não estou dizendo que a autora seja transfóbica, mas acho que alguns trechos podem ser interpretados dessa forma, o que acho bem problemático), mas também por achar que isso já foi bastante discutido bem antes da publicação desse livro (Simone de Beauvoir é um grande exemplo). Então remeter repetidamente à função materna e à biologia do sexo feminino me deixou com o nariz bem torcido, confesso. Parecia que eu tava lendo um grande livro sobre o sagrado feminino! Além disso, em vários momentos eu sentia um moralismo bem grande por trás das supostas frases de libertação, o que também me deixou bastante indignada.

Outro ponto que me incomodou bastante é que são pouquíssimas as vezes em que a autora atribui as diversas opressões femininas ao patriarcado. Na maior parte do tempo, ela tenta nos convencer que as diversas formas de sofrimento são culpa de uma "falta de intuição" ou coisas do tipo, e não de formas concretas de desigualdades e cobranças provindas do machismo, parecendo até uma forma de culpabilização pelo sofrimento, seja ele qual for. Ainda nesse ponto, tudo parece partir de uma coisa bastante individual, como se dependesse somente da vontade interna da mulher que está sofrendo se libertar de tudo que está acontecendo, independentemente do contexto que ela está inserida. Nesse ponto que achei que minha preferência teórica da Psicologia falou bem alto, pois parto de uma linha muito diferente da autora (apesar de eu ter uma conhecida que é da Psicologia Analítica que me disse que a Clarissa não é muito bem vista nem entre os próprios junguianos).

Em suma, não me convenceu! O livro tem algumas coisas que podem ser interessantes para algumas mulheres, esse mérito eu não tiro, mas para mim não funcionou. Li até o final justamente para poder fazer uma contribuição (mesmo que não tão legal assim hehe) a tudo que é falado sobre ele. No fim, me pareceu um longo (e BEM longo) texto de frases de efeito, mas que não acrescentou muito à minha vida (a não ser a certeza de que eu não o recomendaria para alguém).

Gleiceðð»ðª» 14/08/2023

VOLTAR AO LAR É PRECISO.
Esse livro deveria ser um manual para toda mulher lê-lo. Foi um dos livros mais complicados de se ler, em meu ponto de vista, devido ao seu vasto conteúdo bibliográfico e de sua expertise em tratar assuntos tão necessários. Somos lobas, devido a nossa intuição, nosso faro e nossa inteligência. Somos mulheres que necessitam ser lembradas constantemente do nosso potencial, de nossas lutas e de quem somos em nossa construção diária de vida.
Esse livro é extraordinário.

tamyreiss 22/04/2024

Uive sempre!
Um livro INDISPENSÁVEL para qualquer mulher que queira e está disposta a se desenvolver emocionalmente.

Demorei 3 anos, mas a cada vez que pegava pra ler, era um tapa na cara pq ele magicamente me falava exatamente o que eu precisava ler e refletir!

Hoje me sinto preparada pra UIVAR mais e me conectar com minha loba, minha mulher selvagem, abraçando minhas sombras e colhendo muitos aprendizados de forma leve!

O que mais tiro de lição desse livro é que apesar de tudo, nós sempre precisamos confiar na nossa intuição pq ela sempre sabe! ??

Mariana113 17/03/2024

Ótimo livro para mulheres !!
Recomendo esse livro para toda mulher com espírito (selvagem) e independente ou que esteja começando a empreender, no livro consta uma série de arquétipos da mulher selvagem que indiretamente falam de situações que nós mulheres enfrentamos nesse mundo desde o momento que entendemos o sentido Ea responsabilidade de sermos mulher ? achei apenas um pouco extenso mas muito bom :)

Isabelle 29/08/2023

Maçante
"Defender apenas um tipo de beleza é de certo modo não observar a natureza."

Na minha opinião esse livro merece só duas estrelas. A primeira porque os contos são interessantes e a segunda porque a autora traz certos conselhos relevantes pra qualquer mulher, de resto nada me agradou.

A escrita é maçante demais, mal dá pra concentrar no que está sendo falado; o ritmo é tão arrastado que falta pouco para não estancar de vez; as lições são repetitivas de tal modo que dava pra resumir o que a autora queria falar em umas 150-200 páginas; a conexão entre a lenda e as lições tiradas dela pareceu meio forçada em alguns casos; e durante 70% do livro eu senti como se ela tivesse querendo me convencer a entrar num culto/seita (até a estrutura dos capitulos lembra uma pregação), o que pra mim sempre é algo negativo.

Houveram sim conselhos úteis, que me fizeram repensar coisas pessoais, e críticas relevantes ao que a sociedade do jeito que é estruturada no mundo moderno por vezes faz com as mulheres, mas isso fica abafado pelos pontos negativos do livro.

Talvez eu tenha iniciado a leitura com uma expectativa errada (quando me falaram que era sobre o papel da mulher em histórias antigas de diversas partes do mundo, eu certamente não tava imaginando que o livro ia ser do jeito que é), mas não consigo dar uma nota maior, terminei de ler somente com muita disciplina! Não recomendo.

anatelesetc 16/06/2020

Feminismo branco sem recorte
Sagrado feminino, ok sabe já deu pra entender na terceira página. Completamente repetitivo e fantasioso, parece que foi escrito por uma menina branca de 15 anos que recém descobriu que pode ser Wicca, então simplesmente sai escolhendo a dedo características/histórias culturais de outros lugares e se apropriando do que couber na vivência dela. Mas sei lá né acho que talvez pra alguém que não tem contato com o tanto de problemática que a visão do livro apresenta pode ser "empoderador". Não consegui terminar de ler e me decepcionei um pouco com as mulheres que vi recomendando esse livro como um ícone feminista. Ícone pra quais mulheres? Cis, hétero, branca, rica e que acham que a cultura do mundo inteiro as pertence, só se for.

Tailine.Ludtke 13/09/2022

Me ensinou bastante sobre coisas nas quais nunca havia pensado. Os contos, após serem contados, são aplicados na vida real, o que facilita sua inserção no cotidiano.

Ricarda Caiafa 28/07/2020

Para ler e reler
Uau! Ao finalizar a leitura desse livro, diversos são os sentimentos. Alegria, empoderamento, liberdade, deixar fluir, libertar-se do passado, amor próprio, são alguns deles. E ainda que eu descrevesse todos, você, mulher, que já leu ou que terá a oportunidade de ler, sentirá coisas diferentes e únicas. Algumas histórias contadas me tocaram mais que outras, me remeteram às minhas próprias vivências, questionamentos, reflexões e análises.

É um livro para se ler devagar, absorvendo cada capítulo, cada história ali contada.

Participei de um grupo de leitura coletiva que muito me ajudou nas reflexões!

É um livro com certeza para se reler algumas vezes. Tenho certeza de que uma nova leitura trará novos apontamentos e reflexões sobre ser uma mulher loba.

Larissa Tabosa 14/03/2021

Livro muito bom, cheio de ensinamentos e que proporciona muito material para pensar.

Confesso que algumas vezes a linguagem psicológica me deixou um pouco confusa e cansada. Sem contar que alguns capítulos parecem ser intermináveis, outros, por outro lado, tem uma escrita super agradável.

Enfim, é um livro bem pessoal, então é preciso ler para sentir.