Resenhas - Toda a Luz que Não Podemos Ver

Formiga 08/06/2022

Se tornou um dos meus livros favoritos sem sombra de dúvidas. Eu não dava nada pro livro, comprei ele na verdade porque estava atrás de uma leitura diferente do que a minha usual (romance e fantasia), e nossa me surpreendi. Tinha visto também há algum tempo atrás algumas pessoas falando em como esse livro tinha potencial pra ser um clássico do futuro, acho que isso também me chamou muita atenção pra ler, mesmo que de longe eu NÃO seja uma leitora de clássicos.
Raramente livros entram pra minha lista de favoritos, esse é um deles.
A leitura mais do que vale a pena, eu conseguia sentir tudo o que os personagens sentiam, mesmo nunca tendo passado por nada nem perto de parecido com relação ao que eles passaram na vida. Não sei se consigo dizer que os personagens encantam, não existe muito diálogo. Acredito que o que de fato encanta é a superação inteira da história e a história em si.

Karem.Bianchin 11/04/2022

Estou sem palavras
Se tornou um favorito da vida, desde o início tive uma ligação muito forte com os personagens e a escrita do autor é maravilhosa, na verdade me faltam palavras para descrever essa experiência de leitura.

anislibrary 10/04/2022

Ficção e realidade
Tenho dificuldade de ler sobre a vida real. Acho que é por isso que nunca tive o costume de ler jornais ou artigos regularmente (ou porque talvez só estava sendo preguiçosa mesmo). De qualquer forma, o motivo por trás é que me destrói saber que existiu coletivamente uma época em que o medo, o ódio e o pior do ser humano era o que prevalecia na Terra. Um momento em que tantas pessoas sofreram na mão de outras, quase se esquecendo por completo da existência da compaixão e da bondade. E isso foi a Guerra.
Então, ?Toda a luz que não podemos ver? foi difícil pra mim. Foi difícil chorar lendo uma passagem e automaticamente lembrar que pessoas reais passaram por isso. Foi difícil me recompor e continuar acompanhando Werner e Marie-Laure sabendo que eles poderiam ser eu ou você, ou qualquer um. Mas continuei mesmo assim. E acho que era
nesse ponto que o autor queria que eu chegasse.
E apesar de tudo, não me arrependo. Só consigo me maravilhar com a escrita, com o desenvolvimento e ciclo de história impecáveis!

Ju * 05/03/2022

Digno de prêmio mesmo
Esse é um daqueles livros que eu nem sei bem o que falar, de tão bom que é!

Já estava na minha estante há muito tempo e confesso que achei que seria mais fluído, fácil de ler, mas com um pouco de atenção, tudo foi muito bem

Acompanhamos, basicamente, dois núcleos: um com Marie-Laure, uma jovem francesa que fica cega aos 6 anos. E outro com Werner, um jovem alemão apaixonado por rádio e muito curioso sobre ciências e o mundo.

Os capítulos se alternam entre os dois e também no tempo. Começamos na época da Segunda Guerra Mundial, com um bombardeio na cidade de Saint-Malo, mas logo conhecemos a origem desses personagens.

Marie-Laure é muito doce, inteligente e aprende a se adaptar à cegueira com a ajuda de seu pai, que trabalha no Museu de História Natural, em Paris. Ele monta uma maquete perfeita do bairro em que moram, para que Marie possa aprender os caminhos e se locomover com facilidade.

Já Werner vive com a irmã em um orfanato no interior da Alemanha e um dia descobre um rádio, se encantando com o aparelho. As duas crianças acham uma transmissão francesa de um professor falando diversos temas de ciências e esse é o auge do seu dia.

Com a chegada da Guerra, Marie-Laure e o pai precisam fugir de Paris. Como seu pai era um funcionário de confiança, é um dos escolhidos para carregar uma réplica (ou original, ninguém sabe) de um diamante preciosíssimo e cercado de mistérios e lendas.

Já Werner vai para uma escola militar, mas em pouco tempo está na linha de frente buscando transmissões de rádio clandestinas.

O tempo passa até que as histórias se cruzam - e pra mim foi o momento mais emocionante do livro.

Gostei muito de como o autor abordou a bondade no ser humano, mesmo nas piores circunstâncias. Também tem uma reflexão do impacto que a guerra causa no psicológico das pessoas, além de mostrar como o rádio foi crucial nessa época para informar, socorrer ou manipular pessoas.

A escrita é muito delicada. Dá pra entender porque ganhou o prêmio Pullitzer em 2015, com as descrições detalhadas sobre ambientes e personagens.

@somegood.books 27/02/2022

Dualidades que caminham juntas.
Beleza e tristeza caminham juntas nesse livro. Assim como a luz e a escuridão, o certo e o errado e tantas outras dualidades.

Ambientado em torno da Segunda Guerra, a história acompanha duas pessoas completamente distintas mas igualmente devastados pelas atrocidades desse período.

Ao lado de Werner, um órfão alemão que entra na escola nazista e vê seu livre arbítrio e inocência escapando pelas mãos; Marie-Laure, uma garota parisiense cega, que tem a vida revirada pelo avanço das tropas alemãs; e vários outros personagens, a gente avança por esse livro percebendo as milhares de histórias dentro dessa história, a escuridão que ela trouxe e, principalmente, toda a luz que não podemos ver. ?

Um texto riquíssimo, tão bem escrito que traz paz. É mágico e triste. É transformador e revoltante. É inesquecível, nada menos que isso. ?

Cris 16/02/2022

que livro realista e encantador!
sei como é ter catarata ,ppis tive cedo ( hoje. a tecnologia e o avanço da medicina me permitiram ter novas lentes e voltar a enxergar . eu sei como deve ter sido difícil para esta menina viver o que viveu )
"é . Mas sempre posso recomeçar .
- Michel ( neto da Marie-Laure ) resumindo ( sem querer) parte de nossa geração e daquela que não viveu a crueldade de lutar para sobreviver . parte porque a outra sabe bem como é hoje isso ( imigrantes fugindo da fome ,da guerra etc enquanto a outra vive filmes,docs e o virtual desta realidade,como se estivessem separados por uma dimensão ) , porém ambos estão mal conectados ,um sofrendo existencialismos ,pessoas agarradas até a velhos idealismos como que explicando tantas divergência e incoerências no mundo na certeza de que é só dar um "reset" , recomeçar como em um jogo enquanto o outro luta o cru que é ter de sobreviver .

começo minha resenha assim ,pois para descrever um livro deste é desafiador . este livro diz tanto!!
eu preciso notar as diferenças do tempo e torcer para não termos de reviver velhos ciclos .. olha que maestria este trecho :
" "Nas histórias após a guerra, todos os heróis da Resistência eram tipos galantes e
vigorosos, capazes de construir metralhadoras com clips de papel. E os alemães ou
levantavam suas majestosas cabeças douradas das escotilhas dos tanques para observar as
cidades partidas ao passarem ou então eram psicopatas, torturadores de lindas judias loucos
por sexo. "
pg 422
brutos ,ambos os lados brutos ,pq o lado que " venceu ",fez a mesma coisa .

nós ,desta geração ( a outra parte ) ,estamos confiantes de que é só "recomeçar" enquanto a outra vive o significado disso de forma não virtual. entenden esta surrealidade? aumentamos a riqueza ,o prolongamento da vida assim como os desafios ,as divergências e as desigualdades.

" É a ausência de todos os corpos, pensa ela, que nos permite esquecer."
pg 424
é assim que o tempo trabalha " a favor" quando se trata de luto,o tornando mais suportável ( ou tentando )
vai ser difícil não sentir a perda do W. P. ,que passagem mais dolorida ! que agonia ! chegou assim naquela tortura de um " quase lá" ! que brutal ,mas é tão cara de tradução do que é a própria Vida para a maioria das pessoas!!
o destino da M.L foi diferente, não menos sofrido ( pq a perturbação de nunca saber o paradeiro de quem se ama ,no caso a respeito do pai ,é insuportável) e o intermediário na figura da Jutta é a cara de quando simplesmente temos de continuar ( apesar dos pesares).

a guerra é isso , contexto e história que diluem vidas ,assassinam familias inteiras,o tempo passando feito um trator , marcando quem sofreu , quem conviveu com este e mal sentido ao longo das tantas gerações .
ao final ,os "ganhadores" e "perdedores" se unem novamente ,mas o futuro ? para gerações futuras não se reconhecerem mais e , dependendo do que lutam,isso tudo de diluir? . muita estupidez,idealismos fanáticos e a eterna busca pela guerra como foi pelo "mar de chamas" ,a fortuna da humanidade que fica só para ver milhares de anos de mudanças e a tentativa de se tirar evolução disso .
livro incrível !
obs: o livro faz menção ao gás mostarda que virou estudo para os fundamentos de parte do que conhecemos hoje como quimioterapia ,por isso indico o livro " O imperador de todos os males"
( história do câncer ) de Siddhartha M. que conta e reune algumas destas " evoluções que saem de tragédias como guerra ,assim veremos e estamos vendo evoluções extraordinárias pós sarscov2

Helena.Caldelas 01/02/2022

Uma escrita que encanta
Eu comecei o livro muitos meses atrás e travei no meio, confesso que não foi um livro que me prendeu completamente de primeira. Eu voltei a ler esses dias e simplesmente li umas 300 páginas em 3 ou 4 dias, do meio para o final o enredo te prende completamente!
Se você quer uma história de romance romântico mesmo, não leia. Demorou tanto para o Werner e Marie-Laure se conheceram que em um dado ponto até duvidei se eles iriam se conhecer mesmo (apesar da sinopse afirmar que eles se encontram kkkkk)
A escrita é linda e intrigante desde a página 1, com certeza vou pesquisar mais sobre esse autor porque a forma como ele escreve e descreve as coisas, acontecimentos, personagens? é simplesmente diferente.
A historia toda se passa durante a II Guerra Mundial e eu achava que leria alguns clichês de guerra mas não, o autor buscou explorar faces da guerra que eu não to acostumada a ver em romances históricos.
Acho importante ressaltar que existem gatilhos no livro, eu recomendo muito ele porque não acho que fale de forma pesada sobre eles mas eles aparecem constantemente.

Say 21/01/2022

Sem palavras. Eu estou apaixonada.
O começo foi arrastado. A ?transição de tempos? me deixava confusa. Não entendia como narrar a história desse jeito poderia ser melhor do que narrar de forma linear. Conforme eu seguia a leitura percebi que o livro é perfeito exatamente dessa forma.

Às vezes queria que o destino de alguns personagens fosse outro...mas a sensação que eu tive ao ler esse livro me diz que, no final, a história ficou boa, completa, tocante e talvez mais realista dessa forma.

Favoritei.

Teacher.Lia 19/01/2022

Primeiro de 2022, nunca passei tanta raiva com um livro, a vontade de deitar fascista na porrada cada vez maior.

Ricardo 27/12/2021

História linda sobre os horrores da guerra e da luz e poder de pequenos atos de bondade. Podem salvar uma vida, talvez até influenciar no curso de uma guerra. As histórias de Werner, um órfão alemão que vai aos poucos sendo empurrado em direção à guerra, e Marie-Laure, a filha cega do chaveiro de um museu, demoraram muito mais do que eu esperava para se cruzarem, mas o curto tempo em que isso aconteceu foi o suficiente e significativo para os dois. O final da história me deixou satisfeito e com uma lágrima nos olhos, e trouxe uma reflexão sobre a guerra ainda mais forte do que eu esperava.

yasP 14/12/2021

Esse daqui é o livro da minha vida
não tenho condições de descrever o quanto eu sou apegada nessa história, é uma leitura que me marcou muito na época e mesmo depois de todo esse trmpo se manteve no pódio como livro favorito.

Livia.marrache 13/11/2021

A história é boa mas falta algo que prenda. Eu achei que só ficou bom depois da página 360. Pra quem gosta de livro parado é perfeito

lau 17/10/2021

livro incrível mas cansativo, não recomendo se estiver em uma ressaca literária. pelo tema, e pela própria escrita do autor ele fez com o que o livro fosse propositalmente maçante, e ele simplesmente mostra a crueldade da segunda guerra mundial em diferentes esferas! bom demais.

h2l 24/09/2021

Incrível esse livro! Nossa, apesar de ter demorado de ler ele eu amei, a narrativa dele, entre passado e presente a escrita do autor o jeito poético muito lindo. Fiquei até o fim pesando que o Werner ia aparecer, aí que triste ?
Recomendo!

Rê books 06/09/2021

Favorito!
Mesmo não gostando de livros com temática de guerra, ?Toda a luz que não podemos ver? aborda esse tema de uma forma linda e poética que me conquistou e virou um dos meus livros favoritos. Os capítulos do Werner mostram como a guerra pode mudar a vida de uma criança cheia de sonhos, e comparar os primeiros e últimos capítulos dele me destruiu. Já os capítulos de Marie-Laure me surpreenderam pela forma que são descritos, já que ela é cega, e as relações dela, principalmente com o Tio avô, são emocionantes. É de se emocionar com a pureza e inocência do encontro deles em meio àquele todo caos. Recomendo demais esse livro !