Kamilla 08/10/2022Aquele em que ninguém se salvaResenha de Releitura - 08/10/2022
Chego no final do terceiro livro da série tendo me irritado com praticamente todos os personagens principais, e o pior é que eu lembro de ter gostado desse livro na primeira vez que eu li. Dessa vez a vontade de entrar no livro e distribuir sopapos nas caras dos personagens foi maior, vou fazer essa resenha com os motivos dos sopapos então.
Isabella Swan: Toda vez que Bella falava que não podia fazer algo porque seu namorado "não deixava" uma fada morria na Terra do Nunca! Sério, que agonia ler isso. Menos de um ano de namoro, e o namorado 'não deixa' ela ir visitar o amigo, ela andar de moto, e está tudo bem...namorados são mesmo esses pais substitutos que uma mulher arruma ao longo da vida para se sentir uma criança de 3 anos de idade de novo.
Sem contar o nível de egoísmo e de manipulação que ela chega nesse livro por causa do Edward, ela sabe que provavelmente PESSOAS IRÃO MORRER quando ela virar uma vampira e não conseguir se controlar no princípio, mas o que importam vidas humanas se ela pode ficar com o namorado dela né...
Edward Cullen: Nesse livro a Stephanie tentou escrever ele tão perfeito - de acordo com as características que ela julga dignas de um homem ideal - que ele ficou extremamente chato. Nesse livro ele estava especialmente manipulador e possessivo, o primeiro terço do livro foi o pior nesse sentido, mal voltou para a vida da garota e já foi sentando na janela. Só uma besta quadrada igual a Bella para abraçar tamanha 'perfeição'
Jacob Black: Nesse livro sobrou para ele também, em determinado momento, depois de levar um determinado número de foras, uma pessoa precisa saber o momento de seguir em frente e parar de insistir, senão a coisa fica patética demais, e o Jacob foi esse cara que em determinados momentos soou meio patético. Ele não deixou de ser meu personagem favorito na saga, mas em vários momentos eu quis entrar no livro e falar "Menos, Jacob" e explicar para ele algumas coisinhas sobre consentimento.
Charlie Swan: Merece ouvir a mesma conversinha sobre consentimento que o Jacob.
Alice Cullen: Sufocante e manipuladora. Foi uma peça voluntária para ajudar o irmão a vigiar e controlar os passos da namorada, sem contar as manipulações que fez por conta própria. Para que forçar uma pessoa naturalmente introvertida a dar festas grandiosas, comparecer a bailes - não é como se ela não pudesse fazer essas coisas por si mesma - em vários momentos a forçada de barra foi pesada e cansativa de ler.
A parte mais interessante desse livro foi ler as histórias paralelas, como a de Rosalie, de Jasper, da tribo, cada história dessa daria um livro bem melhor do que esse. Para um livro que eu gostava tanto, nunca imaginarei o como eu iria desgostar dele com essa releitura.