Walden

Walden Henry David Thoreau




Resenhas - Walden


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Suzana 07/05/2024

Walden
"Às vezes sonho com uma casa maior e mais habitada, erguida numa idade de ouro com materiais resistentes, sem ornamentos tipo bolo de noiva e que também consistiria em uma peça única, um imenso, rústico, substancial e primitivo salão, sem teto ou reboco, de vigas e caibros aparentes sustentando uma espécie de céu inferior sobre a cabeça da pessoa ? útil para impedir a entrada da chuva e da neve; em que as estacas e travessas mestras fiquem de fora para receber vossas homenagens quando, ao transpordes a soleira, haveis reverenciado Saturno derrotado de uma dinastia mais antiga; uma casa cavernosa, onde deveis levantar uma vara com tocha para enxergar o telhado; onde alguns podem morar na lareira, outros nos vãos das janelas, uns em bancos de madeira, uns numa extremidade da sala e outros na oposta, e alguns, se preferirem, lá no alto entre as vigas junto com as aranhas; uma casa na qual penetrareis ao abrir a porta que dá para fora e acabou-se a cerimônia; onde o viajante cansado possa tomar banho, comer, conversar e dormir sem mais andanças; um abrigo como o que gostaríeis de achar numa noite de tempestade, contendo tudo o que é essencial numa casa, e nada que demande trabalho; onde possais ver todos os seus tesouros de um só relance, e cada coisa penda do gancho ao alcance da mão de qualquer um; a um só tempo cozinha, despensa, sala de visitas, quarto, depósito e sótão; onde podeis ver coisas tão necessárias como um barril ou uma escada de mão, coisa tão útil como um armário e podeis ouvir a panela ferver, e apresentar cumprimentos ao fogo que cozinha o vosso jantar e ao forno que assa o vosso pão e onde a mobília e os utensílios indispensáveis constituem os principais ornamentos; onde a roupa não é lavada fora, o fogo não se apaga nem a dona da casa se atrapalha, e onde talvez sejais às vezes solicitado a afastar-vos um pouco da porta do alçapão, quando o cozinheiro quiser descer à adega, e assim vir a saber se o chão é compacto ou oco embaixo sem precisar bater com o pé.

Uma casa cujo interior é tão aberto e manifesto como um ninho de pássaro e na qual não podeis entrar pela porta da frente nem sair pela dos fundos sem ver alguns de seus moradores; em que ser hóspede é ser presenteado com a liberdade da casa e não cuidadosamente excluído de sete oitavos dela, segregado numa cela particular e recomendado a ficar à vontade ? em absoluta reclusão. Hoje em dia o anfitrião não vos admite em sua lareira, pois mandou o pedreiro construir uma para vós em algum trecho do corredor, e hospitalidade é a arte de manter alguém a maior distância. Há tanto segredo em torno da cozinha que até parece ser intenção do dono envenenar-vos.

Sinto que tenho estado entre as quatro paredes de muitas pessoas, que por direito poderiam ter-me posto na rua, mas não sinto ter estado em muitas casas de pessoas."
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Iris203 07/05/2024

Bom Livro
Excelente livro para quem quer se aprofundar nas ideias e pensamentos do autor. Por outro lado, trata-se de uma leitura que por vezes detalha muito sobre assuntos que ultrapassam o tema central mas que são importantes para o autor, como o funcionamento das plantas, a composição dos lagos, etc. É muito bom para entender em profundidade como o Thoreau pensava, mas pode ser um tanto quanto cansativo em determinados momentos.
Derek8 07/05/2024minha estante
Pelo seu comentário, a nota seria 4.0 e não 3.0, né não? Hehe
Obs: sou fã de Thoreau, concordo contigo, mas dei 5.0


Iris203 07/05/2024minha estante
É que, para mim, ele realmente se demora muito em detalhes e temas que fogem do central, o que compromete a leitura. É um livro feito ao gosto dele, com base no que ele estava vendo e sentindo, mas na hora de passar isso para o leitor sinto que ele não conseguiu e aí o livro se torna cansativo.




DayanePrincipessa 01/05/2024

Amei o autor, o livro nem tanto kk
Para começar minha resenha quero dizer que minhas expectativas não foram supridas (claro kkk), porque eu achava que a experiência dele seria de um completo isolamento, mas durante o período em que ficou na floresta era visitado às vezes e em outros momentos ia até a cidade. Eu gostaria muito que tivesse sido de um completo isolamento onde ele vivesse totalmente do que a terra daria, do que a floresta forneceria para a proteção e sobrevivência, e que estivesse sujeito ao risco de ser picado/mordido por um bicho, quebrar a perna, ou ficar doente e morrer da forma mais natural possível, sem socorro médico ou remédios. Acho que isso seria assumir o risco verdadeiro de se isolar e não temer nada do que possa acontecer e ser totalmente independente da sociedade.
Mas voltando ao livro, no início achei extremamente confusa a narrativa dele quando optou por fazer uma breve (breve?) crítica à sociedade da época. Parecia que ele misturava assuntos do nada, não tinha um desenvolvimento lógico, foi bem complicado, só não desisti desse livro porque… nem sei porquê.
Depois quando ele começou realmente a falar da experiência ficou um pouco mais legal (bem pouco kkk). O problema é que meio que eu comparei a narrativa desse livro com formato de “diário de experiência” com a do Almyr Klink “Cem dias entre céu e mar”. Nossa, o do Almyr foi muito melhor, sei que são experiências distintas, mas mesmo assim, acho que do Thoreau não foi tão legal, não sei se ele decidiu publicar do jeito que escreveu sem fazer revisão, só sei que não me comoveu muito.
Apesar disso, eu gostei de ler esse livro, porque me fazia imaginar que também estava na floresta, então foi como um refrigério para aliviar a pressão do dia a dia.
Sobre a experiência dele, acredito que foi extremamente prazerosa, ele realmente viveu nesse tempo, não somente existiu, como as outras pessoas. Teve a oportunidade de aproveitar sua própria companhia, desfrutar da beleza da natureza como o nascer do sol, a visão do rio, dos animais etc. Também devido a este distanciamento social, nos momentos em que interagia com as pessoas, conseguiu ter sua visão mais apurada para a essência delas, pois descreveu muitos detalhes de cada uma que passava pelo seu caminho de forma minuciosa e apreciadora.
O Thoreau me pareceu ser um rapaz muito legal, facilmente eu passaria umas 4 ou 6 horas conversando com ele (é possível gostar do autor sem curtir tanto o livro ou eu que sou estranha? kkkk).
Vou deixar algumas frases que mais gostei:
“A bondade é o único investimento que nunca falha”
“Nunca ninguém caiu no meu conceito por ter um remendo na roupa; embora eu tenha certeza de que as pessoas em geral se aflige mais por uma roupa da moda, ou pelo menos limpa e sem remendo, do que por uma consciência íntegra”.
“Eu diria o seguinte: cuidado com qualquer empreitada que exija roupas novas, e não um novo homem dentro dessas roupas”.
“Quem veio de mais longe me visitar, atravessando as neves mais altas e as tempestades mais desoladoras, foi um poeta”.
Lido em 26/04/2024
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lauroca! 28/04/2024

Lago walden
Eu gostei muito do começo do livro, de conhecer uma perspectiva totalmente diferente de vida. Mas, lá pro final, ficou extremamente entediante as imensas descrições sobre o lago e a natureza.
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Cesar Garcia 01/04/2024

Para refletir
Walden é um livro que fala de comunhão com a natureza, com se permitir enxergar aquilo que não se vê, de mudar sua percepção, de ser alguém único e presente.
Será que precisamos de tudo aquilo que nos oferecem, ideias, produtos e até mesmo companhia?
Talvez precisemos apenas silenciar e escutar um pouco só que a Natureza tem a nos dizer.
Um livro muito necessário.
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Kyuketsu 21/03/2024

Reflexões de David Thoreau
Este denso livro compreende os registros de Thoreau quando de sua escolha em viver em meio à Natureza após os episódios que resultaram em sua prisão e posterior escrita do imortal e ensaio Desobediência Civil.

Recheados de reflexões estoicas envolvendo trivialidades, este livro nos permite compreender um pouco da visão de mundo do autor, cujo caráter e princípios o levaram ao "auto isolamento" por parte de seus concidadãos.

O primeiro e último capítulos me trouxeram a impressão de uma "Jornada do Herói" única, em que o autor, aparentemente movido por um grande censo de consciência espiritual, decide "viver a vida que veio para viver".

Em resumo, uma pseudo autobiografia (o "pseudo" certamente seria objeto de contestação por próprio Thoreau), sendo aqui de maneira proposicional empregada.
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Mitha 12/03/2024

Bonito
O tipo de livro que eu sei que precisarei revisitar algumas vezes.

"Acho saudável ficar sozinho a maior parte do tempo. Ter companhia, mesmo a melhor delas, logo cansa e desgasta. Gosto de ficar só. Nunca encontrei melhor companhia do que a que a solidão me proporciona. Em geral, estamos mais solitários quando saímos e convivemos com os homens do que quando ficamos em nossos aposentos."
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Faby 26/01/2024

Essencial
Em 1845, Thoreau construiu uma pequena cabana às margens do Lago Walden e ali viveu por 2 anos.

Walden, nada mais é que o relato de Thoreau durante os 2 anos que viveu isolado da sociedade.

Não é uma leitura fácil, pois ele descreve a rotina, os pequenos detalhes do dia a dia e seus principais questionamentos, contudo é uma leitura essencial.

É a segunda vez que leio Walden e ele nos faz questionar se realmente somos livres. Livres para contemplar a natureza. Livres para escolher nosso destino. Livres para viver a vida de uma forma plena.

Por fim, o relato de Thoreau em Walden, nos mostra o que realmente é essencial à nossa vida.
Não precisamos de muito para sermos felizes.

"Não há nada que se deva temer mais que o medo."
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Soipaz 23/11/2023

Esse livro retrata um momento único na vida do autor, foi a porta que se abriu na minha mente sobre a filosofia do minimalismo
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_vivics 18/11/2023

Livro que ensina muito sobre o momento presente, sobre atenção, simplicidade e sobre viver um dia de cada vez. Lindo demais!

"A luz que extingue nossos olhos é escuridão para nós. Só amanhece o dia para o qual estamos despertos. O dia não cessa de amanhecer. O sol é apenas uma estrela da manhã."
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Pisi14 25/08/2023

A solidão como liberdade
Quem gostar do livro vai gostar do game sobre o livro, disponível na Steam, podendo vivenciar as páginas numa simulação gráfica da experiência de Thoreau

O autor sai de casa em busca de uma vivência numa área erma, de floresta, que o conduza a experimentar a vida integrado à natureza, à frugalidade e ao trabalho prático.
Thoreau faz de Walden seu refúgio da civilização urbana e lá medita sobre a liberdade, sobre economizar recursos e sobre a sua transformação mediante o contato com o ambiente em estado natural

Ele vive em solidão mas lá encontra provisoriamente a liberdade para pensar, refletir e escrever
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Thiagookling 04/08/2023minha estante
Gostei da tua analise, concordo e discordo em partes...

Acho que a proposta de Thoreau nos leva a algo próximo ao tribalismo.
Um povo indigena isolado não vive uma vida muito distinta da proposta por Thoreau. Note, é compreensível essa proposição, não quer dizer que seja aplicável ao nosso tempo (embora hajam povos que vivam dessa forma). Se ler o ensaio _andar à pé_ do mesmo Thoreau, verá trechos em que ele questiona por exemplo, o surgimento de linhas telefônicas entre dois pontos distintos da nação, que possivelmente essas pessoas nem tenham o que de fato falar com outras.

O que vejo de Thoreau, é uma critica a o que hoje chamamos de globalização. Quase uma busca por um primitivismo, que se pensarmos, é como vivemos enquanto espécie a maior parte do tempo até o surgimento da agricultura que nos levou a assentamentos permanente, mas que cronologicamente é recente à nossa espécie.

E mais, é preciso pensar que Thoreau vivia em uma nação recém surgida, e que se no surgir dessa nação as propostas de Thoreau fosse base, talvez não houvessem sequer discussões sobre propriedade privada, o que você argumenta ser o entrave pra por exemplo, plantarmos.

Mas acho que é um livro mais para repensarmos nossos modos, do que de fato aplicável ao nosso tempo, ao menos não completamente. ;-)




jbueno2023 09/04/2023

Antigo mas atual
Thoreau, embora tenha vivido entre 1817 e 1862, deixou-nos muitos ensinamentos, principalmente sobre vida simples e sustentável. Ele ensinou como fazer uma casa gastando pouco, viver com o mínimo necessário e aproveitar o que a natureza proporciona. É uma leitura lenta, mas muito agradável, recomendo ?.
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André Silva 12/03/2023

Uma ode à Natureza
Henry David Thoreau é um apaixonado pela Natureza.
Neste livro, relata-nos a experiência que teve ao mudar-se para uma cabana em pleno Lago Walden, distanciado da civilização norte-americana.
Conta-nos o que aprendeu, como viveu e que ensinamentos retirou dessa experiência, de uma forma apaixonada e livre.
Thoreau consegue, por fim, que as conclusões filosóficas que retira de cada lição dada pela Natureza façam valer a pena todas as extensas descrições sobre a fauna e flora, que pouco me interessaram.
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