spoiler visualizarjoana 08/02/2023
Azeitona, o das melhores livrarias?
Por conta de uma atividade proposta pela minha professora de português, li o livro escrito por Bruno Miranda chamado ?Azeitona?. Ele conta a história de um menino chamado Ian que por um mal entendido, recebe uma proposta para participar de um famoso reality show que mostra o dia a dia de pais adolescentes que estão esperando um bebê. Sem namorada grávida e sem dinheiro no bolso, Ian enfia sua colega de classe nessa aventura com o objetivo de conseguir dar uma vida mais confortável para ele e sua irmã com o cachê do programa.
Por já conhecer o autor pelo seu canal do YouTube, que tem um conteúdo majoritariamente humorístico, comecei a leitura achando que seria uma comédia, quando na verdade, o gênero do livro ?puxa? bem mais para o drama. Creio que fui surpreendida positivamente por não esperar diversas reviravoltas que me pareciam óbvias no início e também pela capacidade e inteligência de Bruno ao escrever o romance, fazendo com que eu descobrisse esse lado do autor o qual não sabia que existia.
A obra, de forma geral, trata sobre relacionamentos, sejam eles amorosos, familiares ou simplesmente a amizade em si. Mostra como cada pessoa é diferente, mas como todos passam igualmente por problemas, mesmo que esses dilemas tenham naturezas distintas para cada um. Essa visão já era algo que eu carregava comigo, mas achei que esse livro conseguiu representá - la perfeitamente. Um exemplo disso é o próprio Ian com seu amigo Caio. Enquanto Ian corre vários riscos pra conseguir o dinheiro do programa e trazer qualidade de vida para sua família, dinheiro não é nem de longe um problema para Caio que tem, pelo contrário, que lidar com uma família ausente.
O livro até apresenta alguns personagens que são médicos, detalhe que normalmente chama minha atenção por querer estudar medicina durante meu ensino superior, mas infelizmente não se aprofunda muito neles. Porém, achei interessante o fato de um desses médicos ser descrito como alguém que passava calma aos outros personagens, mesmo quando ele tinha que transmitir uma notícia difícil. É nesse tipo de médico que eu me espelho, priorizando sempre a empatia na hora de se dirigir aos pacientes e familiares.
Por fim, se eu pudesse recomendar essa obra a algum grupo de pessoas específico, provavelmente recomendaria àqueles que gostam de obras nacionais ou estão começando a construir o hábito da leitura recentemente. É sempre melhor começar pelo mais fácil e simples e só então ir aumentando a complexidade. Por ser um livro leve e fácil de ler e não tão longo, trazendo uma mensagem importante que faz com que nos coloquemos no lugar do outro, acredito que não acabará se tornando um fardo muito grande para quem não tem esse hábito e será até muito divertido.