Luci 16/04/2021
Arin, saiba que você é a razão para eu continuar lendo
Kestrel é a filha de Trejan, um general valoriano muito conhecido por ter levado a vitória a Valória na Guerra de Herran. Seu pai quer que ela se torna uma guerreira, mas Kestrel não é muito habilidosa no combate e é muito apegada ao seu piano e a música para querer isso. Durante um passeio com sua melhor amiga Jess, acaba ocasionalmente parando em um leilão de escravos. Nele, ela se depara com Smith. Ele é ferreiro herrani - povo que foi escravizado na Guerra de Herran - que está sendo leiloado e que, de acordo com o leiloeiro, sabe cantar.
Sem entender muito bem o motivo, Kestrel acaba comprando o escravo por uma alta quantia e levando-o para casa. É nesse momento em que tudo começa, pois, apesar da conexão que os dois acabam criando com o passar do tempo, Smith - que na verdade se chama Arin - não é bem quem ele diz ser.
Com muita sinceridade, eu achei que fosse gostar mais desse livro. Tinha altas expectativas, e talvez tenha sido por isso que não tenha gostado o suficiente. Achei parado até mais ou menos 80%. Além disso, algo que me faz me apegar aos livros de verdade, mesmo quando não gosto tanto do enredo, é o apego às personagens. Nesse livro quase finalizei a leitura sem ter me apegado verdadeiramente a ninguém, mas aos 45 do segundo tempo, me apaixonei por Arin.
Apesar de achar que a música poderia ter sido mais destacada no livro, gostei da forma que a relação de valorianos e herranis com ela foi colocada de maneiras diferentes. A cultura da música se encaminhou pra diferentes caminhos para os dois povos após a guerra e esse foi um ponto positivo do livro pra mim, achei muito interessante e quero ver como isso vai ser abordado nos livros seguintes.
Mesmo que tenha achado a história do primeiro livro fraca, gostei da trama política nele. Consegui entender bem as diferenças entre valorianos e herranis para além da aparência física e estabelecer uma certa torcida para um dos lados. A leitura foi bem arrastada, mas foi salva no final por eu ter gostado bastante de como a trama acabou. Acredito que o final do livro abriu uma possibilidade gigante para o livro que vem a seguir ser realmente muito bom.
Com altos e baixos, acabou sendo uma leitura boa e que me deixou com vontade de seguir lendo a trilogia. Quero saber mais sobre as personagens, mais sobre a política, mais sobre a música, mas principalmente, quero saber como está a cabecinha do Arin. Aguardo ansiosamente as cenas dos próximos capítulos.