spoiler visualizarDiego 21/04/2020
Resenha csobre o Livro Felicidade ou morte – Clóvis de barros filho e Leandro Karnal.
Em Felicidade ou morte, os autores Leandro Karnal e Clóvis de Barros, chamam a atenção primeiramente para questão do que se define felicidade e a que está pautada a sua busca. Dividido em cincos capítulos, um diálogo é uma obra, é um retrato de um encontro feliz entre duas personalidades. Um diálogo construtivo. História e filosofia se entrelaçam, e expõem circunstâncias para o que se define ou que seja uma vida feliz.
O livro é mais descritivo e analítico, usando principalmente colocações históricas quando abordado pelo professor Leandro Karnal, ele sempre sendo preciso em exemplos condicionais a vida humana, demostrando que a busca pela a felicidade é algo ainda não bem definido dentro de uma sociedade imatura e frustrada. O livro é de leitura direta, precisa e de fácil compreensão. O filósofo Clóvis de Barros Filho é precisamente sedutor em saber eminentemente usar suas metáforas que jamais fugiriam da realidade de uma sociedade ativamente sádica.
Rico em exemplos e citações, inicialmente, o livro é útil e incentivador para se questionar o que é felicidade para mim, sim, para mim, partindo principalmente de uma construção social do que precisamos para sermos felizes. Clóvis de Barros diz que - “Havendo busca, é porque ela ainda não está; permanecendo a busca, é porque ela continua não estando; consagrando-se a busca, é porque, talvez, ela não apareça nunca”. Para o professor Karnal, uma sociedade que não abstrai essa questão de definição de felicidade ou idealização do que seja, seriam socialmente perfeitas e integradas, isso porque não haveria discurso de felicidade. Dentro dessa mesma abordagem o escritor é mais uma vez preciso em citar um exemplo de que não existe salmão depressivo, existencialista, capitalista, radical, socialista e nem abstrato. “Esse mesmo salmão nasce no rio gelado do estado americano do Oregon, migra para o oceano, vive lá alguns anos, depois volta ao mesmo rio onde nasceu, se reproduz, serve de alimento para ursos e morre”.
A definição conclusiva e condensada da conversa entre os dois autores, é que ao definir “busca pela felicidade” assume-se a imposição-definida de que não se a tem. O livro nos ajuda a projetar experiências do que é estar feliz. Existe sim, uma exposição longe do capitalismo e socialismo, mas algo que une as duas vias, nos predefinindo o que precisamos para sermos felizes ou vivermos em eterna felicidade. A busca pela felicidade, é, e sempre será indomável ao que se revela quando eu a vejo como vaga, vazia e em vão. Ou você é feliz ou morre tentando.