spoiler visualizarleitoradebaixarenda_ 02/05/2021
"Hermoso" fim pra uma saga tão querida
Resenha geral: Após 15 anos do lançamento da saga "A Mediadora", Meg Cabot surgiu com um novo livro mais adulto e sombrio pra encerrar a trajetória da menina mediadora e do fantasma hispânico, agora com suas respectivas vidas adultas no auge e a caminho do altar. Meg sempre destacou os dramas da vida adolescente de Suzannah, nesse livro vemos os dramas da sua vida adulta, incluindo o noivado de anos com seu grande e não mais morto amor, Jesse, e sua vida como profissional e mediadora. Como era de se esperar, não podia faltar um pouco de trabalho com uma PMNO (Pessoa Morta Não Obediente) e muito trabalho com um antigo babaca da vida de Suzannah, vulgo Paul Slater.
Opinião Pessoal: Não consigo imaginar um final melhor pra esses dois do que o tão esperado casamento! Suzannah coitada, esperou mais de SEIS anos pra esse momento hahaha. Amei que a personalidade dos personagens permaneceu basicamente a mesma, todos amadureceram, de fato, mas não teve aquela mudança a ponto de não os reconhecer mais, sabe?! O que me pegou foi a volta do Paul, que cara INSUPORTÁVEL, sempre achando que o mundo tem obrigação de dar tudo o que ele quer, não sério, a obsessão que ele tem pra ter a Suzannah é doentia! Então é lógico que logo no primeiro capítulo ele surgiu pra atormentar a vida dela e a minha. Algo que eu sempre detestei na Suzannah foi o fato dela querer esconder tudo o que acontecia com ela e o Paul pra não aborrecer o Jesse, claro que isso não daria certo, não foi diferente nesse livro, porém dessa vez ele não está só querendo (mais uma vez) acabar com o relacionamento do casal e, só Deus sabe como, fazê-la largar o Jesse pra ficar com ele. Descobrimos nesse livro o que rola na festa de formatura entre ela e Paul, o que ela chama de "tentativa de se dar bem" quando Paul a chama pro quarto alegando ter um presente de formatura e a prende na parede para por a mão dentro da saia dela, eu chamo de tentativa de estupro e, é claro, ela nunca contou pro Jesse. Achei uma coisa tão sem sentido o Paul ser pai das trigêmeas, só serviu pra ele parar de ameaçar derrubar a casa mas e depois? E o irmão dela vai continuar num casamento fudido com uma mala, vulgo Debbie Mancuso, criando três filhas que nem dele são e sem saber de nada? Achei egoísmo da parte da autora ter terminado esse assunto assim, mas claro que até o Brad seria um pai melhor pras três pestinhas mediadoras do que o Paul. A questão dos casais secundários não se desenvolverem, nem Adam e Cee Cee, nem Jake e Gina, me aborreceu um pouco, fica subentendido. Mas fora isso foi tudo lindo, finalmenteee meu casal saiu do 0 a 0 hahahah foi lindo e hilário, como era de se esperar. Adorei ver meu bebê Jesse seguindo sua carreira dos sonhos, o que mais me impressionou foi que a autora não deixou de fora as dificuldades de ser um universitário e o aperto financeiro que vem durante e depois, principalmente quando ele era um cara do século passado, claramente meio machista e protetor e não permitia que a mulher o ajudasse. Apesar dos pequenos erros, não poderia acabar de um jeito melhor, Paul se ferrando e meu casal juntinho.
Sempre vou lembrar dessa saga com carinho, li quando tinha meus 14 pra 15 anos e reli esse ano para poder ler pela primeira vez, aos 23, o livro 7. Confesso que senti medo de ter uma experiência de releitura frustante, pelo fato de ter lido tão nova e ter outra cabeça na época, sabe aquele medinho de estragar a lembrança que você tem com uma história que te marcou tanto na adolescência relendo ela e vendo que era uma porcaria e você só era ingênua demais pra perceber? (Alô crepúsculo). Esse não foi o caso, amei como se fosse a primeira vez, ri como se fosse a primeira vez e me apaixonei como se fosse a primeira vez.