spoiler visualizarSweetlyaah 10/03/2019
Não chegou nem perto
Um livro que não tinha expectativa nenhuma e que também pra uma fã da série atingiu nem as mínimas expectativa, infelizmente mesmo. O que a Meg fez com a Suzannah? Com o Jesse? E a família dela? Para mim não parecia a Suzannah, com tanto palavrão e tanto coisa explícita saindo da boca dela, que a autora fez com que a personagem ficasse extremamente vulgar!
E a Mi Hermosa nunca foi desse jeito. Acho que esse livro foi desnecessário, ela entrou em vários assuntos "tabus" no livro, mas acho que não era o momento. O livro pareceu mais uma crítica social generalizada, do que o romance dela com o Jesse, e a vida de Mediadora.
Pra mim, esse livro não faz parte da série, a Meg deu um tiro pela culatra na própria personagem, e escreveu um spin off que nada tem a ver com a série da Mediadora.
Não existia química entre ela e o Jesse, e eu estava cansada da Meg ofende-lo pela Susie o tempo todo! Dizendo como ele era machão entre outras coisas! Até parecia que a Meg ficou com raiva dos próprios personagens que todo mundo amou nessa continuação!
Que nem dá pra chamar de continuação, né?
A personalidade da Susie ficou tão errada ao final da história que, pelo amor! Sei que os assuntos que a Meg resolveu abordar foram pesados, mas se resolveram rápido de mais e só fizeram eu sentir que ela vilanizou a Susie, dando a desculpa que era o lado "obscuro" dela! E pra mim foi uma decepção, já que a Suzannah nunca foi violenta sem razão, e ela apesar de esconder seu segredo, sempre foi justa e trabalhou do lado da justiça.
Achei as decisões e atitudes da personagem frias e desconexas com a garota corajosa, destemida, leal e justa dos livros anteriores. Não consegui sentir aquela chama entre ela e o Jesse como nos livros anteriores, pra mim eram mais personagens de um livro diferente que se gostavam, sem falar que tinha horas que me incomodavam como a Susie e o Jesse se tratavam tão mal e de um jeito pejorativo, apesar de tantos anos terem se passado, e eles estivessem de casamento marcado! Muito diferente da relação que eles tinham nos outros livros.
Também me incomodou o fato de que a Meg fez o Jesse ser o machão e machista nesse livro e fez a Susie reclamar disso a cada 5 minutos que estava com ele, sendo que nos outros livros o Jesse não era assim, ele queria protege-lá mas nesse livro a autora transformou isso em conversas e atitudes machistas da parte dele e a Susie reclamando com razão, mas que me doía por dentro, porque era distante demais a personalidade dele desse Novo Jesse!
A Susie também me irritou horrores, de como ela, simplesmente, estava atrás do que estava "dentro das calças do Jesse" o tempo todo, e como as pequenas cantadas e jogos de sedução que eu esperava encontrar como uma agradável surpresa de como a relação deles estava se aprofundando ao longos dos anos. De repente, era algo que tinham em proporções gigantesca do início ao fim do livro, coisas extremamente vulgares. E que no início foi um choque que me tirou risos e até me deixou meio encabulada, mas que de tão excessivo e totalmente sem necessidade, se tornou algo totalmente de mal gosto!
E, pra ser bem sincera, houve tanto drama sobre a primeira vez dos dois desde o primeiro capitulo até o último, que quando aconteceu foi muito sem graça! Sem aquela coisa especial e romântica, sendo que eles estavam esperando a 6 anos! E o livro insistiu tanto nisso!
O pior é que, realmente, pareceu exatamente o que a Suzannah havia perguntado ao Jesse, "se ele não estava fazendo aquilo por causa do Paul"?E, convenhamos, para tudo ter se resolvido de um dia pro outro e até o fim da virgindade da Susie logo no dia seguinte...Ao meu ver, realmente pareceu que o Jesse estava só "marcando território" por causa do Paul!
O que é ridículo tanto para o novo, como para o antigo Jesse que estava "tão preocupado" que a primeira vez da amada dele fosse especial!
Mas, até então, a discrepância do Novo Jesse com o Antigo Jesse está por todo o livro! Na hora H, ele simplesmente pareceu extremamente afoito de saciar seus próprios desejos e toda aquela "preocupação" de fazer algo especial pra Susie foi para os ares com a eminência de ameaça de Paul em relação ao relacionamento deles.
Igualmente, essa nova Suzannah que também é cheia de discrepâncias com a antiga não fica muito atrás não! Na verdade, essa nova Suzannah parece a ninfo do sexo, de tanto que a autora fez a personagem só rodar e rodar ao redor desse assunto ao longo da trama, e das falas com a obsessão de fazer sexo com o Jesse! Tem coisas que uma garota não deveria implorar tanto, sinceramente. A autora fez a Suzannah parecer uma maniaca dizendo pra todo mundo que quisesse ouvir (por que parecia que todos sabiam da não-vida sexual dela, pra dizer o mínimo) de como ela já tinha até teia de aranha por lá.
Sério, Meg! Sei que a Suzannah sempre quis o toque do Jesse, mas fazer ela parecer tão pedante e depois vulgar por algo que nem era tão vital assim na trama devido a relação de 6 anos com o Jesse, foi muito exagero!
Sem contar, de como a Susie falava a cada 5 minutos que o Jesse era um morto-vivo, ex fantasma e todas aquelas palavras de como era o Jesse antes dele finalmente ter um corpo e voltar a vida. Juro, que aquilo começou a parecer totalmente pejorativo pra mim depois dela ficar mencionando, excessivamente, como se fosse estivesse jogando na cara dele esse fato. Isso não me agradou também.
Ao todo, o livro teve seus altos e baixos, no início eu demorei muito para acompanhar o ritmo das coisas e me adaptar a nova Suzannah (que não gostei, por que não conseguia lembrar dela assim e a que foi apresentada era diferente demais). Depois veio a relação dela com o Jesse, que não consegui me conectar, porque não tinham nada a ver com aquele casal que me despedi no final da série dos outros livros. E, não vou mentir, e dizer que me agradou o fato dos meios-irmãos dela estarem com as vidas tão diferentes! Mais parecendo um presente de grego que qualquer outra coisa, como Jake que a autora resolveu descreve-lo como um homem bem-sucedido e que vende drogas! Pra mim, foi o momento mais WTF além das outras coisas ao longo da leitura que eu já estava engolindo a contra gosto!
E a tristeza de que as filhas do Brad com a Debbie são do Paul, e que a Susie vai guardar segredo disso, e que o Paul após descobrir praticamente lavou as mãos rapidinho e resolveu aceitar a extorsão da Susie para não ter que ter nada a ver com as meninas? Juro que fiquei muito triste pelo Brad, caso um dia ele descubra isso! E, realmente não achei certo a Suzannah esconder algo dessa gravidade da família, como um segredo pra se levar pro túmulo.
Sobre o enredo do Paul ameaçando a Suzannah em troca de sexo no início do livro, e ela se desesperando por causa do Jesse descobrir, foi a maior marmelada! Não passou de confete e serpentina todo essa enrolação até o o final do livro! Na real, ela não chegou nem perto de estar em perigo nos braços de Paul! Então, foi um belo enredo que a autora iniciou e depois avacalhou em cumprir promessas ou dar um desfecho mais elaborado para todo o drama gerado!
Sobre o fantasma da menina, foi realmente interessante em uns momentos. Mas muito enfadonho em outros, e na maioria dessas cenas a autora soltava em frases ácidas e críticas diretas a certos tabus na sociedade, o que por um lado eu entendi, mas foi bem difícil ter empatia e me conectar mais profundamente com os personagens, quando estava mais do que claro que a autora estava tentando dizer o que pensava através dos personagens, o que não foi ruim. De verdade, não foi! Mas que não era o momento, e nem o livro para se fazer diversas críticas sobre várias coisas na sociedade atual. Mas volto a repetir, não achei ruim as críticas que a Meg fez, pelo contrário, concordei com ela! Menos com a retratação de drogas e sucesso atrelado! Mas, de resto, eu entendi muito bem o que ela quis passar!
Mas como fã, eu gostaria de ter visto um foco melhor na história, nas tramas que ela abriu e depois pareceu concluir rápido de mais ou de qualquer maneira, entendem? Era um livro que deveria seguir a trilha dos outros livros e o que fez tantos gostarem da série A Mediadora! Era pra ser um foco extra especial de como estavam as coisas com Jesse e ela, de forma romântica. Não estava esperando problemas fantasmas que se arrastou muito ao redor da história, o que fez a outra trama que a Meg colocou com o Paul sumir por N capítulos, e quando finalmente apareceu, se resolveu de forma realmente miraculosa e realmente rápido, como se aquilo nunca tivesse sido um grande problema como a autora fez parecer!
Sobre os outros personagens o padre Don foi o único que achei que ficou mais fiel aos outros livros, apesar de que achei a recusa da Susie de impedir ele de falar com a Dra. muito estranho. Mas até aí, depois de tanta lacuna que a autora deixou ao longo de toda a trauma, eu já estava pressentindo que a bolsa de ovos dos milhares de ganchos que ela botou ao longo do livro, que esse só era mais um gancho! Talvez para uma possível extensão da série que eu fortemente vou me recusar a ler, se caso venha a ser lançada! Tanto porque não fez diferença nenhuma esse livro para o outro final original da série! Como também para não estragar ainda mais a memória dos personagens que tanto amei na adolescência com a discrepância desses falsos personagens originais.
Em resumo, sobre os outros personagens, Cee Cee e Adam me pareceram muito forçados e muito mal resolvidos. A tia Pru mesmo sendo um tipo de psíquica como a Suzannah que é Mediadora, pareceu ser praticamente desconsidera pela própria Susannah, e por alguns minutos quase pude ler nas entrelinhas da narrativa um "Iih, lá vem a louca!", achei não só com a tia Pru, mas com alguns idosos durante o livro, e no caso da tia Pru, por um momento tive essa impressão da Suzannah sendo tolerante com a mulher, ainda mais no final. Mas o que achei absurdo, já que a tia Pru sempre esteve certa e sempre alertou a Susie sobre os perigos! Sobre o pai da Suzannah achei que ele fez falta no casamento dela, pelo menos gostaria que tivessem descrito ele ter ido vê-la de noiva, mesmo sabendo que ele já foi pra luz e tudo o mais.
E o Jesse, que pareceu de repente ter um poder maior que o da Suzannah de Mediadora? Um poder que ninguém explicou necas?!
Sobre o Paul, o ódio por ele é justificado! Apesar que nesse livro ele consegue ser verdadeiramente um porco mesmo! Mas tenho que confessar que é um outro personagem junto com a Kelly que estão de acordo com as atitudes e o que era esperado deles em relação aos outros livros da série.
Apesar de ter muitas críticas sobre esse livro, acho que se eu não tivesse lido e relidos diversas a série e me apegado tanto aos personagens, o livro poderia ser um livro minimamente agradável, mas não é! Entendo a Meg por tentar passar sua opinião e sua voz ao fazer diversas críticas sobre a sociedade atual. Mas como eu disse, não acredito que foi o momento e nem o livro certo pra isso. As duas tramas foram fracas, uma enrolou e a outra se estendeu tanto de forma um pouco enfadonha e ofuscou o que deveria ser a trama central, pelo que diz a sinopse. Os personagens principais não são nada parecidos com os personagens que os fãs se despediram anos atrás. O rumo dos outros personagens pareceu muito incerto e sem um final muito conclusivo! Pelo contrário, tinha tanto ganchos amarrados a maioria dos personagens, que para um livro que deveria ser um comemorativo TBT a série, deixou mais dúvidas e portas abertas do que a série original. O que é muita falta de consideração com o leitor já que ninguém sabe quando/se terá continuação desse livro para sanar as dúvidas que deveriam ter sido respondidas neste volume. Mas, como eu disse, se tivesse eu não leria. Essa moda de lançar livros em que as séries já foram concluídas a muito tempo, só serve pra dar tiro no próprio se não for feito com direito. E, apesar de eu realmente amar outros títulos da Meg Cabot, esse não foi um deles.