Thayna.Deretti 15/02/2024
Ai ai... Foi difícil
Preciso começar dizendo que não entendo essa nota tão alta no Skoob.
Quer dizer, não é um livro com grandes falhas ou erros absurdos que possam desmerecê-lo, mas vamos ser honestos: os primeiros 65% do livro são tão enrolados e tão confusos que é praticamente a porta de entrada pra ressaca literária. Não acontece nada. É mal introduzido. É quase uma perda de tempo.
Que livro que não sai do lugar, vocês não sentiram isso? Quanto mais eu lia, menos eu sentia que avançava. E olha que eu tentava: ficava papo de duas horas sentadinha apenas lendo sem distrações (e dentro do avião realmente não dá pra se distrair), e mesmo assim parecia que eu tinha avançado só umas 10 páginas, de tão lento e cansativo que foi.
Os últimos 35%, esses sim são interessantes. Acontece bastante ação, os planos não saem conforme deveriam, os personagens precisam se desdobrar em 5 pra poder dar conta e, mesmo assim, no final dá tudo errado (que é o gancho pro segundo livro).
Mas, caramba, precisava enrolar tanto?!
Neste livro, somos apresentados ao universo de Ketterdam, especialmente a localidade denominada Barril, que concentra toda a escória da sociedade. Ali, golpistas, ladrões e todos aqueles que são considerados ?sem futuro? residem, vivendo suas vidas de forma tranquila e sem ?maiores preocupações?.
Kaz é um dos maiores golpistas da região. Tendo construído seu nome e sua reputação ao longo da vida, o ?mãos-sujas? é considerado a pessoa ideal para exercer trabalhos que ninguém mais aceitaria, desde que lhe seja oferecido o preço certo.
Neste universo mágico, existe uma erva chamada ?jurda parem? que serve como um potencializador dos poderes dos Grishas que lá residem (que são os bruxos/feiticeiros), mas que é extremamente viciante.
Ocorre, então, que o criador dessa erva é capturado e mantido em cativeiro na Corte de Gelo, que é como um reino próprio e impenetrável. É então que um dos mercadores de Ketterdam entra em contato com Kaz e lhe oferece o serviço de trazer o Bo Yul-Bayur para ele (era como se fosse um pedido do Governo), tendo-lhe sido oferecido uma boa quantidade de dinheiro.
Kaz entende a situação como um trabalho lucrativo, mas também como desafio pessoal. Para ele, é benéfico ser o responsável por invadir uma fortaleza impenetrável, então ele junta um grupo de pessoas que também não tem nada a perder e, como uma equipe, migram para a Corte de Gelo para que possam realizar o trabalho, sabendo que podem não voltar.
Em suma, é isso. Os primeiros 65% do livro são de preparação e invasão enquanto que os 35% finais são do resgate em si e de todo o processo de fuga/negociação.
Não é um livro ruim. A Leigh é uma ótima escritora e eu costumo gostar da escrita dela, mas esse aqui foi tão cansativo! Realmente não saía do lugar. É muito nome novo e diferente, muitos termos próprios do universo, é tudo muito, e não houve uma explicação prática do todo. Acabou se tornando mais cansativo do que proveitoso, o que é uma pena, porque eu estava honestamente ansiosa para ler esse.
Se vocês me pedirem se vou ler o segundo livro, a resposta é sim, eu vou, mas isso única e exclusivamente porque na época comprei os dois físicos, então agora é uma questão de honra kkkkkkk. Mas, se eu não tivesse com ele já em mãos, não leria. E provavelmente, mesmo com ele em mãos, não vou ler tão cedo.
Vendo todas as demais resenhas sobre, acredito que só eu não tenha gostado muito, mas comigo realmente não funcionou. Universo confuso, intensidade dos poderes confusa, os próprios personagens são confusos. E ah, tudo é bem oportuno também. Tá certo que no final dá tudo errado, mas mesmo o que dá errado tem sempre uma brechinha pra dar certo.
Enfim, não aproveitei muito esse universo, não. Queria ter gostado mais, mas, por ora, é o que temos. Talvez o segundo mude minha perspectiva
E ah, tem zero romance, tá?? O que tem de romance aqui é literalmente a migalha da migalha HAHAHAH. Eu gosto, mas se você quer pegar o livro pelo romance, já fique avisado que vai sair frustrado ?