A dama do cachorrinho

A dama do cachorrinho Anton Tchekhov




Resenhas - A Dama do Cachorrinho


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Arthur 01/07/2021

não concordei um pouco com o título do livro, pois o nome do conto ta longe de ser o melhor que se encontra no livro. Porém o livro é uma dádiva
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Agata52 25/06/2021

Magnífico!
Essa foi a minha primeira experiencia com o autor e admito que peguei achando que eu não gostaria muito, por não ter costume de ler muitos contos, mas levei foi um belo tombo como percebi que esse livro foi uma das melhores coisas que eu já li em toda a minha vida.

É quase impossível de explicar a genialidade do autor para quem nunca leu, mas é forma como ele consegue te fazer chorar, rir e refletir sobre toda a sua existência em pouquíssimas páginas é algo absurdo de tão fascinante. Os contos retratam situações aparentemente cotidianas do povo russo no final do século XIX e mesmo assim consegue ser atemporal.

Agora minha maior vontade é ler tudo o que o autor já escreveu, todos os contos, todas as milhões de cartas... Ah como é ótima a sensação de conhecer um autor incrível pela primeira vez.

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erbook 13/06/2021

Contos maravilhosos!
Gosto de intercalar as leituras mais densas com bons contos, pois consigo manter um bom ritmo e ampliar o horizonte de aprendizado ao mesmo tempo. Além disso, é prazeroso ler um conto inteiro durante um cafezinho ao longo do dia.

Com esse propósito, indico essa sensacional coletânea de Anton P. Tchekhov que traz “A dama do cachorrinho” e outros contos instigantes, os quais abordam temas universais e atuais como (i) aquela pessoa que muda de opinião a depender do interlocutor (Camaleão); (ii) aquele que mostra os verdadeiros sentimentos ante uma situação inusitada (Bilhete premiado); (iii) o que o ser humano é capaz de fazer para se tornar rico (venderia até a alma ao Diabo?! – O sapateiro e a força maligna); (iv) a pessoa que não consegue valorizar quem está ao seu lado e é bastante influenciada pelas opiniões alheias (Ventoinha); (v) questões filosóficas e espirituais (Volódia grande e Volódia pequeno); (vi) os complexos tecidos nos quais ocorrem as relações humanas, com destaque crítico sobre o capitalismo russo do séc. XIX (Um caso clínico); (vii) aquele que tem medo de encarar a vida, pois “vai que acontece alguma coisa” (Homem num estojo); (viii) aquele que possui duas vidas, uma socialmente aparente e outra oculta, porém verdadeira (A dama do cachorrinho).

Na minha visão, os contos de Tchekhov foram aprimorados ao longo do tempo e, talvez por isso, tenha sentido mais inspiração nos últimos da coletânea. Há muitos trechos interessantes, mas cito apenas dois:

“Mas Deus realmente existe e eu vou morrer, com toda a certeza. Quer dizer que, cedo ou tarde, será preciso pensar na alma, na vida eterna, como Ólia. Ela está salva agora, resolveu todos os seus problemas... Mas, se Deus não existe? Nesse caso, está perdida a sua vida. Isto é, perdida como? Perdida por quê?” (Volódia grande e Volódia pequeno).


“Tinha duas vidas: uma, aparente, que viam e conheciam todos os que o queriam, repassada de verdade e de mentira convencionais, completamente semelhante às vidas de seus conhecidos e amigos, e outra que decorria em segredo. E por um estranho, talvez casual, acúmulo de circunstâncias, tudo o que era para ele importante, interessante, indispensável, aquilo em que ele era sincero e não enganava a si mesmo, o que constituía o cerne de sua vida, ocorria às ocultas dos demais, enquanto tudo o que formava a sua mentira, a membrana exterior, em que se escondia, para ocultar a verdade, como, por exemplo, seu trabalho no banco, as discussões no clube, a ‘raça inferior’, a ida com a mulher aos espetáculos comemorativos, tudo isso era aparente. E julgava os outros por si mesmo, não acreditava no que via, e sempre supunha que em cada homem decorre, sob o manto do mistério, como sob o manto da noite, a sua vida autêntica e mais interessante. Cada existência individual baseia-se no mistério e talvez seja, em parte, esta a razão por que o homem culto se afana tão nervosamente para ver respeitado o mistério individual” (A dama do cachorrinho).

Leitura agradável e de excelente qualidade!
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Luigi.Schinzari 10/03/2021

Sobre A Dama do Cachorrinho e outros contos de Tchekhov:
Costumo ter um grande apreço pelo banal, pelos acontecimentos transcorridos ao nosso redor e que, de tão comuns, tão rotineiros, nem percebemos o potencial de vida, a verdade contida naqueles momentos. Está justamente nesse fator -- o banal, o cotidiano monótono -- o motivo da arte, seja literatura ou outra qualquer, ter suas bases no épico, no clímax de guerras catárticas, em epopeias heroicas contendo, muitas vezes, narrativas que simplesmente moldaram nossa cultura e a história ocidental, o contraponto a vida do dia-a-dia, do homem comum, das relações desenvolvidas sem maiores tragédias ou reflexivos questionamentos filosóficos. Nos contos do russo Anton Pávlovitch Tchekhov (1860-1904) encontramos, delicadamente, um contraste natural às grandes obras grandiloquentes: o autor calca suas tramas na base do povo russo, posicionando sua câmera nas janelas das casas, nas portas dos consultórios médicos -- tendo o próprio Tchekhov juramentado a Hipócrates e exercendo a profissão paralelamente a de literato. -- Em resumo, poucos foram os autores que trabalharam o cotidiano e extraíram o máximo dessas situações comuns, com tanta simplicidade quanto brilhantismo, quanto Tchekhov conseguiu em seus contos.

De escrita, aparentemente, simples, percebe-se que sua adjetivação moderada é utilizada nos momentos certos, visando denotar traços necessários para suas construções no tempo preciso para a narrativa fluir como planejado. Assim como um titereiro, Tchekhov domina cada fio de sua trama do modo como deseja, conduzindo suas histórias com, aparentemente, um controle sobre o todo: conhece tão bem o que quer contar, toda sua estrutura, que consegue condensar em uma curta narrativa de poucas páginas uma história, com toda a densidade presa à ela, sem deixar escapar nem uma palavra sequer, que outros autores (de não menor qualidade por isso, mas apenas trazendo esse fato) fariam um romance de dezenas de capítulos para contá-la com a mesma qualidade e profundidade trazida por Tchekhov.

Abordando, como dito anteriormente, em sua maioria, tramas comuns, Tchekhov consegue desenvolver de forma prática muito justamente com o pouco. Suas maiores tramas escapam das páginas -- com recursos utilizados pelo autor como lapsos temporais enormes e fins sem conclusões -- e fixam-se na mente do leitor pelo não contado, pelo implícito, livres para o interlocutor criar a ligação entre um parágrafo e outro (por vezes, separados por anos), e pensar que fim levou aquele casal de A Dama do Cachorrinho (1899), aquele homem, aquele jovem do conto Volódia (1887) e tantos outros dessa gama infinita de russos, um grande panorama de sua Rússia pré-revolucionária, de sua intelligentsia jovem, criada pelos autores e pensadores de sua época, com seus costumes petulantes, assim como de suas classes mais baixas, o assalariado russo, o homem do campo e sua vida bucólica -- são muitas as Rússias de Tchekhov, compondo um preciso quadro, com sua simplicidade realista e diversidade de contos, uma única e crua Rússia.

Está em sua simplicidade, sem arroubos de lirismo excessivo, que sua grandeza reluz, em seus diálogos realistas, em suas personagens contraditórias, em suas posturas hesitantes: é humano até demais, e parece tão natural à sua escrita essas características que beiram o simplório àqueles mais desatentos, mas é nisso que reside sua qualidade maior e o porquê de seu nome destacar-se em meio aos grandes que o influenciaram (sendo Tchekhov de uma geração posterior a Dostoiévski, Tolstói e Turguêniev, por exemplo), tendo mesmo Tolstói, uma de suas maiores inspirações e devoções, como um admirador de seus contos justamente por sua simplicidade ao contar tão verdadeiramente os causos russos e, deixando o regionalismo de lado, os laços humanos -- os verdadeiros laços humanos: cotidiano, sem quedas e ascensões dramáticas, mas contendo, em cada situação, um peso diferente de pessoa para pessoa, cada um com suas preocupações, com seus problemas, suas próprias felicidades e convicções, fortes ou defasadas, ou mesmo não as tendo; os conflitos internos e externos, com nossos desafetos por motivos fúteis -- os contos de Tchekhov são reais demais, e sua simplicidade, por mais paradoxal que possa soar, é de uma complexidade tão grande que explica o porquê do autor habitar o patamar dos grandes escritores de nosso cânone mundial.
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Wygna.Beatriz 15/02/2021

Li Tchekhov em aula e me interessei pela escrita do autor, queria aprender mais sobre contos e me dei bem em começar lendo os seus contos. Cotidiano, isso é oque é explorado nos contos, nada mirabolante ou sobrenatural, o narrador então, conta os acontecimentos relatando oque está acontecendo tentando não mostrar qual o lado certo acusando a pessoa mas sim, contando oque aconteceu. Acho admirável como em poucas palavras o personagem é feito e você os vê ali começando de uma forma e tendo o seu desenvolvimento.
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amanda.negrao.1 25/01/2021

Resenha A dama do cachorrinho
Eu particularmente sou muito fã contos e esse livro nao foi diferente. Adorei bastante, apesar de demorar para ler alguns que de certa forma me cansaram na Leitura. Mesmo assim, todo final de cada conto me deixava: uaaau!! E bastante reflexiva depois. Com certeza recomendo este livro!!
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Polly 11/01/2021

A dama do cachorrinho
Demorei um pouco pra entender o estilo e o real objetivo do autor. Os primeiros contos não me agradaram muito, mas nos últimos pude captar que não se deve esperar nenhum acontecimento grandioso nas narrativas e sim reflexões profundas a partir de situações corriqueiras. O conto que mais gostei é o que dá título ao livro: "A dama do cachorrinho". Outros que também posso citar são: "Anna no pescoço", "Iônytch" e "A irrequieta". Recomendo o livro, principalmente para que seja lido calmamente.
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Divina Comedia Humana 21/12/2020

Questionário sobre "A dama do cachorrinho".
1) Que tipo de pessoa é Gurov? Quais as suas intenções na aproximação à Anna Sergueievna? O que faz dele o personagem central do conto? Quem é Anna Sergueievna? O que ela teria de comum ou de peculiar em relação a outras mulheres que Gurov conheceu? O cachorrinho tem alguma função simbólica na história? Se sim, qual ou quais? Quais representações Gurov e Anna possuem de seus respectivos cônjuges? Em que tais representações se assemelham ou em que se distanciam? Contraste e compare as atitudes de Gurov e Anna sobre ter um caso.

2) Alguma particular razão para o autor ter escolhido narrar em terceira pessoa ao invés de primeira pessoa? Qual o ponto de vista central do conto e qual o efeito disso? E se a história fosse contada do ponto de vista de Anna?

3) Quais cenários existem em "A dama do cachorrinho"? Como esses vários cenários contribuem para contar a história? Identifique uma citação que descreva Moscou. E também alguma citação que descreva os outros cenários.

4) Como Gurov e Anna mudam ou evoluem ao longo da história? Indique como a trama se desenvolve. Qual o conflito? Explique como o conflito deságua no final. Qual é o ponto de viragem principal desta história que justifica a sua conclusão?

5) Onde e como a ironia é usada neste conto? Por exemplo, não parece irônico que a essência da história seja a tentativa do mulherengo (ou, no fundo, romântico) Gurov de realizar uma conexão real com alguém? O motivo dessa história não seria, por fim, algo como "uma crise de meia idade" de seu protagonista?

6) Quais as possíveis fraquezas dessa história? Por exemplo, tendo em conta a época, não soa estranho que Anna esteja sozinha em um balneário (Ialta)?

7) Qual o significado social do conto? Poderia discorrer sobre a representação do isolamento social, do fracasso conjugal e da infidelidade neste conto? Além destes três elementos, haveria outras representações da sociedade russa da época? Se sim, quais?

8) Fala-se que Tchekhov buscou um final realista, ao invés de romântico. Em vez de um happy end, nós temos um final em aberto. Especule sobre como tende a se desenrolar a história depois de seu final. Gurov e Anna serão felizes?
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Diego Rodrigues 20/12/2020

Contos escritos com maestria
Essa coletânea, traduzida e organizada por Boris Schnaiderman, reúne 36 contos que abrangem quase duas décadas da carreira do mestre da prosa curta A. P. Tchekhov. A ideia do projeto era reunir em um único volume não os melhores contos do autor russo mas sim aqueles que representam melhor os diferentes períodos de sua vida literária. O resultado é o livro ideal para quem, assim como eu, procura ter o seu primeiro contato com o autor. Os contos, publicados entre os anos de 1883 e 1899, traçam um paralelo com a biografia de Tchekhov e, dispostos em ordem cronológica, permitem ao leitor acompanhar o desenvolvimento de sua escrita ao longo dos anos. O livro ainda conta com um posfácio do tradutor, inúmeras notas de rodapé que enriquecem a leitura e um apêndice contendo breves informações a respeito de cada conto, ora detalhando a recepção da crítica na época de sua publicação, ora trazendo trechos da correspondência entre o autor e as revistas que faziam então essas publicações.
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Anton Pavlovitch Tchekhov nasceu em 1860, na cidade de Taganrog, Rússia. Se formou em medicina e exerceu a profissão durante muitos anos. Enquanto frequentava a universidade de Moscou, vendia seus contos para revistas para poder se manter. Dizia que a medicina era o seu amor e a literatura sua amante. Teve um período de aproximação do tolstoismo e após uma viagem a ilha de Sacalina, onde entrou em contato com a degradação humana, passou a se preocupar ainda mais com a questão social e humanitária. Próximo ao fim de sua vida já eram perceptíveis os primeiros sinais da revolução que estava por vir mas o autor não vivenciou para vê-la. Faleceu em 1904, na Alemanha, durante uma viagem com sua esposa.
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Lendo essa coletânea fica fácil entender porque Tchekhov é considerado um dos melhores contistas de todos os tempos. Em alguns casos, o autor não precisa de mais que quatro páginas para conquistar o leitor. Seus contos são simples e sem rodeios, dotados de um humor característico mas com um fundo de melancolia. O cotidiano russo, com seus mujiques, pequenos funcionários e estudantes, seus teatros e suas casas de campo, ganha vida na pena de Tchekhov. As figuras do professor e do médico, profissões exercidas pelo autor, são personagens recorrentes em seus contos. Com o virar das páginas, vamos percebendo a evolução da escrita e a mudança de tom em suas histórias. A forma como retrata as cores da natureza e a pureza das crianças são elementos que marcam o período pelo qual o autor se aproximou dos princípios do tolstoismo, bem como as críticas ao sistema tradicional de ensino e ao poder judiciário. Nos últimos contos já se percebe uma preocupação maior com a questão política e social russa.
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Durante a leitura nos deparamos com as inúmeras facetas de Tchekhov e em todas elas o autor nos cativa. Sua forma única de conceber contos e sua habilidade de "sugerir o máximo com o mínimo possível de palavras" são traços que deixam uma impressão muito forte em sua prosa e, apesar das mudanças de tom, estão presentes do primeiro ao último conto do livro, mesmo sendo eles separados por um período de mais de quinze anos. Conhecer a escrita de Tchekhov foi uma experiência incrível e que me proporcionou uma leitura muito prazerosa nas pequenas pausas para o café. Esse é um autor que, sem dúvida, não vou demorar a revisitar. "A Dama do Cachorrinho e Outros Contos" me deixou com aquele gostinho de quero mais.

site: https://discolivro.blogspot.com/
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sizifu 09/12/2020

Anton Tchekhov: Um Contista de seu Tempo
Anton Pavlovitch Tchekhov (1860?1904) foi médico e escritor russo, bastante conhecido no meio literário por modernizar a forma com que se escrevia peças e contos no final do século XIX e início do século XX.

Sempre apaixonado pela literatura e pelo teatro, o contista intercalava a escrita com sua profissão interina no ramo científico, na qual contribuiu do ano de 1884 ao ano de 1897???como foi mencionado pelo tradutor e ensaísta naturalizado brasileiro, Boris Schnaiderman, na nota biográfica do autor:

Tchekhov afirmava que a medicina era sua esposa legítima, enquanto a literatura seria sua amante. (A Dama do Cachorrinho e Outros Contos, Anton Tchekhov ? Editora 34; 6ª Edição ? 2014)

A jornada literária de Tchekhov começou com pequenos contos humorísticos publicados em revistas. Embora tenha sido um grande amante da literatura, especialmente nesse período, o autor escrevia pelo dinheiro ? conforme afirma Elena Vássina (Professora de Literatura e Cultura Russas na Universidade de São Paulo) em entrevista exclusiva para A Pista:

?Já cursando medicina, Tchekhov começou a escrever os contos curtos e humorísticos para ganhar dinheiro, ele sempre assinava esses contos com pseudônimo. Então, existia o aluno de medicina, Anton Tchekhov; e existia também, o escritor humorístico, ?Antocha Tchekhontê?. Ele começou a ganhar muito bem, existe uma situação paradoxal na Rússia de que os escritores ganham bem mais que um médico.?, complementa.

O escritor já detinha desde o início, em seus contos mais despretensiosos, características primordiais???como a forma direta de imergir o leitor na atmosfera e na vida dos personagens ?que o consagrariam e o diferenciariam dos demais autores já conhecidos pelo gênero. (A Morte do Funcionário, 1883); (Caso com um Clássico, 1883).

Continue lendo no Medium: https://medium.com/a-pista/anton-tchekhov-um-contista-de-seu-tempo-c19a7f413573
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Marcelo.Victor 28/11/2020

Questionário sobre "A dama do cachorrinho".
1) Que tipo de pessoa é Gurov? Quais as suas intenções na aproximação à Anna Sergueievna? O que faz dele o personagem central do conto? Quem é Anna Sergueievna? O que ela teria de comum ou de peculiar em relação a outras mulheres que Gurov conheceu? O cachorrinho tem alguma função simbólica na história? Se sim, qual ou quais? Quais representações Gurov e Anna possuem de seus respectivos cônjuges? Em que tais representações se assemelham ou em que se distanciam? Contraste e compara as atitudes de Gurov e Anna sobre ter um caso.

2) Alguma particular razão para o autor ter escolhido narrar em terceira pessoa ao invés de primeira pessoa? Qual o ponto de vista central do conto e qual o efeito disso? E se a história fosse contada do ponto de vista de Anna?

3) Quais cenários existem em "A dama do cachorrinho"? Como esses vários cenários contribuem para contar a história? Identifique uma citação que descreva Moscou. E também alguma citação que descreva os outros cenários.

4) Como Gurov e Anna mudam ou evoluem ao longo da história? Indique como a trama se desenvolve. Qual o conflito? Explique como o conflito deságua no final. Qual é o ponto de viragem principal desta história que justifica a sua conclusão?

5) Onde e como a ironia é usada neste conto? Por exemplo, não parece irônico que a essência da história seja a tentativa do mulherengo (ou, no fundo, romântico) Gurov de realizar uma conexão real com alguém? O motivo dessa história não seria, por fim, algo como "uma crise de meia idade" de seu protagonista?

6) Quais as possíveis fraquezas dessa história? Por exemplo, tendo em conta a época, não soa estranho que Anna esteja sozinha em um balneário (Ialta)?

7) Qual o significado social do conto? Poderia discorrer sobre a representação do isolamento social, do fracasso conjugal e da infidelidade neste conto? Além destes três elementos, haveria outras representações da sociedade russa da época? Se sim, quais?

8) Fala-se que Tchekhov buscou um final realista, ao invés de romântico. Em vez de um happy end, nós temos um final em aberto. Especule sobre como tende a se desenrolar a história depois de seu final. Gurov e Anna serão felizes?
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Emi 28/10/2020

Um livro de contos muito interessante, com aspectos culturais que não estamos habituados. Uns mais interessantes que os outros, trazendo algumas reflexões. Mas com certeza é a cultura e a época em que foram escritos que mais chama atenção
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Mandy 23/08/2020

Esta leitura foi uma indicação de um professor muito querido e que ama literatura russa.

Delicado, reflexivo e de fácil leitura, A Dama do Cachorrinho é uma grande obra (apesar do curto tamanho). O livro apresenta uma Rússia no final do século XIX, porém os pensamentos e reflexões dos personagens são atemporais.
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Cesar.Perito 12/05/2020

Vale a pena a leitura
Adorei a forma de Tchekhov de, em contos curtos, colocar tanta profundidade.
Consegui, nesses contos, imaginar como era a Rússia antiga. Como as pessoas viviam. O frio. As doenças. Os amores.
Incrível
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Pry Salomão | @leitoraredglasses 31/03/2020

Contos Simples e Curtos
Autor Russo, que adorava especialmente os dramas, a partir de suas historias nasceu o chamado “teatro tchekhoviano". A sua escrita apesar de antiga é bem simples, sem palavras complicadas e textos extensos. Um livro bem tranquilo para ler.
Apesar da simples leitura, o livro não é de fato tão excepcional, porém os contos são bem focados na época na qual foram escritos.
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