Resenhas - A Dama do Cachorrinho

Na Literatura Selvagem 17/01/2014

Tchékhov e outras histórias...
Há poucos dias, me deparei com A dama do cachorrinho [e outras histórias] dando bobeira num sebo. Não pensei duas vezes em comprá-lo e posso dizer que todos, exatamente TODOS os contos do livro me fascinaram. São eles: A morte do funcionário, O enxoval, Aniúta, A corista, Vanka, Vérotchka, Zínotchka, A irrequieta, Anna no pescoço, Iônytch, A dama do cachorrinho e A noiva. Difícil escolher apenas um para discorrer a respeito. Os que mais me empolgaram estão em destaque.

Vanka é um menino que resolve escrever uma carta a seu avô, fazendo um apelo para levá-lo de volta para casa, pois é época de natal e o menino se encontra longe de seu avô, após ter perdido os pais.
É um relato leve e ao mesmo tempo desesperado de uma criança que se encontra envolta a uma atmosfera de violência e maus-tratos, que anseia voltar ao aconchego de seu lar.

Leia mais em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2014/01/tchekhov-e-outras-historias.html

Bella 17/01/2014

Esse livro é maravilhoso! Tchékhov traduz as complexidades da existência humana em contos profundos de linguagem leve e agradável. Com simles palavras, aborda temas que não se restringem à Russia do século XIX, como o estudo, adultério, amor não correspondido, casamentos arranjados, o papel da mulher na sociedade, a ociosidade e a riqueza... A Dama do Cachorrinho é uma ótima iniciação na literatura russa. A morte do funcionário, Zínotchka, A Irriquieta, A Dama do Cachorrinho e A Noiva merecem destaque.

Thiago Dantas 25/12/2013

Primeiramente eu li a versão da L&PM, e por ter gostado muito dos contos de Tchékhov, tentei descobrir quais os contos que estavam presentes na versão da 34 e não achei em lugar nenhum da internet. Arrisquei e comprei. Para informação de quem se interessar, aqui está:

Utilidade pública -- listagem dos contos:

----Contos presentes na edição da L&PM----
A Morte do Funcionário; O Enxoval; Aniúta; A Corista; Vanka; Vérotchka[1]; Zínotchka; A Irrequieta[2]; Anna no Pescoço; Iônytch[3]; A Dama do cachorrinho; A Noiva

----Contos presentes na edição da Editora 34----
Nos banhos; Pamonha[4]; Fantasiado; Caso com um clássico; A morte do funcionário; Do diário de um auxiliar de guarda-livros; Camaleão; Casa-se a cozinheira; Crime premeditado; Subtenente Prichibiéiev; Aflição; Um dia no campo (cenazinha)[5]; A corista; Criançada[5]; Sonhos; Vanka; Um conhecido; Gente supérflua; Na primavera; Angústia; Senhoras[4]; Gricha, O acontecimento, Bilhete premiado, Volódia, Tifo, Inimigos, Ilegalidade, Olhos mortos de sono, O sapateiro e a força maligna[5], Ventoinha[2], Volódia grande e Volódia pequeno, Um caso clínico, Homem num estojo[5], Queridinha, A dama do cachorrinho

[1] Presente em "O beijo e outras histórias" da Editora 34.
[2] "A Irrequieta" e "Ventoinha" tratam-se do mesmo conto.
[3] Presente em "O assassinato e outras histórias" da Cosac Naify.
[4] Presente em "Um negócio fracassado e outros contos de humor" da L&PM ("Pamonha" com o título de "A palerma").
[5] Presente em "Um homem extraordinário e outras histórias" da L&PM.


Contos que estão presentes em ambas as edições:
1. A morte do funcionário
2. A corista
3. Vanka
4. A irrequieta/Ventoinha
5. A dama do cachorrinho

Espero ter ajudado quem estiver em dúvida de quais contos estão em qual edição.

Leo Mariuzzo 10/12/2013

Contos Fascinantes
É um livro fantástico, que instiga a cada conto lido e te proíbe de fazer paradas para descansar. Os contos tratam de assuntos diversos, exemplificam a cultura russa, fala de camponeses à aristocratas. A linguagem de Tchekhov e sua maneira de descrever acontecimentos cria atmosferas para mergulhar o leitor na narrativa. É o primeiro livro de contos que leio, pois antes só lia romances. E, confesso, fiquei fascinado. Os contos que eu mais gostei foram: "Pamonha", "Fantasiados", "Angústia", "Bilhete premiado", "Inimigos", "Ilegalidade", "O sapateiro e a força maligna" e "Homem num estojo". Recomendo este livro como uma proveitosa leitura, onde se absorve, além das inusitadas narrativas, a cultura russa do período de Tchekhov!

Jeison 20/08/2013

A Dama do Cachorrinho
Estupendo. Incrível. Sensacional. E essas são apenas algumas das palavras para descrever esse pequeno grande livro. E esse puta autor.

Em 2011, eu disse que Mia Couto e O Último Voo do Flamingo foram as descobertas do ano para mim. Agora, em 2013, digo que a descoberta do ano é o grande Anton Tchékhov – sim, 2012 foi um hiato. Simplesmente me apaixonei pelo escritor. Os contos desse livro são simplesmente maravilhosos. Depois de ler Aniúta, A Corista, e Vanka, eu estava simplesmente extasiado. Vanka é uma das coisas mais lindas que já li.

Assim que terminei esse conto fui pesquisar um pouco sobre o autor na internet e acabei me deparando com um monólogo chamado Os Malefícios do Tabaco. Acabei lendo em meia hora. Leitura deliciosa, texto genial, tudo de bom.

Voltando ao A dama do Cachorrinho, o próximo conto era Vérotchka. Meu deus, que descrições! Fiquei maravilhado, queria muito conseguir escrever como ele. Tchékhov consegue criar um clima fabuloso para o conto. Logo em seguida, o conto Zínotchka explora o humor negro, e o sadismo. A primeira fala resume bem o conto:

“Não é uma grande vantagem ser amado: as moças foram criadas exatamente para amar pessoas como nós. Mas algum dos senhores já foi odiado, odiado com ardor, furiosamente? Algum dos senhores já observou os deleites do ódio?”

A partir desse conto, as histórias tornam-se mais longas e um pouco mais elaboradas. A Irrequieta, um dos que mais gostei, traz uma leve crítica de como muitas vezes não percebemos o valor das “coisas“ que temos. O conto que dá nome ao livro, A Dama do Cachorrinho, muito mais do que de adultério, fala sobre um amor delicado e puro que nos faz perdoar as faltas anteriores.

“Parecia-lhes que o próprio destino escolhera um para o outro, e não entendiam por que ele tinha uma esposa e ela um marido.”

E para encerrar gostaria de deixar um recado para um homem humilde: Tchékhov, meu querido, você cometeu um erro imenso quando disse que após sua morte seria lido por mais sete anos.

Silvana (@delivroemlivro) 24/11/2012

Quer ler um trecho desse livro (selecionado pelos leitores aqui do SKOOB) antes de decidir levá-lo ou não para casa?
Então acesse o Blog do Grupo Coleção de Frases & Trechos Inesquecíveis: Seleção dos Leitores: http://colecaofrasestrechoselecaodosleitores.blogspot.com.br/2012/11/a-dama-do-cachorrinho-anton-tchekhov.html

Gostou? Então também siga e curta:
*Twitter: @4blogsdelivros
*Facebook: http://www.facebook.com/ColecaodeFrasesTrechosSelecaodosLeitores

Tks!

Lílian 23/09/2012

Bom, para inicio de conversa, estamos falando de um livro do mestre dos contos, então, por menos que se goste, se tem muito o que aprender com Tchekov. Ótimas tiradas, ótimas histórias, personagens superinteressantes, crítica e humor em sintonia perfeita... Um retrato, ou melhor, vários, da sociedade russa da época, das relações de subordinação, alguns preconceitos e muito, muito mais.
Recomendo muito!

Gláucia 30/07/2011

A Dama do Cachorrinho - Anton Tchecov
Tchecov é um de meus contistas preferidos, seu estilo permanece atual. Dentro dessa coletânea estão dois contos entre cem classificados pela revista Bravo como os melhores: o que dá título ao livro e O Bilhete Premiado.

Juliana 24/01/2011

É um livro de contos tão bom que poderia fácil virar uma representação. Não é a toa que há tantas peças de teatro baseadas em algum conto de Tchékhov. São personagens complexos em situações simples, e isso que dá toda a graça a literatura dele. O desenvolvimento dos personagens não se dá por reminiscências ou pensamentos longos demais, mas apenas por suas atitudes descritas nos contos. E as histórias não servem para te passar uma lição de moral ou para te impressionar. São apenas situações corriqueiras, ou não, e personagens complexos, muito parecidos com seres humanos, aliás. A impressão que você vai ter não é o livro que te dá, e você que sente. Você pode se sentir indiferente a uma história e até chorar na seguinte, dependendo do seu estado de espírito.

Zé 18/01/2011

Tchekhov, agora e além
O que me chama mais atenção nos contos de Tchekhov é o modo como ele consegue, em poucas páginas, fazer com que desperte em nós sentimentos e emoções como se já há muito estivéssemos comprometidos com uma estória. Como não se emocionar lendo 'Angústia', e sentir tão intimamente os percalços do cocheiro Iona? O bom de ler um livro de contos de Tchekhov é que ele sempre é uma maratona, onde poderemos conhecer inumeros casos do cotidiano, desde os sonhos de um simples sapateiro, até os amores de uma mulher, mas vê-los e senti-los de uma perspectica privilegiada - a qual só Tchekhov saberia escrever.

silastorres 25/11/2010

CONTOS!
eu amo contos... e Tchékhov é MESTRE nessa arte. então nem preciso dizer que foi um dos melhores livros do gênero que ja li.

Tarcísio 20/07/2010

Interessei-me em ler Tchekhov depois de lido "Para Ler Como Um Escritor", de Francine Prose. No livro, ela dedica um capítulo exclusivo ao autor russo e se derrama em elogios. Além disso, há algum tempo passei a me dedicar mais à leitura de clássicos.

Quando comecei a ler contos e a ler sobre contos aprendi que uma qualidade quase que indispensável deste tipo de literatura é ter um final vibrante, que surpreenda. Entretanto, lendo Tchekhov percebi que seus contos não têm essa característica. Os fins, geralmente, são melancólicos e inconclusos.

Algum leitor desavisado e que desconheça seus contos poderia supor então que não vale a pena ler suas obras. Puro engano. Mesmo sem usar esse estratagema de finais surpreendes, a maestria de Tchekhov nos premia com histórias profundas, sentimentais e acima de tudo deliciosas.

Falando especificamente em relação à esta edição, posso afirmar que o formato de "pocket book", apesar de menos charmoso, é muito prático, permitindo carrega-lo à qualquer lugar com facilidade. Os contos têm tamanho médio, o que também permite uma leitura rápida e prazerosa.

mcnasty 26/01/2010

Uma mixórdia bem-estruturada - se me é permitido o oxímoro - de comicidade, resignação e melancolia, através da apresentação de situações comuns ao cotidiano humano.
Comentar individualmente cada conto dessa incrível coletânea seria desnecessário e de extremo pedantismo; limito-me a destacar "Queridinha", "Um Homem no Estojo", "Vanka" e "Angústia", os quais, com suas respectivas propostas e desenvolvimentos, sensibilizaram-me da maneira mais genuína.

Ronnie K. 15/04/2009

Entre o riso e a comiseração
Essa é a mais célebre coletânea de contos do grande autor russo lançada por aqui. Como se sabe, Tchekhov é considerado um dos principais fundadores do conto moderno. A qualidade de sua escrita e sua importância para o desenvolvimento do conto como o conhecemos hoje são inegáveis. Em suma, Tchekhov é um autor fundamental. E como escreve fácil! Os contos reunidos nesse volume abrangem um amplo leque de produção do escritor. Desde os primeiros contos do início da carreira até os contos da maturidade. Os da primeira fase não são bem acabados, embora bastante divertidos, pois se tratam de curtos esboços de contos com o propósito de anedota, escritos para serem publicados em jornais da época, que era a forma como o escritor tirava seu sustento enquanto dava os primeiros passos na medicina e na própria literatura. Porém, nao demora muito para seu amadurecimento. Em pouco tempo, a sátira e o humor começam a ser permeados por uma genuína dor ao mostrar o sofrimento de seus personagens (em geral miseráveis ou pessoa comuns) e então nasce "a marca" Tchekhov de contar e retratar. Nos seus melhores contos a emoção está garantida. Ficamos entre o riso e a dor no coração. Uma tristeza melancólica perpassa suas melhores páginas. Em Tchekhov o ridículo e o frágil no ser-humano se alternam de forma comovedora, eis a melhor forma que encontro para resumir a atmosfera dos seus contos e a emoção que despertam. Altamente recomendado!