Aione 18/01/2021Peguei E Viveram Felizes Para Sempre para retornar ao universo Bridgerton antes da estreia da série adaptada pela Netflix dos livros de Julia Quinn. Tendo finalizado a leitura do último volume há vários anos, foi uma boa maneira de refrescar a memória e matar a saudade de personagens tão queridos.
A antologia reúne nove diferentes contos, dos quais oito correspondem a um segundo epílogo de cada livro da série e o nono traz um pouco mais da história de Violet, matrona dos Bridgertons. Dessa maneira, é como se Julia Quinn contasse aos leitores um pouco mais do que aconteceu a cada casal após seus finais felizes.
Como os contos são bastante curtos, entre vinte e trinta páginas cada, é possível fazer a leitura de E Viveram Felizes Para Sempre muito rapidamente, ainda que o livro como um todo passe das 250 páginas. A escrita típica de Julia Quinn constrói uma narrativa ágil, bem-humorada e sensual que, aliada aos personagens já conhecidos por nós, nos faz devorar as histórias e ansiar pelas seguintes. Mesmo que eu não desejasse ler tudo em um só dia, fui incapaz de me conter e terminei a obra antes mesmo que eu me desse conta.
Os contos estão dispostos na ordem de publicação dos romances, mas não seguem uma ordem cronológica. Alguns se passam muitos anos após o final de seu respectivo título, trazendo, inclusive, filhos adultos de alguns dos casais protagonistas, ao passo que outros acontecem pouco tempo após a finalização da obra a que se refere. Dessa maneira, transitar pelos diferentes epílogos possibilita acompanhar uma variada gama de momentos da família Bridgerton, apresentada em épocas diversas. Como também os personagens acabam aparecendo uns nos epílogos dos outros, podemos aproveitar bastante de cada um.
No geral, o que Julia Quinn buscou fazer em E Viveram Felizes Para Sempre foi responder a algumas curiosidades dos leitores sobre cada romance da série Bridgerton que surgiram ao final dos enredos. A autora não só foi bem-sucedida em saciar esses interesses, como concebeu uma deliciosa homenagem aos seus livros mais famosos. Minha sensação por toda leitura foi de nostalgia e diversão, e finalizei a última página emocionada e grata por ter tido a oportunidade de retornar a esse universo. Senti saudades de cada livro e, confesso, fiquei bastante tentada a relê-los. Mais do que isso, adorei ter um extra sobre a vida dessa que é uma das minhas famílias favoritas da ficção. Meu conto favorito foi o de O Visconde Que Me Amava, que é, também, meu livro favorito da série. Dei gostosas risadas com Anthony e Kate, e, ao longo dos demais epílogos, fui me apaixonando mais um pouco pelo universo Bridgerton.
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