vicniro 08/04/2024Muito melhor que Neuromancer em termos de história!Nesse volume, ao contrário do primeiro, acompanhamos três núcleos de personagens diferentes 7 anos depois dos acontecimentos de Neuromancer. Temos o Bobby, que quase se deu mal testando um ice breaker, o Turner, que foi contratado para fazer uma extração para outra gangue, e a Marly, que foi contratada por um milionário para descobrir quem é o criador de uma caixa especial.
Por termos três núcleos diferentes, a história ficou bem mais dinâmica e interessante do que em Neuromancer. Apesar do contexto ser bem interessante, o núcleo do Turner foi o mais chatinho de acompanhar, mas os outros eu não conseguia desgrudar os olhos do livro (tanto que eu fazia as pausas justamente antes de começar os capítulos do Turner hahaha). Gostei bastante que ele se conecta com o primeiro livro, mesmo de forma sutil, e que no final todos os núcleos se ligam.
Além disso, um ponto que tinha me desagradado no volume anterior e que foi na medida certa nesse foram as descrições da tecnologia. Não sei se foi porque ele já tinha abordado antes, mas aqui é bem mais fácil de compreender o que está acontecendo e o foco está muito mais na história dos personagens.
Também achei interessante que nesse livro o autor começou a misturar deuses vodus com a humanidade. Esse ponto me deixou um pouco confusa em alguns momentos, mas também não foi nada que atrapalhou a leitura.
Enfim. Fiquei bem feliz de ter gostado muito mais desse livro do que de Neuromancer. Já tinha me arrependido de ter comprado o box com a trilogia e me obriguei a ler esse volume achando que seria como o primeiro. Agora estou tão empolgada com o universo que eu já vou emendar com a leitura de Monalisa Overdrive.