A noite escura e mais eu

A noite escura e mais eu Lygia Fagundes Telles




Resenhas - A Noite Escura e Mais Eu


56 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4


Luna 24/02/2023

Mais eu e mais eu
Nada melhor que contos da lygia pra cuidar do coração; ah essa mulher faz tanta falta no nosso país :(
comentários(0)comente



pinkcastle 16/02/2023

Lygia Fagundes Telles te vejo como uma figura materna
Tinha esquecido completamente de postar minha resenha ???
Cara eu adorei, é uma seleção muito boa de contos so não gostei muito de dois..mas o resto me agradou muito. Os melhores:

Dolly
Boa noite, Maria
O segredo
Uma Branca Sombra Pálida
Anão de jardim

Eu amo o jeito narrativo da queen, os fluxos de consciência, essa temática recorrente dos desencontros da vida, Lygia é uma querida
Pedro 17/02/2023minha estante
?


Cat Lu 18/11/2023minha estante
Acabei de ler. Ela é perfeita, amei muito




eueduardalima 21/01/2023

Belo
Simples mas extremamente profundo, te faz sentir a história de cada um dos personagens. Boa noite Maria e o Crachá nos dentes foram os contos que mais me tocaram.
comentários(0)comente



jhdep 10/01/2023

Sombra e morte: o silêncio de Lygia
Os contos aqui reunidos versam em sua maioria sobre a morte, com dois deles sendo narrados por seres não-humanos - um por um cão outro por um anão de jardim - mas que ainda assim são humanizados através da presença de pensamentos, medos, desejos, emoções. Algo que já é uma marca de sua obra desde o primeiro livro mas que aqui se mostrou de forma mais latente pra mim é como a Lygia consegue falar muito no não-dito, como o silêncio ou o subentendido em suas histórias são cruciais para o entendimento da narrativa. É nesse livro que está um dos contos da autora que mais me tocou até agora: "uma branca sombra pálida", que versa sobre relação familiar, morte, memória e homossexualidade - que também aparece em outro conto - com uma visceralidade emocionante, uma sensibilidade ímpar que a autora conservou em sua obra e em sua vida até a morte.

Destaque para: "uma branca sombra pálida", "você não acha que esfriou?" e "anão de jardim".
comentários(0)comente



Tai 30/12/2022

Uma das maiores autoras brasileiras
Eu sempre amei muito a literatura brasileira e não entendo como as pessoas pagam tanto pau pra gringo.

A Lygia mostra de forma belíssima como os autores do Brasil são riquíssimos e possuem características únicas.

Esse é mais um livro dela que te fez viajar por mundos totalmente improváveis com uma forma de pensar totalmente única.
comentários(0)comente



Tina Lilian Azevedo 24/12/2022

A plenitude dos contos
Cada conto dessa coletânea é uma obra prima. Histórias envolventes, com começo, meio, fim e muitas camadas. Assuntos surpreendentes, socialmente ousados, abordados de forma sensível e manejo das palavras feito com tato e de forma magistral. Lygia merece todas as honrarias. Lerei novamente, darei de presente e lerei tudo que ainda não li dessa mulher genial que eleva a literatura brasileira a patamares altíssimos.
comentários(0)comente



taynna cavalcanti 23/06/2022

"mas senti o coração pesado, era o medo da mudança?"
no seu último livro de contos, escrito em 1995 e publicado pela companhia das letras, Lygia demonstra de forma completa todas as suas técnicas de narrativas.
o título foi retirado de um poema da Cecília Meireles, que diz

“ninguém abra a sua porta
para ver que aconteceu:
saímos de braço dado:
a noite escura mais eu”
ao que me parece, a noite escura é representada de muitas maneiras como a parte mais profunda e “feia” das faces dos protagonistas, até mesmo da perspectiva de um anão de jardim. os diferentes pontos de vista, principalmente através dos olhos de mulheres de diversas idades mostram um pouco da inocência que vai sendo perdida, da imobilidade dos personagens diante da morte, que aparece muitas e muitas vezes nos contos.

por meio do resgate de memórias, os personagens criam alusões que despertam cenários e que nos transpassam.

meu conto preferido desta coletânea foi o “boa noite maria”, em que uma mulher no auge de seus 60 anos conhece um homem no aeroporto e cria cenas de uma vida ao seu lado, mas não como uma amante ou uma esposa e sim como uma amiga. Lygia critica os padrões e pressões estéticas que as mulheres sofrem de seus companheiros para que permaneçam sempre jovens, para que “apaguem o vinco da boca” para que deem uma “refrescada”. nesse conto a autora fala também sobre como a presença é o que realmente importa, que no fim das contas, não vale a pena viver sem boas companhias.

esse foi o meu primeiro contato com a Lygia contista e gostei demais! certamente o melhor livro do ano até agora. em breve irei lançar o “lendo Lygia” (em @taynbooks) para quem quiser me acompanhar na leitura em ordem cronológica da literatura lygiana.
comentários(0)comente



Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 05/05/2022

Sugestão de leitura
A Noite Escura e Mais Eu", publicado em 1995, começou a ser escrito quando Lygia se inspirou em outra das grandes, um poema de Cecília Meireles chamado Assovio que dizia: "Ninguém abra a sua porta / para ver o que aconteceu: / saímos de braço dado / a noite escura e mais eu. / Ela não sabe o meu rumo / eu não lhe pergunto o seu: / não posso perder mais nada / se o que houve já se perdeu."

Esta coletânea de contos fala, basicamente, sobre morte e, consequentemente, também sobre a vida. Ao todo são nove contos, alguns narrados em primeira pessoa e outros em terceira, geralmente com protagonistas mulheres mais velhas que se vêem frustradas com os acontecimentos que a vida traz. Os contos são recortes de situações cotidianas que ganham importância e profundidade aos olhos da protagonista, despertando emoções que estavam escondidas ou desconhecidas até então.

O meu conto preferido foi "Uma Branca Sombra Pálida", que conta a história de uma mãe que tenta compreender o suicídio da filha enquanto leva rosas brancas ao seu túmulo, rosas estas que são ofuscadas pela beleza das rosas vermelhas que a namorada de sua filha coloca. Além de lidar com o suicídio, a mãe também tenta entender a orientação sexual da filha, e não consegue alcançar nenhuma das duas coisas sem sentir raiva e frustração. A escrita de Lygia é seca o suficiente para que fique claro como a mãe se sente, e lírica para que a gente sinta um nó no coração.

"Dolly", o conto que abre a coletânea, também é muito interessante. Poderia virar um filme. Fiquei curiosa que a tal Dolly tivesse um livro só seu, me pareceu uma das personagens mais legais de todos os contos. O tema é forte, me embrulhou o estômago, e Lygia navegou pela violência com uma classe que só ela tem.

O que mais me surpreende, o que mais me encanta, é como Lygia usa a língua portuguesa. Gente. É como se ela e Clarice fossem as poucas pessoas capazes de destravar o potencial poético do português, as palavras escolhidas, o ritmo, a fluidez, nossa. Lembrei da minha professora de português do Ensino Médio, me emprestando "As Meninas" e me dizendo que aquele livro mudaria meu jeito de ver as coisas. E mudou mesmo. Desde então, mais de vinte anos depois, ainda tento usar o português dessa maneira.

Outra coisa linda é o universo feminino explorado por Lygia. Não é clichê, longe disso, e não é doce nem simples. Abarca uma imensidão, emoções conflitantes, crueza e amargura, e me fez ter vontade de escrever as mulheres da minha vida do mesmo modo.
E também gostei do quão paulista é esse livro, não sei bem como explicar, mas achei que minha cidade foi tão bem representada e me senti orgulhosa, como se a cidade fosse também uma personagem.

Eu devorei o livro em dois dias. Foram dias em que mergulhei nas minhas experiências, fiquei introspectiva e melancólica - de um jeito bom - e voltei a escrever contos, que eu não fazia há anos. Obrigada Lygia, você sempre será eterna para mim.

site: http://perplexidadesilencio.blogspot.com/2022/05/sugestao-de-leitura-noite-escura-e-mais.html?m=1
comentários(0)comente



Zelinha.Rossi 04/05/2022

Obrigada, Lygia
Que sou fã da Lygia Fagundes Telles é algo que já manifestei inúmeras vezes por aqui. Li este livro pouco tempo depois de sua morte, uma notícia que me deixou bem triste pela perda de uma das minhas escritoras favoritas. ?A noite escura e mais eu? reúne contos brilhantes narrados em primeira pessoa, quase todos contendo uma revelação surpreendente que nos vai sendo apresentada a partir das reminiscências da personagem principal. E tudo isso costurado pela escrita impecável que a autora possuía. Obrigada por tanto, Lygia! Você tinha razão - ?O escritor pode ser louco, mas não enlouquece o leitor, ao contrário, pode até desviá-lo da loucura. O escritor pode ser corrompido, mas não corrompe. Pode ser solitário e triste e ainda assim vai alimentar o sonho daquele que está na solidão.?

??estão todos muito ocupados para se interessar de verdade por um próximo que é único e múltiplo apesar da identidade.?

?Era alto demais o preço para escamotear a velhice, neutralizar essa velhice - até quando? Por favor, quero apenas assumir a minha idade, posso? Simplesmente depor as armas, coisa linda de se dizer. E fazer. O tempo venceu, acabou.?

?Ela com a sua mágoa e eu com a minha impaciência, ah, a mentira das superfícies arrumadas escondendo lá no fundo a desordem, o avesso dessa ordem.?

?Falei em alma, seria ela um simples feixe de memórias? Memórias desordenadas, obscuras. Tudo assim esfumado como um sonho entremeado de fantasmas, seria isso??
comentários(0)comente



victor.victor.victor 09/04/2022

Textos para se ler ao longo do dia
Gostei bastante dessa quarta coletânea da LFT. Cada conto é único a sua maneira, escritos graciosamente. Cumprem ao que pedem. São histórias sobre infância, luto, impunidade e início da velhice.

Estou esperando assentarem as impressões pra que eu faça um ranking. ?
comentários(0)comente



@thereader2408 04/04/2022

A perda da inocência
"A Noite Escura e Mais Eu'' da maravilhosa Lygia Fagundes Telles, foi publicado originalmente em 1995 e é composto por nove contos que carregam toda a experiência literária da Dama da literatura brasileira, tem forte viés dramático. Dos nove contos, sete são narrados por mulheres, o que é típico da literatura de Lygia, ela procura representar em sua obra a força feminina. Os outros dois contos são narrados por um cachorro e um gnomo de jardim, este último encerra a coletânea de contos.

O título do livro foi inspirado em uma poesia de Cecília Meireles, "Assovio". Em geral os contos relatam histórias marcadas por destinos complicados e situações conflitantes em algum momento de suas vidas, seja por circunstâncias extrínsecas, seja por traumas dos fantasmas do passado. Com toda certeza, essa coletânea é uma das melhores da autora e revela toda a sua técnica e domínio da linguagem.

Os contos tratam, além de conflitos externos e internos, de velhice, solidão, eutanásia, loucura, suicídio, homossexualidade, impotência sexual, medo, morte e amor. Alguns contos como o que inicia a coletânea começa de forma sombria e um tanto misteriosa, Dolly te prende do início ao fim...É lindo ver a poesia na prosa da Lygia e como ela explora e descreve realisticamente os sentimentos mais profundos dos personagens, assim como seus desejos e esperanças.

De acordo com o crítico literário, Alfredo Monte, os contos denotam um rito de passagem, um teatro da inocência. Onde os personagens em algum momento da vida vão perder a inocência ao tomar um choque de realidade, isso é mais evidente em "Dolly" e "Boa note, Maria". Monte também divide o livro em 3 parte, eu achei bem interessante essa teoria.

Seriam eles: Parte 1 - Atmosferas passionais e trágicas ( Dolly, Você não acha que esfriou? e o O crachá nos dentes); parte 2 Conflito feminino (Boa noite, Maria, O Segredo e Papoulas em feltro negro) e; parte 3 Situação de impotência (A Rosa Verde, Uma Branca Sombra Pálida eAnão de Jardim). Ler Lygia é absurdamente humano, às vezes complexo, às vezes difícil, às vezes cansativo, nem sempre feliz e sempre muito interessante, como nós somos.

@thereader2408
comentários(0)comente



ArnaldoJr 11/03/2022

Maria me deixou aos prantos
Por ser meu primeiro contato com a escritora Lygia Fagundes Telles, optei por um livro de contos da autora. Dentre as nove estórias presentes na obra, o que leva o nome de ?Boa noite, Maria? me deixou aos prantos. Em poucas páginas, a autora nos leva a lugares que só conseguimos chegar através da literatura. É de uma sensibilidade e sutileza notáveis. No alto da montanha, havia um lindo chalé...
comentários(0)comente



Andressa 04/03/2022

as coisas que morrem com a gente
????? 21/02

lyginha eu te amo!!!! o menor que li dela até agora. achei tudo muito coeso, todos os contos passam de alguma forma pelos temas da morte, doença e velhice. a escolha da ordem foi mto acertada.
top 3: a rosa verde, papoulas em feltro negro, anão de jardim
comentários(0)comente



Beatriz 21/12/2021

Melhor autora do mundo
Lygia merece todo o reconhecimento do mundo por sua obra. O seu modo de escrever e criar histórias torna tudo mais do que palavras, torna cada conto um mundo e um presente. Nessa coletânea, deduzimos pelo título que os contos são dilacerantes, fico surpresa como ela consegue retratar temas tão polêmicos com carinho e sensibilidade tão grandes, é como se eu pudesse sentir tudo que os personagens sentem e ao mesmo tempo querer abraçá-los.
comentários(0)comente



Manu368 07/12/2021

Simples, mas profundo
Que livro incrível! Terminei a leitura faz uns dias, mas ainda continuo pensando nos contos que li. Sou fã do trabalho da Lygia, e nesse livro podemos ver bem sua essência: estórias envolvendo o cotidiano, de linguagem simples, porém todas com sua complexidade e singularidade ? muitas vezes, também, expondo o pior lado das pessoas, como em "Dolly" e "Anão de Jardim". Adorei!
comentários(0)comente



56 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR