A noite escura e mais eu

A noite escura e mais eu Lygia Fagundes Telles




Resenhas - A Noite Escura e Mais Eu


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Biblioteca Álvaro Guerra 24/10/2019

Noite Escura e Mais Eu enfeixa nove contos breves. Usando ora a primeira, ora a terceira pessoa narrativa, Lygia Fagundes Telles parece colher sempre suas personagens no contrapé, em situações-limite que revelam o que elas têm de mais secreto e incomunicável. São, em geral, histórias de destinos frustrados em algum momento, seja por circunstâncias externas, seja por traumas e fantasmas interiores.

Empreste esse livro na biblioteca pública.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535915464
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Bruna Fernandes 14/12/2015

Anotação pessoal
Anão de Jardim, O Crachá nos Dentes (Contos preferidos)
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Flavia 01/08/2013

A Noite Escura e Mais Eu
Não conhecia a escritora anteriormente, porém me agradou muito seu estilo. Numa linguagem que oscila entre o delicado e o intenso, Lygia narra contos que nos desnudam diante dos conflitos humanos e na crueza das relações estabelecidas no dia a dia. Excelente para quem gosta de devanear nas entrelinhas e refletir além do óbvio.
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Carol851 06/11/2011

Simples e Profundo
Um livro gostoso de ler, que desperta sensações, que é sensível. Eu definiria como um livro de histórias simples, mas cheias de profundidade e intensidade, exatamente como gosto, exatamento como sou!
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JAssica 19/02/2011

O enigma do escuro.
O leitor fica livre para imaginar, dar finais, soluções para os contos.
É mágico ter esse poder nas mãos.
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bizinhavieira 06/02/2011

A Noite Escura e Mais Eu
O livro cujo título foi inspirado num poema de Cecília Meirele, é composto por nove contos:

- Dolly
- Você não acha que esfriou?
- O crachá nos dentes
- Boa noite, Maria
- O segredo
- Papoulas em feltro negro
- A rosa verde
- Uma branca sombra pálida
- Anão de jardim

Todos são contados em primeira pessoa e destes nove contos, sete são contados pelo ponto de vista de mulheres das mais diversas idades. Já "O crachá nos dentes" é contado pelo ponto de vista de um cachorro e "Anão de jardim", pelo ponto de vista de um, bem, anão de jardim. O que mais me encantou em todos os contos é que nenhum deles a principal preocupação é contar uma história, neles o importante é ressaltar como a personagem se sente naquele momento de solidão, desamparo, medo.

Outro ponto fantástico dos contos é a forma como os pensamentos se desenrolam, me identifiquei totalmente como pode-se chegar de um ponto a outro aparentemente sem ligação, mas que na linha de pensamento faz todo o sentido.

E ao ler, no fim do livro, uma análise feita por Fábio Lucas é que me dei conta de um aspecto muito interessante também dos contos. Assim como a narrativa não é o objetivo do conto, ter finais felizes também não é. Não importa nem se busca que a personagem tenha uma inspiração ao término da história e se sinta melhor com aquela situação, nem que escape de um destino que parecia certo. Importa sim, os sentimentos delas naquele recorte temporal, sejam meninas, jovens, idosas. Um livro de contos para se ler, reler, pensar, degustar.

FRASES
"O noivo da Matilde disse que três motivos podiam provocar um crime assim, ela esqueceu o terceiro mas não tem terceiro, o motivo é um só, a crueldade a crueldade a crueldade." p.25

"Era alto demais o preço para escamotear a velhice, neutralizar essa velhice - até quando? Por favor, quero apenas assumir minha idade, posso?" p.46

"Entraram pela fresta, bisbilhotaram o avesso da pedra e depois saíram obedecendo a mesma formação, além de disciplinada a formiga é curiosa e essa curiosidade é que a faz eterna." p.105

-- Mais resenhas em http://bizinhavieira.blogspot.com
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Renato Medeiros 25/09/2010

Contos de conflitos insolúveis

A noite escura e mais eu, primeiro livro de contos inéditos publicado por Lygia Fagundes Telles, após um breve intervalo no gênero, traz textos selecionados com esmero. A autora mantém sua particular e distinta escrita, além de se deter em maiores cuidados na constituição de suas histórias, transformando este livro em uma coleção de contos extremamente elaborados.

Os contos de Lygia, em sua maioria, não são explícitos, evidentes. Exigindo do leitor a capacidade de reflexão, fazendo com que ele participe da história para buscar a essência dela. Em seus textos, os fatos são fornecidos, mas não destrinchados e, por isso, muitas vezes o leitor acha o conto incompreensível ou insensato, sem nexo. Em A noite escura e mais eu os contos são mais pensados e também discretos, exigindo mais atenção e compreensão de quem lê.

Com esse livro, Lygia novamente traz abordagens polêmicas, que incomodam a moral da sociedade. Exemplo disso é o homossexualismo nos contos "Você não acha que esfriou?" e "Uma Branca Sombra Pálida", assunto já discutido em outros livros dela como Ciranda de Pedra e As Meninas. Além disso, a exclusão infantil causada pela família, tema também já explorado em Ciranda de Pedra, pode ser percebido em "A Rosa Verde". A prostituição, o preconceito e a intolerância em "O Segredo". Novamente a exclusão infantil, somada a memórias de infância e à relação problemática - até traumática - de professores e alunos em "Papoulas em Feltro Negro". Também a velhice, a eutanásia e a inclusão de objetos modernos como o celular, fruto da percepção aguçada da escritora - o livro foi publicado em 1995 - no excelente "Boa Noite, Maria", que também envolve certo mistério. Esse elemento não poderia mesmo faltar em um livro de Lygia Fagundes Telles, o mistério, que marca presença no conto "Dolly", abrindo a seleção.

As protagonistas dos contos de Lygia são predominantemente femininas. A escritora intensifica a sua sensibilidade e busca penetrar no psicológico de suas personagens, sejam elas crianças, adultas ou idosas, por meio do fluxo da consciência. Além disso, o clima de suspense, tão comum em suas composições, continua presente neste livro, mas cede espaço para o pensamento, a interiorização das recordações e para as minúcias que ajudam na concretização da problemática.

A noite escura e mais eu vem à tona como um excelente resultado de dedicação e esforço racional, para formar textos coerentes que passam ao leitor toda a idéia pretendida pela autora, com elegância na escrita e inteligência em sua construção.

Além disso, o título, tirado de um poema de Cecília Meireles, está diretamente relacionado com os contos, mostrando personagens solitárias em meio a uma teia de problemas que influi de formas diversas na vida de cada uma delas, como se estivessem sozinhas e perdidas em uma noite escura, assustadora, em que elas precisarão saber como atravessar ou então sucumbir no meio do caminho.
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Lilix / outrasbagatelas 24/12/2009

Vale: por um certo conto em particular. ACho que se chama "Uma Branca Sombra Pálida", que emociona e mexe com tudo dentro de si.
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