spoiler visualizarDani 02/09/2021
Poderia ser melhor
Na conclusão da duologia de A Fúria e a Aurora, Sherazade se refugiou no deserto com sua família, e tenta encontrar uma solução para a maldição de Khalid, ao mesmo tempo que uma guerra é orquestrada contra o califa.
O começo e o meio do livro são bem lentos, apesar disso a leitura é fácil, e temos pontos de vista que não são tão interessantes e necessários, na minha opinião, à trama. A irmã de Sherazade, Irsa, parece servir apenas para trazer um impacto maior na morte de Rahim (o que não era necessário ocorrer). Assim como, o ponto de vista de Jahandar e de Reza, parece não servir a nada, já que o primeiro homem tem uma participação mínima na história, e o segundo nem se torna o grande vilão.
Nesse período da história, ainda temos a descoberta de Sherazade com a magia, o que irá ajudá-la com a maldição. Mas, ainda assim, a magia é um assunto terciário na história, e para mim, não havia necessidade de Sherazade saber usá-la, porque também não traz nenhum impacto na história. Musa e Artan trazem sua contribuição contra a maldição, mas depois não tem mais lugar na história.
A maldição de Khalid é um dos pontos principais, afinal, é a causa das mortes das garotas do reino e dos danos ao próprio califa, e uma solução é logo encontrada. Então, Khalid quebra a maldição, facilmente, e isso nem se torna um dos pontos altos da trama.
Fiquei super empolgada com os acontecimentos do final do livro: o sequestro de Sherazade, a revelação de Despina, a iminente guerra contra a Parthia, etc. Porém, foi uma parte bem resumida e que se resolveu com facilidade. No fim, muitas situações são apresentadas, aos quais não são cumpridas totalmente. Não há guerra ou vingança, e nem a morte se concretiza.
Na minha opinião, teria sido melhor se tivessem excluído os pov's de Irsa, Reza e Jahandar, e no lugar explorado as tensões que tem no final da história. O romance continua bom, mas a impressão final é que tudo foi resolvido de forma muito fácil e que as partes emocionantes não tiveram um espaço bom na história.